quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

EM 25 DE DEZEMBRO DE 1991: GORBACHEV RENUNCIAVA A PRESIDÊNCIA DA URSS, COLOCANDO UM FIM AO ESTADO OPERÁRIO. A MAIOR DERROTA HISTÓRICA DO PROLETARIADO MUNDIAL 


Doloroso para os Marxistas Leninistas escrever sobre o fim do Estado Operário Soviético, fundado por Lenin, Trotsky, Stalin entre uma plêiade de dirigentes do Partido Bolchevique. São muitos os antecedentes históricos que precederam esta verdadeira tragédia histórica para o proletariado mundial, ocorrida oficialmente em 25 de dezembro de 1991, com a renúncia de Mikael Gorbachev a presidência da URSS, ato contínuo marcado pela retirada do Palácio do Kremlin da bandeira comunista vermelha da foice e martelo. Mas para iniciar este rápido artigo podemos relacionar o fato ocorrido em 19 de agosto de 1991, um dia antes de Gorbachev e um grupo de dirigentes das Repúblicas Soviéticas assinarem o novo Tratado da União, estamos falando é claro do chamado “Golpe de Agosto”, quando um setor militar de “linha stalinista” denominado Comitê Estatal para o Estado de Emergência tentou tomar o poder para reverter a dissolução da URSS. Anunciou-se que Gorbachev estava doente e tinha sido afastado de seu posto como presidente da república. O então vice-presidente da União Soviética, Gennady Yanaiev, foi nomeado presidente interino. Porém golpe de Estado fracassou ao adotar métodos burocráticos e totalmente isolado da necessária mobilização da classe operária para defender suas conquistas revolucionárias. Gorbachev, apoiado diretamente pelo imperialismo ianque e a burguesia nascente russa, regressou a Moscou, pelos braços do restauracionista Boris Yeltsin, mandando prender os responsáveis pelo Golpe, batizados de “Bando dos 8”. Indicado pela Casa Branca, o charlatão oportunista Boris Yeltsin, assume controle da empresa central de televisão e dos principais ministérios e organismos econômicos, ainda com Gorbachev formalmente no comando da URSS. A estrondosa derrota do “Golpe de Agosto” e o caos político e econômico que se seguiu agravou o separatismo regional e acabou levando à fragmentação do país. Em setembro as repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) declaram a independência em relação a Moscou. Em primeiro de dezembro, a Ucrânia proclamou sua independência por meio de um plebiscito. Entre outubro e dezembro onze (com as três repúblicas bálticas e a Ucrânia) das quinze repúblicas soviéticas declaram independência. Em 21 de dezembro, líderes da Federação Russa, Ucrânia e Bielorússia assinaram um documento onde era declarada extinta a União Soviética e no seu lugar era criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Finalmente no dia de natal de 1991, em cerimônia transmitida por satélite para o mundo inteiro, Gorbachev que estava há seis anos na Secretaria Geral do PCUS, declara oficialmente o fim da URSS e renúncia a presidência do país. O que afirmamos hoje, 28 anos após a destruição contrarrevolucionária da URSS , é que a torpe tentativa revisionista de apresentar a ideia de uma “vitória revolucionária” da classe operária com a extinção do Estado Operário é uma escandalosa fraude encomendada pelos ideólogos do capital financeiro. Converter derrotas históricas do proletariado mundial, como na dimensão colossal do fim da URSS, em vitórias ou “revoluções”, é um método próprio dos stalinistas e seus similares revisionistas do Trotskismo. Os que se alinharam com a OTAN, Yeltsin e o imperialismo europeu para festejar a destruição dos Estados operários, em nome de um suposto fim do stalinismo, não souberam honrar o legado teórico de Leon Trotsky, tampouco estão aptos a credenciarem-se junto à classe operária brasileira e internacional como sua “nova” direção revolucionária, já que não postularam a mais elementar condição de um revolucionário: A defesa das conquistas históricas da Revolução de Outubro!