quarta-feira, 30 de setembro de 2015


RÚSSIA BOMBARDEIA BASES DO EI E REBELDES “MADE IN USA” NA SÍRIA! TODO APOIO A FRENTE ÚNICA ENTRE PUTIN E ASSAD CONTRA OS TERRORISTAS ARMADOS PELO IMPERIALISMO E ISRAEL!

Desde essa quarta-feira, 30 de setembro, a Rússia começou a realizar ataques aéreos na Síria tendo como alvo o Estado Islâmico (EI) horas após seu parlamento autorizar o uso de tropas no país onde está localizada a base militar russa em Tartus, com livre trânsito para o envio de armas e munições para a Síria e porta-aviões estacionados na costa do país. Segundo o Ministério da Defesa russo, foram realizados cerca de 20 ataques a alvos como equipamentos militares, comunicações e depósitos de armas, munição e combustível, informou a agência Interfax: “Nossos aviões atacaram oito alvos. Todos foram totalmente destruídos, em particular um posto de comando”. A ação militar russa contra o EI e os grupos “rebeldes” financiados pelas potências capitalistas que combatem o governo Assad foi comemorada nas ruas de Damasco. Diferente dos ataques dos EUA e da França, o bombardeio russo foi coordenado com as forças armadas nacionais fiéis a Assad: “Estes ataques aéreos foram feitos de acordo com as forças sírias e com a ajuda do centro de coordenação antiterrorista de Bagdá”, disse um responsável do Ministério da Defesa russo, Yuri Yakubov. Segundo ele, os aviões russos foram pilotados por militares sírios. “Nossos aviões efetuaram uma operação aérea e golpearam com precisão alvos em terra dos terroristas do grupo Estado Islâmico na Síria”, declarou o general Igor Konashenkov, porta-voz do ministério. A TV estatal síria confirmou os ataques russos, afirmando que eles ocorreram em cooperação com a força aérea síria, atingindo áreas nas províncias de Homs e Hama. A ofensiva militar conjunta de Putin-Assad foi rechaçada pelos EUA. Ashton Carter, Secretário de Defesa ianque, afirmou que a estratégia russa na Síria não contempla uma transição política na Síria nem a saída de Assad e que, por isso, corre o risco de inflamar ainda mais o conflito, uma declaração que demonstra o objetivo do imperialismo de continuar financiando os “rebeldes” contra o regime de Assad. Segundo fontes estadunidenses, os ataques russos também foram feitos contra áreas controladas por “rebeldes” que operam sob a liderança do “Exército Livre Sírio”. A França disse, segundo a Reuters, não ter sido informada sobre os ataques russos na Síria, já a Alemanha exigiu que a Rússia esclareça “os alvos e métodos” utilizados para os ataques iniciados na Síria. A secretária-geral da OTAN disse que estava preocupada com a possibilidade de os ataques terem atingido áreas dos rebeldes: “Estou preocupada com os relatos de que os ataques aéreos da Rússia não tiveram como alvo o Estado Islâmico”, disse Jens Stoltenberg durante visita aos EUA. Após o início dos ataques, o secretário de Estado ianaque, John Kerry, se queixou sobre a medida com o chanceler russo, Serguei Lavrov, afirmando que os bombardeios são contraproducentes e que Bashar al-Assad deve deixar o cargo. Como se observa o imperialismo ianque e europeu deseja ter o monopólio dos ataques a Síria para no suposto combate ao EI também atacar as forças do exército nacional que apoia o governo Assad. Rebatendo Kerry, Vladimir Putin declarou “Nós entramos neste conflito de cabeça. Para começar, apoiaremos o Exército sírio exclusivamente em sua legítima luta contra os grupos terroristas”. Dias antes da ofensiva a Rússia enviou tanto ajuda humanitária quanto equipamento militar para a Síria pelo ar, em um momento em que os EUA estão pressionando países vizinhos a negarem o uso de seu espaço aéreo para voos russos. A conquista da cidade histórica de Palmira, cujo acervo cultural é alvo do terrorismo reacionário do EI, abriu caminho para o litoral, praticamente cortando as linhas de comunicação entre Damasco e Homs, segunda maior cidade do país. Lembremos que uma das bases militares dos “rebeldes” que foi bombardeada pela Rússia fica em Homs, região muito próxima ao litoral sírio no Mediterrâneo, onde se situa a única base militar russa fora do seu território, na localidade de Tartus, o que ainda mais justifica o ataque russo. Os marxistas-revolucionários apoiamos os bombardeios russos contra o EI e os outros grupos rebeldes “made in CIA”. Trata-se de apoiar a frente única entre a Putin e Assad contra os terroristas financiados pelas potências capitalistas. Nos postamos neste campo militar e político para fortalecer a luta anti-imperialista e seus “rebeldes” pró-OTAN (cinicamente apresentados como revolucionários pelos revisionistas do trotskismo) e nesta trincheira de combate internacionalista forjamos a construção de uma alternativa revolucionária para os trabalhadores que vá além de suas direções burguesas!