segunda-feira, 30 de junho de 2014


São Paulo sob a égide de um regime semifascista: Prenúncio do que a burguesia projeta com Alckmin no Planalto em 2018!

Tortura, prisão ilegal, perseguição política... Todos os ingredientes de um regime semifascista estão plenamente vigentes em São Paulo, estado governado pelo tucano Geraldo Alckmin, membro da arqui-reacionária Opus Dei e um dos principais políticos burgueses que vem ganhando espaço como modelo de “mão dura” contra o movimento de massas. A prisão absolutamente arbitrária do ativista e servidor da USP, Fábio Hideki Harano, no último dia 23 durante manifestação contra a Copa precedida da tortura pela PM do estudante Murilo Magalhães, militante do PSTU no ato em solidariedade a greve dos Metroviários, demonstra que estamos vivendo um claro processo de recrudescimento do regime político em São Paulo que atenta diretamente contra as mais elementares liberdades democráticas dos trabalhadores. Esse quadro não ocorre por acaso. O descontentamento social expresso através das “Jornadas de Junho” em 2013 a partir das manifestações convocadas pelo MPL contra o aumento da tarifa de ônibus colocou em pauta a ação direta contra os ataques da burguesia as condições de vida dos explorados depois de anos de “calmaria” social.  Neste período de relativa estabilidade, a “democracia” burguesa manteve seu predomínio já que o movimento de massas não saiu à luta. Agora em 2014, quando se esboçou o início de um ascenso grevista de importantes categorias (muitas vezes por fora do controle de suas direções sindicais tradicionais), a burguesia acendeu a “luz vermelha” para derrotar exemplarmente as mais radicalizadas expressões de luta da classe. A demissão de 42 metroviários pelo fascistóide tucano demonstrou que esta é a resposta que a classe dominante espera de seus governos em um período de agudização dos enfrentamentos de classe. Neste sentido, quando se encerrar o ciclo de poder da frente popular com a reeleição da “gerentona petista” agora em 2014, um governo burguês de corte bem mais reacionário, comandado por Alckmin, deve ascender como alternativa da direita para romper o pacto social implícito mantido pelo PT, sendo o atual quadro paulista o prenúncio do que a burguesia projeta com Alckmin no Planalto em 2018!

domingo, 29 de junho de 2014


Os Ferreira Gomes indicam Camilo Santana para disputar o governo do CE. Próximo passo da oligarquia é embarcar o “clã” no PT!

A decisão de uma das oligarquias mais reacionárias do país, os Ferreira Gomes, de indicar um nome do PT para disputar (com o apoio estatal) o governo do Ceará surpreendeu a muitos analistas políticos e também aos militantes ainda crédulos na Frente Popular. O “clã” dos Ferreira recém ingresso no PROS, estavam em um impasse acerca da escolha de um nome “competitivo” para assegurar o controle do governo por mais quatro anos. Ciro Gomes, “chefe” da oligarquia, saiu do PSB no ano passado por se recusar a prestar apoio a empreitada presidencial do “colega socialista “ Eduardo Campos, costurou um acordo com a presidente Dilma e “alugou” um partido para abrigar temporariamente seu “clã”. Acontece que o cacique nacional do PMDB, senador Eunício Oliveira, não se mostrou disposto a retirar sua postulação ao governo do estado, forçando Lula a declarar publicamente apoio ao peemedebista da “turma” do Sarney. O cenário político da sucessão ao governo cearense apontava até então que teríamos a “excepcionalidade” de ter Lula e Dilma em dois palanques eleitorais distintos. Também no âmbito regional do PT havia uma divisão, o grupo interno da ex-prefeita Luizianne Lins (DS) fechava com Eunício enquanto a maioria “comprada” da direção executiva caminhava na trilha do governador Cid. Porém o crescimento da candidatura de Eunício, lastreado no apoio de Lula e na milionária “máquina” nacional do PMDB, colocava na berlinda a possibilidade de um novo triunfo do “clã” Gomes no Ceará. Ao mesmo tempo o fictício partido “alugado” pelos Ferreira, o PROS, ameaça retirar o apoio nacional a reeleição de Dilma, assediado pelo caixa do Tucanato mineiro. Para a truculenta oligarquia Ferreira, que já transitou em quase uma dezena de partidos nos últimos vinte anos: PDS, PMDB, PSDB, PPS, PDT, PSB e PROS... não restava outra alternativa melhor do que “nomear” um estafeta no interior do PT, para concorrer ao governo e desta forma unificar Lula e Dilma em seu apoio. O nome do neopetista Camilo Santana é de inteira confiança do “clã” Gomes, filho de um “funcionário” histórico do Tassismo, o deputado estadual ungido para assumir o Palácio da Abolição representa exatamente a “metamorfose” política sofrida pela esquerda reformista, neste caso vindo do antigo PLP (Partido da Libertação Proletária) até se alocar na ala mais degenerada do PT. Mas quem pensa que a manobra eleitoral dos Ferreira Gomes ficará restrita ao deputado Camilo Santana está muito enganado, Ciro pensa “longe” e já prepara o embarque do “clã” inteiro no PT, de olho em seu projeto nacional e na encruzilhada em que está metido no PROS. Será sem sombra de dúvida uma peculiar situação para um partido que ainda se diz representar os trabalhadores, acolher em seu seio uma das oligarquias mais corruptas e reacionárias do Brasil. Para os Ferreira, que até pouco tempo atrás qualificavam “elegantemente” o PT como um “partido de vagabundos” não existe contradição política alguma, afinal foi o PT que mudou de lado... e de classe!

sexta-feira, 27 de junho de 2014


UE celebra acordo com governo fantoche de Kiev: Imperialismo avança na Ucrânia diante da vergonhosa rendição de Putin!

