sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

CANALHA TEMER ANUNCIA SALÁRIO MÍNIMO DE FOME R$ 937 EM 2017: SEM AUMENTO REAL E COM “REAJUSTE” BEM ABAIXO DA VERDADEIRA INFLAÇÃO ANUAL!


O valor do Salário Mínimo “subiu” dos atuais R$ 880 para R$ 937 (aumento equivalente a 6,47%) a partir de 1º janeiro de 2017. O novo salário mínimo é R$ 57 maior do que o atual, mas ficou R$ 8,8 abaixo dos R$ 945,8 que haviam sido propostos pelo governo Temer na peça orçamentária enviada para o parlamento. Segundo o decreto, o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 31,23 e o valor horário, a R$ 4,26, um acinte contra os trabalhadores! Para justificar o fato do reajuste ter sido menor do que as previsões iniciais, o Ministério do Planejamento disse que apenas aplicou as regras previstas na legislação. Cinicamente o comunicado ressalta que a estimativa para a inflação pelo INPC em 2016, usada no cálculo do reajuste, ficou em 6,74%, menor do que a previsão de 7,5% estimada em outubro, quando o projeto de Orçamento do ano que vem foi enviado ao Congresso. Na verdade esse índice foi maquiado e rebaixado pelo governo para arrochar o Salário Mínimo e reduzir ainda mais os valores pagos aos aposentados do INSS. Vale ressaltar que o índice de inflação anual é 0,27 ponto percentual maior do que o que vai ser aplicado ao salário mínimo de 2017, ou seja, o “reajuste” não repõe nem a inflação e muito menos há o incremento de aumento real. Na  maior cara de pau, segundo o Ministério do Planejamento, a diferença a menos – que corresponderia a R$ 2,29 – se deu porque a legislação permite que, na hipótese de ocorrer diferenças entre as projeções dos índices utilizados para calcular o aumento e o que foi efetivamente anunciado, seja feita uma compensação no reajuste seguinte. Em resumo, só quem perde são os trabalhadores e aposentados, enquanto os rentistas, a imprensa venal e as grandes empresas são premiados como ajudas bilionárias! O valor de R$ 937 obviamente não atende a necessidade de uma família trabalhadora, sequer repondo o índice real de inflação que gerou uma disparada dos preços nos últimos meses de 2016, o verdadeiro “presente de grego” que os capitalistas e o governo do canalha Temer deram para os assalariados às vésperas do ano novo! A única via para impor um salário mínimo vital para os trabalhadores, assim como derrotar a política de arrocho salarial ditada ao conjunto da classe pelo governo golpista, é a da ação direta, com o método da mobilização permanente da classe operária. Os trabalhadores não devem confiar, nem por um segundo, nas direções reformistas que vendem gato por lebre. A unificação das lutas e o combate à reforma trabalhista que se avizinha são tarefas que o proletariado deve enfrentar na arena política da guerra de classes, delimitando claramente seus inimigos viscerais dentro do movimento de massas. A alternativa capaz de derrotar o governo Temer e superar essa política de paralisia da CUT, que detém o controle sobre o movimento operário, bloqueando qualquer iniciativa independente das massas para romper a paralisia, é organizar os explorados sob uma perspectiva de independência de classe, unificando suas lutas em defesa de um salário mínimo vital capaz de sustentar o trabalhador e sua família com dignidade, que atenda às reivindicações de uma família operária, em torno de R$ 6.000 e de uma política salarial com reajustes sistemáticos acima da inflação. Essas demandas somente serão arrancadas através da ação direta das massas do campo e da cidade em um combate revolucionário de todos os trabalhadores assalariados. Os trabalhadores devem erguer a bandeira de um salário mínimo vital que atenda com dignidade as demandas de uma família por saúde, habitação, cultura e lazer, transporte, alimentação e vestuário. Devem se opor as Reformas Neoliberais da Previdência e Trabalhista, anunciadas para 2017. Somente a mobilização permanente dos trabalhadores e a luta contra a trágica realidade capitalista, que nem mesmo reformas são capazes de conceder, poderá apresentar uma perspectiva combativa e socialista para as reivindicações econômicas do proletariado. Nesse sentido, a organização da Greve Geral já no começo de 2017 encontra-se na ordem do dia!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016


UM BALANÇO MARXISTA DE 2016 E AS PERSPECTIVAS POLÍTICAS PARA A LUTA DE CLASSES EM 2017

Estamos chegando ao fim de 2016, um ano de profundo retrocesso político e ideológico para a luta dos trabalhadores. Não estamos falando “apenas” da vitória do Golpe Institucional, na medida em que o governo do PT vinha aplicando homeopaticamente o ajuste neoliberal aprofundado drasticamente atualmente pelo canalha Temer (PMDB), vice de Dilma. Trata-se de uma análise mais geral, onde a ofensiva reacionária no Brasil e no mundo avançou em todos os terrenos. Em terras nativas, os passos cada vez mais fascistizantes da “Operação Lava Lato”, com a prisão de lideranças do PT e de outros partidos burgueses que parasitavam a sombra da Frente Popular indica que estamos na ante-sala do nascimento forçado de um novo regime político, com traços cada vez mais autoritários que se aproximam de um estado de exceção do tipo Bonapartista. Durante todo esse ano, principalmente após o impeachment e diante da paralisia imposta ao movimento de massas pela Frente Popular, se impôs um governo golpista que vem aplicando um duro plano de guerra contra o povo trabalhador, com o corte de direitos e a retirada de conquistas, avançando na privatização e nas reformas neoliberais. Porém o mais dramático do quadro contemporâneo é que a reação do movimento de massas a guerra neoliberal decretada pelos rentistas é muito aquém do que necessita o proletariado para não perder suas conquistas históricas de décadas de luta e muito sangue.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

ATAQUE AOS TRABALHADORES E “PRESENTE DE NATAL” PARA OS RENTISTAS: REFORMA TRABALHISTA NEOLIBERAL E SAQUE DO FGTS PARA “PAGAR DÍVIDAS” COM OS BANCOS... DOIS LADOS DOS GOLPES ANTI-OPERÁRIOS DO CANALHA TEMER!


