Enclave sionista chama o
Brasil de “anão” e “irrelevante”, enquanto governo Dilma como capacho do
imperialismo diz que o genocida Netanyahu é “amigo”
A ofensiva reação do
enclave sionista de Israel, muito distante de ser um país ou uma nação é na
verdade a fortaleza militar (também habitada por civis) de ocupação
imperialista na Palestina, a tímida posição da chancelaria do governo Dilma que
convocou seu embaixador em Tel Aviv de volta ao Brasil a título de “consulta”,
configura-se como uma verdadeira declaração de guerra a soberania de nosso
povo. Os chacais genocidas de Israel, covardes e infames sob qualquer ângulo de
visão da existência humana, reagiram com total ofensividade diante da posição
do Itamaraty em declarar como “desproporcional” os ataques da máquina de guerra
sionista contra o povo palestino. O porta-voz do Ministério das Relações
Exteriores de Israel, Yigal Palmor, afirmou que a decisão do Brasil de chamar
seu embaixador para consultas é uma demonstração das razões que levam o Brasil,
apesar de ser “um gigante econômico e cultural, permanecer um anão diplomático”.
O documento emitido pela chancelaria sionista continua ainda com as provocações
declarando que: “A atitude brasileira não contribui para promover a calma e a
estabilidade no Oriente Médio e que dá vento favorável ao terrorismo, além de
naturalmente afetar a capacidade do Brasil de exercer influência”. Em contrapartida,
o governo brasileiro mostrou a sua completa subordinação ao imperialismo ianque
e seus “cães” de guerra como é Israel, o chanceler Luiz Alberto Figueiredo
argumentou que: “Brasil e Israel, na condição de nações amigas, podem discordar
entre si, sem problemas”. O subalterno Figueiredo emendou, em clara lição de
submissão a Tel-Aviv que: “O Itamaraty não usa termos que desqualifiquem
governos de países amigos”. No mesmo dia em que o Brasil foi chamado de “anão”
e de “colaborar com o terrorismo”, Israel bombardeava uma escola da ONU que
servia de abrigo a população palestina em Gaza submetida a “chuva” de bombas da
aviação terrorista, assassinando dezenas de mulheres e crianças indefesas. Mas o chefe
do Itamaraty não contesta: “O direito de Israel de se defender. Jamais
contestamos isso. O que contestamos é a desproporcionalidade das coisas” (Luiz
Figueiredo, Folha de S.Paulo, 24/07). O mínimo que podia se esperar de um
governo “democrático e popular”, como autorreivindica o PT, diante das ameaças
e provocações do governo nazi-sionista de Netanyahu com o Brasil, era a
imediata ruptura de relações diplomáticas com o regime sangrento dos genocidas
do povo palestino. Como Marxistas Revolucionários, mais do que exigir o fim dos
covardes ataques terroristas de Israel a Faixa de Gaza, levantamos a
necessidade de armar o povo palestino e todas suas organizações políticas e
militares (bem preparadas no justo combate), para que possa se defender e fazer
frente a ofensiva imperialista que objetiva a liquidação de toda uma nação oprimida.
Exigimos do governo Dilma o imediato cancelamento de todos os acordos
comerciais e militares com o enclave sionista, ampliando esta posição a todos
os países do Mercosul. A posição brasileira assumida no Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas que votou favoravelmente à condenação da atual
ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza deveria se traduzir em apoio
material concreto (militar e logístico) e político ao povo palestino. Esta vergonhosa
atitude de “recuo diplomático” do governo Dilma (incluída sua anturragem do
Itamaraty coordenada oficiosamente pelo petista Marco Aurélio Garcia) frente aos
insultos dos chacais sionistas envergonha a maioria de nosso povo que já
demonstrou nas ruas deste país que está inteiramente solidário ao martírio dos
irmãos palestinos, que neste momento necessitam de efetivas ações
internacionais em sua defesa como nação.
As ofensas do gabinete
sionista contra o Brasil obviamente não tiveram por objetivo “estremecer” as
relações diplomáticas entre as duas chancelarias, apenas pretendiam “enquadrar”
o governo brasileiro na “pequenez” de um país semicolonial diante de um estado
apêndice do imperialismo hegemônico no planeta. Para o governo do Likud o
Brasil continua a ser um excelente parceiro comercial, com acordos bilaterais
firmados principalmente na área militar. Como porta de entrada para o Mercosul,
o Brasil vem servindo a Israel para o comércio de armamento na região,
principalmente para venda de foguetes e mísseis “terra-ar” uma das
especialidades da máquina de guerra sionista. Entre 1993 e 2013, o Brasil
negociou com Israel ao menos 10 contratos de compra e venda de armamento e
tecnologias militares, com o valor total de no mínimo US$ 285 milhões. Com um
mercado tão atrativo para os sionistas basta “mandar” a diplomacia brasileira
se “calar” politicamente diante do genocídio do povo palestino e continuar
mantendo intactos todos os contratos de “cooperação” militar em plena vigência.
Da parte do governo Dilma não se cogitou a ruptura das relações diplomáticas e
comerciais, mesmo diante da humilhação que os sionistas impuseram ao nosso
país.
Os “intelectuais”
petistas e a blogosfera “chapa branca” ficaram muito “excitados” politicamente
com a posição assumida pelo Itamaraty na ONU, condenando formalmente a ofensiva
sionista. Mas logo diante da tímida postura do chanceler Figueiredo, que se limitou
a responder “diplomaticamente” que o Brasil não era um “anão”, sem efetivar
nenhuma medida contra Israel, a anturragem petista passou a defender a “cautela”,
esgrimindo a “pérola” que o país não poderia ficar isolado no contexto
internacional. Similar posição “defensiva” foi também assumida pelos países que
compõem os BRICS, em particular a Rússia, tendo forte presença político militar
na região. Até o momento Putin permanece inerte diante do massacre humanitário
na Faixa de Gaza, talvez muito “ocupado” em explicar para o imperialismo
europeu que não partiu de suas forças militares a iniciativa de abater o Boeing
da Malaysia Air. E este era mesmo um dos objetivos da CIA e do governo fantoche
de Kiev, imputar na “conta” russa o fracasso de tentar atingir o avião
presidencial da comitiva estatal de Putin, provando a morte de centenas de
civis.
A inofensiva e tênue
crítica do governo petista e sua chancelaria aos crimes hediondos praticados
pelo enclave terrorista de Israel conseguiram até mesmo provocar os elogios da
alta cúpula do Tucanato, que considerou acertada a posição do Brasil no
sangrento conflito. Neste sentido, há um sólido consenso no interior da
burguesia de sustentar politicamente as posições tomadas pelo Itamaraty até o
momento. Para o movimento de massas latino-americano não cabe nutrir grandes expectativas
nos governos da centro-esquerda burguesa da UNASUL, apesar dos arroubos
demagógicos em condenação diplomática a Israel. A tarefa nesta hora crucial é
mobilizar de forma independente os setores mais avançados do proletariado na
perspectiva internacionalista de apoiar efetivamente a derrota do sionismo em
todos os campos.