quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

PCO CALOU-SE VERGONHOSAMENTE SOBRE O SALÁRIO MÍNIMO DE FOME ANUNCIADO PARA 2016... EM 2014 AFIRMAVA: "O SALARIO MÍNIMO PROPOSTO PELO GOVERNO DO PT É UM DEBOCHE, MAIS UMA VEZ, CONTRA OS TRABALHADORES". SERÁ QUE A BRUSCA MUDANÇA TEM ALGO A VER COM A GORJETA QUE O Sr. PIMENTA RECEBEU DE DILMA?


"Governo do PT defende salário mínimo de fome" foi exatamente com esta frase que o PCO qualificou o reajuste dado pelo governo Dilma em 2014, mas com uma diferença de apenas 156 Reais (perfazendo dois anos!) em 2016 o Sr.Pimenta comemorou o espetacular "mínimo" concedido pela Frente Popular. Junto com a blogosfera "chapa branca" o PCO, agora convertido em fiel governista, por razões óbvias, o valor do novo mínimo (880 Reais!) significa uma "grande conquista para os trabalhadores". Vale relembrar para esquerda corrupta, vendida aos "favores" do Planalto, que o salário mínimo brasileiro (cerca de 220 dólares) é um dos menores do mundo, inclusive muito inferior a países governados pela centro-esquerda burguesa como o Chile, Venezuela e até mesmo a pequena Bolívia. Segundo o "imparcial" DIEESE o valor do salário mínimo nacional deveria atender as demandas básicas de uma família proletária, ou seja, hoje algo em torno de pouco mais de três mil Reais. Perguntamos se algum burocrata "chapa branca" poderia viver dignamente não com um mínimo, mas com o valor de dois? A resposta é evidente... entretanto esta escória degenerada saiu a comemorar o reajuste de 11,6%, em cima de míseros 788, como uma conquista da "Copa do Mundo". Mas até mesmo a "imensa generosidade" de Dilma que poderia ter promulgado o valor de 871 Reais para o mínimo, tem como pano de fundo a iminente Reforma da Previdência, onde pretende retirar ainda mais os direitos da classe trabalhadora e dos aposentados. Por falar em benefícios do INSS, ainda não foi anunciado pelo governo o reajuste das aposentadorias e pensões que percebem acima do piso do salário mínimo, a nova equipe econômica palaciana chegou a cogitar o adiamento do aumento, como fizeram cretinamente com os salários do funcionalismo federal. Em particular o PCO se notabilizou nos últimos anos pela defesa do salário mínimo do DIEESE, chegando a denunciar a política "criminosa" da Frente Popular, vejamos nas próprias palavras do Sr. Pimenta: "Esse salário mínimo do governo do PT não é só um deboche, é também criminoso. É inconstitucional. Um salário que não paga as necessidades básicas do trabalhador e sua família é o que prevê a Constituição Federal." Bastou o Planalto "reajustar" o "troco" do PCO para provocar a mudança da água para o vinho! Para quem não recorda o PCO chegou até a agitar o "Fora Lula", caracterizando que a revolução "dobrava a esquina", posição política idêntica dos grupos Morenistas que hoje critica. Neste momento nada mais importa ao PCO, a não ser "lutar contra o golpe da direita", enquanto o delírio oportunista não se concretiza os verdadeiros golpeados são os trabalhadores e aposentados que terão que sobreviver com a "grande conquista democrática" de um salário de profundo arrocho, isto se não perderem os empregos fruto da recessão econômica ditada pelos rentistas. Com uma inflação ascendente e o dólar em escalada de alta (perto de 50% somente em 2015), a média salarial do país terá uma forte retração neste novo ano, porém os mais afetados serão os trabalhadores mais precarizados, quase sempre recebendo até um topo de três mínimos, que sequer encosta no valor arbitrado pelo DIESSE. É necessário sair a luta pela recomposição salarial para os trabalhadores ativos e inativos (estes os mais castigados com o "ajuste"), sem poder contar com o apoio da esquerda "chapa branca", muito preocupada em "barrar o golpe" e ajudar o governo Dilma a esfolar ainda mais a classe operária. Desgraçadamente os revisionistas do PCO foram cooptados pela grana estatal da colaboração de classes, alinhando-se com os neoestalinistas do PCdoB na apologia do regime da "democracia dos ricos" imaginariamente ameaçado por um golpe de estado... Para estes, já velhos conhecidos da esquerda corrupta, construir uma alternativa de poder dos trabalhadores é uma consigna do ultraesquerdismo.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

LANÇADA A REVISTA TEÓRICO-POLÍTICA DA LBI: MARXISMO REVOLUCIONÁRIO Nº 16! ADQUIRA SEU EXEMPLAR! 



APRESENTAÇÃO

Apresentamos aos nossos leitores e simpatizantes a décima sexta edição da revista da LBI, Marxismo Revolucionário (MR). Chegamos ao final de 2015 e coincidentemente neste ano a LBI completou 20 anos de sua fundação justamente quando também comemoramos os 98 anos da Revolução de Outubro, vitoriosa insurreição revolucionária do proletariado sob a direção do Partido Bolchevique de Lênin e Trotsky. Esse número de nossa publicação teórica está dedicado a celebrar o surgimento da URSS. A chegada de MR-16 não representa “apenas” o lançamento de mais uma edição de nossa revista, ele é expressão de uma conquista na luta do Trotskismo Ortodoxo contra o arco revisionista da esquerda que se deixou corromper pela Frente Popular em mais de uma década de gerenciamento do Estado Capitalista no Brasil, já que MR é uma trincheira de combate de nossas posições políticas e teóricas a cada número lançado. Reconhecemos que não é uma tarefa “fácil” remar contra a maré das benesses materiais e políticas oferecidas pelo regime burguês para cooptar as direções do movimento de massas, porém o norte da nossa bússola é o programa da revolução socialista e não o “aprimoramento” desta democracia dos ricos. Sem falsa modéstia, estamos orgulhosos de lançar mais esse número de MR nos últimos dias de 2015 porque sabemos que cada artigo elaborado pela equipe de redação de MR representa um esforço militante heroico de combate ativo pelo programa revolucionário tão atacado pela burguesia e deformado pelos revisionistas do trotskismo. Ao longo das suas 16 edições, a Revista Marxismo Revolucionário vem pontuando de forma profunda as principais posições Marxistas na conjuntura nacional e internacional, sendo porta-voz de ácidas polêmicas com outras correntes políticas de esquerda, muitas das quais se tornaram “papagaios” do imperialismo em sua ofensiva contra regimes nacionalistas burgueses, como ontem na Líbia e agora na Síria, como poderemos ver no capítulo especial sobre a Síria ou no tópico dedicado aos atentados de Paris. Sabemos bem que pagamos um “preço político muito alto” por sustentar com vigor a ortodoxia do Trotskismo no mar de confusão teórica e degeneração material que hoje atravessa a esquerda mundial, porém mesmo “isolados” dos círculos da esquerda pequeno-burguesa rendida a “modernidade democrática”, continuaremos firmes e inflexíveis na defesa dos ideais Marxistas Leninistas!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O “AJUSTE” NEOLIBERAL CONTRA OS TRABALHADORES SEGUE TANTO NOS GOVERNOS DE OPOSIÇÃO OU DA BASE DILMISTA: SARTORI IMPÕE PRIVATIZAÇÕES E ATAQUES AOS SERVIDORES NO “APAGAR DAS LUZES” DE 2015


