OTAN assassina Kadaffi que comandava bravamente os combates contra ocupação de Sirte pelos mercenários do imperialismo
A operação “revolução árabe” montada pelo imperialismo na Líbia aparentemente alcançou seu principal objetivo imediato: a morte do coronel Muamar Kadaffi, morto em combate nas ruas de Sirte. Em êxtase, a mídia burguesa em uníssono apresentou imagens do corpo do dirigente nacionalista líbio ensanguentado após um ataque aéreo da OTAN, articulado com os “rebeldes” nas imediações de Sirte. Ainda que sejam informações preliminares, tudo indica que as imagens são verdadeiras. Kadaffi morreu lutando bravamente contra forças infinitamente superiores, do ponto de vista bélico. Dirigiu a resistência militar à ocupação de seu país até o limite de sua própria vida, ao contrário dos que afirmaram que Kadaffi fugiria como um rato, como fazem os “ditadores” ou “democratas” covardes no enfrentamento direto com o imperialismo.
Segundo as versões iniciais, os caças da OTAN bombardearam um comboio militar da resistência em que estava Kadaffi, atingindo-o mortalmente. Mas o CNT tratou de tomar a captura e morte de Kadfaffi como obra sua, apresentando-o sem vida, capturado dentro de um túnel. Desta forma, mais um capítulo da ofensiva neolocolonialista das grandes potências capitalistas contra os povos está se encerrando, vergonhosamente apoiada pela canalha revisionista do trotskismo como a LIT e seus congêneres, abrindo caminho para imposição do governo fantoche do CNT para a rapina das riquezas do país norte-africano.
Bandeiras da monarquia junto a dos EUA e da UE foram mostradas tremulando nas “comemorações” dos mercenários. Os representantes imperialistas saudaram a morte de Kadaffi apresentando-a como o fim de uma “ditadura sanguinária”. Como papagaios, a esquerda revisionista apresenta cinicamente o assassinato do dirigente líbio como produto da “revolução popular” contra um “governo pró-imperialista”. Nada mais falso. É verdade que a aproximação do regime líbio, operada a partir dos anos 90 com o imperialismo europeu, debilitou enormemente o regime frente às massas e a própria classe operária. Mas esse processo não foi suficiente para reverter completamente as conquistas sociais da revolução democrática que derrubou uma monarquia corrupta e pró-imperialista no final dos anos 60. Por esta razão, no lastro da farsesca “revolução árabe”, a Casa Branca e a UE montaram uma ofensiva para derrubar o regime nacionalista que controlava a extração e exportação do petróleo com alto grau de controle estatal, o que se chocava com os interesses das transnacionais petrolíferas norte-americanas.
O assassinato de Kadaffi pelas mãos da OTAN e seus “rebeldes” é sem dúvida uma vitória do imperialismo e representa uma derrota para os trabalhadores, porque anuncia o incremento da ofensiva neocolonialista sobre o país. A partir das modestas forças da LBI, caracterizamos o início das manifestações pró-imperialistas em fevereiro deste ano como uma operação política montada pelas potências imperialistas em nome da “defesa da democracia”, farsa posteriormente apoiada pelos bombardeios genocidas da OTAN. Denunciamos vigorosamente mais esse crime cometido pelos abutres capitalistas e nos mantemos, apesar da morte de Kadaffi, ao lado da resistência das massas líbias contra os agressores imperialistas! É neste contexto que se trava a atual guerra na Líbia, onde os marxistas revolucionários não hesitam um único momento sequer em assumir o campo correto e justo nesta luta, sem abrir mão de nossa tarefa estratégica, ou seja, a revolução socialista.