Professores de Fortaleza
decretam greve para derrotar os ataques neoliberais da oligarquia Gomes e seu
aliado “canino”,
o PT!
o PT!
Mais de dois mil
trabalhadores em educação de Fortaleza decidiram na manhã desta quinta-feira,
24 de julho, que entrarão em greve no próximo dia 1 de agosto. Expressando o
profundo repúdio à política de arrocho salarial e corte de direitos do prefeito
Roberto Cláudio (PROS), filhote da oligarquia Ferreira Gomes, os professores
rechaçaram as esmolas oferecidas pela administração municipal, exigindo o
pagamento das “dívidas” que a prefeitura tem com os trabalhadores, como 4,9% do
piso salarial retroativo a janeiro, aumento do vale alimentação e o pagamento
dos anuênios atrasados. Além disso, eles exigem que a proposta de concentrar
mais poderes nos diretores de escolas seja retirada já que os gestores seguem
as truculentas ordens diretas do prefeito e de seus aliados políticos, que vão
desde a direita (DEM) até o PT. A companheira Simone Freitas, professora e
dirigente da TRS/LBI, interveio na assembleia (Ver Vídeo) denunciando não só os
ataques desferidos pela prefeitura do PROS, mas também a política da direção do
SINDIUTE que hoje faz o jogo da direção estadual do PT, aliada da oligarquia
Ferreira Gomes. Não por acaso, os burocratas sindicais que romperam com a corrente
revisionista “O Trabalho” e se bandearam corrompidamente para a Articulação
(PT) trataram de em nome do “respeito à lei de greve” adiar por mais de uma
semana o início da paralisação, quando os professores já desejavam sair da
assembleia de braços cruzados para impedir a perseguição e o assédio moral dos
diretores, capachos da prefeitura, tanto que tiveram um aumento de 40% em seus
salários no último ano para intimidar os trabalhadores em educação e defender o
programa educacional privatista e excludente de Roberto Cláudio! Como afirmou a
companheira Simone, a greve só será vitoriosa se o SINDIUTE romper com a sua
política de paralisia e apoiar os piquetes nos locais de trabalho impulsionados
desde a base da categoria, conduta que certamente não ocorrerá tendo em vista a
política de colaboração de classes desta canalha sindical vendida.
A greve dos professores
de Fortaleza ocorre em um momento delicado para o prefeito Roberto Cláudio e a
própria oligarquia Ferreira Gomes (PROS). Depois do “racha” na base de apoio do
governo Dilma no estado do Ceará, a coligação que apoiava o prefeito se dividiu
e o PMDB do Senador quadrilheiro Eunício Oliveira e do vice-prefeito Gaudêncio
vem capitalizando pela direita o desgaste das duas gestões de Cid Gomes no governo
do estado, estando o peemedebista bem à frente nas pesquisas eleitorais para
governador. Em desespero, a oligarquia Ferreira Gomes entregou a cabeça de
chapa para um candidato do PT, Camilo Santana, que é um verdadeiro laranja de
Cid no interior do PT. Com a divisão da classe dominante, a luta dos
professores pode avançar em suas reivindicações, entretanto para conquistar
este objetivo precisa superar a política da direção petista no SINDIUTE, que no
“frigir dos ovos” responde docilmente aos aliados do próprio prefeito. Uma
importante deliberação da assembleia é que nenhum candidato a deputado ou
prefeito tenha direito de voz nas assembleias, já que todo arco político desde
o PROS, passando pelo PT e até o PSOL já assumiram cargos de confiança na
prefeitura de Fortaleza e atacaram direitos dos professores. No caso do PT,
Luizianne Lins (DS), agora candidata a deputada federal e antes prefeita,
reprimiu várias greves dos professores. Já o PSOL, no primeiro mandato de
Luizianne, assumiu vários cargos de confiança na Secretaria Municipal de
Educação (SME) via indicações do hoje vereador e candidato a deputado estadual
João Alfredo, tendo estes psolistas perseguido ativistas e impondo o corte de
direitos! Lembremos que o PSTU se coligou com o PSOL e tem como candidatado a
governador o bancário Ailton Lopes, um desses dirigentes do PSOL que tinha
cargo de confiança na prefeitura, assim como os indicados do PCB que também
conforma hoje a “Frente de Esquerda” no Ceará. Por isso, a LBI defende o
boicote eleitoral ativo contra o circo da democracia dos ricos e apoiou a
deliberação dos professores!
Os setores de oposição à
diretoria do SINDIUTE estão divididos entre a LBI, TPOR e PSTU. Este último se
resume a ser um apêndice da Articulação compondo minoritariamente a diretoria e
avalizando sua política de concessões a prefeitura. Já a TPOR também integra a
diretoria apesar da fraude no processo eleitoral denunciada pela LBI (que se
recusou a assumir negando-se a compactuar com esta farsa), sendo um verdadeiro
“enfeite de bolo” para legitimar os golpes da burocracia sindical “chapa
branca” contra os professores. Uma prova disso é que até mesmo o sindicato
mudou de nome na calada da noite e está sob a ameaça de deixar de existir
devido às manobras de aparatos da Articulação visando preservar seus
privilégios políticos e materiais. Desde o núcleo de professores da LBI
chamamos estas correntes políticas a romperem com a diretoria farsante do
SINDIUTE e formar na greve uma frente de luta pela vitória da paralisação, realizando
plenárias próprias para organizar os piquetes e a intervenção nas atividades da
greve. Este é o desejo inclusive de uma ampla gama de ativistas classistas que
se referenciam nas correntes de oposição!
Os próximos dias serão
decisivos! Logo no começo do mês de agosto, a Câmara Municipal reabrirá as
sessões com a presença do prefeito Roberto Cláudio e sua claque. Desde a
administração petista Luizianne Lins, os protestos ocorridos nesta “cerimônia”
são marcados por brutal repressão da Guarda Municipal contra os trabalhadores
em Educação e demais servidores municipais. Lembremos que os agentes de saúde
de Fortaleza também indicaram greve para o dia 1 de agosto, colocando na ordem
do dia a paralisação de todo o funcionalismo. Está mais do que na hora de
colocar a corja capitalista do PROS, PT, PMDB e seus serviçais nanicos contra a
parede para arrancar um verdadeiro reajuste salarial e derrotar os ataques do
filhote da oligarquia Ferreira Gomes e seus aliados de ontem e de hoje, que
podem até se apresentar divididos nas eleições de outubro mas estão unidos nos
ataques aos trabalhadores e suas conquistas.