Sitiada por policiais da Brigada Militar, Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta segunda-feira, 28 de dezembro, os projetos de privatização das empresas públicas e novos ataques aos servidores estaduais enviados ao parlamento pelo governo Sartori (PMDB). Além de dar o calote no funcionalismo desde o meio do ano, no “apagar das luzes” de 2015 o facínora Sartori impôs a aprovação pelo parlamento corrupto de 30 projetos, um verdadeiro pacto de maldades contra os trabalhadores. O principal é o Projeto de Lei Complementar (PLC) 206/2015, que cria a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual. A proposição consolida a ofensiva da atual gestão com arrocho de salários e a destruição dos chamados "serviços públicos". O mesmo obriga o Estado a cortar 15,6% de gastos com os servidores e/ou folha de pagamento, ou seja, arrochar ainda mais os salários que já estão sendo parcelados e atrasados! Fica vedado o pagamento de quaisquer reajustes, progressão funcional, horas extras ou contratações de novos servidores para todo o funcionalismo nos próximos anos. Além disso, entre as medidas aprovas esta a privatização da Centrais de Silos e Armazéns (Cesa), uma das mais antigas estatais gaúchas. Com a autorização para privatizar a Cesa, abre-se de fato o processo para a entrega de outras empresas públicas do Estado, como o Banrisul, a Corsan e a CEEE. Parece até mesmo que o direitista Sartori copiou a "agenda" econômica do colega petista Camilo Santana do Ceará, com a única exceção que o governador Dilmista não poderá mais privatizar o BEC, já entregue ao Bradesco pelo governo Lula. O "anti-golpista" Pezão comungando da mesma concepção do ajuste ditado pelos rentistas massacra a população flumimense cancelando o 13º salário e fechando os hospitais públicos que atende ao povo trabalhador. Para impor esses golpes neoliberais a Brigada Militar cercou a Assembleia Legislativa com cavalaria e a força tática fortemente armada. A Conlutas, a CUT, o CPERS, UNE e outras entidades sindicais dos servidores públicos estaduais montaram um acampamento na Praça da Matriz, mas se limitaram a acompanhar dos debates e pressionar os deputados nas galerias, não convocando uma paralisação geral do funcionalismo antes da votação. Além da LBI, estiveram presentes na manifestação outras organizações e partidos políticos como o PSOL, PSTU, PT, PCdoB. Vale lembrar que o governo Tarso (PT), derrotado nas eleições de 2014 por Ivo Sartori, também havia tomado várias medidas contra os servidores e agora os deputados da Frente Popular (Luiz Fernando Mainardi, Tarcisio Zimmermann e Manuela d’Ávila - PCdoB) estão fazendo demagogia eleitoral contra a “truculência” do novo gerente neoliberal gaúcho. Diante da derrota imposta pelo governo de Ivo Sartori, a militância da LBI defendeu a necessidade de se deflagrar uma greve geral do conjunto dos servidores públicos já no começo de 2016, através da convocação de uma assembleia geral unificada a fim de organizar a resistência e a luta direta contra a ofensiva neoliberal do governo do PMDB!
Militância da LBI presente na luta contra os ataques de Sartori no RS

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

LEIA A MAIS RECENTE EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 303 DEZEMBRO/2015


EDITORIAL
“Feliz ano velho”... Para enterrar o natimorto impeachment, Dilma promete à burguesia aprofundar receita neoliberal com novos ataques covardes aos trabalhadores

SAI LEVY ENTRA BARBOSA PARA APROFUNDAR O "AJUSTE" NEOLIBERAL  
Para a corrompida esquerda "chapa branca" é uma vitória das massas....

GOLPE MORTAL DO STF NO IMPEACHMENT
Posição da burguesia continua sendo "sangrar" Dilma por mais tempo

SEM MUITO ENTUSIASMO...
"Militantes pagos" da frente popular saem às ruas para defender o governo Dilma e a "santa democracia"

16 DE DEZEMBRO
"Fica Dilma" ou eu apoio o ajuste fiscal, perda dos direitos sociais, arrocho salarial, desemprego e lei antiterrorismo contra os movimentos sociais. Tudo em nome da democracia!

FIASCO DOS ATOS DO DIA 13
Tentativa de Impeachment conduzida pelo desmoralizado Cunha era o "presente de natal" que Dilma esperava

13 DE DEZEMBRO - 1968/2015
Empunhando o “Impeachment”, a marcha dos reacionários ratos em direção ao fascismo retorna na história como uma piada de mau gosto! Não passarão as viúvas da ditadura militar!

 “SIMIA, CAUDAM TUAM CUSTODI”
MRT/LER critica PSTU por “flertar com a direita” ao defender Eleições Gerais porém propõe pior, entregar o poder a reação burguesa via uma Assembleia Constituinte

DILMA RECEBE O "GOLPISTA" TEMER PARA O JANTAR
Acordo mesmo só em seguir esfolando o povo trabalhador

STF DÁ UM "TIRO DE ADVERTÊNCIA" CONTRA CUNHA
Renuncia ou vai em cana!

ESCARAMUÇAS DA QUADRILHA DO PMDB
O "valor" da missiva de Temer e a audácia do bandido Cunha

"O CAPITÃO DO GOLPE" ERA ATÉ POUCO TEMPO O ARTICULADOR POLÍTICO DO GOVERNO DILMA
Traição de temer ou capitulação do PT as oligarquias mais corruptas e a direita do país?

IMPEACHMENT SOB O CÉU DE BRASÍLIA
O enforcado quer decapitar a náufraga. Lutar por um poder dos trabalhadores!

CARTA ABERTA AO COMPANHEIRO VALTER POMAR (AE)
Denunciar ruptura de uma garantia constitucional na onda da "ditadura jurídico policial" não é o mesmo que "chancelar" a conduta criminosa de Delcídio

PRISÃO DO SENADOR DELCÍDIO
Não adianta nada ser petista neoliberal lava jato quer "terra arrasada" contra toda a Frente Popular

MANUTENÇÃO DOS VETOS PRESIDENCIAIS
Calhordas de "esquerda" da Frente Popular comemoram a vitória do arrocho salarial contra trabalhadores e aposentados

FUZILAMENTO DE CINCO JOVENS NEGROS NO RJ
Polícia é o braço armado institucional da elite capitalista racista, mas a esquerda revisionista ainda considera os assassinos como "companheiros de luta"

PROFESSORES DE FORTALEZA NA LUTA
Prefeito Roberto Cláudio, "filhote" de Ciro Gomes, rouba verba do Fundef destinada aos trabalhadores

VITÓRIA DOS ESTUDANTES EM SÃO PAULO
Resistência obriga Alckmin a "suspender" fechamento das escolas! Manter as ocupações até a revogação do decreto e o fim das perseguições!

PELA VITÓRIA DA RESISTÊNCIA PALESTINA CONTRA O ENCLAVE TERRORISTA DE ISRAEL
Por uma frente única de combate anti-imperialista com Hezbollah e FPLP ao lado de Assad-Putin contra o EI e seus aliados sionistas!

CAIU A MÁSCARA NA DERRUBADA DO CAÇA RUSSO
EUA e Turquia revelam que seu verdadeiro aliado é o EI!

ATO EM SÃO PAULO DE SOLIDARIEDADE À SÍRIA
LBI denuncia ameaça de intervenção da OTAN após os atentados de Paris

ESTADO DE EXCEÇÃO DURANTE A COP21 NA FRANÇA
Hollande encarcera trezentos ativistas antiimperialistas agora considerados "terroristas"

DILMA E MACRI NÃO POR COINCIDÊNCIA O MESMO “AJUSTE” E O MESMO AMO...
O "Deus" mercado! 

MACRI TRIUNFA PROMETENDO ATACAR A VENEZUELA...
Morenistas e Altamiristas comemoram "que será um governo mais débil para aplicar o ajuste"

DIREITA VENCE ELEIÇÕES PARLAMENTARES NA VENEZUELA
Encruzilhada para o chavismo, ou expropria os capitalistas sabotadores ou será varrido do poder pela via da democracia burguesa

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015


“FELIZ ANO VELHO”... PARA ENTERRAR O NATIMORTO IMPEACHMENT, DILMA PROMETE À BURGUESIA APROFUNDAR RECEITA NEOLIBERAL COM NOVOS ATAQUES COVARDES AOS TRABALHADORES

