A militância da LBI organizou um pequeno, porém corajoso, ato político contra a presença do presidente da Colômbia em Fortaleza, o recém reeleito genocida Manuel Santos, antes da partida de futebol contra a seleção do Brasil na Copa da FIFA realizada neste dia 04/07. Rompendo o ostensivo bloqueio de segurança imposto pelo aparato de repressão montado pelo Estado colombiano com o apoio da CIA na capital cearense, foi aberta uma faixa da LBI em frente ao hotel onde se hospedaram os membros da comitiva oficial do governo Santos. Diante da completa covardia das organizações de esquerda que se reivindicam em oposição ao evento mundial da mafiosa FIFA (PSOL e PSTU), que optaram por se concentrar a quilômetros de distância do facínora (no bairro alencarino da Parangaba), o núcleo revolucionário chegou inclusive muito próximo ao ônibus da seleção colombiana, gritando palavras de ordem para denunciar as prisões políticas que ocorrem tanto na Colômbia como no Brasil. Em meio à “ousadia” da LBI e ativistas independentes, logo foi acionado o imenso aparato policial do governo Dilma (inclusive com tropas das FFAA) que imediatamente chegou ao local com blindados e helicópteros para reprimir a combativa atividade internacionalista.
Manifestação
internacionalista em frente ao Hotel que
hospedou membros da comitiva do governo colombiano
O nítido refluxo do
movimento “Não vai ter Copa”, hegemonizado pelo PSOL e PSTU, é reflexo direto
da política eleitoreira que estas organizações imprimiram a esta campanha. Como
era previsível nenhuma “catástrofe” (tão sonhada pelo PIG) aconteceria para
impedir a abertura do Mundial, somente a mobilização independente de massas com
um eixo classista, bem distinto da demagogia eleitoral da Frente de Esquerda,
poderia impor um contraponto à “farra” das empreiteiras e das corporações
capitalistas chamada de Copa do Mundo. Sem galvanizar politicamente a “puteza”
da população oprimida com a precarização dos serviços básicos do estado
burguês, as organizações revisionistas “preferiram” trilhar o caminho da “torcida”
eleitoral por um “desastre” do governo Dilma, o que poderia render mais votos
nas próximas eleições. O resultado prático do oportunismo ilimitado da Frente
de Esquerda (PSOL e PSTU) foi a desconfiança política de parcelas
significativas da população com o movimento “Não vai ter Copa”, que acabou se
emblocando objetivamente com a oposição conservadora de direita.
No outro campo desta “batalha”
política estiveram os reformistas da esquerda “chapa branca”, apologistas do
suposto legado social da Copa para a população pobre do país. Nesta barricada
oficialista estiveram o PT, PCdoB e surpreendentemente o PCO, juntos na defesa
da falsa “neutralidade” do megaevento mercantil da FIFA para a luta de classes.
Este bloco não cansou de afirmar que o futebol seria uma “paixão nacional”,
ignorando cinicamente que o grande “legado” da Copa foi na verdade o incremento
da repressão policial e a ofensiva neoliberal (maior concentração de renda e
corrupção) dos governos contra as condições de vida da população pobre e negra,
totalmente alijada dos “templos arenas” do torneio internacional.
Apesar da retração das
mobilizações contra a Copa, a LBI buscou participar com uma plataforma revolucionária, concentrando suas modestas forças nas principais atividades que aconteceram no curso das capitais brasileiras, inclusive
com detenções de seus militantes por parte das polícias controladas pelos
governos estaduais. No jogo da seleção desta última sexta-feira em Fortaleza,
levantamos com nossas bandeiras a defesa de todos os presos políticos vítimas
da sanha reacionária do capital, seja na Colômbia, Brasil ou no mundo!
Repúdio
a Santos granjeia simpatia de ativistas da esquerda
colombiana que estiveram em Fortaleza