O imperialismo avançou no controle político, militar e econômico do território da Ucrânia e de outras ex-republicas soviéticas. A UE, com o aval dos EUA, assinou nesta sexta-feira, 27/06, “acordos de associação” com a Ucrânia, a Moldávia e a Geórgia que submetem estes países aos ditames da Troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e FMI) através da imposição de planos de ajustes (privatizações e redução de aposentadorias e salários) em troca de empréstimos e auxílio militar da OTAN. Durão Barroso e Herman Von Rompuy comemoraram o pacto neocolonial com Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia escolhido nas eleições fraudulentas de maio. Em comunicado conjunto se ressalta “o progresso significativo feito nos anos recentes e a firme determinação política para aproximarem-se da União Europeia” em um claro desafio a influência russa no Leste ucraniano. O acordo só foi possível porque Putin, após a unificação da Criméia com a Federação Russa (onde se encontra a base militar de Simferopol), não prestou ajuda política e militar as chamadas “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk. Estas ficaram isoladas em sua luta contra os golpistas de Kiev. Valendo-se deste recuo vergonhoso, o imperialismo ianque e europeu tratou de “eleger” Petro Poroshenko para negociar com o Kremlin as condições de um frágil cessar-fogo que se mantém até agora, baseado no esmagamento militar dos separatistas e federalistas do Leste. Apesar da capitulação de Putin, os trabalhadores da região resistem como podem as investidas de Kiev e não deram ainda a palavra final no enfrentamento com os bandos fascistas já que os referendos decidiram pela separação da Ucrânia e a unificação com a Rússia. Este “impasse” somente será resolvido através da ação revolucionária dos explorados da região, que estão se enfrentando militarmente neste momento com o exército da Ucrânia apesar da sabotagem aberta de Moscou.

quinta-feira, 26 de junho de 2014


Recado de Aécio aos ratos que coabitam o governo do PT: “Suguem mais e venham para o nosso lado”

O governo da Frente Popular vem paulatinamente perdendo sua base social de sustentação na exata medida que se esgota o modelo neoliberal econômico do “milagre do crédito", sem dúvida alguma responsável pelo acesso ao mercado consumidor de camadas significativas da população brasileira. No momento em que o horizonte aponta um déficit recorrente das contas externas, o alerta amarelo surge para a burguesia nacional que vinha financiando seus investimentos com o dinheiro dos bancos estatais, lastreados no enorme “colchão de gordura” das reservas cambiais acumuladas nos últimos oito anos. Este novo cenário tem repercussão imediata na “ampla” base parlamentar de sustentação do governo Dilma, construída com a “nata” das oligarquias regionais e a escória mais corrupta da política burguesa brasileira. O fato é que o PT somente tem conseguido a “duras penas” fechar suas alianças eleitorais com a cúpula nacional dos partidos fisiológicos, enquanto a “base” parlamentar destes compõe na maioria dos estados com o Tucanato e, em menor escala, com o PSB de Eduardo Campos. Este “fenômeno” político anunciado, que tem no Rio de Janeiro o exemplo mais significativo, levou o candidato Tucano ao Planalto a ironizar as alianças eleitorais formalizadas pelo PT até o momento: “Suguem mais e venham para o nosso lado”, referindo-se as coligações estabelecidas com o PMDB, PP, PSD, PR e até o PDT, onde todo este arco de “aliados” do governo da Frente Popular em sua grande maioria está comprometido com Aécio nos estados da federação. A presidente Dilma chegou ao cúmulo da humilhação ao aceitar a chantagem do PR para demitir o Ministro dos Transportes, César Borges, em troca da coligação. Com o PMDB o caso é mais grave, depois de aprovar por pequena margem o apoio nacional ao PT, os diretórios regionais mais expressivos do partido (SP, RJ, BA, PE, CE, MT, RS etc..) não aceitaram fazer a campanha de Dilma, colocando como uma “ficção política milionária” (paga pelo botim estatal) a suposta coligação celebrada por Temer, Sarney e Renan. Os ratos da “base aliada” sugam o máximo possível e já abandonaram o barco antes mesmo do navio afundar, isto significa que a reeleição de Dilma se dará por uma pequena margem, ainda por conta do controle político exercido pelo PT sobre os movimentos sociais. O segundo mandato da “gerentona” estará submetido a chantagem permanente das oligarquias, em um ambiente econômico recessivo e socialmente conturbado, marcado pelo fim do “milagre do consumo”.

quarta-feira, 25 de junho de 2014


Chapa da Frente de Esquerda “puro sangue” (MES/PSTU) conta com apoio do Grupo Gerdau no Rio Grande do Sul!

Acaba de ser celebrada a Frente de Esquerda (FE) no Rio Grande do Sul. Como a própria Luciana Genro comemorou em seu blog trata-se de uma aliança “puro sangue” conformada entre sua corrente política, o MES e o PSTU, através de uma chapa encabeçada por Roberto Robaina (PSOL) como candidato ao governo e Júlio Flores (PSTU) ao Senado! Robaina, dirigente máximo do MES, é o mesmo que defendeu publicamente o financiamento da campanha eleitoral de Luciana Genro pelo grupo Gerdau quando esta concorreu à prefeitura em 2008. Agora o mesmo vai se repetir em 2014 sendo que com o aval do PSTU. Os morenistas integram a coligação sabendo não só da “folha corrida” do MES em sua relação corrupta com os empresários gaúchos, mas a própria campanha da atual FE terá o apoio financeiro da holding Gerdau, o maior grupo capitalista do Rio Grande do Sul. Como se observa, as escandalosas alianças eleitorais do PSTU com o PSOL nos estados (RS, SP, MG e DF) revelam que não há qualquer “diferença programática” entre estas organizações revisionistas que impeçam as coligações mais inusitadas. Se a FE não ocorreu no âmbito da chapa nacional para Presidência da República foi porque o PSOL não aceitou abrir a coligação de deputado federal no Rio de Janeiro para o PSTU indicar Cyro Garcia na aliança. Diante deste fato consumado, o PSTU foi forçado a “responder” mantendo a candidatura de Zé Maria a presidente... pelo menos até agora!  O mais escandaloso neste “acordo entre amigos” é o fato do PSTU ter passado toda a pré-campanha eleitoral afirmando que seu grande “diferencial” em relação ao PSOL seria sua rejeição ao financiamento de empresas capitalistas para a “esquerda”.

segunda-feira, 23 de junho de 2014


Por que as "Jornadas de Junho" não se repetiram no ano da "Copa das empreiteiras" no Brasil?

