STF DÁ UM "TIRO DE ADVERTÊNCIA" CONTRA CUNHA:
RENUNCIA OU VAI EM CANA!
Depois do fiasco geral do último domingo, onde a tropas
unificadas da oposição conservadora pretendiam potencializar o processo de
impeachment da presidente Dilma, a PGR e o STF decidiram contra atacar. Nesta
manhã de terça feira (15/12) o presidente da Câmara dos Deputados acordou com a
Polícia Federal batendo na porta de seu "Palácio do Jaburu"( do compadre Temer).
Atordoado Cunha esperou pelo pior, ou seja, uma ordem de prisão emitida pelo
Ministro Teori Zavascki, porém ainda não foi desta vez, o STF optou por um
aviso prévio: "Um tiro de advertência" na linhagem bélica da guerra.
A PF está cumprindo um mandado de busca e apreensão nas casas de vários
caciques do PMDB citados na famigerada "Operação Lava Jato". Entre
os chefes da quadrilha peemedebista indiciados estão atuais ministros do
governo Dilma (Pansera e Henrique Alves), deputados e ex-senadores e
governadores da legenda mafiosa. Mas o alvo central da PF é mesmo Cunha, que
também sofreu outra derrota nesta mesma manhã no Conselho de Ética da Casa.
Correu nos bastidores do Congresso um boato sobre um possível comunicado de
renúncia do Presidente da Câmara esperado para esta tarde. Como já tínhamos
caracterizado desde sua gênese, a tresloucada iniciativa "impetista"
de Cunha seria um "tiro no próprio pé". A oposição de direita agora
corre para agilizar a troca do comando da Câmara, no sentido de dar sobrevida
política ao processo de impeachment admitido por Cunha. O governo Dilma
trabalha no "fio da navalha" na medida que as investidas do STF
também desequilibram sua frágil base de apoio no Senado. A tendência mais
profunda da burguesia nacional é de cancelar a audaciosa iniciativa cunhista, e
reiniciar o processo institucional de afastamento da presidenta em outro
momento. Dilma ainda respira e até mesmo recebe socorro de todos os lados,
inclusive da "oposição de esquerda". Amanhã o STF decidirá se cassa o trâmite institucional desferido por Cunha contra o Planalto. Por enquanto vige na República
a máxima proferida pelo senador Catão no antigo império romano, e parafraseada
equivocadamente pela operação da Polícia Federal: "Delenda est
Carthago", atualizando para os nossos dias, "destruição total da
rebelde colônia!"
Mesmo acuado por todos os lados o bandido Cunha não perde a
pose e grita " pega ladrão" , revidando o ataque contra o PT. Na
verdade espera o resultado do pleno do STF, onde saberá se ainda existe uma
correlação de forças que lhe permita negociar. Cunha conta no momento com no
mínimo três ministros do STF a seu favor, precisaria de outros três togados
para lhe fornecer estabilidade do cargo de presidente da Câmara e do próprio
mandato.No interior do parlamento sabe muito bem que não tem votos para aprovar
o impeachment e seguirá barganhando com todas as alas, inclusive com a base
governista.
O presidente do Senado também é um dos alvos do Procurador
Janot, embora mantenha amplo respaldo no âmbito do STF. Renan teve hoje um
pedido de busca e apreensão negado pelo Supremo, mas vários de seus
"correligionários" não tiveram a mesma " sorte". A cúpula
pemedebista do Senado não tem maioria na executiva nacional do partido, ainda
controlada pelo chamado grupo dos deputados, incluindo neste bloco hegemônico o
vice Temer( ex- presidente da Câmara). Portanto o equilíbrio político no ninho
do PMDB é extremamente delicado e uma ação mais agressiva de Janot poderá
romper a falsa unidade dos caciques, o que resultaria em um grave dano ao
governo Dilma.
O PT que comemorou bastante o fracasso do dia 13, agora torce para que a PGR e o STF concentre seu fogo severo apenas em Cunha, deixando de lado seus "amigos impolutos" Sarney, Lobão e Collor e Eunício, todos estes acima de qualquer suspeita para os olhos da presidenta Dilma. Parece mesmo que a novela política da " Lava Jato" ainda promete prolongar seu roteiro e apresentar novas "emoções" nos próximos capítulos, que deverão se estender por todo ano que vem...
O PT que comemorou bastante o fracasso do dia 13, agora torce para que a PGR e o STF concentre seu fogo severo apenas em Cunha, deixando de lado seus "amigos impolutos" Sarney, Lobão e Collor e Eunício, todos estes acima de qualquer suspeita para os olhos da presidenta Dilma. Parece mesmo que a novela política da " Lava Jato" ainda promete prolongar seu roteiro e apresentar novas "emoções" nos próximos capítulos, que deverão se estender por todo ano que vem...