LBI participa
do ato da FIP no Rio covardemente atacado por uma gangue paramilitar
O ato contra
a FIFA na abertura da Copa no Rio no último domingo, convocado pela FIP (Frente Independente Popular) e
outras entidades de esquerda, além de ser ameaçado pela "tradicional"
repressão da assassina PM carioca, foi covardemente atacado por uma gangue
paramilitar. A horda fascista "distribuiu" socos contra ativistas
políticos que marchavam tentando chegar ao novo Maracanã, o antigo "templo
do futebol" descaracterizado e privatizado para beneficiar grupos
capitalistas que nada tem a ver com o esporte nacional. O companheiro Antonio
Sombra, dirigente da oposição sindical dos professores do Ceará, representou a
LBI nesta atividade, que pela sua importância simbólica assumiu um caráter
nacional. Desgraçadamente setores do movimento "Não vai ter Copa" já
arrefeceram das mobilizações em nome da "prioridade eleitoral". O
próprio ex-candidato a presidência da república pelo PSOL, Randolfe Rodrigues,
"confessou" que jamais levantaria esta "bandeira" em sua
campanha ao Planalto.
Apesar do
nítido refluxo dos atos contra a Copa, que teve como marco de "medição de
forças" a derrota da greve dos metroviários paulistas, as mobilizações
permanecem vivas em todo o país. A realidade que a mídia
"murdochiana" não pode esconder é de um Brasil "vencido"
pela corrupção estatal, onde a realização dos chamados megaeventos esportivos
servem somente para a acumulação financeira das oligarquias nacionais. A justa
revolta popular contra a "farra da Copa", diante da completa
precarização dos serviços públicos essenciais, supera em muito a suposta "paixão
nacional" pelo futebol, tanto acalentada pela reacionária "classe
média" presente nas luxuosas arenas da FIFA.
O desafio
político agora é continuar com as convocatórias para novos atos de massas nas
principais cidades do país, sem relevar
o papel da organização de plenárias, prévias
das mobilizações, onde se abre o espaço preferencial para o debate de
qual plataforma programática a vanguarda de ativistas deve adotar. A adoção de
um eixo classista e revolucionário no combate a "farra" das oligarquias,
patrocinada pelo governo da Frente Popular, é fundamental para a vitória
política do movimento nacional "Não vai ter Copa".
Neste marco a
rigorosa delimitação política com as tendências oportunistas e anarquistas que
integram o movimento, assim como com as correntes apologistas da Copa, faz
parte do processo de formação de uma nova geração de combatentes proletários.
Em um cenário nacional que tende a radicalização das posições, a organização da
autodefesa contra as hordas fascistas e também a repressão estatal está
colocada na ordem do dia, como demonstrou este último ato do Rio de Janeiro. No
próximo dia 20/06 (em São Paulo o ato será no dia 19) está marcado um novo "teste" para o movimento, com
o reforço do MPL e outras entidades combativas, não vamos arrefecer a luta e
"mãos a obra!"