Esporte cubano supera Brasil e México no Pan, demonstrando a superioridade do Estado operário sobre os países “emergentes” associados ao imperialismo
A 16º edição dos Jogos Pan-americanos realizado na cidade de Guadalajara capital do estado de Jalisco no México foi encerrada neste domingo 30 de outubro. Foram quinze dias de competição, onde os países das Américas (Norte, Central e Sul) mediram forças que, em certa medida, vão muito além do simples rendimento esportivo. Afora os EUA que tradicionalmente não participam com sua força máxima dos jogos Pan-americanos, os demais países estavam com seus melhores atletas em todas as modalidades. Esse foi o caso da delegação do Brasil que participou dos Jogos com o que tinha de melhor em cada modalidade, a exceção ficou por conta da seleção de futebol formada por jogadores desconhecidos e sem nenhuma expressão, devido ao boicote (branco) do eterno presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e da Rede Globo, em represália à Rede Record de televisão, detentora exclusiva dos direitos de transmissão dos jogos, como parte da pugna travada por estas verdadeiras máfias das comunicações.
O quadro geral de medalhas foi fechado com os EUA em primeiro lugar com o total de 236 medalhas, registrando uma queda no número de medalhas em relação aos jogos do Pan 2007 (297), certamente reflexo da crise econômica vivida pelo imperialismo ianque. O Brasil, mais uma vez, acabou em terceiro lugar, atrás de Cuba que se mantém como a segunda potência esportiva das Américas. Apesar deste fato não ser propriamente uma novidade, o feito da pequena ilha do Caribe ganha uma dimensão extraordinária se levarmos em consideração a conjuntura vivida pelos dois países. A Rede Record do reacionário bispo Edir Macedo, que teve o monopólio da transmissão dos jogos, fez o mesmo papel da Globo, ao enquadrar os atletas cubanos em quase todas as modalidades como “provocadores”, “sem caráter”, ou seja, quase “bandidos” para idiotizar os telespectadores e disseminar a ideologia burguesa. A verdade é que o Estado operário cubano está atravessando um período de total isolamento, certamente o maior de sua historia após a revolução socialista de 1959, aprofundado com a “reação democrática” que ocorreu nos países árabes e, em decorrência disto, o incremento criminoso do embargo econômico por parte da Casa Branca. Enquanto isto, o Brasil e o México associados ao imperialismo são alçados à condição de uma das principais forças “emergentes” da economia capitalista no mundo. Em essência, “emergentes” significa semicolonias que têm enormes investimentos capitalistas que as possibilitam certa participação econômica nos mercados globalizados.
A explicação para o fenômeno do bom desempenho de Cuba nas grandes competições esportivas como os jogos Olímpicos e o Pan-americano, mesmo com todas as dificuldades provocadas pelo bloqueio econômico a que está submetida, reside na existência das bases de sua economia socializada (saúde, educação, moradia etc.) assentadas a partir da revolução socialista que derrubou o Estado burguês em 1959. Portanto, mesmo com todo o limite burocrático imposto pela direção Castrista, Cuba tem um resultado que demonstra a superioridade do Estado operário sobre as semicolonias como o Brasil, chamados sofisticamente pelos amos imperialistas de países “emergentes”. Neste contexto, da ofensiva mundial do imperialismo ianque, torna mais do que nunca uma necessidade vital para o proletariado cubano e internacional defender incondicionalmente o Estado operário e as conquistas históricas da revolução cubana, as quais permanecem com sua plena vigência, cujos resultados do Pan são a demonstração cabal de toda a sua superioridade diante do modo de produção capitalista decadente.