terça-feira, 15 de agosto de 2017

DIANTE DAS DEMISSÕES NA FORD: OCUPAR A FÁBRICA E CONVOCAR IMEDIATAMENTE A GREVE GERAL DOS METALÚRGICOS!


A Ford anunciou a demissão de 364 metalúrgicos em sua planta do ABC paulista. Eles serão demitidos nesta semana (segunda e terça-feira). Depois de mais de dois anos adotando o lay-off (suspensão temporária dos contratos), PPE (Programa de Proteção ao Emprego) e férias coletivas a fábrica decidiu, unilateralmente, demitir 364 pais e mães de família. Em resposta, os trabalhadores em assembleia votaram por unanimidade fazer a luta contra todas as demissões a partir da próxima quarta-feira. É necessário lutar pela reintegração de todos os operários. Só negociar alguns benefícios a mais na demissão não adianta, faz-se necessário ocupar a fábrica para barrar o conjunto das demissões, cerca de 15% dos trabalhadores da produção. Se no futuro a demanda sofrer novo aquecimento, os patrões vão incrementar ainda mais os ritmos de produção (aumento das metas) e a Ford contratará mão de obra terceirizada para suprir suas demandas recorrendo as medidas aprovadas pelo governo Temer no parlamento. A burocracia sindical da CUT que aceitou passivamente todas as medidas que levaram as demissões (lay-off, PPE e férias antecipadas) agora tardiamente definiu uma campanha contra as demissões na categoria somente para...14 de setembro, um mês após o ataque no Ford do ABC! Essa “unidade de ação” atrasada envolve representantes sindicais da CSP-Conlutas, CUT, CTB, Força Sindical, UGT e Intersindical, quando seria necessário convocar uma greve geral da categoria metalúrgica imediatamente, chamando a ocupação já da planta da Ford! Para barrar as demissões em massa é necessária, desde já, uma mobilização nacional, unitária e centralizada dos trabalhadores, baseada num programa operário e anticapitalista, capaz de defender os empregos através da greve com ocupação de fábrica. Para vencer, o proletariado precisa superar as direções sindicais. É preciso rechaçar as demissões, convocar pela base uma assembleia e deflagrar a greve com ocupação de fábrica, chamando a solidariedade de toda a categoria. É hora de resistir usando os métodos de luta da classe operária! Para a vanguarda classista e revolucionária este é o momento certo para apoiar fortemente a luta dos operários da Ford com toda solidariedade política e material e construir uma verdadeira oposição classista alternativa aos pelegos da CUT! Neste momento o programa de luta é a escala móvel de salários, onde os contratos coletivos de trabalho devam assegurar aumento automático dos salários, de acordo com a elevação dos preços dos carros e a escala móvel por horas de trabalho, para absorver a mão de obra metalúrgica desempregada. Ao mesmo tempo defendemos uma campanha nacional em solidariedade a luta dos operários para o cancelamento das demissões. Estatização da empresa sob controle dos trabalhadores e sem nenhuma indenização. Para que esta luta possa vencer é necessário superar a política de colaboração de classes da direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. É fundamental para enfrentar a ofensiva dos patrões a retomada dos métodos de luta e ação direta, com assembleias massivas democráticas e greves unificadas para arrancar verdadeiros aumentos salariais e fazer avançar a consciência política da classe, a fim de aumentar o potencial de combate contra os seus inimigos de classe que têm imputado derrotas econômicas, sociais e políticas aos trabalhadores. Como sempre temos que enfrentar o perigo da CUT abrir mão da luta direta e da greve com ocupação de fábrica, único meio para barrar as demissões, para fazer acordos vergonhosos com os patrões!

NOVA ASSEMBLEIA DOS OPERÁRIOS DA FORD
QUARTA-FEIRA, DIA 16, ÀS 6H