terça-feira, 29 de setembro de 2015


ALTA NO PREÇO DA GASOLINA E DIESEL: DILMA MANDA "DESMONTAR" AS REFINARIAS DO PAÍS PARA IMPORTAR DERIVADOS DOS EUA QUEBRANDO PETROBRAS COM A DISPARADA DO DÓLAR...

O governo "nacional e democrático" da presidenta Dilma acaba de anunciar um novo aumento dos preços da gasolina e diesel. Na distribuição dos derivados no mercado do atacado, as refinarias da Petrobras elevarão o valor em 6% e 4% respectivamente. O aumento na ponta final do consumo, ou seja, na bomba do posto, pode chegar em média a 10% para a gasolina e 5% para o diesel. Enquanto os preços internacionais do barril de petróleo caem vertiginosamente (hoje bem menos de 50 Dólares) e a Petrobras aumenta (apesar da Lava Jato) sua extração em alto mar de óleo cru, o governo decreta um aumento de combustíveis que deverá colocar ainda mais "gasolina no incendo inflacionário" da economia nacional. Alguns tolos sinceros e outros falsos ingênuos perguntarão como é possível que os preços dos combustíveis despenquem no mundo todo e no Brasil já sofram o segundo aumento em menos de dois anos. A resposta é bem simples, o país é um grande importador de derivados refinados de petróleo e gás, apesar de ser também um grande produtor mundial de óleo cru e literalmente queimar o gás natural que emana de seus poços marítimos. O resultado da "equação da gasolina e diesel" é amplamente desfavorável para nós, o déficit da chamada "conta petróleo" fechou o ano de 2014 com um rombo de 19,9 bilhões de Dólares, cerca de 80 bilhões de Reais pela cotação cambial de hoje, bem superior aos 60 bilhões de Reais de cortes sociais no orçamento deste ano. Com a vertiginosa subida do Dólar, que ameaça alcançar a casa dos 5 para 1, o déficit da "conta petróleo" poderá chegar a marca de 30 bilhões de Dólares e isto apesar das reduções das importações feitas pela Petrobras em 2015 em virtude da recessão econômica vigente. O saldo negativo da "conta petróleo" também incide diretamente no déficit da balança comercial brasileira (cerca de quatro bilhões de Dólares em 2014) gravemente avolumado pela queda nas exportações e cotações das comodities agrominerais. Porém o governo petista ("nacional e democrático") caminha no sentido inverso das necessidades da economia do país, mandou desmontar as novas refinarias da Petrobras, ainda em fase de construção, e nas parcas e sucateadas existentes ordenou a redução da produção de derivados. Tudo para forçar que a Petrobras importasse os combustíveis diretamente das refinarias ianques, sob controle dos trustes imperialistas, como ChevronTexaco, ExxonMobil etc... Acontece que a vertiginosa escalada do Dólar em 2015 acabou por deteriorar as contas da Petrobras, que exporta um barril de petróleo barato para depois comprar os derivados com alto valor agregado. Enquanto faz propaganda do "pré sal como uma reserva nacional" a ser defendida contra "as investidas privatistas do PSDB", a "esquerda chapa branca" silencia criminosamente a política do governo Dilma em quebrar a Petrobras, trazendo milhares de demissões para os operários das plantas das refinarias paradas. É verdade que a quadrilha tucana quer entregar o petróleo do país para os oligopólios transnacionais, mas Dilma faz o "outro papel": Asfixiar com a alta do Dólar a Petrobras e sucatear sua produção industrial de combustíveis refinados. O resultado desta "operação" de sabotagem será cada vez mais a venda de ativos da maior estatal do país para poder equilibrar seu fluxo de caixa. Somado ao "carnaval" midiático promovido pela Lava Jato, que já inviabilizou uma série de negócios da empresa, como a fabricação dos navios sondas (plataformas), o horizonte da Petrobras aponta para uma situação falimentar, caso não seja revertida esta política antinacional do governo Dilma. A forte alta dos combustíveis deverá gerar mais recessão e inflação, incluindo o aumento nas tarifas de transporte público, mas nada que desagrade a equipe econômica palaciana que terá um "bom motivo" para novamente subir a taxa de juros com o pretexto do "controle da inflação". Rentistas atuam articulados com Levy no desmonte da Petrobras, enquanto fazem a farra com o dinheiro do Estado nos "swaps cambiais", efeito a elevação da cotação do Dólar. Mas parece que a vestal e austera presidenta está muito preocupada com o aumento dos gastos públicos e já mandou até acabar com o projeto das "Farmácias do Povo" que subsidiava remédios essenciais para a população mais carente. São apenas detalhes insignificantes o importante mesmo é apoiar o governo e "lutar contra a direita golpista"... Porque com o PSDB seria pior...

É preciso defender a Petrobras da sanha entreguista da oposição burguesa pró-imperialista, mas principalmente da política da atual "gerentona" que pretende quebrar a estatal em doses homeopáticas, com uma privatização "fatiada". Só para se ter uma idéia da real situação da empresa, castigada com a desvalorização de nossa moeda e a queda do preço internacional do petróleo, a dívida da Petrobras já alcança a monumental cifra de 500 bilhões de Reais! Com uma "gestão de mercado", o atual presidente da estatal , Aldemir Bendine, vem atendendo às reivindicações dos acionistas de Wall Street focando a produção da empresa na exportação do óleo cru. O grande problema é que a extração de nosso óleo é muito cara, realizada em alta mar e a grandes profundidades (exige a utilização de plataformas bem sofisticadas), ou seja, envolve bastante "valor agregado". No sentido inverso os "investidores" ianques querem comprar uma comoditie mineral a preço baixo e manter a condição de "fazendão do óleo" para a Petrobras, desativando todo seu setor petroquímico, ou seja exportar óleo barato para depois importar a nafta bem cara.

Sob esta estúpida lógica do "mercado" Bendine vai afundando a Petrobras, com o aval da presidente Dilma, que já se comprometeu com os "investidores" internacionais a não mais interferir na empresa. Imaginem o caso da Rússia, grande produtora de petróleo e gás natural e que passa neste momento por um cerco comercial as suas exportações. Se a antiga pátria dos sovietes não possuísse um importante complexo petroquímico, agora estaria sujeita a importar derivados refinados de petróleo dos EUA ou Alemanha para abastecer sua frota civil e militar. Putin não é Dilma e sabe muito bem que sem uma avançada autonomia industrial de um país (produção tecnológica) pouco adianta ser extrator de óleo cru e exportador comodities sem valor agregado, ainda mais em uma etapa onde os preços desabam no mercado mundial.

O governo Dilma seguindo a "orientação comercial" da Casa Branca, representada no Brasil pela "operação Lava Jato", cancelou o projeto da ampliação das refinarias da Petrobras, e mesmo as já estavam em fase avançada de construção foram paralisadas, caso de Abreu Lima em Pernambuco e o complexo petroquímico do Rio de Janeiro. O "sonho" das modernas refinarias "premium" no Ceará e Maranhão foi parar no lixo apesar de milhões de Dólares gatos em estudos que garantiam a viabilidade dos projetos. Parece que tudo na Petrobras se resume aos "escândalos " das milionárias comissões cobradas pelos políticos do PT, PMDB, PP e Etc...o que não são nenhuma novidade em toda a história da estatal. Com esta parceria " afinada" Dilma e Moro vão asfixiando a Petrobras até chegar a um ponto em que um futuro governo Tucano diga que não há mais nada a fazer... a não ser decretar sua morte... ops...doá-la aos oligopólios imperialistas. Somente uma enérgica ação independente da classe operária poderá evitar esta verdadeira tragédia nacional.