Governo
pseudoprogressista do Uruguai nega asilo político à advogada Eloisa Samy,
perseguida política do “estado de exceção” vigente no Rio de Janeiro. Liberdade
para todos os presos políticos da Copa da FIFA!
A advogada Eloisa Samy e
mais dois ativistas que tiveram mandados de prisão expedidos pela (in)justiça
carioca, a mando do governo fascista do PMDB( Pezão e C&A), títere das
empreiteiras e da oligarquia reacionária que domina o estado, pediram asilo
político no consulado do Uruguai na tarde desta segunda-feira (21/07). Em um
vídeo postado na internet, Eloisa que não se entregou aos seus carcereiros por
temer pela sua integridade física, pede anistia a todos os presos políticos: “Hoje,
sou uma perseguida política, sendo criminalizada pela minha atuação na defesa
dos direitos de manifestação. Fui denunciada pelo crime de formação de
quadrilha armada com outras 22 pessoas, algumas das quais sequer eu conhecia”, “Jamais
cometi qualquer ato que infringisse a lei (...) Meu único crime é a firme posição
que adotei para defender a Constituição”. A advogada com uma combativa
trajetória na defesa dos direitos humanos e outros 17 militantes são
considerados foragidos depois de terem a prisão preventiva decretada na
sexta-feira (18/07). A cônsul do Uruguai na capital fluminense, Myriam
Fraschini Chalar, após consultar a embaixada de seu país em Brasília, negou o
apoio a Eloisa alegando o motivo “técnico” de que não existiria asilo consular. Segundo
fontes diplomáticas de Montevidéu o governo de Pepe Mujica, que vem
publicitando mundialmente uma imagem de “progressista”, não considerou que houvesse
a supressão do estado democrático de direito no Brasil, mesmo com dezenas de
ativistas políticos criminalizados e presos nos estados do Rio e São Paulo sob
a absurda alegação de “terrorismo” e “formação de quadrilha”. Na verdade, o
presidente Mujica não quis criar o menor atrito político com sua colega Dilma, “madrinha”
da reeleição do corrupto governador Pezão. No Rio de Janeiro o clima político
criado hoje é muito parecido com o final dos anos 60, onde militantes da
esquerda revolucionária eram acusados de “terrorismo” e perseguidos pela
polícia e justiça como “bandidos” comuns. Nesta época não foram poucos os casos
de pedido de asilo em embaixadas estrangeiras, quase sempre negados como
ocorreu com Eloisa. Para legitimar a farsa jurídica contra militantes da
esquerda que se opuseram à realização da Copa da mafiosa FIFA no Brasil, o
governo Pezão utilizou os serviços do comprometido Ministério Público estadual
e de um juiz de pública vocação integralista, Flávio Itabaiana, que responde a
uma investigação contra ele no Conselho Nacional de Justiça. Na realidade, a
arbitrária decretação da prisão de Eloisa corresponde a uma vingança pessoal do
ex-governador Sérgio “Caveirão”, em razão da advogada ter participado
ativamente do acampamento “Fora Cabral” em junho de 2013. Neste momento a mídia
“murdochiana” reproduz as estúpidas acusações do juiz Itabaiana que denunciou
os ativistas por “tentativa de incendiar a Câmara municipal do Rio”. Os presidentes
Dilma e Mujica ambos ex-presos políticos e também vítimas de acusações absurdas
como as que estão sendo lançadas hoje contra os militantes sociais do Rio e São
Paulo, são cúmplices dos fascistas Alckmin e Pezão e jogam na lata do lixo da
história suas trajetórias políticas de guerrilheiros contra as injustiças do
capital. O movimento de massas, com o apoio de todas as entidades democráticas
do país, deve sair imediatamente às ruas para exigir o fim do estado de exceção
e da supressão das liberdades constitucionais, sob pena de estarmos assistindo
passivamente o limiar do surgimento de um novo regime autoritário no Brasil.
A “perfeita” sintonia
reacionária estabelecida entre o Governo do Rio, o Ministério Público e uma
casta de juízes integralistas ameaça diretamente não só as forças políticas da
esquerda, mas o conjunto das liberdades democráticas conquistadas na luta com o
fim do regime militar. A parceria da direita institucional também estabelece
como objetivo fraudar a vontade popular, posto que a atual camarilha governante
do PMDB carioca estava completamente “queimada” eleitoralmente após as Jornadas
de Junho do ano passado. Com a espetacularização midiática das perseguições
políticas aos ativistas sociais a máfia governante do Cabral busca recompor sua
base eleitoral junto a classe média carioca, apresentando-se como os “caçadores
de terroristas”.
Desgraçadamente, setores
da intelectualidade (chapa branca) que se reivindica “progressista” tem apoiado
os processos de corte fascistas, “comprando” a versão policial de que os
ativistas contra a Copa são “elementos perigosos e que pregam a violência”.
Seria cômico se não fosse trágico acreditar no enredo de uma polícia que
assassina pobres e pretos sem o menor pudor em plena luz do dia ou mesmo crer
nas afirmações de uma oligarquia corrupta e decadente como a do ex-governador
Cabral.
Como Marxistas
Leninistas depositamos toda nossa solidariedade aos presos políticos deste
regime bastardo da democracia dos ricos, que utiliza o monopólio estatal da
violência contra aqueles que lutam ao lado do povo oprimido. A histeria estatal
fascistizante que no momento toma conta dos governos do Rio e São Paulo
responderá no tribunal da história os crimes cometidos contra as liberdades democráticas
do povo brasileiro!