PCO CALOU-SE VERGONHOSAMENTE SOBRE O SALÁRIO MÍNIMO DE FOME
ANUNCIADO PARA 2016... EM 2014 AFIRMAVA: "O SALARIO MÍNIMO PROPOSTO
PELO GOVERNO DO PT É UM DEBOCHE, MAIS UMA VEZ, CONTRA OS TRABALHADORES". SERÁ QUE A BRUSCA MUDANÇA TEM ALGO A VER COM A GORJETA QUE O
Sr. PIMENTA RECEBEU DE DILMA?
"Governo do PT defende salário mínimo de fome" foi exatamente com esta frase que o PCO qualificou o reajuste dado pelo governo Dilma em 2014, mas com uma diferença de apenas 156 Reais (perfazendo dois anos!) em 2016 o Sr.Pimenta comemorou o espetacular "mínimo" concedido pela Frente Popular. Junto com a blogosfera "chapa branca" o PCO, agora convertido em fiel governista, por razões óbvias, o valor do novo mínimo (880 Reais!) significa uma "grande conquista para os trabalhadores". Vale relembrar para esquerda corrupta, vendida aos "favores" do Planalto, que o salário mínimo brasileiro (cerca de 220 dólares) é um dos menores do mundo, inclusive muito inferior a países governados pela centro-esquerda burguesa como o Chile, Venezuela e até mesmo a pequena Bolívia. Segundo o "imparcial" DIEESE o valor do salário mínimo nacional deveria atender as demandas básicas de uma família proletária, ou seja, hoje algo em torno de pouco mais de três mil Reais. Perguntamos se algum burocrata "chapa branca" poderia viver dignamente não com um mínimo, mas com o valor de dois? A resposta é evidente... entretanto esta escória degenerada saiu a comemorar o reajuste de 11,6%, em cima de míseros 788, como uma conquista da "Copa do Mundo". Mas até mesmo a "imensa generosidade" de Dilma que poderia ter promulgado o valor de 871 Reais para o mínimo, tem como pano de fundo a iminente Reforma da Previdência, onde pretende retirar ainda mais os direitos da classe trabalhadora e dos aposentados. Por falar em benefícios do INSS, ainda não foi anunciado pelo governo o reajuste das aposentadorias e pensões que percebem acima do piso do salário mínimo, a nova equipe econômica palaciana chegou a cogitar o adiamento do aumento, como fizeram cretinamente com os salários do funcionalismo federal. Em particular o PCO se notabilizou nos últimos anos pela defesa do salário mínimo do DIEESE, chegando a denunciar a política "criminosa" da Frente Popular, vejamos nas próprias palavras do Sr. Pimenta: "Esse salário mínimo do governo do PT não é só um deboche, é também criminoso. É inconstitucional. Um salário que não paga as necessidades básicas do trabalhador e sua família é o que prevê a Constituição Federal." Bastou o Planalto "reajustar" o "troco" do PCO para provocar a mudança da água para o vinho! Para quem não recorda o PCO chegou até a agitar o "Fora Lula", caracterizando que a revolução "dobrava a esquina", posição política idêntica dos grupos Morenistas que hoje critica. Neste momento nada mais importa ao PCO, a não ser "lutar contra o golpe da direita", enquanto o delírio oportunista não se concretiza os verdadeiros golpeados são os trabalhadores e aposentados que terão que sobreviver com a "grande conquista democrática" de um salário de profundo arrocho, isto se não perderem os empregos fruto da recessão econômica ditada pelos rentistas. Com uma inflação ascendente e o dólar em escalada de alta (perto de 50% somente em 2015), a média salarial do país terá uma forte retração neste novo ano, porém os mais afetados serão os trabalhadores mais precarizados, quase sempre recebendo até um topo de três mínimos, que sequer encosta no valor arbitrado pelo DIESSE. É necessário sair a luta pela recomposição salarial para os trabalhadores ativos e inativos (estes os mais castigados com o "ajuste"), sem poder contar com o apoio da esquerda "chapa branca", muito preocupada em "barrar o golpe" e ajudar o governo Dilma a esfolar ainda mais a classe operária. Desgraçadamente os revisionistas do PCO foram cooptados pela grana estatal da colaboração de classes, alinhando-se com os neoestalinistas do PCdoB na apologia do regime da "democracia dos ricos" imaginariamente ameaçado por um golpe de estado... Para estes, já velhos conhecidos da esquerda corrupta, construir uma alternativa de poder dos trabalhadores é uma consigna do ultraesquerdismo.