O governo Dilma anunciou que não vai tirar “férias” e sua equipe vai passar o final do ano “trabalhando” com dois objetivos concretos: enterrar o impeachment já no começo de 2016 pela via do controle que tem do Senado com a ajuda do quadrilheiro Renan Calheiros e para anunciar nos primeiros dias de janeiro duas “novas” reformas “estruturais” (leia-se neoliberais até a medula), uma Trabalhista e outra da Previdência . A nova Reforma da Previdência pretende impor uma idade mínima para o trabalhador ter um tempo mais prolongado para se aposentar, ou seja, estender ainda mais o tempo de contribuição ao INSS. No plano da reforma trabalhista os neochefes da equipe econômica palaciana querem retirar os diretos sociais que Levy lamenta não ter conseguido efetivar. Planeja-se também a volta da CPMF que gerará mais inflação e aumento de preços, corroendo os salários já achatados. Nos planos de Nelson Barbosa, comenta-se nos gabinetes palacianos que a chamada “idade mínima” seria 65 anos, em um claro “Deus lhe pague”. Sob o comando do novo Ministro do Planejamento, Valdir Simão, os “projetos sociais” se inspiram na “Escola de Chicago”. Esse é o “espírito natalino” do governo Dilma. Para assegurar a sua governabilidade burguesa, a Frente Popular se compromete com a burguesia nacional e o imperialismo em aprofundar o ataque a já parca seguridade social e aos direitos mínimos dos trabalhadores. O mais irônico é que com a vitória do governo no STF e a saída de Levy, a esquerda corrupta “chapa branca”, incluindo todo o PT, PCdoB, PCO e as centrais sindicais como a CUT comemoraram que agora o Planalto iria tomar “um outro rumo e ouvir as ruas”. Só se o caminho de agradar o “Deus” mercado for em Wall Street!!! De nossa parte sempre alertamos que o natimorto processo de impeachment comandado pelo bandido Cunha era um verdadeiro “presente de natal” para Dilma já que além de estar fadado a ser derrotado estava servindo para fortalecer o governo através de sua política de colaboração de classes, colocando o grosso das corrompidas entidades do movimento operário e popular (CUT, UNE, MST, MTST, setores do PSOL e PCO) na trincheira de defesa do governo Dilma contra o inexistente “golpe da direita”. Não deu outra! Todos os sinais desse final de ano apontam para a derrota da manobra de Cunha e do PSDB-DEM no parlamento e, no lastro desse desfecho, se planeja uma brutal ofensiva do governo contra as massas. Podemos assim anunciar um “feliz ano velho” já que 2015 acaba prenunciando um 2016 com duros golpes contra os trabalhadores via as demissões, cortes de verbas nos serviços públicos, aprofundamento da recessão econômica e atraso de salários. Estamos assistindo os servidores públicos de vários estados nem receberem seu 13º (como no Rio, governado pelo PMDB aliado de Dilma, Pezão) ou “reajuste zero” em 2016 anunciado pelo governo Camilo Santana, do Ceará, filhote do mais engajado “anti-golpista”, Ciro Gomes (PDT). Esse cenário extremamente difícil no “ano que vai nascer” reafirma nosso chamado a vanguarda classista para enfrentar o governo da Frente Popular com a ação direta nas ruas, pois a tendência de greves e paralisações espontâneas é enorme devido ao alto grau dos ataques às condições vitais. Para que estas lutas sejam vitoriosas faz-se necessário unificá-las e se nortear pela independência de classe, combatendo pela esquerda o governo Dilma, a oposição demo-tucana e os grupos fascistas. Estes blocos disputam em dois campos políticos distintos mas tem interesses de classe comuns contrário aos interesses históricos e imediatos dos trabalhadores, forjando uma alternativa revolucionária diante da polarização política e eleitoral que marcará 2016.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

PREFEITO ROBERTO CLÁUDIO, "FILHOTE" DE CIRO GOMES, ROUBA VERBA DO FUNDEF DESTINADA AOS PROFESSORES DE FORTALEZA


Ocorreu nesta segunda-feira, 21, uma manifestação em frente à sede do governo municipal  de Fortaleza, contra o roubo que o prefeito Roberto Cláudio (PDT) pretende fazer da verba do FUNDEF que deveria ir diretamente para os salário dos professores, cerca de R$ 289 milhões. Os recursos do FUNDEF não utilizados em anos anteriores devem ser destinados em 60% para pagamento da remuneração de professores em efetivo, mas o filhote da oligarquia da famiglia Gomes quer surrupiar esse dinheiro para usar na sua reeleição. Os companheiros da "Oposição de Luta"/TRS, convocaram os professores para uma manifestação exigindo o pagamento devido do FUNDEF como parte de um processo de luta pela reposição das enormes perdas salariais. A oligarquia Gomes acaba de filiar ao PDT, além de já terem o controle do PT no estado do Ceará com o governador "marionete" Camilo Santana. Ciro está encabeçando uma campanha nacional contra o "golpe", na defesa "leal" do governo Dilma. O neocoronel só "esqueceu" de divulgar que está dando um verdadeiro golpe nos salários do funcionalismo estadual, cancelando o reajuste anual de 2016 sob o pretexto de cumprir a determinação do "ajuste" fiscal da equipe econômica planaltina, agora encabeçada por Nelson Barbosa. Os "democratas" Gomes seguem assim os outros governadores Dilmistas que hoje atacam violentamente os trabalhadores estatais, que sequer receberam o décimo terceiro salário em dezembro. O fato a ser registrado é a nefasta posição da "esquerda chapa branca", como o PCdoB e o PCdoO, que corrompidas pela grana da oligarquia Gomes no Ceará silenciaram solenemente ao assalto aos bolsos dos professores e funcionários públicos do estado. Em particular chama atenção o PCdoO, representado no Ceará por um satélite degenerado, que passou a defender o governo neoliberal do PT como um "baluarte" da luta pela democracia burguesa, omitindo o feroz ataque da Frente Popular aos direitos sociais dos trabalhadores. Em contrapartida a TRS/LBI que não se corrompeu diante das verbas estatais, convocou o movimento de massas a se mobilizar contra o arrocho e roubo salarial promovido pelos governos da "esquerda" capitalista (PDT/PMDB/PT) alinhados com a política de austeridade imposta pelos rentistas do mercado financeiro.

Professores da LBI na manifestação contra o 
roubo do FUNDEF, ao centro Cida Albuquerque da OL/TRS
DILMA E MACRI NÃO POR COINCIDÊNCIA O MESMO "AJUSTE" E O MESMO AMO: O "DEUS" MERCADO! TODOS A MARCHA RUMO A PLAZA DE MAYO NESTA PRÓXIMA TERÇA PARA DERROTAR A OFENSIVA NEOLIBERAL!


O reacionário presidente Macri mal acabou de tomar posse na Casa Rosada e já descarregou nas costas da população trabalhadora as primeiras medidas de seu "ajuste", a semelhança com as primeiras ações neoliberais do segundo mandato da colega Dilma são enormes. Logo de cara Macri desvalorizou a moeda nacional em mais de 40%, rompendo com o parcial controle cambial estabelecido pela ex-presidente Cristina Kirchner. No Brasil a equipe econômica do governo Dilma, fiel aos seus "princípios" monetaristas deixa o câmbio "flutuar" livremente, levando o Dólar bater na casa dos 4 Reais. Na Argentina a "maxi" deve gerar uma perda salarial que beira os 70%, pois os grandes empresários aproveitaram a desvalorização do Peso para remarcar os preços em mais de 100%. No campo político Macri quer manter sua frágil governabilidade sob as bases dos DNU's (Decreto de Necessidade de Urgência), uma espécie de Medida Provisória brasileira, determinando a nomeação de juízes da Corte Suprema e suprimindo o pagamento de impostos para os oligopólios agrários e industriais. Neste caso também é evidente a similaridade com o "projeto" Dilmista. Porém não é uma mera coincidência a identidade nas linhas gerais dos governos Macri e Dilma, apesar dos matizes políticos bastante diferenciados ambos seguem as "diretrizes" impostas pelos rentistas e seu "deus" mercado. Ficou patente quem é que realmente manda no governo Macri, quando da nomeação de seus ministros"gerentes" indicados por transnacionais e cartéis financeiros. Mas no Brasil em pleno "governo da esquerda" (como o arco "chapa branca" gosta de qualificar a gerência Dilma) não foi muito diferente, quando o agronegócio e bancos apontaram os ministros da Frente Popular. Macri "refez as pontes" do governo com os barões da mídia corporativa e ainda afirmou que se inspirou na boa relação de Dilma com a famiglia Marinho. O movimento de massas na Argentina não perdeu tempo com a cretina proposta de pacto apresentada por Macri (talvez esta seja a única diferença com o Brasil) e já convocou uma vigorosa mobilização unitária para a próxima terça (22/12) exigindo um bônus salarial de emergência natalina. A marcha popular que deverá lotar a histórica Plaza de Mayo com milhares trabalhadores é uma primeira iniciativa de frente única de ação com todas as organizações políticas e sindicais que não foram cooptadas pelos "acenos" governamentais de Macri, um bom exemplo de luta para o proletariado combater o ajuste neoliberal da "gerentona" Dilma. A tarefa imediata da classe operária do Cone Sul é uma só: Derrotar nas ruas as gerências neoliberais (de esquerda ou direita) e seu único amo, o imperialismo ianque!

