Morreu Steve Jobs: Ladrão que rouba ladrão e é roubado por outro... esta é a história do “empreendedorismo” yanki
A morte do “CEO” da Apple, para usar um termo “modernoso” que identifica agora o chefão de uma grande corporação, Steve Jobs, centralizou a atenção da mídia mundial nesta última quinta-feira (06/10). Sítios de poderosas transnacionais se desmanchavam em lágrimas para lamentar a perda do “deus” da criatividade siliciana, ressaltando o velho jargão de sua “história pessoal de superação”, hoje uma verdadeira febre do “marketing” da crise capitalista. Mas também alguns bucéfalos da esquerda revisionista não perderam muito tempo e logo saíram para reverenciar o legado de Jobs, glamorizando-o em oposição ao “ladrão” e “cinzento” Bill Gates da Microsoft. Mas a história de uma mega empresa imperialista, como a Apple e seu “capo” Jobs, está muito distante de ser um romance protagonizado por “mocinhos e bandidos”, assemelhasse mais a uma operação real de pirataria moderna onde a única “ética” possível é a da maximização do lucro e o acúmulo de capital, afinal não foi por “criatividade” que Jobs morreu deixando um patrimônio pessoal declarado de mais de dez bilhões de dólares.
A verdadeira história da Apple, quando os jovens Steve e Wozniak resolveram formar a empresa em 1976, já começa com o roubo do logo e da marca “Apple”, empresa fundada pelos Beatles em 1968. Wozniak aportou os recursos para a produção da primeira “engenhoca” artesanal da Apple e Jobs tratou de buscar seu “aprimoramento” tecnológico, logo na direção de “copiar” um protótipo do PC que a Xerox pretendia desenvolver. Realizado com êxito o segundo roubo, a Apple deslancha no embrionário mundo da informática, capitalizando-se no mercado de grandes investidores acionários tornando-se assim também uma corporação capitalista sem fronteiras. O “poderoso” Jobs tenta assumir traços da personalidade de Lenon (o uso dos óculos e outros “trejeitos”) de quem no passado fora fã e ladrão e relaxa no comando da Apple até ser roubado pela IBM e Gates. A Apple amarga dias difíceis com a perda da hegemonia do mercado de PC's e Jobs é obrigado a sair do controle da empresa. Passado mais de uma década fora da Apple, onde cria as empresas Pixar e Next, Jobs é procurado por dois jovens cientistas japoneses da Sony que lhe apresentaram a idéia do iPod, Jobs pediu um tempo para analisar o projeto dos ingênuos nipônicos e logo o apresentou a própria Apple como trunfo de barganha de seu retorno a presidência da empresa. De volta a sua transnacional e com o sucesso de vendas do iPod, Jobs agora é entronado como o rei da inventividade moderna, deixando no ostracismo seu desafeto Bill Gates e seu “superado” Windows.
Mas a consagração “eterna” viria mesmo com o lançamento do iPhone, a “revolução da revolução", só para não perder o costume também roubado de uma grande empresa sueca. Dai foi só aumentar o tamanho do iPhone e lançar o atual tablet da Apple, que voltou a hegemonizar o mercado da informática mundial até ser roubada por outro “criador genial”. Como marxistas leninistas não reivindicamos a “obra” pessoal de Steve Jobs e tampouco de sua transnacional capitalista como referência progressista para a classe operária. Pelo contrário suas “descobertas” tecnológicas (se é que realmente existiram) estiveram voltadas para a lógica da circulação do capital e nunca a serviço da libertação humana deste regime da propriedade privada, que ameaça nossa existência. Por isso contra a “consternação dos idiotas” afirmamos em alto e bom som: Jobs não é um dos nossos mortos!