domingo, 8 de dezembro de 2019

DOIS INDÍGENAS GUAJAJARA MORTOS NO MARANHÃO: EMBOSCADA DO LATIFÚNDIO COM APOIO DO GOVERNO BOLSONARO. NÃO PERDER MAIS TEMPO E ORGANIZAR JÁ OS COMITÊS DE AUTODEFESA DOS OPRIMIDOS!


Dois índios da etnia Guajajara foram assassinados durante um atentado registrado neste sábado (07/12) no município de Jenipapo dos Vieiras, localizado a 506 km de São Luís. Firmino Silvino Guajajara e Raimundo Bernice Guajajara foram alvejados com pistolas. Outros dois índios foram atingidos e levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Jenipapo dos Vieiras. A tensão e as ameaças cresceram exponencialmente no interior da Arariboia, onde vivem mais de 12 mil guajajaras e índios isolados awás-guajás, desde 1º de novembro, quando o indígena Paulo Paulino, membro do grupo Guardiões da Floresta, foi assassinado com um tiro por invasores. Não resta a menor sombra de dúvida que esse covarde crime contra os povos originários Gujajaras foi consequência da atual política do governo neofascista Bolsonaro. O atual regime bonapartista desmonta a FUNAI e estimula a invasão das Terras Indígenas pelo latifúndio país afora, e ainda diz que vai liberar a garimpagem em terras indígenas e que vai acabar com algumas delas como Raposa Serra do Sol. As ameaças que clã Bolsonaro fez as comunidades indígenas em seu objetivo de liquidação das raizes profundas do país, desgraçadamente estão se concretizando com mais sangue derramado. É uma versão “atualizada” da eugenia nazista, com o genocídio do povo negro e índio que habitam as periferias urbanas e rurais brasileiras. Porém não podemos deixar de denunciar a cumplicidade da esquerda reformista no rol destas chacinas, neste caso do governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB. O falso “comunista” prometeu que iria criar uma força tarefa para ajudar na proteção dos Guajajaras, após o assassinato de Paulinho, mas o compromisso de Dino não passou de palavras vazias, não fazendo absolutamente nada para evitar os assassinatos deste sábado. Frente a escalada de ataques impulsionados pela política genocida de Bolsonaro, os povos originários, as populações negras, os camponeses e todas as comunidades oprimidas pelo Estado Burguês e seu aparelho de repressão policial e militar,  devem organizar sua própria defesa, construindo comitês treinados e armados de autos-segurança. É o primeiro passo para germinar o embrião de uma alternativa revolucionária de poder para o proletariado e seus aliados históricos.