ALTA NO PREÇO DA GASOLINA E DIESEL: DILMA MANDA
"DESMONTAR" AS REFINARIAS DO PAÍS PARA IMPORTAR DERIVADOS DOS EUA
QUEBRANDO PETROBRAS COM A DISPARADA DO DÓLAR...
O governo "nacional e democrático" da presidenta
Dilma acaba de anunciar um novo aumento dos preços da gasolina e diesel. Na
distribuição dos derivados no mercado do atacado, as refinarias da Petrobras
elevarão o valor em 6% e 4% respectivamente. O aumento na ponta final do
consumo, ou seja, na bomba do posto, pode chegar em média a 10% para a gasolina
e 5% para o diesel. Enquanto os preços internacionais do barril de petróleo
caem vertiginosamente (hoje bem menos de 50 Dólares) e a Petrobras aumenta (apesar
da Lava Jato) sua extração em alto mar de óleo cru, o governo decreta um
aumento de combustíveis que deverá colocar ainda mais "gasolina no incendo
inflacionário" da economia nacional. Alguns tolos sinceros e outros falsos
ingênuos perguntarão como é possível que os preços dos combustíveis despenquem
no mundo todo e no Brasil já sofram o segundo aumento em menos de dois anos. A
resposta é bem simples, o país é um grande importador de derivados refinados de
petróleo e gás, apesar de ser também um grande produtor mundial de óleo cru e
literalmente queimar o gás natural que emana de seus poços marítimos. O
resultado da "equação da gasolina e diesel" é amplamente desfavorável
para nós, o déficit da chamada "conta petróleo" fechou o ano de 2014
com um rombo de 19,9 bilhões de Dólares, cerca de 80 bilhões de Reais pela
cotação cambial de hoje, bem superior aos 60 bilhões de Reais de cortes sociais
no orçamento deste ano. Com a vertiginosa subida do Dólar, que ameaça alcançar
a casa dos 5 para 1, o déficit da "conta petróleo" poderá chegar a
marca de 30 bilhões de Dólares e isto apesar das reduções das importações
feitas pela Petrobras em 2015 em virtude da recessão econômica vigente. O saldo
negativo da "conta petróleo" também incide diretamente no déficit da
balança comercial brasileira (cerca de quatro bilhões de Dólares em 2014)
gravemente avolumado pela queda nas exportações e cotações das comodities
agrominerais. Porém o governo petista ("nacional e democrático")
caminha no sentido inverso das necessidades da economia do país, mandou
desmontar as novas refinarias da Petrobras, ainda em fase de construção, e nas
parcas e sucateadas existentes ordenou a redução da produção de derivados. Tudo
para forçar que a Petrobras importasse os combustíveis diretamente das
refinarias ianques, sob controle dos trustes imperialistas, como ChevronTexaco,
ExxonMobil etc... Acontece que a vertiginosa escalada do Dólar em 2015 acabou
por deteriorar as contas da Petrobras, que exporta um barril de petróleo barato
para depois comprar os derivados com alto valor agregado. Enquanto faz
propaganda do "pré sal como uma reserva nacional" a ser defendida
contra "as investidas privatistas do PSDB", a "esquerda chapa
branca" silencia criminosamente a política do governo Dilma em quebrar a
Petrobras, trazendo milhares de demissões para os operários das plantas das
refinarias paradas. É verdade que a quadrilha tucana quer entregar o petróleo
do país para os oligopólios transnacionais, mas Dilma faz o "outro
papel": Asfixiar com a alta do Dólar a Petrobras e sucatear sua produção
industrial de combustíveis refinados. O resultado desta "operação" de
sabotagem será cada vez mais a venda de ativos da maior estatal do país para
poder equilibrar seu fluxo de caixa. Somado ao "carnaval" midiático
promovido pela Lava Jato, que já inviabilizou uma série de negócios da empresa,
como a fabricação dos navios sondas (plataformas), o horizonte da Petrobras
aponta para uma situação falimentar, caso não seja revertida esta política
antinacional do governo Dilma. A forte alta dos combustíveis deverá gerar mais
recessão e inflação, incluindo o aumento nas tarifas de transporte público, mas
nada que desagrade a equipe econômica palaciana que terá um "bom
motivo" para novamente subir a taxa de juros com o pretexto do
"controle da inflação". Rentistas atuam articulados com Levy no
desmonte da Petrobras, enquanto fazem a farra com o dinheiro do Estado nos
"swaps cambiais", efeito a elevação da cotação do Dólar. Mas parece
que a vestal e austera presidenta está muito preocupada com o aumento dos
gastos públicos e já mandou até acabar com o projeto das "Farmácias do
Povo" que subsidiava remédios essenciais para a população mais carente.
