O assassinato de Kadaffi entre as risadas das hienas e as lágrimas dos crocodilos da ONU
Não tardou muito e as hienas do revisionismo saíram com força a dar “vivas” à morte de Kadaffi, afirmando ser um “alento” à queda de outros “ditadores”... um impulso a suposta “revolução árabe”, que por sinal celebrou a transição democrática na Tunísia com a realização das eleições para a Assembleia Constituinte. As imagens filmadas dos últimos momentos de vida do dirigente líbio “mostram” o combatente capturado na mão dos “rebeldes” do CNT, sendo sumariamente executado após exigir o direito universalmente constituído de um prisioneiro de guerra. A mídia “murdochiana” logo transformou este fato em um pedido de clemência feito por Kadaffi aos seus algozes de “ocasião”. Em êxtase as hienas (na verdade são “cadelinhas da OTAN”) disseram que não teria sido a OTAN a responsável pela morte de Kadaffi, mas sim os próprios “bravos rebeldes” já que as imagens não mostram nenhum destacamento da OTAN em ação. Imaginem que um comboio de quase 200 homens armados poderia ter sido capturado por poucas dezenas de “rebeldes” bêbados (ver imagens) e ainda por cima só ter restado como prisioneiro unicamente Kadaffi e seu filho Mutassim, um conto do tipo dos filmes de Chuck Norris.
Na verdade, o comboio militar em que se encontrava o coronel Kadaffi buscava se reposicionar nos arredores de Sirte, na tentativa de aliviar os pesados bombardeios dos caças da OTAN que já duravam quase dois meses ininterruptos, castigando impiedosamente toda a população civil. Nesta manobra tática o comboio foi duramente atingindo por mísseis de alta precisão da OTAN, obrigando os combatentes a se entrincheirarem fora dos carros, travando uma encarniçada batalha contra as tropas em terra da OTAN e seus “rebeldes”, que durou várias horas. Em franca desvantagem bélica e possivelmente já com pouca munição, as forças da resistência, reduzidas a cerca de 80 combatentes, foram capturadas, sendo entregues aos bêbados “rebeldes” que trataram de trazer para si o mérito do linchamento covarde, como num passe de mágica onde encontraram Kadaffi escondido em um bueiro. Agora começam a aparecer os cadáveres da criminosa operação da OTAN, cerca de 60 combatentes da resistência encontrados em um hotel desativado de Sirte.
A mesma ONU que chancelou os bombardeios “humanitários” da OTAN, agora cinicamente cobra explicações do governo títere de transição do CNT acerca da execução sumária de Kadaffi. Por sua vez, os covardes “rebeldes” temem até o cadáver de Kadaffi, prometendo sepultá-lo em um local secreto, com medo de manifestações populares. Os abutres imperialistas não param de render homenagens aos “rebeldes”, que fizeram o valioso papel de coadjuvantes na verdadeira operação de estupro a uma nação soberana. O CNT já anunciou o advento da “democracia ocidental” na Líbia (sem radicalismos islâmicos), com a realização de eleições similares a Tunísia, em no máximo oito meses, é só esperar o “deus” mercado tomar conta da situação e excomungar de vez o fantasma da “ditadura sanguinária”. Este é o real conteúdo da chamada “revolução árabe” impulsionada pelo imperialismo ianque, instalar governos títeres em nome da “nova democracia” e dos valores ocidentais capitalistas.