domingo, 20 de dezembro de 2015

“SIMIA, CAUDAM TUAM CUSTODI”: MRT/LER CRITICA PSTU POR “FLERTAR COM A DIREITA” AO DEFENDER ELEIÇÕES GERAIS PORÉM PROPÕE PIOR, ENTREGAR O PODER A REAÇÃO BURGUESA VIA UMA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE


O MRT/LER acaba de acusar o PSTU de “flertar com a direita” por este defender o “Fora Todos! Eleições Já!” diante da crise do governo Dilma. Segundo os críticos cara-de-pau do PSTU: “esta política cede terreno para a oposição burguesa (e as camadas sociais que a apoiam) como potencial ganhador da crise do governo petista”. Não resta dúvida que a política do morenismo em defender eleições gerais levaria neste momento necessariamente a direita à presidência e a ampliar seu domínio político no Congresso Nacional. Mas o que defende o MRT/LER como saída para a crise do regime político burguês? Pasmem, reivindicam a convocação de “uma nova constituinte imposta pela força da mobilização”!!! (Esquerda Diário, 19.12). Imaginemos neste quadro de ofensiva política e ideológica da direita e neoliberais (o que inclui o próprio PT) que tipo de parlamentares constituintes seriam eleitos e que “pérola” de nova constituição seria elaborada! Somente os idiotas da MRT/LER podem pensar que neste retrocesso político das massas surgiria uma bancada revolucionária ou mesmo progressista capaz de impor alguma conquista social em uma nova constituição federal. Os que aparentemente criticam o PSTU pela “esquerda” adotam uma política muito pior, mais direitista, na medida em que a proposta de Constituinte abriria um caminho para um ataque de maior envergadura da burguesia e da direita para retirar direitos dos trabalhadores. Se os delirantes oportunistas do PSTU acham que do movimento “Fora Dilma” encabeçado pela direita surgirá pela via eleitoral um “governo socialista dos trabalhadores”, o MRT/LER acreditam em um delírio ainda mais nefasto que da força da mobilização da direita e dos grupos fascistas nascerá uma “constituição revolucionária”! Já denunciamos amplamente que a política do morenismo apesar de encoberta de frases radicalizadas como a da “mobilização dos trabalhadores” e “Congresso Corrupto” não aponta na direção da ruptura institucional e revolucionária com este regime, caindo Dilma com as regras constitucionais vigentes ou teremos o vice Temer ou no máximo novas eleições (em um curto prazo) onde o a direita tucana daria um “passeio”. A única alternativa de poder já constituída no momento para o “default” de Dilma é da ala burguesa mais reacionária e “linkada” diretamente ao imperialismo. Mas o MRT/LER propõem ir além, ou seja, dar ainda mais poderes a reação burguesa! As alternativas políticas lançadas pela esquerda revisionista diante do colapso prematuro de Dilma são até risíveis e desastrosas. O bloco que pugna neste momento por uma “Constituinte Soberana” teria que responder a seguinte questão: que poder estatal convocaria uma constituinte e que tipo de nova carta magna poderia ser elaborada nesta conjuntura de ofensiva total da direita mais recalcitrante? Obviamente a resposta só pode ser a de um desastre total. Pensar que Temer, Cunha, Aécio ou coisa assemelhada possa convocar uma constituinte progressista é no mínimo uma piada de mau gosto, e no caso de Dilma permanecer no governo até o fim e “topar” a proposta o resultado não é muito diferente no quadro de ajuste neoliberal em curso no parlamento. No caso da consigna de novas “eleições gerais” também formulada pelo revisionismo, se aplicaria a mesma dinâmica geral da constituinte, ou seja, nesta etapa uma acachapante vitória da direita fascista. Desde a LBI defendemos que o proletariado não deve apresentar uma “agenda democrática” para a crise capitalista, como pretendem os revisionistas do PSTU, LER/MRT, PCO etc.. A única saída realmente progressista diante da barbárie capitalista é por abaixo a ditadura de classe da burguesia e construir o novo Estado Operário, a falência histórica da democracia formal emoldurada pelas elites reacionárias já demonstrou para os trabalhadores que sua única alternativa é a luta pelo socialismo!

sábado, 19 de dezembro de 2015

BARBOSA ASSUME PARA APROFUNDAR O "AJUSTE" NEOLIBERAL COM O FOCO EM RETIRAR DIREITOS DOS TRABALHADORES EM UMA NOVA REFORMA DA PREVIDÊNCIA: PARA A CORROMPIDA ESQUERDA "CHAPA BRANCA" É UMA VITÓRIA DAS MASSAS....


Levy "pediu o boné" logo após o país novamente ser rebaixado por outra "agência de risco", seu trabalho sujo a favor dos rentistas já estava quase completo. Com o último rebaixamento internacional a taxa de juros estabelecida pelo Banco Central deverá subir mais uma vez, "um presente de natal" para os detentores dos títulos públicos, ou seja, os banqueiros. O estafeta do Bradesco no governo Dilma não sentia mais condições políticas de "puxar a corda", no sentido de iniciar a tão esperada (pelo mercado é claro!) Reforma da Previdência. Por sinal o "ajuste" do sistema previdenciário nacional hoje é o "carro chefe" programático de todas as frações das classes dominantes, desde Renan com sua "Agenda Brasil" ou Temer com sua "Ponte para o Futuro" toda a burguesia clama para desmontar o regime de proteção social do INSS. Porém o novo ministro da Fazenda Nelson Barbosa, um tecnocrata neoliberal bem afinado com o PT, não se fez de rogado, sua plataforma de gestão está focada na conclusão das reformas exigidas pelo mercado e os "barões investidores". Não seria demais recordar que a dupla de picaretas monetaristas Levy/Barbosa já promoveu no início do segundo governo Dilma uma "mini" Reforma da Previdência Social, retirando direitos fundamentais dos trabalhadores como a mudança nas regras de pensão por morte ou invalidez e alteração da licença médica remunerada. Isto sem falar na manutenção do chamado "Fator Previdenciário" em uma nova versão ainda mais danosa para as aposentadorias. Entretanto os rentistas acharam muito pouco... exigindo um ataque ainda mais severo nos direitos sociais. Levy estava muito desgastado para finalizar o pacote das reformas e no meio da intensa crise política o melhor é utilizar um "rosto mais limpo" e tranquilizar o mercado. Nelson Barbosa assume já declarando: "O foco da política econômica continua sendo promover o ajuste fiscal". Mas não para por aí. Barbosa sabe que sua missão ministerial tem com centro o ataque a previdência pública: "É preciso continuar o esforço do equilíbrio fiscal e avançar nas reformas estruturais de longo prazo... O item principal neste caso é a Previdência" (O Globo 18/12). A redução orçamentária estrutural com os gastos do regime de proteção social estabelecido pela Constituinte de 88 é atualmente o "sonho de consumo" dos neoliberais de todas as "pelugens". O fato mais grave nesta conjuntura onde o horizonte aponta para uma ofensiva patronal ainda mais agressiva, é que a corrompida esquerda "chapa branca" passou a comemorar os sinistros planos anunciados por Barbosa como uma "conquista das massas". Para os cretinos vendidos PCdoB e seu primo o "PCdoO", a troca dos ministros foi uma "exigência das ruas", já para a CUT e o PT Barbosa retomará o "desenvolvimento econômico", um cinismo delirante muito bem remunerado pelo caixa do Planalto.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

NATIMORTO PROCESSO DE IMPEACHMENT RECEBE GOLPE MORTAL DO STF: A POSIÇÃO DA BURGUESIA CONTINUA SENDO "SANGRAR" DILMA POR MAIS TEMPO


