DILMA REALINHA ECONOMIA NACIONAL PARA NOVOS "INVESTIMENTOS"
DOS EUA NO SEU PROGRAMA DE PRIVATIZAÇÕES E DE QUEBRA LAMBE AS BOTAS DO FACÍNORA
KISSINGER
O governo itinerante de Dilma pareceu estar muito à vontade
na casa do grande Amo do Norte, levando na comitiva o ministro "abre
alas" do capital financeiro, saído de uma internação hospitalar direto
para atender seus chefes rentistas de NY, passando pelo "comunista"
Aldo e o "intelectual" Janine até os latifundiários e burgueses Katia
e Armando todos muito dispostos a apresentarem "planos de cooperação"
com os EUA. Relações diplomáticas plenamente restabelecidas, com juras de
amizade e fidelidade, vamos aos negócios...sentenciou Levy. E Dilma não se fez
de rogada apresentando aos empresários ianques seu projeto de abrir a economia
do país, começando é claro pelo programa de privatizações no setor de infraestrutura.
O interesse da Casa Branca em frear as parcerias já estabelecidas com a China e
Rússia é imenso, oferecendo de cara um pequeno "regalo" a Dilma:
levantar o embargo na compra da carne brasileira. Não é muita coisa, os EUA são
grandes produtores e exportadores mundiais de carne bovina, porém para arrancar
promessas de desregulamentação da economia brasileira para investimentos
voláteis de Wall Street parece que a "isca" foi suficiente. Antes
mesmo da chegada do governo itinerante aos EUA, o secretário de Energia de
Obama, Ernest Moniz, elogiava a nova postura da Petrobras que prioriza a
exploração e produção de óleo cru (incluso o Pré-Sal) em detrimento dos planos
de fabricação de combustíveis e derivados. Trata-se do recente anúncio feito
pela cúpula da estatal brasileira que reduzirá seus investimentos em quase 40%,
eliminando a construção de refinarias. O Brasil é grande importador de gasolina
e diesel dos trustes petrolíferos do Tio Sam, gerando um enorme déficit na
balança comercial do país. Obama ainda sonha em "melar" o acordo da
compra dos caças suecos pelo Brasil, tratando nesta viagem de Dilma em celebrar
minutas de cooperação binacional na área de segurança. Mas o grande interesse
mesmo da Casa Branca foi com o programa de privatizações, que deverá ser
ampliado logo após a chegada do governo itinerante ao Brasil. Dilma participou
de um Encontro Empresarial sobre Oportunidades de Investimento em
Infraestrutura no Brasil, fórum no qual destacou que a parceria com os Estados
Unidos "é fundamental para que o país dê um novo salto no investimento em
logística". Para não deixar dúvidas da gratidão do seu governo com os
"generosos" empresários ianques, Dilma destacou que"3.000
empresas americanas atuam no Brasil em áreas mais diversas possíveis, como
petróleo, gás, energia elétrica, bancos, telecomunicações, atividades
imobiliárias, automóveis, metalurgia e agricultura". Com a mira na
formação de uma área de livre comércio com o Brasil, no formato mexicano, Obama
acenou com uma nova visita ao Brasil em 2016. Mas para quem afirma que Dilma apenas
realizou uma " agenda econômica " nos EUA para tentar superar a recessão
econômica que paralisa o país, deve explicar o encontro com o
presidente-executivo do grupo de comunicação e entretenimento News Corporation,
Rupert Murdoch, (o Roberto Marinho de lá) e a audiência com o facínora, Henry
Kissinger, ex-secretário de Estado responsável entre outros "feitos"
pelos covardes massacres no Vietnã, além de arquitetar o golpe militar no
Chile. Dilma, uma presa política da ditadura militar, não economizou elogios ao
genocida Kissinger: "Pessoa fantástica com grande visão global". Uma
vergonha para todos os combatentes que lutaram contra o regimes militares da
América Latina que tombaram nas mãos de torturadores treinados como cães
assassinos pelo Departamento de Estado do Tio Sam.
No Encontro Empresarial sobre Oportunidades de Investimento em Infraestrutura no Brasil, Dilma se mostrou favorável a entrada das grandes empreiteiras estrangeiras no país via o Programa de Investimentos e Logística- PIL (em particular norte-americanas, europeias e japonesas) um mercado até então controlado pelo “clube” nacional alvo da Operação Lava Jato. O PIL foi apresentado como a possibilidade de trazer empreiteiras estrangeiras para explorarem o filé da infra-estrutura nacional! Construtoras industriais pesadas dos EUA e Japão estariam prontas para assumir as obras paralisadas por conta da Operação Lava Jato, devendo o governo superar as limitações constitucionais para que empresas estrangeiras do ramo da construção civil pesada participem de concorrências para grandes projetos estatais. Segundo o Washington Post, Dilma se reuniu com banqueiros e empresários ianques para tratar de aprovar um pacote de investimentos de 63 bilhões de dólares em infraestrutura. Nesse sentido, ela afirmou “Somos otimistas sobre nossa capacidade de aumentar nosso nível de cooperação, e isso significa cooperação entre os governos e os empresários. Os EUA, tanto no que se refere ao comércio, quanto aos investimentos, são um dos parceiros fundamentais do Brasil”.
