quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

“NÃO É O PROJETO DOS SONHOS MAS VAMOS EM FRENTE”, AFIRMA MORO SOBRE PACOTE ANTICRIME: UM VERDADEIRO PESADELO SINISTRO PARA OS POBRES E NEGROS...



No fim da tarde desta quarta-feira natalina (25/12) em uma rede social, o Ministro justiceiro Sérgio Moro falou sobre a sanção presidencial da nova lei anticrime: "Não é o projeto dos sonhos, mas contém avanços. Sempre me posicionei contra algumas inserções feitas pela Câmara no texto originário, como o juiz de garantias. Apesar disso, vamos em frente", afirmou o chefe da famigerada “República de Curitiba”. Cinicamente Moro complementou "De todo modo, o texto final sancionado pelo presidente contém avanços para a legislação anticrime no país”. O suposto desconforto do “capo” da Lava Jato tem relação com a criação do juiz de garantias que é uma das medidas do pacote anticrime que torna mais rígido o processo penal, sendo sancionada pelo neofascista Bolsonaro, com alguns vetos. Esse juiz passará a ser o responsável por acompanhar e autorizar etapas dentro do processo, mas não terá o poder de alterar a sentença, por mais exdrúxula que seja. Como sempre, a blogosfera da esquerda reformista enxerga uma suposta crise entre Moro e Bolsonaro, sempre depositando ilusões no “espírito democrático” do nazista de Maringá. Desta vez o site oficioso da Frente Popular, portal 247, escreveu: “Sergio Moro sofreu sua mais dura derrota no governo federal, com a decisão de Jair Bolsonaro de criar a figura do juiz de garantias”. Já o site Diário do Centro do Mundo (DCM) fala da “Traição de Bolsonaro a Moro”. Ficção reformista a parte, a verdade é que os vetos do governo neofascista não alteram em nada o caráter geral reacionário e punitivista do malfadado “Pacote Anticrime”. Quanto a uma imaginária “derrota” de Moro nem vale a pena comentar, tamanho o disparate político desta conclusão dos frente populistas. Os fatos reais da conjuntura nacional apontam na direção de um brutal recrudescimento do regime bonapartista, inaugurado com o golpe institucional ocorrido em 2016. O incremento da repressão estatal, somado a organização de ações facistas (não oficiais) em todo o país, ver o atentado terrorista de ontem a produtora “Porta dos Fundos”, revela uma nítida tendência do crescimento das hordas da extrema direita no país. Enquanto o bloco da esquerda reformista (PT, PSOL, PCdoB, PCO) “sonha” com eleições e na volta de Lula ao Planalto em 2022, o imperialismo ianque vem pautando sua pauta neoliberal contra as conquistas históricas do proletariado, aplicada à risca pela equipe econômica do rentista Paulo Guedes e o pior sem a menor resistência direta das direções do movimento de massas.