O alvoroço oportunista da esquerda "chapa branca" anunciando o "golpe de estado para amanhã", na sequência da decisão de Cunha ao acatar o processo de impeachment na Câmara dos Deputados, se desfez completamente com a votação de ontem (17/12) do pleno do STF. A esmagadora maioria dos togados da Corte Suprema praticamente anulou a manobra parlamentar cunhista e ainda por cima "desabilitou" a Câmara dos Deputados a ter a primazia do processo constitucional do impeachment. Pelo entendimento majoritário do STF o Senado Federal terá o poder de inclusive anular o processo de impedimento iniciado na Câmara, sem que haja qualquer interrupção do mandato presidencial. Porém o governo agora reforçado pelo fiasco da "domingueira coxinha" pretende enforcar o processo, junto com seu "maestro", no âmbito da própria Câmara. Para cumprir a "meta" de se manter no Planalto, Dilma já isolou o vice Temer selando um "honrado pacto" com Renan Calheiros para tentar obter o controle do PMDB, por enquanto com apoio de Pezão e Renan conseguiu reempossar o ex-filhote mafioso de Cunha, Picciani, na liderança da bancada na Câmara. Completando a semana, o ministro Levy anunciou sua saída do governo após terminar a primeira fase do ajuste neoliberal, a segunda etapa ainda mais draconiana e recessiva ficará a cargo de um nome mais ligado a estrutura do PT. Para a burguesia nacional foi vencido o período da turbulenta precipitação do enforcado Cunha, que provavelmente perderá o posto de presidente e inclusive o próprio mandato de deputado, isto se não for preso por determinação do STF. A orientação geral das classes dominantes segue na linha política do "sangramento" do governo Dilma, combinada com a intensificação da barganha estatal diante de uma presidente extremamente fragilizada. Dilma será "carregada" pela burguesia até que se complete o conjunto das reformas neoliberais que se propôs a implementar. A "esquerda" corrompida também ganha fôlego (e mais verbas!) com a solidificação do chamado "campo democrático contra o golpe", que abarca desde setores aliados do PMDB até a tendência hegemônica do PSOL ( Ivan Valente e seu grupo), passando momentaneamente agora pelo PSB e REDE. Os Marxistas Revolucionários não podem ter lugar nesta "embarcação" política de colaboração de classes, e mesmo minoritários reafirmam a necessidade de combater pela independência de classe do proletariado e a construção da alternativa de poder revolucionário frente à crise estrutural do capitalismo e seu regime da democracia dos ricos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

SEM MUITO ENTUSIASMO "MILITANTES PAGOS" DA FRENTE POPULAR SAEM ÀS RUAS PARA DEFENDER O GOVERNO DILMA E A "SANTA DEMOCRACIA"


Gritando palavras de ordem contra o "golpe" e em defesa do governo Dilma, ocorreram neste último 16/12 os atos "chapa branca" nas principais cidades do país. Mesmo com todo peso do aparato estatal (governos e prefeituras da base aliada) as mobilizações não conseguiram superar em número de pessoas os atos contra o impeachment ocorridos em agosto. Desta vez a "ordem" veio do Planalto, e o conjunto da "militância paga" (no sentido mais amplo do termo) "comprou" o mote da iminência do golpe cunhista e do "amor eterno" pela democracia dos ricos. Intelectuais e artistas do arco governista, os mesmos que atacam furiosamente as greves e ocupações operárias e populares mais radicalizadas, convocaram em vídeos na internet o povo a sair às ruas para defender o mandato presidencial sufragado nas urnas. Porém a exceção da cidade de São Paulo que manteve o mesmo número da mobilização de agosto, as manifestações “chapa branca" pelo país perderam força e foram marcadas pelo artificialismo e falta de entusiasmo espontâneo dos ativistas. É bem verdade que um amplo espectro de antigos militantes da esquerda hoje sobrevivem graças a algum subsídio estatal, o que não deixa de ser compreensível diante da "generosidade" dos governos petistas com grandes empresários e burocratas do alto escalão federal. A verdade é que nesta conjuntura onde o governo Dilma descarrega o ônus da crise capitalista sobre os ombros dos trabalhadores, sob a forma do ajuste neoliberal, não deixa de ser uma boa notícia para o Planalto o fato de que ainda aconteça movimentação popular para defender o projeto de poder da Frente Popular. A polarização estabelecida entre o bandido Cunha versus a presidente Dilma, sob a representação de um processo de impeachment, foi politicamente excelente para um governo desgastado socialmente e acuado pela direita parlamentar. Como já teorizam os melhores quadros de esquerda da Frente Popular, o momento é de contrapor a "Democracia ao Golpe" e desta forma "limpar" a imagem de Dilma em relação aos movimentos sociais. A estrutura dos aparelhos sindicais, CUT, UNE, CTB etc.. está totalmente voltada para a defesa do governo, enquanto as lutas por reposição salarial e manutenção de direitos ameaçados são abandonadas a própria sorte. Isto quando vários governos estaduais da "base aliada" já anunciaram o parcelamento do décimo terceiro ou mesmo o cancelamento do reajuste salarial de 2016. Já o governo Dilma segue congelando o salário do funcionalismo federal há vários anos e a CUT se "finge de morta", tudo em nome da "santa democracia" ! No plano das negociatas de Brasíllia, Dilma retoma a ofensiva contra a ala "golpista" do PMDB e acaba de reemplacar o líder Picciani na Câmara dos Deputados, um filhote de Cunha que preferiu se agarrar as verbas do governo. No STF continua o julgamento da validação ou não do rito do impeachment iniciado pela mesa da Câmara, enquanto o Procurador Janot solicita o afastamento de Cunha, vamos aguardar a correlação de forças deste embate intestinal no seio das frações burguesas. Quanto as bandeiras do socialismo (incluindo as intervenções) estas não foram vistas nos atos governistas, desgraçadamente a "esquerda" reformista foi corrompida pela cantilena (e favores) da "sagrada democracia burguesa".

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

16 DE DEZEMBRO: "FICA DILMA" OU EU APOIO O AJUSTE FISCAL, PERDA DOS DIREITOS SOCIAIS, ARROCHO SALARIAL, DESEMPREGO E LEI ANTITERRORISMO CONTRA OS MOVIMENTOS SOCIAIS. TUDO EM NOME DA DEMOCRACIA!


A esquerda "chapa branca", corrompida até a medula pelas instituições da democracia burguesa, lança neste 16 de Dezembro o movimento "Fica Dilma" em contraposição aos fracassados atos da direita que apoiaram a iniciativa "impetista" do bandido Eduardo Cunha. O arco político "planaltino" afirma que está em risco no país a vigência do regime democrático e que um "golpe" está em marcha contra o mandato da presidenta Dilma, sufragado pelas urnas. Como Marxistas Revolucionários, e sob a ótica histórica da classe operária oferecemos a seguinte resposta a estes charlatães de "esquerda", integrados ao Estado Capitalista pela via de "generosas" verbas do governo da Frente Popular.

1- O protótipo da democracia burguesa clássica, reinstaurada no país após vinte anos de regime militar com o advento da Nova República em 1985 e depois institucionalizada pela constituinte de 1988, não está sendo questionada por nenhuma das frações parlamentares da oposição burguesa. Estes segmentos da direita que agrupa desde a oposição Demotucana até "personalidades" da "base aliada" no parlamento, exigem o impeachment de Dilma tendo como base real não as "pedaladas fiscais" mas o enorme descontentamento social com um governo que praticou estelionato eleitoral prometendo não retirar direitos dos trabalhadores e tampouco mergulhar o país em uma recessão econômica. Como um bando burguês neoliberal, a tucanalha reivindica a originalidade do projeto em curso e o direito de gerenciá-lo no comando do Estado.Variante política que se confirmaria em um possível governo Temer ou Neves.

2- A suposta "vontade das urnas" neste regime democratizante (paródia da democracia formal burguesa) não passa de uma grotesca ficção política. Em uma eleição regida pelo financiamento de grandes grupos econômicos, manipulada por urnas virtuais "robotronicas" e ainda por cima ordenada por regras absolutamente antidemocráticas, falar em "soberania popular" é no mínimo pretender enganar o povo com o mito do "valor do voto",ou todos somos iguais na democracia.

3- Golpe constitucional da oposição conservadora ou manobra das máfias parlamentares para encurtar o mandato de Dilma, não significa um golpe de estado na concepção marxiana do termo, tampouco está em marcha um golpe militar que postule a substituição do controle estatal por parte elite dominante civil pela cúpula castrense. O impeachment é um instrumento reacionário e antidemocrático incluso na própria constituição de 1988, que exclui a possibilidade do poder da população deliberar em períodos de crise política através dos próprios mecanismos da democracia burguesa. O próprio PT se utilizou deste recurso antidemocrático em 1992 para retirar Collor e empossar o vice Itamar Franco, sem que a população fosse chamada a decidir. Todo o processo político que levou a renúncia de Collor foi restrito as instituições republicanas, seja o Senado Federal, o STF, passando pela lendária "CPI do PC Farias".

4- O movimento operário e a esquerda revolucionária não pode admitir a tese reformista da "inviolabilidade das eleições burguesas",sob pena de não mais poder combater pela derrubada de qualquer governo eleito, seja da esquerda neoliberal burguesa ou da direita neofascista. Os Comunistas não reconhecem a "legitimidade das urnas", para nós a única legitimidade absoluta emana das mobilizações e reivindicações históricas do proletariado em direção ao socialismo. Por isso, apoiamos por exemplo a luta das FARC contra os governos eleitos pelas urnas colombianas, ou os trabalhadores franceses que exigem a renúncia do "socialista" neoliberal eleito, François Hollande.