No Encontro Empresarial sobre Oportunidades de Investimento em Infraestrutura no Brasil, Dilma se mostrou favorável a entrada das grandes empreiteiras estrangeiras no país via o Programa de Investimentos e Logística- PIL (em particular norte-americanas, europeias e japonesas) um mercado até então controlado pelo “clube” nacional alvo da Operação Lava Jato. O PIL foi apresentado como a possibilidade de trazer empreiteiras estrangeiras para explorarem o filé da infra-estrutura nacional! Construtoras industriais pesadas dos EUA e Japão estariam prontas para assumir as obras paralisadas por conta da Operação Lava Jato, devendo o governo superar as limitações constitucionais para que empresas estrangeiras do ramo da construção civil pesada participem de concorrências para grandes projetos estatais. Segundo o Washington Post, Dilma se reuniu com banqueiros e empresários ianques para tratar de aprovar um pacote de investimentos de 63 bilhões de dólares em infraestrutura. Nesse sentido, ela afirmou “Somos otimistas sobre nossa capacidade de aumentar nosso nível de cooperação, e isso significa cooperação entre os governos e os empresários. Os EUA, tanto no que se refere ao comércio, quanto aos investimentos, são um dos parceiros fundamentais do Brasil”.
A amistosa reunião entre Dilma e Obama representou o
restabelecimento pleno das relações diplomáticas e comercias entre Brasil e os
EUA, "arranhadas" com o escândalo das escutas da CIA no Planalto e os
acordos econômicos celebrados com os BRICS. O governo pensa que deve acompanhar
a retomada econômica dos EUA, sacrificando o crescimento do país em um brutal
ajuste para "equalizar as contas públicas" na justa medida que exige
o capital financeiro internacional. Como o "grande arranque"
econômico dos EUA ainda não passa de uma ficção, ficamos sem mercado para as
exportações mais qualificadas, posto que as commodities agro-minerais perderam
muito valor de mercado nos últimos dois anos. Dilma tem seguido à risca a
cartilha dos rentistas para nosso país, nomeando até um
"superministro" da economia indicado diretamente pelos parasitas do
capital financeiro. A crise capitalista mundial deverá ganhar contornos ainda
mais drásticos nos próximos anos, os países periféricos mais subordinados a
Washington serão os mais afetados. Dilma
parece estar limitada a velha receita do FMI, que orienta provocar recessão em
momentos de retração econômica mundial. Para os tecnocratas do cassino
financeiro só importa que o Estado garanta o pagamento da dívida pública e para
"contribuir" com este objetivo a inflação deve estar no "centro
da meta". Pouco importa se o PIB oscila negativamente um ou dez pontos
percentuais, para os neoliberais do Planalto, que hoje comandam o país, o
importante é "honrar a dívida" com os rentistas as custas do
desemprego e fome do nosso povo.
Concluímos este artigo alertando que a bajulação que Dilma
fez ao facínora Henry Kissinger tem um significado estratégico com relação a
política externa brasileira. A partir desse encontro com Obama, os esforços da
Casa Branca se concentram para o governo brasileiro legitimar a oposição “moderada”
na Venezuela via Henrique Capriles, isolando politicamente o governo Maduro.
Dilma já sinalizou a Obama que aceita a sórdida "missão", orientando
o Itamaraty a rever a posição da diplomacia brasileira em relação ao chavismo.
Não por acaso, dias antes da viagem aos EUA, o governo Dilma cedeu um avião
militar brasileiro da FAB para a "aventura" política da direita
empedernida comandada por Aécio na Venezuela e, por outro lado, logo depois a
comitiva governista do Senado se reuniu com Capriles amistosamente. Por sua
vez, o porto de Mariel em Cuba, construído pela empreiteira Odebrecht e
financiado pelo governo Dilma via empréstimo de 800 milhões do BNDES, tem um
papel importante na abertura da Ilha para produtos do EUA. Por ordem de Obama,
a principal agenda do governo brasileiro em Cuba é aprofundar as relações
econômicas tendo por base o processo de restauração capitalista em curso
promovido pela burocracia castrista. Na atual conjuntura internacional o
principal ponto de "travamento" da ofensiva imperial encontra-se no
receio de um enfrentamento direto com o poderio militar russo, herdado do
antigo Exército Vermelho. Putin pretendia estender a influência militar russa
para Cuba, com a instalação de uma moderna base naval no Caribe, seria um duro
golpe para o Pentágono e a OTAN que hoje sequer conseguem impor um recuo de
seus adversários no leste europeu. Com uma possível "cooptação" de
Cuba com a preciosa ajuda do Brasil e do governo Dilma os EUA de uma só tacada
podem conseguir neutralizar a Venezuela e impedir a entrada da Rússia na
geopolítica latino-americana, tudo ao gosto do facínora Kissinger, com qual
Dilma disse ter tido uma “conversa inspiradora” com um dos assassinos mais
sanguinários da história! Estamos vendo tal “inspiração” vergonhosa nas
promessas de completa submissão do governo do PT à Casa Branca, tanto no campo
econômico como diplomático, em nome do apoio de Obama a governabilidade de
Dilma no comando de uma suposta “potência mundial” totalmente dócil e servil ao imperialismo ianque!