ELEIÇÕES NESTE DOMINGO: "LENINISMO DO SÉCULO XXI" DO
GRUPO "MAIS" JÁ DEBUTA SUA DILUIÇÃO NO PSOL APOIANDO O CANDIDATO DA
REDE MARINISTA AO GOVERNO DO AMAZONAS
Mal anunciou sua nova formulação "teórica" na abertura do congresso do MAIS, o prof.Valério Arcary principal dirigente desta tendência revisionista que acaba de se "dissolver" no PSOL, já teve oportunidade de colocar em prática o amálgama burlesco do tal "Leninismo do Século XXI". A "prova de fogo" do MAIS ao ingressar no PSOL não poderia ser melhor escolhida: Apoiar a chapa REDE/PSOL ao governo do estado do Amazonas. As eleições excepcionais ocorrem neste hoje domingo (06/07), em função do TSE ter cassado o mandato do então governador José Melo do PROS, em conjunto com seu vice Henrique Oliveira do SOLIDARIEDADE. O PSOL de forma consensual deliberou formar uma aliança eleitoral como vice na chapa da REDE, encabeçada pelo deputado estadual Luiz Castro, um pilantra oportunista bastante conhecido no estado com recente passagem pelo PPS de Roberto Freire. O "quadro" oferecido pelo PSOL para compor a coligação burguesa como vice faz jus ao quilate político da chapa, trata-se do delegado de polícia João Victor Tayah, um nome ligado a repressão dos movimentos sociais e a população mais humilde da periferia de Manaus. O mote político da chapa ao governo não poderia ser mais reacionário e vinculado logicamente a famigerada Operação Lava Jato: "Opção Ficha Limpa", naturalmente excluindo todos militantes da esquerda perseguidos e processador pela justiça patronal. O PT no Amazonas lançou uma chapa puro sangue, rejeitando o convite do PCdoB para integrar a frente eleitoral com o PMDB do senador golpista Eduardo Braga, já o PDT do falsário Ciro Gomes uniu-se ao PSDB lançando o ex-governador, o mafioso Amazonino Mendes. O PSOL se sente absolutamente confortável ao lado do partido de Marina Silva e do senador Randolfe Rodrigues ex-dirigente do partido até pouco tempo atrás, afinal compartem da mesma plataforma programática em defesa de um "capitalismo sustentável e socialmente responsável", cabe aos revisionistas do grupo MAIS, que "vieram de longe" e acabaram abraçados com Marina no Amazonas, a tarefa de "desenhar" este partido reformista para a sua militância como a legítima representação do "socialismo democrático". Porém a recente aliança celebrada no Amazonas é apenas o prenúncio do que Ivan Valente e Marcelo Freixo costuram a nível nacional, um acordo com a REDE em torno da candidatura do deputado Chico Alencar somado a algum nome indicado pela "República de Curitiba" que venha a se filiar no partido de Marina, possivelmente o procurador Delagnoll ou mesmo o justiceiro fascista Sérgio Moro. Neste caso o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) poderia ser vice ou cabeça de chapa ao Planalto dependendo do peso do nome indicado pela REDE. Logicamente uma coligação desta envergadura entre o PSOL e a REDE, teria como objetivo central da burguesia debilitar a candidatura de Lula em 2018, facilitando o caminho de uma apertada vitória tucana contra o PT. Não é novidade para ninguém que a máfia da Famiglia Marinho apoiou ostensivamente a candidatura de Marcelo Freixo a prefeitura do Rio nas últimas eleições do ano passado, agora o PSOL e REDE tentam obter o mesmo "compromisso" da GLOBO para 2018, já trabalhando na possível aliança ao governo do estado entre o deputado Molon e os "socialistas" da ética do capital financeiro. Vale enfatizar que entre todas as tendências internas do PSOL apenas a "Esquerda Marxista" estabeleceu uma tímida crítica a coligação com a REDE no Amazonas, mas ficando absolutamente calada em relação a indicação do reacionário delegado de polícia Joao Victor, vice do PSOL na chapa do deputado Luiz Castro. O MAIS que "orgulhosamente" publicitou sua adesão fiel aos cânones programáticos do PSOL, orientou sua militância na região amazônica a permanecer "cega,surda e muda" diante da política de alianças com a burguesia no norte do país, um prenúncio político de que o "Leninismo do século XXI" agirá da mesma forma nas eleições gerais de 2018, em busca da eleição de um parlamentar na sombra dos oportunistas Freixo ou Chico Alencar.