sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

SENADO CHANCELA PROJETO “ANTICRIME”: MORISTAS DE ESQUERDA COMO FREIXO E PCO APÓS COMEMORAREM “DERROTA DO JUSTICEIRO” AGORA DIZEM QUE “FOI DERROTA DOS POBRES”...



O Senado da República acaba de aprovar sem alterações o texto já balizado na Câmara dos Deputados do malfadado projeto “anticrime” do justiceiro Sérgio Moro em parceria com o mafioso togado do STF, Alexandre de Moraes. Quando da aprovação do referido engodo, por quase unanimidade na Câmara, a esquerda “morista” saiu a festejar a suposta derrota do justiceiro, agora investido da função de Ministro do governo neofascista Bolsonaro. A justificativa deste setor da esquerda reformista que apoiou o reacionário projeto “anticrime”, como o PCO, MES, Freixo e a esmagadora maioria da bancada parlamentar do PT, seria sua “desidratação” sofrida pelas emendas parlamentares. Uma desculpa esfarrapada para defender uma tremenda capitulação diante do incremento da ofensiva repressora e punitivista contra nosso povo pobre e negro das periferias deste imenso Brasil. Logo frente a uma atitude indefensável, do ponto de vista da luta dos oprimidos, Marcelo Freixo e PCO trataram de fazer uma autocrítica “meia boca”, envergonhados agora falam que o projeto é ruim, “esquecendo” que saudaram o recrudescimento jurídico do regime bonapartista como uma “derrota de Moro”, fato logo desmentido pela própria ação do justiceiro que agiu tenazmente para o Senado aprovar a toque de caixa sua “sinistra obra” punitivista. O movimento operário não deve confiar nestes impostores da Frente Popular de colaboração de classes, que fazem discursos políticos “inflamados” e a Lava Jato contra Moro, mas que na primeira oportunidade apoiam na prática suas ações concretas de extrema direita. O PCO, em particular, que se arvora do título de campeão antigolpista, neste episódio deixou cair sua máscara de uma seita corrompida pelo lulismo, seguindo os mesmos passos oportunistas da bancada parlamentar do PT. A vanguarda classista que combateu o golpe institucional, mas que ao mesmo tempo não se vergou a plataforma reformista de Lula e seus apêndices, deve abstrair todas as lições programáticas desta vergonhosa claudicação da esquerda burguesa, postura política recorrente que vem permitindo o avanço do projeto neofascista em nosso país.