13 DE DEZEMBRO 1968/2015: EMPUNHANDO O “IMPEACHMENT”, A
MARCHA DOS REACIONÁRIOS RATOS EM DIREÇÃO AO FASCISMO RETORNA NA HISTÓRIA COMO
UMA PIADA DE MAU GOSTO! NÃO PASSARÃO AS VIÚVAS DA DITADURA MILITAR!
No fatídico dia 13 de dezembro de 1968 o general assassino
Costa e Silva decretava o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5
eliminava o mínimo de garantias democráticas que ainda restavam desde o trágico
desfecho do golpe militar de 1º de abril de 1964. Mais prisões foram realizadas
de militantes da esquerda revolucionária e a tortura foi oficializada nos
quartéis e delegacias políticas (DOPS) do regime em todo o país. Porém havia um
setor da chamada "oposição moderada" a ditadura que não foi molestado
pelos militares, agrupados na ala liberal do antigo MDB, figuras como Fernando
Henrique Cardoso, Franco Montoro, Tancredo Neves etc... passeavam
tranquilamente pelos gabinetes de Brasília levantando a "bandeira da
conciliação" com os genocidas golpistas. Passados exatos 47 anos do
"golpe dentro do golpe" algumas figuras políticas de 68 como FHC, que
na época pregavam "moderação" na oposição, enquanto a esquerda
combatia em armas a ditadura, hoje vem à tona no cenário nacional convocando
uma mobilização nacional pelo impeachment da presidente Dilma exatamente no
aniversário do AI-5. Pelo menos tiveram o mérito histórico de deixarem a
"máscara cair" revelando para as novas gerações que nunca foram
opositores de fato ao regime militar. Com o mote político do "combate à
corrupção" e o pretexto técnico das "pedaladas fiscais", a
oposição tucana conservadora (antiga oposição moderada ao regime militar) se
amálgama agora com a direita protofascista nesta marcha contemporânea de 13 de
dezembro de 2015. A tucanalha que arrasou o país com a "privataria"
made in Washington, agora cinicamente fala em nome da "moral e
ética". O PSDB somado ao bloco dos reacionários ratos que sonham com o
retorno do regime das prisões e covardes torturas dos ativistas da esquerda
classista e revolucionária, aspiram pela volta da ditadura militar servil aos
interesses econômicos do imperialismo ianque no país. Entretanto é preciso que
se afirme com todo vigor, diante da confusão política impulsionada por uma
falsa esquerda atrelada ao governo burguês "democrático", que a
cretina manobra da escória parlamentar em abrir o processo de impeachment
contra Dilma não significa um "Golpe de Estado" e tampouco represente
o fim do regime democratizante instaurado no Brasil em 1985 com a ascensão da
"Nova República". A ofensiva da direita demotucana e peemedebista
contra o governo da Frente Popular está inserida no fim do ciclo histórico do
"modelo" petista de gerenciar o Estado Burguês, lastreado no binômio
de mercado: "crédito e consumo". Com a impossibilidade da permanência
do "modelo" de gerenciamento petista, esgotado pelo agravamento da
crise capitalista mundial, surge a necessidade do "ajuste", ou seja,
há que se manter a alta rentabilidade do capital financeiro as custas das
reservas financeiras do próprio Estado Burguês. Nesta nova etapa do regime
capitalista o governo Dilma abandona de vez o chamado
"neodesenvolvimentismo", que marcou as gestões anteriores do PT, e
abraça com força o chamado "neorentismo", gerando uma feroz disputa
política no seio das classes dominantes, como uma guerra de ratos vorazes
diante da escassez de seu alimento predileto: o botim estatal. Está
absolutamente cristalino que a operação de chantagem do impeachment,
protagonizado pelo bandido Cunha, um ex-aliado, não representa uma saída
"democrática e constitucional" frente à crise do governo Dilma, ao
contrário abre as "portas do inferno" para que os neoliberais de
"origem" em aliança com as viúvas furibundas da ditadura militar
delirem com uma queda humilhante do governo da Frente Popular. Sempre é bom
repetir mais uma vez que Dilma está a anos luz de ser um governo nacionalista
burguês como foi o de Jango derrubado em 64, está sendo acuada pela direita não
por propor "reformas democráticas de base", ao contrário comanda um
draconiano ajuste neoliberal ditado pelos rentistas de Wall Street. Porém mesmo
mantendo completa distância política da trincheira neomonetarista (ao estilo
"Chicago Boys") do Palácio do Planalto, convocamos o movimento de
massas a defenestrar a marcha reacionária da direita neste 13 de Dezembro. Em
memória de todos os heróis tombados na brava resistência ao regime militar,
neste aniversário sinistro do AI-5 afirmamos em uníssono: O SOCIALISMO
TRIUNFARÁ HISTORICAMENTE SOBRE AS CINZAS DOS FASCISTAS E NEOLIBERAIS DE TODOS
OS MATIZES POLÍTICOS!