Esta questão deve estar permeando a "cabeça" de toda a esquerda, desde os setores revisionistas de "oposição" ao governo Dilma, muito ansiosos por uma "catástrofe" eleitoral do PT, até as forças "chapa branca" temerosas de um avanço social antigovernista. A verdade é que há um ano do início do "estopim" de junho de 2013, quando o MPL levou milhares de jovens as ruas de São Paulo, o país em plena Copa do Mundo atravessa uma certa letargia, nem a empolgação popular por uma Copa onde o único legado será um imenso lucro para as empreiteiras (além é claro dos ganhos "imorais" da mafiosa FIFA) e tampouco a repetição das gigantescas mobilizações populares que cruzaram o Brasil de norte a sul exigindo o fim da precarização dos serviços essenciais do Estado burguês. É fato que inúmeras atividades de corajosos protestos contra a Copa se realizaram nas principais cidades do país, sofrendo uma brutal repressão policial patrocinada pelos governos estaduais e órgãos federais, porém a verdade deve ser afirmada sem pretender "tapar o sol com peneira", as mobilizações populares de hoje estão muito aquém da expectativa gerada, principalmente após o recente ascenso grevista que "contaminou" novas categorias sem grande "tradição" de lutas. O movimento "Não vai ter Copa" vinha ganhando "musculatura" social e tudo parecia apontar para que na semana da abertura da grande "festa" da FIFA multitudinários segmentos populares tomassem as ruas do país para denunciar a "farra" das empreiteiras e de grandes corporações capitalistas. Mas não foi a suposta "paixão nacional" pelo futebol que bloqueou o ímpeto popular contra Copa e sim a plataforma "mesquinha e eleitoreira" da "oposição de esquerda" (PSOL e PSTU), que inclusive provocou a derrota da greve dos metroviários, a responsável pela desconfiança da vanguarda juvenil e popular em embarcar de cabeça no movimento "Não vai ter Copa", um "biombo" político para potenciar as candidaturas do PSOL e PSTU nas próximas eleições de outubro.

sexta-feira, 20 de junho de 2014


Há um ano do inicio das “Jornadas de Junho”: Não ao novo ataque fascista de Alckmin ao MPL e lutadores! Estatização do transporte coletivo e passe livre já!

Neste dia 19 ocorreu em São Paulo o ato promovido pelo MPL com o eixo “Não vai ter tarifa”, em uma clara alusão a denúncia do ataque às condições de vida do povo trabalhador enquanto Dilma e os governos estaduais dão andamento a farra bilionária da Copa do Mundo da FIFA. A manifestação que comemorava um ano do início das “Jornadas de Junho” de 2013 seguiu da Av. Paulista até a Marginal Pinheiros, onde agências bancárias e uma concessionária de carros de luxo foram parcialmente destruídas, em uma clara contestação aos símbolos do capital financeiro e da ostentação da elite capitalista. Logo, o fascista governador Alckmin (PSDB) afirmou que a Secretaria de Segurança Pública identificará e prenderá os “vândalos” que participaram da manifestação: “Uma coisa é manifestação, que deve ser respeitada, outra coisa é vandalismo, depredação, ação criminosa de mascarados, que tem que ser combatido e é dever da polícia fazer isso. Então já determinamos ao secretário de segurança que, têm câmeras de vídeo, e alguns (vândalos) dá para identificar. Então o mais rápido possível devemos prender esses criminosos” (G1, 20/06). A conduta provocativa de Alckmin indica inclusive que pode ter havido infiltração de P2 na manifestação. Um ano depois dos atos que barraram o aumento da tarifa em SP, a burguesia volta a atacar o movimento justamente porque vem em uma ofensiva repressiva com a derrota da greve dos metroviários, que deixou 42 demitidos! Desgraçadamente o ascenso grevista que vinha ganhando corpo recuou em função da política das direções sindicais “alternativas” como a Conlutas (Rodoviários RJ e SP) e, por outro lado, as manifestações contra a Copa foram claramente sabotadas pelos partidos da “Frente de Esquerda” (PSOL e PSTU).

quinta-feira, 19 de junho de 2014


Pela vitória militar do EIIL contra o governo fantoche do Iraque, "sucursal"  da Casa Branca

Após a desocupação militar ianque do Iraque, ocorrida em 2012, passados quase dez anos onde o principal esteio do estado capitalista eram as próprias forças militares dos EUA, abriu-se um período de profunda turbulência social e étnica e que agora está muito próximo de deflagrar uma guerra civil no país do tipo convencional. Entre centenas de organizações guerrilheiras, que ocuparam de forma dispersa o papel de resistência militar as tropas da Casa Branca, cada uma seguindo de certa forma uma orientação sectária (no sentido religioso do termo) neste momento se destaca como vanguarda nacional  tanto no campo político e bélico o EIIL (ISLL sigla em inglês), Exército Islâmico do Iraque e do Levante. Esta forte milícia "radical" que ameaça a estabilidade do governo fantoche iraquiano é formada pela união de vários grupos insurgentes iraquianos, mas também conta com combatentes experientes de diversas nacionalidades, que já lutaram no Iraque e Afeganistão. Seu principal apoio vem de organizações sunitas, como a Al-Qaeda. O EIIL já controla  quase todo norte do país e  marcha de forma acelerada para Bagdá. Parte de seu financiamento, que fornece suporte a seu moderno arsenal, provém de doadores privados residentes em países do Golfo Pérsico em campanhas dirigidas por pessoas como o Sheik kuwaitiano Hajjaj al-Ajmi. São considerados a ala mais "radical" da Al- Qaeda (especula-se que já teriam rompido com a organização), combatendo qualquer vestígio de nacionalismo como na Líbia e Síria quando foram fartamente armados pelos EUA. Desesperado com a iminência da perda de sua influência no Iraque, Obama analisa diversas opções de ajuda ao governo de Bagdá, imerso em uma contenda contrainsurgente onde está em perigo, segundo especialistas na área, a sobrevivência da já frágil unidade estatal dessa nação árabe e a ameaça de uma ampliação sem precedentes das milícias islâmicas em toda a região onde as companhias de petróleo ianques não param de exportar o óleo para a "metrópole".