5- Por último queremos afirmar a vigência do combate das massas a ofensiva ideológica mundial do imperialismo, que trafica desde o fomento de grupos neonazistas até as alternativas sociais-democratas que "rezam" a cantilena da democracia burguesa como " valor universal". O necessário e imperioso enfrentamento (político e militar) com a direita e as turbas fascistas não pode ser confundido com a apologia da democracia burguesa ou em frentes únicas artificiais com quem ataca permanentemente a luta do movimento de massas. Não será apoiando este governo neoliberal que iremos garantir nossos direitos às liberdades democráticas, conquistadas com o sangue dos nossos heróis combatentes ao regime militar!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

STF DÁ UM "TIRO DE ADVERTÊNCIA" CONTRA CUNHA: RENUNCIA OU VAI EM CANA!


Depois do fiasco geral do último domingo, onde a tropas unificadas da oposição conservadora pretendiam potencializar o processo de impeachment da presidente Dilma, a PGR e o STF decidiram contra atacar. Nesta manhã de terça feira (15/12) o presidente da Câmara dos Deputados acordou com a Polícia Federal batendo na porta de seu "Palácio do Jaburu"( do compadre Temer). Atordoado Cunha esperou pelo pior, ou seja, uma ordem de prisão emitida pelo Ministro Teori Zavascki, porém ainda não foi desta vez, o STF optou por um aviso prévio: "Um tiro de advertência" na linhagem bélica da guerra. A PF está cumprindo um mandado de busca e apreensão nas casas de vários caciques do PMDB citados na famigerada "Operação Lava Jato". Entre os chefes da quadrilha peemedebista indiciados estão atuais ministros do governo Dilma (Pansera e Henrique Alves), deputados e ex-senadores e governadores da legenda mafiosa. Mas o alvo central da PF é mesmo Cunha, que também sofreu outra derrota nesta mesma manhã no Conselho de Ética da Casa. Correu nos bastidores do Congresso um boato sobre um possível comunicado de renúncia do Presidente da Câmara esperado para esta tarde. Como já tínhamos caracterizado desde sua gênese, a tresloucada iniciativa "impetista" de Cunha seria um "tiro no próprio pé". A oposição de direita agora corre para agilizar a troca do comando da Câmara, no sentido de dar sobrevida política ao processo de impeachment admitido por Cunha. O governo Dilma trabalha no "fio da navalha" na medida que as investidas do STF também desequilibram sua frágil base de apoio no Senado. A tendência mais profunda da burguesia nacional é de cancelar a audaciosa iniciativa cunhista, e reiniciar o processo institucional de afastamento da presidenta em outro momento. Dilma ainda respira e até mesmo recebe socorro de todos os lados, inclusive da "oposição de esquerda". Amanhã o STF decidirá se cassa o trâmite institucional desferido por Cunha contra o Planalto. Por enquanto vige na República a máxima proferida pelo senador Catão no antigo império romano, e parafraseada equivocadamente pela operação da Polícia Federal: "Delenda est Carthago", atualizando para os nossos dias, "destruição total da rebelde colônia!"

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

FIASCO DOS ATOS DO DIA 13: TENTATIVA DE IMPEACHMENT CONDUZIDA PELO DESMORALIZADO CUNHA ERA O "PRESENTE DE NATAL" QUE DILMA ESPERAVA


As expectativas da oposição conservadora se desfizeram no início da noite deste domingo 13/12. Os atos realizados nas principais cidades do país ficaram muito abaixo da média das mobilizações anteriores contra a presidenta Dilma Rousseff, em algumas praças o vexame dos organizadores "coxinhas” e de seus colegas Demotucanos foi muito constrangedor diante da escassez absoluta de público. Para nós do Blog da LBI não foi uma surpresa o fiasco, já tínhamos prognosticado a dinâmica política da marcha da reação dirigida pelo bandido Eduardo Cunha: "A burguesia nacional tem uma posição cristalina sobre a crise política, não se dispõe a carregar o ‘fardo’ de Dilma até o fim do mandato, porém não embarcará de malas e bagagens na queimada ofensiva ‘impetista’ de Cunha." (Blog da LBI 08/12), para logo depois caracterizar o seguinte:"As manifestações da direita já estão marcadas para o próximo domingo 13, embora com poucas perspectivas de uma ampla galvanização social. As digitais sujas de Cunha no processo do impeachment dificulta a adesão de setores da classe média, hoje revestida de falsos pruridos éticos". (Blog da LBI 10/12). Não como videntes e sim como marxistas analisamos a correlação de forças entre as frações das classes dominantes para asseverar que este processo de "impetimento" aberto pela via da presidência da Câmara dos Deputados está irremediavelmente fadado ao fracasso, o que de forma alguma significa um estancamento da crise política do governo da Frente Popular. O processo de "sangramento" político da presidente deve prosseguir e até mesmo se acentuar. O que assistimos neste tragicômico aniversário de 47 anos do malfadado AI-5, foi que a iniciativa política das hordas neofascistas não foi acompanhada dos setores mais tradicionais da conservadora classe média urbana. Tendo Cunha como timoneiro do golpe parlamentar, auxiliado por figuras doentias como Aécio Neves e José Serra, este processo de impeachment não decola no parlamento e tampouco nas ruas e praças deste país. Muito provavelmente até mesmo o STF deve embargar nos próximos dias a aventura cunhista de atropelar os ritos institucionais do trâmite "golpista". O esvaziamento do domingo 13 não representou uma "adesão a democracia" por parte da população, como tenta passar a blogosfera "chapa branca" em parceria com a corrompida esquerda planaltina, apenas expressou o rechaço popular a escancarada guerra política dos bandos burgueses, ávidos por manejarem as reservas monetárias do Estado Capitalista segundo o interesse de seus "negócios". Como já tínhamos denunciado logo em seguida a ruptura de Cunha com o governo Dilma: Está aberta a temporada de barganha geral da burguesia! Covardemente a esquerda reformista muito se movimentou virtualmente nas redes sociais contra a domingueira 13 da direita, porém foi incapaz de convocar o enfrentamento nas ruas com as turbas neofascistas. Iniciativas como a dos trotskistas Fulvio Abramo e Mário Pedrosa em meados dos anos 30 convocando ao enfrentamento direto com a reação fascista não se registra mais nas fileiras de uma "esquerda" domesticada. Sem resistência do movimento de massas nas ruas, os "gatos pingados" da reação ainda se sentem estimulados a convocar novas panaceias para março do ano que vem, para celebrarem os 62 anos da quartelada militar. Desde as modestas forças da LBI, sem emprestar um mínimo de solidariedade política ao governo neoliberal do PT, chamamos a defenestrar as marchas da asquerosa direita, "viúva" do regime militar e consorte das ordens do imperialismo ianque para o Brasil.
Brigada de militantes da LBI saiu de vermelho denunciando
a domingueira coxinha

domingo, 13 de dezembro de 2015

13 DE DEZEMBRO 1968/2015: EMPUNHANDO O “IMPEACHMENT”, A MARCHA DOS REACIONÁRIOS RATOS EM DIREÇÃO AO FASCISMO RETORNA NA HISTÓRIA COMO UMA PIADA DE MAU GOSTO! NÃO PASSARÃO AS VIÚVAS DA DITADURA MILITAR!


