terça-feira, 15 de agosto de 2017

MAIS UMA ENGANAÇÃO SOCIAL DEMOCRATA: "VAMOS" REPETIR A VELHA FÓRMULA REFORMISTA DE "DEMOCRATIZAR A ECONOMIA"?


O "VAMOS" surgiu causando um verdadeiro frisson na esquerda revisionista, particularmente nas tendências internas do PSOL, como o MAIS, INSURGÊNCIA, COMUNA e afins programaticamente. A nova articulação política impulsionada por Guilherme Boulos, do MTST, tem como referência teórica nada menos do que o "PODEMOS" espanhol (que convidou Boulos a conhecer seu projeto da "horizontalidade") e conta com o suporte de "estrelas éticas" do PT, entre as quais o ex-governador Tarso Genro, do senador Lindberg Farias e possivelmente até nos bastidores da ex-presidenta Dilma Rousseff. O PODEMOS, tão reverenciado pelos ecossocialistas do SU, se coloca no mapa da geopolítica europeia como o embrião ibérico do parceiro grego Syrisa, que tem sua gerência estatal plenamente aprovada pelo capital financeiro internacional. A versão "tupiniquim" do PODEMOS,o "VAMOS" tentando antecipar-se a uma possível impugnação de Lula em 2018, lança uma suposta plataforma econômica alternativa ao petismo, criticado pela inércia de suas gestões diante dos anacronismos nacionais. Contudo a coordenação do "VAMOS" foi bastante sincera ao declarar que seu "debut" está inteiramente condicionada ao cenário eleitoral de 2018, ou seja, caso Lula seja impedido pela justiça de disputar o Planalto. A despeito da "honestidade" eleitoral do "VAMOS", as correntes de esquerda revisionista do PSOL não deixam de sonhar com uma chapa Alencar/Boulos, que seria para estes cretinos a sublimação do "socialismo ético", embora com o mesmo programa burguês "nacional-desenvolvimentista" da Frente Popular. Vejamos então como pensa o "VAMOS" no principal tópico de seu programa, o econômico: "Nossa economia precisa se voltar para o desenvolvimento nacional e para servir aos interesses populares. Queremos um modelo de desenvolvimento que possibilite alimentos saudáveis e baratos, saúde e educação pública, moradia e transporte de qualidade, queremos uma economia organizada com base na solidariedade, no cooperativismo, na sustentabilidade e na integração regional do Brasil" (sitio do "VAMOS"). Não há sequer um mínimo "retoque" da velha e surrada tese socialdemocrata do "capitalismo sustentável", ou como os reformistas preferem: " A democratização do capital". Que Chico Alencar, Marcelo Freixo e C&A tenham um verdadeiro orgasmo político com tamanho engodo populista nenhuma surpresa, afinal são apologistas convictos da democracia burguesa como valor universal para toda a humanidade. Porém para forças políticas que ainda reivindicam formalmente a "revolução socialista", abraçar este amálgama de colaboração de classes do "VAMOS" é um escárnio ao legado Marxista. Os Trotskistas não combatem na trincheira da "democratização do capital", somos forjados na luta programática para demolir de forma violenta o Estado Burguês, erigindo a socialização da economia e sua planificação central através da Ditadura do Proletariado como um regime transitório em direção ao Socialismo. A revolução socialista (e por consequência o próprio socialismo) não virá como um "subproduto eleitoral", como desgraçadamente afirmam os charlatães reformistas do PSOL, será construída pela ação violenta das massas proletárias dirigidas por um partido Leninista. Fora desta perspectiva histórica, o que vemos são as antigas fórmulas fracassadas de "revigorar" o modo de produção capitalista com "mecanismos de participação popular". O PT, PSOL e agora o "new VAMOS", são apenas graduações políticas da Social Democracia (mais ou menos neoliberais), que em sua essência de classe, estruturalmente são partes integrantes das inúmeras variações políticas das classes dominantes que estão conduzindo o planeta para a porta da barbárie da economia mercantil. Nossa única alternativa em escapar da catástrofe capitalista anunciada continua a ser o Marxismo Revolucionário!