terça-feira, 17 de junho de 2014


Com vitória apertada e apoio da centro-esquerda burguesa, chacal Santos é reeleito para manter política de eliminação das FARC via as “negociações de paz”

Por uma pequena margem de votos, o atual presidente da Colômbia, Manuel Santos, foi reeleito para um novo mandato no último dia 15 de junho. Ele derrotou Óscar Iván Zuluaga, apoiado por Álvaro Uribe, por 50,95% dos votos contra 45,10%. O resultado foi inclusive questionado pelo ex-presidente que declarou “Por que querem se manter em silêncio sobre a compra de votos, imposição das Farc, publicidade ilegal e abusiva de recursos públicos” declarou Uribe. Já Santos, ao ver confirmado o resultado pela OEA, ou seja, pelo imperialismo ianque e seus governos serviçais, reafirmou sua política chancelada por Obama: “Esta não será uma paz com impunidade, esta será uma paz justa. Teremos que dar passos difíceis para garantir que não só seja justa, como também duradoura. A mensagem de hoje é também para as FARC e para o ELN. Este é o objetivo e precisamos atingi-lo com seriedade. Este é o fim de mais de 50 anos de violência” (BBC, 16/06). Na verdade, com vitória apertada, Santos foi “eleito” pelo imperialismo para comandar a eliminação das FARC via as “negociações de paz”. Sua eleição só foi possível pelo apoio que recebeu da centro-esquerda burguesa, particularmente pela ex-senadora Piedad Córdoba, dirigente do movimento “Colombianos y Colombianas por la Paz” e integrante da Marcha Patriótica, assim como pelo Pólo Democrático Alternativo (PDA). Tanto que os votos da frente eleitoral entre o PDA e a Unidade Patriótica (UP) no primeiro turno foram transferidos para Santos e garantiram sua reeleição. Há grande possibilidade de membros destes partidos ingressarem no futuro governo burguês e serviçal da Casa Branca.

segunda-feira, 16 de junho de 2014



LBI participa do ato da FIP no Rio covardemente atacado por uma gangue paramilitar

O ato contra a FIFA na abertura da Copa no Rio no último domingo, convocado pela FIP (Frente Independente Popular) e outras entidades de esquerda, além de ser ameaçado pela "tradicional" repressão da assassina PM carioca, foi covardemente atacado por uma gangue paramilitar. A horda fascista "distribuiu" socos contra ativistas políticos que marchavam tentando chegar ao novo Maracanã, o antigo "templo do futebol" descaracterizado e privatizado para beneficiar grupos capitalistas que nada tem a ver com o esporte nacional. O companheiro Antonio Sombra, dirigente da oposição sindical dos professores do Ceará, representou a LBI nesta atividade, que pela sua importância simbólica assumiu um caráter nacional. Desgraçadamente setores do movimento "Não vai ter Copa" já arrefeceram das mobilizações em nome da "prioridade eleitoral". O próprio ex-candidato a presidência da república pelo PSOL, Randolfe Rodrigues, "confessou" que jamais levantaria esta "bandeira" em sua campanha ao Planalto.

Randolfe desiste do Planalto para tentar ser o candidato de Sarney ao governo do Amapá. PSTU já "saliva" para poder coligar com o PSOL no Rio e ser vice de Luciana a candidata da Gerdau

O anúncio da desistência do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) a corrida pelo Planalto, midiatizado na última sexta-feira a noite precipitou uma ruptura no interior do bloco majoritário do PSOL, que já trabalhava para apresentar uma nova alternativa do partido somente na convenção nacional que se realizará em Brasília no final do mês de junho. Randolfe esperava o fechamento de uma articulação política em seu estado, o Amapá, para encabeçar uma chapa de oposição ao governo do PSB que contaria com o apoio do ex- presidente Sarney. Acordos entre a oligarquia Sarney e Randolfe não são propriamente uma novidade no estado, tendo levado inclusive o ex- deputado estadual do PSOL a ganhar uma cadeira no Senado Federal. O PMDB do Amapá tem grande interesse em enfraquecer a candidatura de Eduardo Campos, apoiada pelo governador Capiberibe, ao mesmo tempo em que busca um nome "arejado" para derrotar o PSB na disputa estadual. Randolfe comunicou a tendência de Ivan Valente (US), hegemônica no PSOL, o andamento das negociações, quando foi surpreendido com o vazamento de sua possível renúncia a corrida pelo Planalto. Diante do fato posto na mídia Randolfe resolveu assumir a desistência através de uma "Carta ao Povo Brasileiro", onde afirma que não poderia ser o candidato de um "movimento irreal", vejamos até que ponto chega o carreirismo do senador: "Bandeiras como 'não vai ter Copa', por exemplo, que agridem a inteligência nacional e representam a mais desfocada visão da alma brasileira, não poderiam sequer ser pronunciadas por mim."(Carta de Randolfe). Por outro lado o PSOL divulgou um comunicado onde lamenta a decisão de Randolfe e adianta sua intenção de se lançar ao governo do Amapá: "Sua opção representa um prejuízo na construção de uma alternativa de esquerda nestas eleições...Sua desistência estaria vinculada à necessidade de construir uma alternativa política contra o retorno das forças conservadoras no estado do Amapá, unidade da federação pela qual elegeu-se senador" (Luiz Araújo, presidente nacional do PSOL). Como as negociações para indicar o substituto de Randolfe estão em pleno curso no interior do PSOL, nenhuma de suas correntes até o momento se manifestou, seguindo a tradição de oportunismo do partido, mesmo diante das vergonhosas declarações públicas do senador. Randolfe afirma que agora apoiará o nome de Luciana, sua vice na antiga chapa, embora aponte o deputado carioca Marcelo Freixo como o melhor nome para o partido. Freixo é claro não tem o menor interesse em disputar a presidência, de olho em um posto parlamentar no Congresso Nacional. Porém pelas "queixas" de Randolfe, expostas em sua carta onde reclama da ausência de candidaturas "competitivas" aos governos estaduais, o senador caminha para um apoio velado a Dilma no sentido de "unificar" a oposição ao PSB no Amapá. O mais cretino nesta jogada de Randolfe é que a US deve apoiar nacionalmente sua "empreitada" no Amapá, enquanto o PSTU tenta a todo custo ingressar na aliança com o PSOL indicando o vice para a nova chapa de Luciana, a candidata do grupo econômico Gerdau.

sexta-feira, 13 de junho de 2014


PSTU coliga com o PSOL em SP: Morenistas afirmam não ter “acordo programático” para apoiar Randolfe, mas com o chefe Ivan “convergência é total”!