No fatídico dia 13 de dezembro de 1968 o general assassino Costa e Silva decretava o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5 eliminava o mínimo de garantias democráticas que ainda restavam desde o trágico desfecho do golpe militar de 1º de abril de 1964. Mais prisões foram realizadas de militantes da esquerda revolucionária e a tortura foi oficializada nos quartéis e delegacias políticas (DOPS) do regime em todo o país. Porém havia um setor da chamada "oposição moderada" a ditadura que não foi molestado pelos militares, agrupados na ala liberal do antigo MDB, figuras como Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro, Tancredo Neves etc... passeavam tranquilamente pelos gabinetes de Brasília levantando a "bandeira da conciliação" com os genocidas golpistas. Passados exatos 47 anos do "golpe dentro do golpe" algumas figuras políticas de 68 como FHC, que na época pregavam "moderação" na oposição, enquanto a esquerda combatia em armas a ditadura, hoje vem à tona no cenário nacional convocando uma mobilização nacional pelo impeachment da presidente Dilma exatamente no aniversário do AI-5. Pelo menos tiveram o mérito histórico de deixarem a "máscara cair" revelando para as novas gerações que nunca foram opositores de fato ao regime militar. Com o mote político do "combate à corrupção" e o pretexto técnico das "pedaladas fiscais", a oposição tucana conservadora (antiga oposição moderada ao regime militar) se amálgama agora com a direita protofascista nesta marcha contemporânea de 13 de dezembro de 2015. A tucanalha que arrasou o país com a "privataria" made in Washington, agora cinicamente fala em nome da "moral e ética". O PSDB somado ao bloco dos reacionários ratos que sonham com o retorno do regime das prisões e covardes torturas dos ativistas da esquerda classista e revolucionária, aspiram pela volta da ditadura militar servil aos interesses econômicos do imperialismo ianque no país. Entretanto é preciso que se afirme com todo vigor, diante da confusão política impulsionada por uma falsa esquerda atrelada ao governo burguês "democrático", que a cretina manobra da escória parlamentar em abrir o processo de impeachment contra Dilma não significa um "Golpe de Estado" e tampouco represente o fim do regime democratizante instaurado no Brasil em 1985 com a ascensão da "Nova República". A ofensiva da direita demotucana e peemedebista contra o governo da Frente Popular está inserida no fim do ciclo histórico do "modelo" petista de gerenciar o Estado Burguês, lastreado no binômio de mercado: "crédito e consumo". Com a impossibilidade da permanência do "modelo" de gerenciamento petista, esgotado pelo agravamento da crise capitalista mundial, surge a necessidade do "ajuste", ou seja, há que se manter a alta rentabilidade do capital financeiro as custas das reservas financeiras do próprio Estado Burguês. Nesta nova etapa do regime capitalista o governo Dilma abandona de vez o chamado "neodesenvolvimentismo", que marcou as gestões anteriores do PT, e abraça com força o chamado "neorentismo", gerando uma feroz disputa política no seio das classes dominantes, como uma guerra de ratos vorazes diante da escassez de seu alimento predileto: o botim estatal. Está absolutamente cristalino que a operação de chantagem do impeachment, protagonizado pelo bandido Cunha, um ex-aliado, não representa uma saída "democrática e constitucional" frente à crise do governo Dilma, ao contrário abre as "portas do inferno" para que os neoliberais de "origem" em aliança com as viúvas furibundas da ditadura militar delirem com uma queda humilhante do governo da Frente Popular. Sempre é bom repetir mais uma vez que Dilma está a anos luz de ser um governo nacionalista burguês como foi o de Jango derrubado em 64, está sendo acuada pela direita não por propor "reformas democráticas de base", ao contrário comanda um draconiano ajuste neoliberal ditado pelos rentistas de Wall Street. Porém mesmo mantendo completa distância política da trincheira neomonetarista (ao estilo "Chicago Boys") do Palácio do Planalto, convocamos o movimento de massas a defenestrar a marcha reacionária da direita neste 13 de Dezembro. Em memória de todos os heróis tombados na brava resistência ao regime militar, neste aniversário sinistro do AI-5 afirmamos em uníssono: O SOCIALISMO TRIUNFARÁ HISTORICAMENTE SOBRE AS CINZAS DOS FASCISTAS E NEOLIBERAIS DE TODOS OS MATIZES POLÍTICOS!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

DILMA RECEBE O "GOLPISTA" TEMER PARA O JANTAR: ACORDO MESMO SÓ EM SEGUIR ESFOLANDO O POVO TRABALHADOR


Depois de passar dois dias estimulando o achincalhe de Temer, principalmente pela via da blogosfera "chapa branca", a presidente Dilma convidou seu vice "golpista" para um jantar palaciano na noite desta última quarta feira( 09/12). No cardápio previamente acertado entre os caciques dos dois partidos burgueses, PT e PMDB, não entraria o assunto impeachment de Dilma nem tampouco as mágoas epistolares de Temer. Antes do encontro Renan Calheiros tratou de "lembrar" a Temer que é no Senado que se dará a votação final do impeachment e que nesta Casa a quadrilha pemedebista está muito "confortável" com o tratamento que a presidente Dilma dispensa aos senadores. O presidente do Senado fez questão de assegurar a Temer que o Planalto não removerá das "tetas" do governo nenhum dos seus correligionários. Quanto aos apadrinhados de Cunha o tratamento será bem diferente, Dilma já anunciou a demissão de um dos vices presidentes da CEF, que até poucos dias detinha um dos cargos mais cobiçados do terceiro escalão, administrando as loterias da Caixa. Para os que negavam a recente parceria entre Dilma e Cunha deve ter sido uma revelação incomoda. O certo mesmo é que Dilma e Temer concordaram em transmitir uma versão consensuada da reunião, onde não houve ruptura mas também não se chegou ao reatamento da aliança política. O único acordo entre Temer e Dilma exposto ao grande público foi a decisão de manter a "institucionalidade" do regime burguês, o que significa mais estabilidade para o governo seguir com seus ataques neoliberais aos direitos da classe trabalhadora. Por sinal a principal e até agora a única bandeira programática ("Uma ponte para o futuro") de Temer é uma temerária "reforma da previdência" na qual o "ajuste" neoliberal já realizado por Levy e C&A foi considerado insuficiente. Quanto a este ponto Dilma não tem a menor divergência ou queixa de Temer...mas quando a questão é apoiar o impedimento a presidente vira uma fera... A barganha continua aberta e Temer joga dos dois lados, Dilma por sua vez não cogita sequer retirar as centenas de nomeações efetivadas pelo governo a pedido do vice. Para a mídia Dilma afirma confiar no espírito patriótico de Temer: "Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do país". Neste caso faltou Dilma dizer que "os maiores interesses do país" são na verdade os interesses dos rentistas que mandam em seu governo. Quanto ao "golpe" cunhista tanto denunciado pela esquerda planaltina como uma "ameaça à democracia", Dilma prefere negociar mais cargos com a máfia peemedebista do que enfrentar a escória reacionária parlamentar convocando a efetiva mobilização popular contra os planos do imperialismo de destruir a economia nacional. Porém as manifestações da direita já estão marcadas para o próximo domingo 13, embora com poucas perspectivas de uma ampla galvanização social. As digitais sujas de Cunha no processo do impeachment dificultam a adesão de setores da classe média, hoje revestida de falsos pruridos éticos. Já a marcha governista de apoio a Dilma, agendada para o próximo 16, deve agrupar somente os funcionários rentados do PT e a tradicional burocracia sindical, a vanguarda classista que enfrenta cotidianamente os planos de arrocho e ajuste do estafeta Levy não está disposta a defender nas ruas a continuidade do lucro dos rentistas. Enquanto perdurar a disputa fratricida no seio das classes pelo controle do botim estatal, a classe operária seguirá combatendo por uma alternativa política própria diante da crise estrutural capitalista.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O "VALOR" DA MISSIVA DE TEMER E A AUDÁCIA DO BANDIDO CUNHA


