Sirte resiste heroicamente a OTAN enquanto mídia “murdochiana” é obrigada a desmentir captura do filho de Kadafi
As hienas da mídia “murdochiana” não paravam de exalar seu sinistro regozijo com a notícia da captura do filho de Kadafi, o comandante Mutassim, um dos responsáveis da resistência militar a ocupação da Líbia pelas forças da OTAN. O falso anúncio da prisão de Mutassim, feito no último dia 12/10, estava associado à suposta tomada final da cidade de Sirte, pelas tropas do CNT apoiadas pelos incessantes bombardeios da coalizão imperialista. Mas a realidade obrigou, em menos de 24 horas, que um dos chefes militares do CNT, Wissam Bem Ahmed, desmentisse a notícia da captura de Mutassim, assim como admitir que os combates pelo controle de Sirte devem “durar pelo menos uma semanaa mais”. O cerco militar ao bastião da resistência em Sirte, já está sendo considerado como uma das batalhas mais encarniçadas, após o término da segunda guerra mundial. Em uma desproporção descomunal de forças entre a sofisticada frota aérea da OTAN e as brigadas de defesa nacional, comandadas pelo coronel Kadafi com as armas convencionais, a dificuldade das tropas “rebeldes” em dominar Sirte só pode ser explicado pelo heroísmo de sua população, que prefere até a morte a entregar seu país aos bandidos saqueadores imperialistas.
O velho nacionalismo burguês pan arabista (fundado pelo egípcio Nasser nos anos 60) que tem na figura Kadafi um dos seus últimos representantes políticos, estava em franca decomposição histórica. A aproximação do regime líbio, operada a partir dos anos 90, com o imperialismo europeu o debilitou enormemente frente as massas e a própria classe operaria. Mas a inflexão de Kadafi rumo ao "ocidente" não foi suficiente para reverter completamente as conquistas sociais da revolução democrática que derrubou uma monarquia corrupta e pró imperialista. É neste contexto que se trava a atual guerra na Líbia, onde os marxistas revolucionários não hesitam um único momento sequer em assumir o campo correto e justo nesta luta, sem abrir mão de nossa tarefa estratégica, ou seja, a revolução socialista.