Neste final de semana, 14 e 15 de junho, o PSTU realizará um Seminário Nacional para discutir o programa que apresentará nas eleições de outubro e lançará oficialmente a candidatura de José Maria de Almeida à Presidência da República. Segundo a convocatória do Seminário que irá debater “um programa de luta e socialista para mudar o Brasil”, esta resolução foi tomada porque “O PSOL inviabilizou a constituição de uma Frente de Esquerda que apresentasse um projeto e um programa da classe trabalhadora, de transformação socialista do Brasil”. Ou seja, por supostas “profundas diferenças programáticas” o PSTU não conformou com o PSOL a Frente de Esquerda (FE) em nível nacional encabeçada por Randolfe Rodrigues. Não para nossa surpresa, eis que poucos dias antes da realização do referido Seminário, a mesma direção do PSTU anunciou em êxtase e extremamente entusiasmada que o partido acabava de fechar um acordo político com o grupo de Ivan Valente (ex-APS) em São Paulo e irá conformar a FE no estado: “Em São Paulo, vai ter Frente de Esquerda entre PSOL e o PSTU” (04/06). Note-se que o grupo de Ivan, majoritário no PSOL tanto em âmbito nacional como em São Paulo, é responsável direto pela aprovação no último congresso do PSOL pelo referido programa que “inviabilizou” nacionalmente a FE e indicou Randolfe Rodrigues como candidato psolista a presidente!!! Mas não só isso, poucos dias antes do acordo com o PSTU, Ivan Valente e seu staff carreirista rifaram Vladimir Safatle como candidato do PSOL a governador de SP e impôs um nome de sua inteira confiança, Gilberto Maringoni, que tem posições muito próximas do PT. Esta manobra rasteira, denunciada como um verdadeiro golpe pela “centro-esquerda” do PSOL (MES, CSOL e Insurgência), não abalou as negociações entre Ivan e o PSTU que formalizaram a aliança em tom de grande acerto político. O que está por trás deste acordo ultraoportunista são os apetites eleitorais de ambos os lados... Ivan Valente é o “padrinho” da aliança que tem o futuro suplente Toninho (PSTU) como seu principal “puxador” de voto a deputado federal em São Paulo!

quinta-feira, 12 de junho de 2014


No Itaquerão vaias da reacionária “classe média” para Dilma. Nas ruas violenta repressão estatal para “silenciar” as legítimas manifestações populares contra a “farra da Copa”

Antes mesmo da bola rolar no campo do Itaquerão, manifestações ocorridas no final desta manhã nas cidades do Rio e BH foram violentamente reprimidas pela PM, na capital paulista um ato de protesto contra a “farra da Copa”, convocado nas cercanias do sindicato dos metroviários (Radial Leste) teve uma “recepção” com métodos de guerra civil por parte da tropa de choque do fascistizante governo Alckmin. Logo depois o próprio sindicato dos trabalhadores do Metrô foi cercado pela polícia, fazendo lembrar os tenebrosos tempos da ditadura militar. A derrota política da greve dos metroviários provocou um certo sabor de vitória para todos os apologistas da Copa, que logo bradaram que iria sim “ter Copa e com Metrô!” Mas sem dúvida alguma o centro das atenções do país estava voltado para o jogo de abertura da Copa, em todos seus aspectos logísticos e futebolísticos. Dilma chega no Itaquerão ao lado de Blatter, mesmo sem fazer discurso é vaiada entusiasticamente pela maioria da “torcida”, composta majoritariamente dos extratos mais reacionários da chamada “classe média”, reflexo da própria composição social que estará presente nas “Arenas” da FIFA. Em seguida veio o que parecia ser o “desastre” tanto esperado pelo PIG paulista (Folha e Estadão): a seleção brasileira leva no início da partida um gol contra e parte dos refletores do novíssimo estádio sofre uma pane. Porém, com a ajuda do talento individual de Neymar e do juiz japonês, o escrete canarinho vira o jogo e a iluminação volta rapidamente ao normal. O resultado final da abertura da Copa pode ser sintetizado da seguinte forma: uma trégua para Dilma e relativo refluxo das mobilizações. Mas ainda vai rolar muita bola neste campeonato mundial que envolve, política, luta de classes e o futebol mercantilizado da FIFA.

quarta-feira, 11 de junho de 2014


Desde o Governo do Rio e SP até ao STF: Ofensiva reacionária contra as liberdades democráticas às vésperas da Copa dos “grandes negócios”

Na manhã desta quarta-feira (11/06) ativistas políticos cariocas foram surpreendidos com mandados judiciais de buscas em suas residências e intimações policiais, logo sendo detidos e levados a delegacias para prosseguimento de inquérito criminal. A acusação policial estava pautada na participação destes ativistas em manifestações contra a Copa do Mundo. Na segunda-feira (09/06) um militante do PSTU de São Paulo, que participava de um ato em solidariedade à greve dos metroviários foi preso e torturado pela polícia assassina do governador tucano da Opus Dei. Para “coroar” o sinistro panorama que o país atravessa, na tarde de hoje em plena sessão plenária do STF o presidente Joaquim Barbosa ordenou que os seguranças da casa retirassem à força o advogado de Genoino Neto, justamente quando este apelava para que o pedido de prisão domiciliar do ex-presidente do PT entrasse na pauta da Corte. O mais grave é que depois de retirado violentamente do STF, o advogado Luiz Fernando foi acusado pelos seguranças de JB de tentativa de assassinato do presidente demissionário do STF. O cenário político que se abre no Brasil às vésperas da “Copa dos grandes negócios” é de um brutal retrocesso das liberdades e garantias democráticas, conseguindo superar os piores momentos do regime militar. A ofensiva capitalista reacionária em curso, em pleno governo da Frente Popular, corresponde não ao simples período eleitoral, mas sim a toda uma etapa histórica de retrocessos e derrotas do movimento operário, onde o atual ascenso de lutas e greves por si só é incapaz de reverter. Sem a consciência da “classe para si” as greves e mobilizações acabam se diluindo em pequenas vitórias econômicas ou grandes derrotas políticas, e nesta correlação de forças abertamente desfavorável ao proletariado é por onde avança a reação e as organizações da direita fascistizante. A realização da Copa no Brasil pressupunha previamente para o imperialismo e suas transnacionais a imposição do “padrão Guantánamo”, ou seja, um regime de exceção onde o ministro JB, uma criatura da mídia “murdochiana”, fosse sua melhor expressão política.

