Bombardeio na Faixa de
Gaza, tanques cercam a Cisjordânia: Vingar a ofensiva genocida de Israel
através da luta pela destruição do enclave sionista e por uma Palestina
soviética!
Durante toda esta semana
o enclave sionista de Israel bombardeou sistematicamente a Faixa de Gaza. Só
nesta quinta-feira, 03 de julho, aviões sionistas lançaram mísseis por 15 vezes
no território palestino. Na Cisjordânia, houve novas incursões militares com tanques
e tropas atacando o povo palestino, inclusive crianças. Esta ofensiva tem como
base manifestações reacionárias em várias cidades de Israel que exigem
“vingança” pela morte de três colonos sionistas na Cisjordânia. O
desaparecimento dos jovens colonos sionistas que ocupavam terras palestinas foi
dado como pretexto pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu iniciar
a operação militar Guardião Fraterno (uma referência bíblica) com o aumento da
presença militar israelense na Cisjordânia, detenções arbitrárias, toques de
recolher, demolições de casas, invasões e as mortes de 10 pessoas. O jovem
palestino Mohammed Abu Khdeir, de 16 anos, foi sequestrado e barbaramente
assassinado como parte desta reação sionista. Além dele, outros quatro jovens
foram mortos: Yusuf Abu Zagher, de 18 anos, no campo de refugiados de Jenin, na
terça-feira (1º/7); Mahmoud Dudin, de 15 anos, na cidade de Dura; Mohammad Abu
Thahr, também de 15 anos, e Nadim Nuwara, de 17 anos, ambos alvos de um
atirador de elite israelense. São “apenas” quatro das mais de 1.500 crianças e
adolescentes palestinos mortos pela ação israelense entre 2000 e 2013, ou seja,
uma a cada três dias. Como se observa, as verdadeiras vítimas são sempre os
palestinos, que tiveram seu território histórico rapinado pelo enclave e seus
colonos há décadas. Para vingar a ofensiva genocida de Israel é preciso unir o
povo palestino e seus aliados da região no combate pela destruição do enclave
sionista e por uma Palestina soviética, rompendo com as “negociações de paz” tem
desmoralizado a direção da ANP frente às massas em luta!
Os objetivos dessa
operação de guerra são o estabelecimento de um acordo ainda mais desfavorável
aos palestinos, a desmoralização completa do Hamas, a exemplo do que aconteceu com
a OLP, o isolamento da Faixa de Gaza da Cisjordânia e o estrangulamento das
condições de vida em Gaza, hoje uma região completamente dependente do Egito e
da UE, aliados dos EUA. O verso de que os novos ataques sionistas seriam uma
“resposta” aos lançamentos de mísseis Qassam contra o território israelense é
uma farsa. Enquanto mísseis caseiros atingem na maioria das vezes áreas remotas
que não chegam a causar nem mesmo danos materiais, um enclave militar
financiado pelo imperialismo investe sua descomunal força contra uma minúscula
região onde vivem amontoadas cerca de 1,5 milhão de pessoas. A Faixa de Gaza
mais se parece com uma prisão a céu aberto, com Israel buscando copiar os
campos de concentração nazista.
O fato de Israel ter
bombardeado a Faixa de Gaza pouco mais de um mês após as facções palestinas
terem fechado o acordo demonstra que a ocupação teme a unidade palestina, mesmo
que ela seja apenas um elemento de barganha em nome da política dos “dois
estados”. Lembremos que no final de abril o chacal Netanyahu anunciou o
cancelamento da sessão de “negociações de paz” marcada para maio, reforçando
que Israel se nega a sentar à mesa com um governo que tenha a presença do
Hamas. Do ponto de vista dos interesses do povo palestino, essas negociações
sempre foram parte de uma estratégia de traição à causa por parte do corrupto
Al Fatah de Abbas, tendo em vista que não correspondem aos interesses do povo e
sim a uma barganha visando fortalecer o aparato da ANP. De qualquer forma, é
necessário lutar para que a “unidade palestina” esteja baseada na consigna da
destruição do enclave sionista e não no seu reconhecimento, como quer a direção
do Al Fatah que pressiona o Hamas para fazer mais essa concessão a fim de
garantir “ajuda internacional” da Europa e dos EUA ao aparato da ANP.
O porta-voz das Brigadas
Ezedin Al-Qassam do Hamas – partido à frente do governo de Gaza – disse em
coletiva de imprensa que “a ameaça de uma ação militar israelense contra a
Faixa de Gaza não nos amedronta” e garantiu que as brigadas têm meios para
contra-atacar. Mísseis artesanais foram lançados em Israel, porém a maioria foi
interceptada e o restante não causou vítimas. Não bastassem os bombardeios que
ceifaram já dezenas de vítimas, Israel prepara uma invasão terrestre a Gaza.
Tanques israelenses na fronteira do território palestino estão posicionados
para entrar na área marcada pela pobreza, onde vivem 1,5 milhão de pessoas.
Diferente do que vende a mídia burguesa, a ação palestina não é um ato
terrorista, mas uma resposta legítima ao avanço das colônias sionistas.
Para vencer Israel e
derrotar sua ofensiva militar é preciso impulsionar uma frente única com a
resistência palestina, o Irã, a Síria e o Hezbollah, onde as organizações
marxistas revolucionárias atuem na mesma trincheira de combate destes países e
dos grupos políticos na luta contra o imperialismo, tendo completa
independência política diante do programa burguês-teocrático destes regimes e
grupos. Nesse sentido, é preciso que os trabalhadores pelo mundo se levantem em
luta contra Israel se postando pela vitória militar da resistência palestina
para destruir o enclave nazi-sionista! Alertamos que no curso desta tarefa, a
superação das direções burguesas e teocráticas, que apesar das heroicas ações
militares que encabeça é refém de um programa teocrático-burguês e uma condição
fundamental para a conquista da verdadeira pátria palestina no conjunto dos
territórios históricos rapinados pela máquina de guerra sionista. Sem depositar-lhes
qualquer confiança política, os revolucionários se colocam incondicionalmente
em defesa do Hamas, da Jihad islâmica e de todas as organizações da resistência
palestina e árabe perseguidas pelo imperialismo, o sionismo e seus tentáculos
assassinos. As guerrilhas anti-imperialistas da Palestina, Afeganistão, Iraque,
Síria, Irã e Líbano devem colocar todo seu aparato militar em solidariedade a
Gaza para o armamento de todo o povo palestino contra o gendarme nazi-sionista.
Somente a construção do partido revolucionário, seção da IV Internacional,
poderá dirigir o proletariado e as massas palestinas e árabes ao triunfo da
luta pela destruição do enclave nazi-sionista de Israel e o estabelecimento de
uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e camponeses
palestinos e hebreus.