“SIMIA, CAUDAM TUAM CUSTODI”: MRT/LER CRITICA PSTU POR
“FLERTAR COM A DIREITA” AO DEFENDER ELEIÇÕES GERAIS PORÉM PROPÕE PIOR, ENTREGAR
O PODER A REAÇÃO BURGUESA VIA UMA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE
O MRT/LER acaba de acusar o PSTU de “flertar com a direita” por este defender o “Fora Todos! Eleições Já!” diante da crise do governo Dilma. Segundo os críticos cara-de-pau do PSTU: “esta política cede terreno para a oposição burguesa (e as camadas sociais que a apoiam) como potencial ganhador da crise do governo petista”. Não resta dúvida que a política do morenismo em defender eleições gerais levaria neste momento necessariamente a direita à presidência e a ampliar seu domínio político no Congresso Nacional. Mas o que defende o MRT/LER como saída para a crise do regime político burguês? Pasmem, reivindicam a convocação de “uma nova constituinte imposta pela força da mobilização”!!! (Esquerda Diário, 19.12). Imaginemos neste quadro de ofensiva política e ideológica da direita e neoliberais (o que inclui o próprio PT) que tipo de parlamentares constituintes seriam eleitos e que “pérola” de nova constituição seria elaborada! Somente os idiotas da MRT/LER podem pensar que neste retrocesso político das massas surgiria uma bancada revolucionária ou mesmo progressista capaz de impor alguma conquista social em uma nova constituição federal. Os que aparentemente criticam o PSTU pela “esquerda” adotam uma política muito pior, mais direitista, na medida em que a proposta de Constituinte abriria um caminho para um ataque de maior envergadura da burguesia e da direita para retirar direitos dos trabalhadores. Se os delirantes oportunistas do PSTU acham que do movimento “Fora Dilma” encabeçado pela direita surgirá pela via eleitoral um “governo socialista dos trabalhadores”, o MRT/LER acreditam em um delírio ainda mais nefasto que da força da mobilização da direita e dos grupos fascistas nascerá uma “constituição revolucionária”! Já denunciamos amplamente que a política do morenismo apesar de encoberta de frases radicalizadas como a da “mobilização dos trabalhadores” e “Congresso Corrupto” não aponta na direção da ruptura institucional e revolucionária com este regime, caindo Dilma com as regras constitucionais vigentes ou teremos o vice Temer ou no máximo novas eleições (em um curto prazo) onde o a direita tucana daria um “passeio”. A única alternativa de poder já constituída no momento para o “default” de Dilma é da ala burguesa mais reacionária e “linkada” diretamente ao imperialismo. Mas o MRT/LER propõem ir além, ou seja, dar ainda mais poderes a reação burguesa! As alternativas políticas lançadas pela esquerda revisionista diante do colapso prematuro de Dilma são até risíveis e desastrosas. O bloco que pugna neste momento por uma “Constituinte Soberana” teria que responder a seguinte questão: que poder estatal convocaria uma constituinte e que tipo de nova carta magna poderia ser elaborada nesta conjuntura de ofensiva total da direita mais recalcitrante? Obviamente a resposta só pode ser a de um desastre total. Pensar que Temer, Cunha, Aécio ou coisa assemelhada possa convocar uma constituinte progressista é no mínimo uma piada de mau gosto, e no caso de Dilma permanecer no governo até o fim e “topar” a proposta o resultado não é muito diferente no quadro de ajuste neoliberal em curso no parlamento. No caso da consigna de novas “eleições gerais” também formulada pelo revisionismo, se aplicaria a mesma dinâmica geral da constituinte, ou seja, nesta etapa uma acachapante vitória da direita fascista. Desde a LBI defendemos que o proletariado não deve apresentar uma “agenda democrática” para a crise capitalista, como pretendem os revisionistas do PSTU, LER/MRT, PCO etc.. A única saída realmente progressista diante da barbárie capitalista é por abaixo a ditadura de classe da burguesia e construir o novo Estado Operário, a falência histórica da democracia formal emoldurada pelas elites reacionárias já demonstrou para os trabalhadores que sua única alternativa é a luta pelo socialismo!