terça-feira, 10 de junho de 2014


Suspensão da greve dos Metroviários: PSTU “amarelou” diante da repressão de Alckmin. PT, PCdoB e PCO, apologistas da Copa, agradecem!

A direção do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, controlada pelo PSTU/Conlutas, suspendeu a greve da categoria na noite desta segunda-feira, 09 de junho. Na assembleia venceu a proposta de retornar ao trabalho apresentada pelo PCdoB, que conquistou a maioria dos votos diante da política vacilante do PSTU de não defender com firmeza a continuidade do movimento, fazendo de sua proposta apenas uma formalidade, já que reivindicava exclusivamente a readmissão dos demitidos e, na prática, aceitava os 8,7% imposto pela empresa. Apesar do governo Alckmin manter as demissões e não ter aumentado o índice de reajuste salarial, o PSTU “amarelou” diante da repressão imposta pelo tucano, o que facilitou em muito a política dos agentes da frente popular no interior da categoria. Longe de decretar a liberação da catraca pelos próprios trabalhadores para ampliar o apoio da população à greve e intensificar os piquetes em unidade com outras categorias, o Sindicato foi recuando até que a paulatina desmoralização levou ao fim da greve. Cinicamente, na tentativa de camuflar sua política vergonhosa, os morenistas fizeram aprovar a “manutenção do estado de greve, com nova assembleia no próximo dia 11, quarta-feira, e indicativo da retomada da paralisação a partir de 12 de junho, dia da abertura da Copa do Mundo”. A tendência majoritária é que a greve não seja retomada em curto prazo, já que as demissões se impuseram sem a resistência necessária, com este desfecho se constituindo como uma profunda derrota para o conjunto dos trabalhadores. Tão logo foi anunciada a decisão de por fim ao movimento, o governo Dilma respirou aliviado temendo que a greve se prolongasse até a abertura da Copa da FIFA e estragasse a abertura do meganegócio capitalista ancorado no futebol mercantil. PT e PCdoB agradeceram a covardia do PSTU, no que foram acompanhados pelo PCO. Causa Operária vem atacando os protestos contra o mundial alegando literalmente que a “campanha ‘Não vai ter Copa’ só beneficia a direita”!

segunda-feira, 9 de junho de 2014


Governo Tucano fascista demite e manda sua polícia assassina prender trabalhadores em greve do Metrô. Ampliar a solidariedade convocando a greve em outras categorias. Liberar já a catraca para a população trabalhadora!

O governo Alckmin revelou toda sua essência fascistizante nesta manhã de segunda-feira (09/06), ordenando que sua criminosa polícia desencadeasse uma feroz repressão contra ativistas políticos e trabalhadores do Metrô em ato de solidariedade realizado na estação Ana Rosa. Foram presos cerca de 13 companheiros que logo em seguida foram encaminhados a 36ª DP para indiciamento judicial. Pela boca do estafeta do Tucanato, o Secretário de Transportes Jurandir Fernandes, anunciou a demissão de 60 ativistas da greve por justa causa, além de ameaçar a categoria com demissão em massa caso a greve continue. A guerra de classe foi declarada formando-se rapidamente uma ampla “tropa de choque” da burguesia para defender as medidas truculentas do governo Alckmin, unindo desde a anturragem Dilmista até a mídia reacionária “murdochiana”. O Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PCdoB), declarou que a greve não poderia “ousar desafiar as ordens da justiça”, ao mesmo tempo que os militantes de seu partido na categoria participam do movimento. Na mesma direção, a CUT que diz apoiar a greve assiste passiva os dirigentes do PT atacarem a todo momento os “grevistas irresponsáveis”, enquanto o prefeito Haddad jura fidelidade ao senhor da “Opus Dei” Alckmin. Do nosso campo de batalha, dos trabalhadores e da população oprimida, é necessário organizar uma enérgica resposta política aos ataques do capitalistas e seus “agentes”, convocando uma greve de solidariedade aos companheiros do Metrô, que neste momento representam a vanguarda em luta de nossa classe. A vitória dos metroviários pode representar a derrota de conjunto das classes dominantes, que bradam furiosamente por “respeito a ordem” às vésperas da Copa do Mundo, uma verdadeira “orgia” do botim estatal para beneficiar as oligarquias corruptas que dominam o país.

domingo, 8 de junho de 2014


Greve dos Metroviários: LBI questiona diretamente o presidente do sindicato a inócua política de “apelos” a Alckmin! Fora Estado, patrões e pelegos da luta dos trabalhadores!

