Genocídio contra o povo
palestino: Responder a agressão do enclave de Israel com a retomada da Intifada
e a solidariedade internacionalista para derrotar a máquina de guerra sionista!
Nos últimos três dias
bombardeios de caças israelenses na Faixa de Gaza já deixaram 81 mortos e o
número de feridos graves já passa de 500, em um verdadeiro genocídio perpetrado
pela máquina de guerra sionista. Edifícios residenciais foram atacados com
armas proibidas inclusive pela Convenção de Genebra, como bombas de fósforo,
queimando vivos diversos moradores, incluindo mulheres e crianças. A operação
de guerra “Margem Protetora” foi lançada desde 7 de julho e já realizou 160
ataques aéreos fulminantes. Até mesmo o presidente da ANP, Mahmud Abbas, quem
patrocina a vergonhosa política de acordos com Israel, foi obrigado a denunciar
a agressão assassina: “O assassinato de famílias inteiras é um genocídio
cometido por Israel contra o povo palestino. Não é uma guerra contra uma facção
ou outra, ou mesmo contra o Hamas, mas sim contra o povo palestino”
(Actualidad, 09/07). Na verdade, o alvo de Israel é o conjunto do povo
palestino e, em particular o Hamas, já que os bombardeios se concentram em
Gaza, governada pelo grupo islâmico, enquanto a Cisjordânia encontra-se cercada
por tanques. Para barrar esta agressão é necessário armar o povo palestino e
retomar a Intifada com o objetivo de destruir a máquina de guerra assassina,
rompendo de vez com as “negociações de paz” que visam unicamente debilitar a
resistência palestina frente os crimes bárbaros da ocupação sionista.
O chacal nazisionista
Benjamin Netanyahu já avisou que a operação em curso será “longa, contínua e
dura”, ameaçando inclusive com uma incursão terrestre. O enclave mobilizou 40
mil reservistas para a fronteira com a Faixa de Gaza, deixando clara a sua
intenção de ocupar novamente a região e perpetrar um massacre ainda maior
contra a população palestina. Como sempre, o imperialismo ianque e seus sócios,
os principais financiadores da máquina de guerra incrustada na Palestina,
manifestaram seu apoio à ofensiva militar contra Gaza e o seu direito de “se
defender”, nada falando sobre as dezenas de mortes de palestinos até agora. As
forças de ocupação sionista prosseguem com a política de repressão e tortura
contra o povo palestino em todas as cidades e aldeias, aprisionando centenas de
pessoas e elevando o número de presos para seis mil. Os arquirreacionários
colonos israelenses, sob a proteção do exército, praticam violentos crimes como
sequestros, assassinatos e atropelamentos contra os palestinos. O crime de sequestro
do adolescente Mohammed Abu Khudair e sua violenta morte, onde foi queimado
vivo, confirma, sem dúvida, a brutalidade do enclave. A política criminal
sionista está atacando Gaza neste exato momento. São ataques bárbaros contra o
povo palestino, bombardeando, ferindo e matando dezenas de palestinos. O que
está acontecendo nos territórios palestinos é uma continuação da ocupação e
colonialismo sionista, baseado na limpeza étnica contra o povo palestino desde
1948, onde se cometeram massacres e a expulsão de mais de 800 mil palestinos
que passaram a viver em campos de refugiados na diáspora. Hoje, são seis
milhões de refugiados vivendo nos países vizinhos e na própria Palestina,
negando-lhes o direito de retorno às suas casas e às suas terras milenares.
Desde a agressão de 1967, que resultou na a ocupação do resto dos territórios
palestinos, o enclave sionista pratica a política de confisco das terras,
chegando a 60% do total da área da Cisjordânia, com construções de mais
assentamentos para os colonos judaicos administrados pelo Movimento Sionista
Mundial. Também confiscou mais de 80% da água e mais de 250 mil palestinos
foram presos, incluindo crianças e mulheres com acusações de luta pela
independência e rejeição à ocupação.
A propaganda midiática
venal de que os colonos são “vítimas” do “terrorismo palestino” não se
sustenta. Trata-se, na verdade, da resistência militante à ocupação israelense.
Em represália aos ataques sionistas, o Hamas iniciou o lançamento de foguetes a
Israel, que até agora não fizeram nenhum vítima, já que são armas artesanais de
pequeno alcance e poder de fogo porque o imperialismo e Israel bloqueiam a
chegada de armamento aos territórios palestinos. Em contrapartida, o ministro
da Defesa sionista, Moshe Yaalon, declarou de forma ameaçadora que “Estamos
preparando uma batalha contra o Hamas que não terminará em poucos dias”. Apesar
de o governo israelense afirmar que se trata de alvos militares do Hamas, as
imagens mostram inúmeros civis feridos chegando aos abarrotados hospitais da
região, incluindo mulheres e crianças. Os alvos do Exército sionista incluem
residências e prédios civis. Os objetivos dessa operação de guerra são o
estabelecimento de um acordo ainda mais desfavorável aos palestinos, a
desmoralização completa do Hamas, a exemplo do que aconteceu com a OLP, o
isolamento da Faixa de Gaza da Cisjordânia e o estrangulamento das condições de
vida em Gaza, hoje uma região completamente dependente do Egito e da UE,
aliados dos EUA.
Desde a LBI nos somamos
ao chamado feito pelo Comitê de Solidariedade a luta do Povo Palestino do Rio
de Janeiro para que prestemos solidariedade internacionalista com a Palestina
neste momento de dor e luta. Fazemos nossas suas palavras: “Estamos convocando
as organizações sociais e políticas, os militantes internacionalistas,
simpatizantes e solidários com a causa palestina para organizar a nossa
manifestação de solidariedade à luta deste bravo e incansável povo, que está
sendo vítima da terrível e covarde ofensiva do exército de ocupação sionista.
Os palestinos contam com nossa solidariedade internacionalista” (Blog “Somos
todos Palestinos”, 07/07). Ao mesmo tempo em que nos integramos às iniciativas
militantes chamadas para denunciar o massacre em curso e preparar a
resistência, reafirmamos que para vingar a ofensiva genocida de Israel é
preciso unir o povo palestino e seus aliados da região no combate pela
destruição do enclave sionista e por uma Palestina Soviética baseada em
conselhos de operários e camponeses palestinos e hebreus, rompendo com as
“negociações de paz” que tem debilitado a causa palestina em nome da fracassada
política dos “dois estados”. Para vencer Israel e derrotar sua ofensiva militar
é preciso impulsionar uma frente única com a resistência palestina, o Irã, a
Síria e o Hezbollah, onde as organizações marxistas revolucionárias atuem na
mesma trincheira de combate destes países e dos grupos políticos na luta contra
o imperialismo, tendo completa independência política diante do programa
burguês-teocrático destes regimes e grupos. Nesse sentido, é preciso que os
trabalhadores pelo mundo se levantem em luta contra Israel se postando pela
vitória militar da resistência palestina para destruir o enclave nazi-sionista!
Os revolucionários se colocam incondicionalmente em defesa do Hamas, da Jihad
islâmica, da FPLP e de todas as organizações da resistência palestina e árabe perseguidas
pelo imperialismo, o sionismo e seus tentáculos assassinos. As guerrilhas anti-imperialistas
da Palestina, Afeganistão, Iraque, Síria, Irã e Líbano devem colocar todo seu
aparato militar em solidariedade a Gaza para o armamento de todo o povo palestino
e em nome de uma nova Intifada contra o gendarme nazi-sionista. Mãos à obra,
esta é tarefa dos revolucionários leninistas e internacionalistas neste momento
crucial!