quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Em tempo de escassez política "ninho" tucano se transforma em "rinha de gavião"

Os capítulos da profunda crise política em que está submersa a oposição burguesa e pequeno-burguesa seguem em ritmo acelerado. Diante da consolidação da hegemonia do "projeto de poder" da frente popular no Brasil, principal partido deste "campo", o PSDB vem se desfazendo nacionalmente. No estado do Ceará foram literalmente engolidos pela oligarquia dos Ferreira Gomes (três deputados estaduais tucanos sobreviveram de uma bancada de cerca de quarenta parlamentares na legislatura anterior), cujo "patriarca" Ciro Gomes, hoje travestido de socialista, até bem pouco tempo atrás não passava de um filhote "lambe botas" do ex-poderoso coronel da industria,Tasso Jereissati, que sequer conseguiu sua reeleição ao Senado da república. Mas o caso emblemático mesmo ocorre no estado "ninho" dos tucanos, onde o governador Alckmin resolveu liquidar de uma vez por todas a "fatura" de seu concorrente interno, José Serra.

O governador paulista mandou retirar da propaganda eleitoral do PSDB simplesmente os nomes do senador Aluisio Nunes e do próprio Serra. Mas Alckmin não ficou só por aí, também fechou as portas do partido para possíveis candidaturas serristas à prefeitura, lançando os nomes dos seus secretários Bruno Covas e José Aníbal para a pré-disputa tucana. Indagado se não tratava-se de uma vingança pessoal contra Serra, Alckmin sugeriu ao seu desafeto procurar legenda no PSD do "pupilo" Kassab. Acontece que o "prefeitinho" criou vida própria e seu partido pensado originalmente por Serra como um "plano B" do naufrágio tucano, transformou-se rapidamente em "partido sim Dilma", abrigando-se na frondosa árvore da frente popular. Assim como Tasso, Serra viu sua criatura escorregar entre os dedos e parar nas mãos do "sapo barbudo", como "carinhosamente" Lula era tratado pelo caudilho Brizola que ainda em vida já perdera a conta da longa lista dos "traíras" que tinham passado pelo PDT, em sua trajetória política.

O esfacelamento das "oposições" deve prosseguir por um longo e tenebroso inverno, até que sob ameaça de extinção completa jogue a toalha e implore pela aplicação da cláusula da "renovação democrática", afinal nem mesmo os vorazes e gananciosos dirigentes do PT pretendem transformar o país em uma Venezuela do "ditador" Chávez, seguindo é claro as orientações da família Marinho. Mas ceder mesmo a gerência do estado burguês só pra depois das olimpíadas no Rio, quando a "burra" já estiver tão cheia que a prudência os aconselhar a ceder a vez! Enquanto isso, o povo trabalhador e oprimido, a vítima efetiva deste regime da democracia dos ricos, assistirá o circo eleitoral em novas temporadas, com novos palhaços e atrações "espetaculares"..., até o momento da construção de uma alternativa realmente revolucionária para acabar com a "grande festa" dos capitalistas decadentes em toda a linha da potencialidade que a humanidade ainda pode realizar.