Ocorreu neste sábado, 07 de junho, o ato político em solidariedade à greve dos Metroviários de São Paulo e, na sequência, a assembleia geral da categoria. A militância da LBI se fez presente na atividade, inclusive com o Secretário Geral da LBI, Candido Alvarez, questionando diretamente o presidente do sindicato e militante do PSTU, Altino Melo dos Prazeres, sobre a política inócua de fazer “apelos” ao governador fascista Geraldo Alckmin para que ele “autorizasse” a Catraca Livre, a fim de que a população trabalhadora tivesse acesso gratuito ao metrô nos dias de greve. Diante da negativa do “companheiro tucano”, a direção do sindicato/Conlutas lamentou a conduta “intransigente” do governador e não encaminhou na assembleia que os próprios trabalhadores impusessem através de sua ação direta o transporte gratuito para os explorados para ampliar a solidariedade à greve. Longe disso, os sindicalistas da CONLUTAS/PSTU aguardam o julgamento da greve pelo TRT neste domingo, 08, submetendo os metroviários aos ditames do tucanato e sua justiça patronal. Desgraçadamente, como alertou o dirigente nacional da LBI, esta orientação levará à derrota da greve, já que também a direção do Sindicato aprovou entrar em contato com a presidenta Dilma Rousseff e pedirá que ela venha a São Paulo intermediar uma negociação com o governador Alckmin, relegando para segundo plano os piquetes e a radicalização da luta que foi duramente reprimida nos últimos dias pela PM. A polícia chegou a ocupar com a tropa de choque as estações, lançando bombas de gás lacrimogêneo contra os trabalhadores. A burguesia e seu Estado tenta a todo custo jogar politicamente a população contra as mobilizações dos trabalhadores do setor estatal alegando “prejuízo” para a população, particularmente a mais carente dos serviços públicos. Métodos de greves mais radicalizados que gerem prejuízo direto ao Estado burguês, causando menos “transtornos” para a população, devem ser incorporados à tradição de luta dos explorados por isso é necessário impor a Catraca Livre por meio da mobilização dos trabalhadores!

sexta-feira, 6 de junho de 2014




Carta Aberta aos Candidatos à Presidência que se reivindicam da “Esquerda Revolucionária”

Chegamos ao mês de junho e já estão definidas três candidaturas presidenciais que se reivindicam da chamada “esquerda revolucionária”. Através desta Carta Aberta o Comitê Central da LBI deseja abrir o debate político com o PSTU, PCB e PCO sobre o programa que estes partidos apresentaram até o momento para as eleições gerais de outubro de 2014. Não incluímos neste rol o PSOL – que apresentou o nome do senador Randolfe Rodrigues – porque compreendemos que se trata de uma candidatura burguesa, tanto pelo seu programa pró-capitalista como pelos estritos vínculos políticos e sociais que estabeleceu com a oposição conservadora, inclusive aceitando financiamento das grandes empresas. Consideramos que apesar das nossas profundas diferenças programáticas e ideológicas com estes três partidos, o debate rigoroso e público das posições políticas apresentadas por José Maria de Almeida, Mauro Iasi e Rui Costa Pimenta deve servir para que o conjunto da vanguarda militante e que se reivindica da “esquerda revolucionária” atue nas eleições (notadamente um terreno desfavorável para os trabalhadores e suas organizações políticas) norteada pela independência de classe, por uma orientação anti-imperialista e uma plataforma comunista que tenha como centro a denúncia da democracia burguesa, de seu circo eleitoral e do conjunto do regime político, ligando a propagada revolucionária às reivindicações mais sentidas da classe operária, dos camponeses e do conjunto dos explorados. Esta tarefa faz-se ainda mais importante na medida em que a eleição está polarizada pela disputa entre o PT e PSDB e, paralelamente, ocorre no país um importante ascenso grevista às vésperas da Copa do Mundo da FIFA. Neste sentido, usar a tribuna eleitoral para fortalecer estas lutas e direcioná-las não para o cretinismo parlamentar e sim para o combate de classe contra a democracia dos ricos é a principal tarefa neste momento. Entendemos que o marco divisório fundamental de uma candidatura revolucionária que se lança (legitimamente) às eleições do regime burguês é a tarefa da publicidade comunista para as massas, como nos ensinou Lenin, nesta direção a defesa da Ditadura do Proletariado, como o “carro chefe” da propaganda marxista deve nortear o “trabalho eleitoral” dos setores classistas da esquerda que não se vergaram ao mito da apologia do “estado democrático” que supostamente deveria implementar “políticas públicas para a sociedade”.

quinta-feira, 5 de junho de 2014


Greve dos Metroviários: PSTU lamenta que o “companheiro Alckmin” não aceitou proposta dos trabalhadores de liberar as catracas. Fora os patrões, governo e sua justiça do movimento operário!

Parece inacreditável, mas foi publicado hoje (05/06) no próprio site do PSTU: “Funcionários do Metrô propuseram liberar a catraca como alternativa à paralisação, mas governo Alckmin não aceitou”. Como o “companheiro Tucano” não “topou” liberar as catracas do Metrô para que a população da cidade de São Paulo pudesse compartilhar ativamente a greve dos trabalhadores, o PSTU não encaminhou para que a própria categoria deliberasse o método mais avançado de sua ação direta. A burguesia e seu estado tenta a todo custo jogar politicamente a população contra as mobilizações dos trabalhadores do setor estatal alegando “prejuízo” para a população, particularmente a mais carente dos serviços públicos. Métodos de greves mais radicalizados que gerem prejuízo direto ao estado burguês, causando menos “transtornos” para a população, devem ser incorporados à tradição de luta dos explorados. A greve dos Metroviários de São Paulo colocou esta possibilidade na ordem do dia, convocando os demais trabalhadores do setor de transportes a se engajarem na experiência da “catraca livre”, galvanizando desta forma o justo ódio da população contra o corrupto governo Alckmin. Porém, os sindicalistas da CONLUTAS/PSTU parecem não conhecer as lições básicas da independência de classe, submetendo os metroviários aos ditames do Tucanato e sua justiça patronal. No momento onde a greve precisaria de maior apoio popular para enfrentar a truculência do TRT, existe uma forte pressão política para que os metroviários abdiquem plenamente do seu direito de greve.

terça-feira, 3 de junho de 2014


Exército brasileiro ocupa há 10 anos o Haiti a serviço da exploração da Ilha negra pelas transnacionais imperialistas