A missiva eivada de "magoa" do vice Michel Temer enviada a presidente Dilma e vazada pelo próprio no sentido de repercutir amplamente na mídia seus queixumes, tem um duplo objetivo. Em primeiro plano é a declaração inicial de ruptura não com o governo como um todo, mas dos esforços da presidenta em barrar o rito do impeachment ainda no estágio da Câmara dos Deputados. Temer com muita habilidade elencou ressentimentos para evitar um debate político que já o marcasse como "general" da oposição e articulador do impedimento da "chefe", que até pouco tempo lhe outorgara a tarefa de partilhar os cargos do segundo e terceiro escalão estatal com integrantes de sua quadrilha pemedebista. Para a anturragem dilmista a mensagem epistolar de Temer não foi lida como uma ruptura total, mas sim como um pedido de mais "carinho" do governo com seus comparsas tão "carentes" de verbas públicas. Afinal das contas Temer não entregou os cargos que detém no aparelho de estado, somente orientou o seu pupilo Eliseu a demonstrar toda sua ofensa com o governo por não ter conseguido emplacar justamente uma vaguinha no segundo escalão de sua própria pasta, os ratos do Planalto já é sabido não se contentam com comendas exigem "queijo" bem "carinho" para o seu consumo. Para a oposição a carta de Temer foi celebrada como uma declaração aberta de adesão ao "golpismo" parlamentar, a tucanalha já tinha sido avisada de seu conteúdo em reunião do vice com o governador Alckmim no final de semana. Serra já passou a comandar a elaboração de um programa econômico para um governo de "transição" encabeçado por Temer. Porém o sinal mais importante e imediato da "temerosa" carta foi captado pelo amigo Cunha. O bandido que preside a Câmara dos deliquentes não poupou audácia diante do signo emitido desde o Jaburu, rapidamente instalou uma votação (onde tinha certeza da vitória) para controlar a comissão que processará o trâmite do impeachment. Pouco se importou com o regimento da Casa que atribui aos líderes partidários a missão de indicar seus representantes para a fatídica comissão, "bateu chapa" contra a base aliada e ganhou com uma margem ainda muito distante de assegurar o impeachment de Dilma. O "imperador" da escória parlamentar também se sentiu fortalecido para tentar destituir o líder do PMDB, antigo aliado fiel, citado por Temer com centro dos "ciúmes" de sua facção, vamos ver se consegue escantear Picciani. Entretanto Dilma não está "morta", e seus aliados no STF suspenderam momentaneamente a aventura de Cunha, o plenário da Corte decidirá toda a dinâmica institucional do processo no próximo dia 16 de dezembro. Neste pleno do Supremo se medirá concretamente as forças de cada lado nesta disputa intestina pelo controle do Estado Burguês, o único consenso entre ambas as frações políticas das classes dominantes é seguir com o "ajuste" exigido pelos rentistas. De um lado o campo da Frente Popular e seus pequenos acólitos corruptos como o PCO, do outro a oposição conservadora sedenta por "radicalizar" a plataforma neoliberal do governo Dilma. A classe operária não tem nenhum "lado" nesta guerra fratricida dos bandos capitalistas, lutará para impor seu próprio poder revolucionário sobre as ruínas decadentes deste regime podre da democracia dos ricos. Portanto o proletariado não deve apresentar uma "agenda democrática" para a crise capitalista, como pretendem os revisionistas do PSTU, LER/MRT, PCO etc.. A única saída realmente progressista diante da barbárie capitalista é por abaixo a ditadura de classe da burguesia e construir o novo Estado Operário, a falência histórica da democracia formal emoldurada pelas elites reacionárias já demonstrou para os trabalhadores que sua única alternativa é a luta pelo socialismo!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

DIREITA VENCE COM FOLGA ELEIÇÕES PARLAMENTARES NA VENEZUELA: ENCRUZILHADA PARA O CHAVISMO, OU EXPROPRIA OS CAPITALISTAS SABOTADORES OU SERÁ VARRIDO DO PODER PELA VIA DA DEMOCRACIA BURGUESA


O MUD (Mesa da Unidade Democrática), bloco de oposição semifascista ao regime Bolivariano, ganhou neste domingo (06/12) com larga margem de votos e cadeiras as eleições gerais parlamentares que empossarão a nova Assembleia Nacional Venezuelana. A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, acaba de anunciar que o MUD triunfou nas eleições legislativas com um total de 99 deputados, contra 46 do GPP (Grande Polo Patriótico) coalização de apoio ao governo Nicolás Maduro. A Assembleia Nacional é composta por 167 cadeiras e ainda faltam preencher 22 assentos (alguns com critérios específicos para minorias), o que poderá resultar em um desastre ainda maior para o Chavismo caso o MUD conquiste 2/3 dos parlamentares. Após o anúncio oficial o presidente Nicolás Maduro aceitou em rede nacional a derrota eleitoral com "moral e ética", segundo suas próprias palavras: "Olhando para estes resultados a que chegamos com nossa moral, nossa ética, para reconhecer estes resultados adversos, a aceitar e dizer que a nossa Venezuela ganhou a Constituição e a democracia". É a primeira vez em 16 anos que a oposição de direita ao Chavismo sai vitoriosa no Parlamento, desde que a Assembleia Nacional foi  criada no ano de 2000 após a dissolução constitucional do antigo regime político e seu Congresso Parlamentar. A cúpula do MUD, diretamente ligada à Casa Branca e aos grandes grupos capitalistas que controlam a economia do país, festejou os resultados eleitorais como o " início do fim" do regime nacionalista burguês inaugurado na Venezuela com vitória do coronel Hugo Chavez em 1998. "Começou a mudança Venezuela, hoje temos razões para comemorar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje", disse o secretário-executivo do MUD, Jesús Torrealba, com os resultados provisórios de 96,03% dos votos apurados. A já esperada derrota eleitoral do Chavismo ocorre no marco de uma profunda ofensiva mundial do imperialismo contra os regimes e governos nacionalista adversários dos interesses ianques no planeta. Como denunciamos vigorosamente desde o blog da LBI, esta ofensiva tem como fundamento econômico o ultraneoliberalismo, focado para eliminar conquistas operárias e sociais existentes nos regimes nacionalistas burgueses ainda sobreviventes a este "furacão reacionário". A derrocada do regime do coronel Muamar Kadaffi na Líbia em 2011, muito bem planejada desde os gabinetes de Washington, foi o "start" desta operação criminosa  que encontrou brava resistência desde a Venezuela de Chavez. Na Síria pela via da guerra civil  e agora na Venezuela pela senda "democrática", o fajuto "Democrata" Obama quer impor um novo governo moldado aos interesses econômicos dos EUA. Por isso mesmo as corporações transnacionais de energia e petróleo derrubaram em mais da metade o preço internacional do barril do óleo cru, ao mesmo tempo em que dobraram a cotação dos derivados refinados do petróleo (gasolina , diesel , querosene para aviação etc...). Acontece que os países periféricos e semicoloniais não possuem grandes refinarias industriais, apesar das reservas naturais de hidrocarbonetos, e são obrigados a importar combustíveis do cartel dos trustes imperialistas. A Venezuela vive este drama e sua economia nacional está sendo estrangulada  por sabotagens internas e uma herança do modelo capitalista monoprodutor. Com um desabastecimento geral de produtos alimentares e de primeiras necessidades, um PIB negativo em 2014  e uma inflação galopante não foi muito difícil mesmo para a "esquálida" oposição derrotar o Chavismo nestas eleições, lembrando que já na anterior Maduro foi eleito por uma diferença muito pequena de votos. O mais escandaloso exemplo da sabotagem econômica e desabastecimento social está relacionado ao preço dos ovos. Este produto básico, que é uma das mais importantes fontes de proteína da dieta diária do povo venezuelano, estava sendo vendido a aproximadamente 100 bolívares por uma caixa de 30 ovos no início de 2014. Um ano mais tarde, havia acumulado um aumento de 200% e estava sendo vendido a 300 bolívares. No final de outubro de 2015, seu preço tinha alcançado mais de 1.000 bolívares, e então o governo decidiu regular seu preço em 420 bolívares para uma caixa de 30 ovos. O resultado imediato foi o completo desaparecimento dos ovos nos pontos de venda, uma vez que os produtores e comerciantes se recusam a vender ao preço oficial. O governo Maduro tenta inutilmente disciplinar a burguesia, seja com o controle cambial seja com o tabelamento de preços ou até mesmo com pequenos confiscos comerciais, medidas muito insignificantes diante da ofensiva aberta para desestabilizar o regime "Bolivariano". As massas estão sendo penalizadas pela sabotagem das corporações e o regime perdendo sua capacidade de investimento social diante da recessão econômica, não há grandes reservas de dólares no país. Se perdurar esta dinâmica social nas próximas eleições presidenciais o PSUV colherá uma derrota acachapante e nada adiantará para o proletariado e suas conquistas o vergonhoso discurso de "perdemos com ética" mas a "democracia foi assegurada". É necessário romper com os limites impostos pela economia de mercado e expropriar os negócios da burguesia sob o controle operário, para que se mantenha e se avance nas conquistas. Entretanto o regime Chavista e sua "revolução bolivariana" são apenas uma caricatura nacionalista burguesa do genuíno socialismo revolucionário. Como um partido burguês o PSUV, mesmo combatendo no campo antiimperialista, é incapaz historicamente de conduzir  a Venezuela ao terreno do socialismo e o cheiro de uma derrota para a reação já exala no ar. O proletariado venezuelano necessita construir sua própria ferramenta de poder para vencer o fascismo e a reação democrático burguesa, neste  necessário caminho a tarefa inicial passa por não depositar confiança política em nenhum mecanismo eleitoral e forjar os comitês operários e populares de expropriação de cada empresa capitalista que patrocina a sabotagem e o desabastecimento nacional.