Como já noticiamos em nosso Blog, a aprovação pela Câmara
Federal do pacote anticrime elaborado pelo Ministro “justiceiro” Moro em
parceria com seu colega togado do STF, o mafioso Alexandre Moraes, representou
um enorme retrocesso das garantias individuais e civis, asseguradas pela
Constituição de 1988. A “lenda” difundida pela esquerda reformista, agora
avalizada até pelo minúsculo e corrompido PCO que apoiou o pacote morista, de
que se tratou de uma “derrota” do chefe da Lava Jato não se sustenta de pé nem
por um minuto. O próprio Moro tratou de desmistificar uma possível derrota, ou
“desidratação completa” (como vem chamando a Frente Popular) de seu reacionário
pacote: “Não foi aprovado 100% do que nós gostaríamos, mas sem dúvida alguma
significou um avanço importante para aperfeiçoar a legislação penal vigente no
país”. Moro também comemorou o “bom termo” das negociações que
conseguiu reincluir no relatório final aprovado pelo plenário, pontos
arbitrários e autocráticos considerados fundamentais pelo justiceiro. Entre os
pontos estão a prisão após condenação por Tribunal do Júri, desde que a pena
seja superior a 15 anos; a possibilidade de agentes infiltrados obterem e
produzirem provas, desde que haja investigação em andamento contra o
investigado; proibição de progressão de regime para integrantes de facções
criminosas, desde que esse vínculo seja comprovado na sentença condenatória; e
possibilidade de gravação de conversas entre presos e advogados em presídios de
segurança máxima, é esse genuíno ato retrógrado dos direitos civis que a
esquerda reformista e seus carrapatos como o PCO, comemoram como “derrota de
Moro”. O cinismo de Freixo, PT e o PCO ao defenderem a legitimação do “mal
menor” parece não ter limites. Freixo inventou a desculpa esfarrapada de que
votou a favor “para o projeto não ser derrotado”...mesmo com sua aprovação por
mais de 400 votos com o apoio de todas as bancadas partidárias! Já o PCO em seu
delírio oportunista habitual afirmou: “Derrotado na Câmara dos Deputados,
Sérgio Moro – “Mussolini de Maringá” –
ministro da Justiça do governo golpista, volta para casa, nesta quarta-feira
(4), com o pacote anticrime, o excludente de ilicitude, a prisão em segunda
instância e o acordo de “plea bargain” debaixo do braço”. O suposto “radicalismo”
do PCO contra o golpe e a Lava Jato, só engana mesmo os tolos, são recorrentes
em seguir cegamente as “sujeiras” do petismo e tentar colocar a
responsabilidade da “merda” na conta política do PSOL ou PSTU. Só que agora
estão todos juntos na defesa do “desidratado” pacote anticrime: PCO, PT e
Marcelo Freixo! A tática reformista do “etapismo”, apologia do “mal menor” para
evitar o “pior”, vem levando o movimento operário a colher as piores derrotas
ao longo da história da luta de classes, hoje essa política concentrada no PT e
seus apêndices menores, vem deixando o caminho livre para o recrudescimento do
regime político e a escalada das (contra)reformas neoliberais. O incremento da
repressão policial e penal deu um passo adiante com a aprovação do famigerado pacote
morista, exatamente em uma conjuntura adversa de extermínio da população pobre
e negra das periferias do país inteiro. Com a terceira população carcerária do
planeta, a elite dominante brasileira parece seguir o neozanismo em sua busca
de uma “solução final” contra o povo oprimido. Os Marxistas Leninistas convocam
a ação direta das massas para derrotar a barbárie, sem depositar a mínima
ilusão política nas direções reformistas e instituições apodrecidas do Estado
Burguês. Construir uma alternativa revolucionária de poder proletário!