Neste mês de junho completa-se 10 anos da ocupação do Haiti, data da chegada das tropas da missão de “paz” da ONU (Minustah) comandadas pelo governo brasileiro. Nesse período ficou constatado que grandes empresas norte-americanos, canadenses e franceses exploram a mão de obra haitiana para produção têxtil, pagando em média R$ 10 por dia nas zonas francas implementadas no país após o golpe de estado patrocinado pelo imperialismo ianque. As consequências desta investida neocolonialista são evidentes: a migração em massa dos haitianos que não suportam essa situação ou a revolta dos que ficam. Para conter essa insatisfação popular, as tropas de “estabilização” da ONU comandadas pelo exército do Brasil fazem o trabalho de brutal repressão, inclusive contra greves e manifestações. O Conselho de Segurança da ONU aprovou em outubro passado a extensão da missão de ocupação do Haiti até o final de 2014. A “recomendação” foi dada diretamente pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, ventríloquo do Pentágono. O exército brasileiro continua a frente do comando da Minustah até esta data. A decisão foi tomada por unanimidade e contou com o apoio de todos os governos da centro-esquerda burguesa latino-americana. Além de Dilma, já enviaram forças militares ao país os governos Maduro, Evo Morales e Rafael Correa, em mais uma prova de que arroubo “anti-imperialista” dos paladinos do “Socialismo do Século XXI” não passa de uma farsa para acomodar os interesses de suas burguesias nativas junto ao imperialismo ianque. O Uruguai de Mujica e a Argentina de Cristina Kirchner também se somam a essa lista vergonhosa. A Casa Branca recorreu aos seus aliados no continente justamente para que as tropas ianques estejam de mãos livres para a ofensiva militar no Oriente Médio e na Ásia, mais particularmente a agressão em curso na Síria e Ucrânia.

segunda-feira, 2 de junho de 2014


Porque o PIB brasileiro não consegue “decolar” no país da “explosão” do consumo

Novamente as manchetes da mídia “murdochiana” deram grande destaque ao resultado do tímido crescimento do PIB no primeiro trimestre deste ano. A pífia evolução de 0,2%, contrastando com o já fraco resultado do trimestre final de 2013 (0,4%), evidenciou novamente uma perspectiva de repetirmos o “pibinho” em torno de pouco mais de 1% para todo o ano de 2014. Acompanhando o relatório do IBGE acerca da variação do PIB vem a notícia sobre o péssimo desempenho da nossa Balança Comercial, que teve o pior resultado para o mês de maio dos últimos doze anos. Paradoxalmente, o mesmo mês de maio obteve o melhor resultado deste ano em nível de superávit mensal nas exportações, o que aponta um quadro alarmante das exportações brasileiras para o conjunto do ano, exatamente nesta questão econômica considerada o “grande trunfo” dos governos da Frente Popular desde 2003. Contraditoriamente ao “sombrio” noticiário macroeconômico podemos aferir que o consumo de bens e serviços no país continua a bater recordes mundiais, como a venda de equipamentos eletrônicos ou mesmo a “conquista” da terceira posição internacional no mercado da aviação civil, superado apenas pelos EUA e a China. No nicho da construção de novos “Shoppings” o Brasil só fica atrás mesmo dos Ianques, a “pátria” dos grandes templos fechados do consumo, revelando que os níveis da poupança interna continuam bem elevados, apesar das constantes altas na taxa de juros para a pessoa física. Se a bolha de crédito continua inflando as vendas, e a média da massa salarial teve um leve ganho sobre a inflação nominal dos últimos oito anos, com a consequente retração do desemprego formal, o quadro dos vetores macroeconômicos apontam em direção contrária. Mas, qual é a razão de fundo desta aparente contradição entre o que se “vê nas ruas” e o esgotamento do “modelo” baseado na entrada de divisas monetárias, que ainda conserva seu “colchão de gordura”, em torno das consistentes reservas cambiais do Tesouro Nacional? Por quanto tempo o estado brasileiro poderá “bancar a farra” do crédito e do consumo em uma situação econômica limítrofe do encerramento de seu lastro superavitário das exportações de commodities agrominerais? Parece que a situação falimentar da indústria nacional (em seus aspectos tecnológicos e financeiros) já respondeu precocemente esta questão.

domingo, 1 de junho de 2014

Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária, nº 280, 1ª Quinzena de Junho/2014



EDITORIAL
Porque o PIB brasileiro não consegue “decolar” no país da “explosão” do consumo

JB SAI DA PRESIDÊNCIA DO STF E SE APOSENTA PRECOCEMENTE
É a hora de “realizar os lucros” dos negócios celebrados

FIEL À MÁFIA BURGUESA
Lula passa por cima do PT e até do governo Dilma para empenhar seu apoio aos candidatos do PMDB

GENTILEZA ELEITORAL
Frente de Esquerda: O porquê da “generosidade” de Luciana “Gerdau” com o PSTU

ASCENSO GREVISTA “AGITA” O PAÍS
Passar por cima dos aparatos sindicais (CUT, CONLUTAS) para derrotar a ofensiva patronal, sem ter nenhuma ilusão no circo eleitoral!

GREVE NA GRANDE SÃO PAULO
Guarulhos também tem que parar! Oposição de Luta Classista prepara a greve dos motoristas e cobradores de ônibus!

HERANÇA REVISIONISTA
Com a morte de Guillermo Lora, o POR (Brasil) perde de vez o fio e o prumo do programa revolucionário

CRISE CAPITALISTA MUNDIAL
Com o profundo retrocesso na consciência das massas, eleição europeia expressa crescimento da extrema-direita e do fascismo no lastro da ofensiva imperialista reacionária na Ucrânia!

HISTÓRIA DA LUTA DE CLASSES
Há 143 anos o primeiro governo operário da História era esmagado pela violenta reação burguesa: A Comuna de Paris e suas lições político-programáticas para a luta dos comunistas pela Ditadura do Proletariado (Exclusivo para a Internet)

DO GOLPE MILITAR À FARSA ELEITORAL
Os passos da contrarrevolução no Egito operada pelo imperialismo e as FFAA com o apoio dos revisionistas do trotskismo

COM O AVAL DAS FARC, “ESQUERDA” COLOMBIANA APOIA SANTOS
No Brasil, PCB e PCdoB saúdam esta política vergonhosa em nome dos “acordos de paz”!


LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA