terça-feira, 22 de julho de 2014


Governo pseudoprogressista do Uruguai nega asilo político à advogada Eloisa Samy, perseguida política do “estado de exceção” vigente no Rio de Janeiro. Liberdade para todos os presos políticos da Copa da FIFA!

A advogada Eloisa Samy e mais dois ativistas que tiveram mandados de prisão expedidos pela (in)justiça carioca, a mando do governo fascista do PMDB( Pezão e C&A), títere das empreiteiras e da oligarquia reacionária que domina o estado, pediram asilo político no consulado do Uruguai na tarde desta segunda-feira (21/07). Em um vídeo postado na internet, Eloisa que não se entregou aos seus carcereiros por temer pela sua integridade física, pede anistia a todos os presos políticos: “Hoje, sou uma perseguida política, sendo criminalizada pela minha atuação na defesa dos direitos de manifestação. Fui denunciada pelo crime de formação de quadrilha armada com outras 22 pessoas, algumas das quais sequer eu conhecia”, “Jamais cometi qualquer ato que infringisse a lei (...) Meu único crime é a firme posição que adotei para defender a Constituição”. A advogada com uma combativa trajetória na defesa dos direitos humanos e outros 17 militantes são considerados foragidos depois de terem a prisão preventiva decretada na sexta-feira (18/07). A cônsul do Uruguai na capital fluminense, Myriam Fraschini Chalar, após consultar a embaixada de seu país em Brasília, negou o apoio a Eloisa alegando o motivo “técnico” de que não existiria asilo consular. Segundo fontes diplomáticas de Montevidéu o governo de Pepe Mujica, que vem publicitando mundialmente uma imagem de “progressista”, não considerou que houvesse a supressão do estado democrático de direito no Brasil, mesmo com dezenas de ativistas políticos criminalizados e presos nos estados do Rio e São Paulo sob a absurda alegação de “terrorismo” e “formação de quadrilha”. Na verdade, o presidente Mujica não quis criar o menor atrito político com sua colega Dilma, “madrinha” da reeleição do corrupto governador Pezão. No Rio de Janeiro o clima político criado hoje é muito parecido com o final dos anos 60, onde militantes da esquerda revolucionária eram acusados de “terrorismo” e perseguidos pela polícia e justiça como “bandidos” comuns. Nesta época não foram poucos os casos de pedido de asilo em embaixadas estrangeiras, quase sempre negados como ocorreu com Eloisa. Para legitimar a farsa jurídica contra militantes da esquerda que se opuseram à realização da Copa da mafiosa FIFA no Brasil, o governo Pezão utilizou os serviços do comprometido Ministério Público estadual e de um juiz de pública vocação integralista, Flávio Itabaiana, que responde a uma investigação contra ele no Conselho Nacional de Justiça. Na realidade, a arbitrária decretação da prisão de Eloisa corresponde a uma vingança pessoal do ex-governador Sérgio “Caveirão”, em razão da advogada ter participado ativamente do acampamento “Fora Cabral” em junho de 2013. Neste momento a mídia “murdochiana” reproduz as estúpidas acusações do juiz Itabaiana que denunciou os ativistas por “tentativa de incendiar a Câmara municipal do Rio”. Os presidentes Dilma e Mujica ambos ex-presos políticos e também vítimas de acusações absurdas como as que estão sendo lançadas hoje contra os militantes sociais do Rio e São Paulo, são cúmplices dos fascistas Alckmin e Pezão e jogam na lata do lixo da história suas trajetórias políticas de guerrilheiros contra as injustiças do capital. O movimento de massas, com o apoio de todas as entidades democráticas do país, deve sair imediatamente às ruas para exigir o fim do estado de exceção e da supressão das liberdades constitucionais, sob pena de estarmos assistindo passivamente o limiar do surgimento de um novo regime autoritário no Brasil.

A “perfeita” sintonia reacionária estabelecida entre o Governo do Rio, o Ministério Público e uma casta de juízes integralistas ameaça diretamente não só as forças políticas da esquerda, mas o conjunto das liberdades democráticas conquistadas na luta com o fim do regime militar. A parceria da direita institucional também estabelece como objetivo fraudar a vontade popular, posto que a atual camarilha governante do PMDB carioca estava completamente “queimada” eleitoralmente após as Jornadas de Junho do ano passado. Com a espetacularização midiática das perseguições políticas aos ativistas sociais a máfia governante do Cabral busca recompor sua base eleitoral junto a classe média carioca, apresentando-se como os “caçadores de terroristas”.

Desgraçadamente, setores da intelectualidade (chapa branca) que se reivindica “progressista” tem apoiado os processos de corte fascistas, “comprando” a versão policial de que os ativistas contra a Copa são “elementos perigosos e que pregam a violência”. Seria cômico se não fosse trágico acreditar no enredo de uma polícia que assassina pobres e pretos sem o menor pudor em plena luz do dia ou mesmo crer nas afirmações de uma oligarquia corrupta e decadente como a do ex-governador Cabral.

Como Marxistas Leninistas depositamos toda nossa solidariedade aos presos políticos deste regime bastardo da democracia dos ricos, que utiliza o monopólio estatal da violência contra aqueles que lutam ao lado do povo oprimido. A histeria estatal fascistizante que no momento toma conta dos governos do Rio e São Paulo responderá no tribunal da história os crimes cometidos contra as liberdades democráticas do povo brasileiro!