São apenas detalhes insignificantes o importante mesmo é apoiar o governo e
"lutar contra a direita golpista"... Porque com o PSDB seria pior...
É preciso defender a Petrobras da sanha entreguista da
oposição burguesa pró-imperialista, mas principalmente da política da atual
"gerentona" que pretende quebrar a estatal em doses homeopáticas, com
uma privatização "fatiada". Só para se ter uma idéia da real situação
da empresa, castigada com a desvalorização de nossa moeda e a queda do preço
internacional do petróleo, a dívida da Petrobras já alcança a monumental cifra
de 500 bilhões de Reais! Com uma "gestão de mercado", o atual
presidente da estatal , Aldemir Bendine, vem atendendo às reivindicações dos
acionistas de Wall Street focando a produção da empresa na exportação do óleo
cru. O grande problema é que a extração de nosso óleo é muito cara, realizada
em alta mar e a grandes profundidades (exige a utilização de plataformas bem
sofisticadas), ou seja, envolve bastante "valor agregado". No sentido
inverso os "investidores" ianques querem comprar uma comoditie
mineral a preço baixo e manter a condição de "fazendão do óleo" para
a Petrobras, desativando todo seu setor petroquímico, ou seja exportar óleo
barato para depois importar a nafta bem cara.
Sob esta estúpida lógica do "mercado" Bendine vai
afundando a Petrobras, com o aval da presidente Dilma, que já se comprometeu
com os "investidores" internacionais a não mais interferir na
empresa. Imaginem o caso da Rússia, grande produtora de petróleo e gás natural
e que passa neste momento por um cerco comercial as suas exportações. Se a
antiga pátria dos sovietes não possuísse um importante complexo petroquímico,
agora estaria sujeita a importar derivados refinados de petróleo dos EUA ou
Alemanha para abastecer sua frota civil e militar. Putin não é Dilma e sabe
muito bem que sem uma avançada autonomia industrial de um país (produção
tecnológica) pouco adianta ser extrator de óleo cru e exportador comodities sem
valor agregado, ainda mais em uma etapa onde os preços desabam no mercado
mundial.
O governo Dilma seguindo a "orientação comercial"
da Casa Branca, representada no Brasil pela "operação Lava Jato",
cancelou o projeto da ampliação das refinarias da Petrobras, e mesmo as já
estavam em fase avançada de construção foram paralisadas, caso de Abreu Lima em
Pernambuco e o complexo petroquímico do Rio de Janeiro. O "sonho" das
modernas refinarias "premium" no Ceará e Maranhão foi parar no lixo
apesar de milhões de Dólares gatos em estudos que garantiam a viabilidade dos
projetos. Parece que tudo na Petrobras se resume aos "escândalos "
das milionárias comissões cobradas pelos políticos do PT, PMDB, PP e Etc...o
que não são nenhuma novidade em toda a história da estatal. Com esta parceria "
afinada" Dilma e Moro vão asfixiando a Petrobras até chegar a um ponto em
que um futuro governo Tucano diga que não há mais nada a fazer... a não ser
decretar sua morte... ops...doá-la aos oligopólios imperialistas. Somente uma
enérgica ação independente da classe operária poderá evitar esta verdadeira
tragédia nacional.