segunda-feira, 16 de junho de 2014



LBI participa do ato da FIP no Rio covardemente atacado por uma gangue paramilitar

O ato contra a FIFA na abertura da Copa no Rio no último domingo, convocado pela FIP (Frente Independente Popular) e outras entidades de esquerda, além de ser ameaçado pela "tradicional" repressão da assassina PM carioca, foi covardemente atacado por uma gangue paramilitar. A horda fascista "distribuiu" socos contra ativistas políticos que marchavam tentando chegar ao novo Maracanã, o antigo "templo do futebol" descaracterizado e privatizado para beneficiar grupos capitalistas que nada tem a ver com o esporte nacional. O companheiro Antonio Sombra, dirigente da oposição sindical dos professores do Ceará, representou a LBI nesta atividade, que pela sua importância simbólica assumiu um caráter nacional. Desgraçadamente setores do movimento "Não vai ter Copa" já arrefeceram das mobilizações em nome da "prioridade eleitoral". O próprio ex-candidato a presidência da república pelo PSOL, Randolfe Rodrigues, "confessou" que jamais levantaria esta "bandeira" em sua campanha ao Planalto.

Apesar do nítido refluxo dos atos contra a Copa, que teve como marco de "medição de forças" a derrota da greve dos metroviários paulistas, as mobilizações permanecem vivas em todo o país. A realidade que a mídia "murdochiana" não pode esconder é de um Brasil "vencido" pela corrupção estatal, onde a realização dos chamados megaeventos esportivos servem somente para a acumulação financeira das oligarquias nacionais. A justa revolta popular contra a "farra da Copa", diante da completa precarização dos serviços públicos essenciais, supera em muito a suposta "paixão nacional" pelo futebol, tanto acalentada pela reacionária "classe média" presente nas luxuosas arenas da FIFA.

O desafio político agora é continuar com as convocatórias para novos atos de massas nas principais cidades do país,  sem relevar o papel da organização de plenárias, prévias  das mobilizações, onde se abre o espaço preferencial para o debate de qual plataforma programática a vanguarda de ativistas deve adotar. A adoção de um eixo classista e revolucionário no combate a "farra" das oligarquias, patrocinada pelo governo da Frente Popular, é fundamental para a vitória política do movimento nacional "Não vai ter Copa".

Neste marco a rigorosa delimitação política com as tendências oportunistas e anarquistas que integram o movimento, assim como com as correntes apologistas da Copa, faz parte do processo de formação de uma nova geração de combatentes proletários. Em um cenário nacional que tende a radicalização das posições, a organização da autodefesa contra as hordas fascistas e também a repressão estatal está colocada na ordem do dia, como demonstrou este último ato do Rio de Janeiro. No próximo dia 20/06 (em São Paulo o ato será no dia 19) está marcado um novo "teste" para o movimento, com o reforço do MPL e outras entidades combativas, não vamos arrefecer a luta e "mãos a obra!"