No apagar de 2016 o golpista Temer anunciou uma série de medidas antipopulares para os trabalhadores como a Reforma Trabalhista e um “presente de natal” para os banqueiros, o saque do FGTS para os enforcados pagarem as “dívidas”, na verdade “rolar” as pendências financeiras via novos empréstimos com juros astronômicos e sem risco para os grandes agiotas. A primeira permite aumento da jornada diária de trabalho, fortalece o sistema de contratação temporária, precarizando ainda mais as condições de trabalho e institui a prevalência do “negociado sobre o legislado”. Com esse ataque ficam subordinados a “negociação coletiva” direitos que os trabalhadores, hoje, têm garantidos mesmo que limitadamente em lei. Desta forma os patrões vão impor, por exemplo, o parcelamento da PLR e do décimo terceiro, além da jornada de trabalho com redução de salário. Outra medida é o Programa de Seguro Emprego (antigo Plano de Proteção ao Emprego de Dilma) que permite redução da jornada em até 30%, com redução de salário, sendo metade paga pelos empresários e a outra pelo governo. O PPE já vinha sendo implementada pela gestão doo PT nas grandes montadoras, como saída para a crise econômica defendida pela CUT. Esse pacote de maldades de Temer foi apoiada pela FS, mas a CUT encontra-se calada porque antes havia enviado uma série dessas propostas para o governo Dilma com o mesmo conteúdo. Por sua vez, a mudança na regra de saque de contas inativas do FGTS para pagar dívidas com os bancos levará os rentistas a cobrarem juros mais altos aos daqueles que podem pagá-los com os saques ao Fundo ou as instituições financeiras também podem passar a pedir o FGTS como garantia usando atrativos como taxas mais baixas, a exemplo do crédito consignado, ampliando a ciranda de endividamento. Segundo o governo existem 10,2 milhões de contas inativas no país. O golpista Temer afirmou que cerca de 86% das contas inativas do FGTS têm saldo inferior a uma salário mínimo, ou R$ 880, um valor total de 4,38 bilhões de reais. O destino deste dinheiro vai necessariamente para saldar dívidas com bancos com juros altíssimos, o que vai favorecer os banqueiros e setores do mercado financeiro que vão resgatar esses valores sem qualquer risco. Lembremos que o chamado “crédito consignado” foi uma medida criada ainda no governo Lula para facilitar o crédito bancário a pessoas empregadas, em geral a taxas de juros escorchantes. Agora para favorecer os bancos contra a inadimplência devido ao avanço das demissões, Temer permite o uso de parte do FGTS para o trabalhador desempregado rolar suas dívidas, com prolongamento indefinido de dependência financeira junto aos rentistas. Como fica evidente, o programa neoliberal imposto por Temer (Reformas Previdenciária e Trabalhista), Parcerias Público-Privadas (PPP´s), privatizações e redução de gastos públicos, crédito bancários a juros altíssimos, etc... nada mais é que a continuidade aprofundada da política de ajuste que vinha desenvolvendo o governo da ex-presidente Dilma. O novo ano de 2017 tende a ser um de muitos ataques, recessão e resistência. Nesse sentido, o movimento de massas deve se organizar para combater pelo seu próprio poder estatal, conquistado na via revolucionária da ação direta da classe operária. O eixo de agitação e propaganda dos Comunistas Leninistas neste período de instabilidade do regime burguês, no marco geral da ofensiva imperialista neoliberal, deve ser o da construção de uma alternativa independente do proletariado rumo ao seu próprio governo, demarcando vigorosamente com a Frente Popular e as direções sindicais, como a CUT-CTB que fazem demagogia com seus “dias de luta” enquanto os governadores do PT e o PCdoB apoiam os ataques covardes de Temer, como os pacotes de ajuste que estão sendo aprovados nos estados controlados pela oposição burguesa! Nesse sentido, o chamado a organização pelas bases de uma Greve Geral contra as Reformas Neoliberais é uma tarefa que esta na ordem do dia já para os dias de 2017!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

LEIA A MAIS RECENTE EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA, Nº 317, DEZEMBRO/2016


EDITORIAL
Um balanço marxista de 2016 e as perspectivas políticas para a luta de classes em 2017

13/12, VOTAÇÃO DA PEC-55 NO SENADO
Mergulhado em grave crise, governo golpista aprova o ajuste covarde diante da paralisia imposta pela CUT e o apoio velado do PT às reformas neoliberais

ENQUANTO POLÍCIA REPRIME DURAMENTE MANIFESTAÇÃO EM BRASÍLIA... SENADO VOTA AJUSTE COVARDE E CÂMARA APROVA AS MEDIDAS DE ENDURECIMENTO DO REGIME EXIGIDAS POR MORO-DELAGNOL
Só a luta direta revolucionária pode derrotar as reformas neoliberais e a famigerada Operação Lava Jato!

LBI RECEBE O PRESIDENTE GOLPISTA EM FORTALEZA COM UM SONORO
“Abaixo Temer”!

TEMER ANUNCIA A REFORMA NEOLIBERAL DA PREVIDÊNCIA EM MEIO A GRAVE CRISE DO REGIME
Poupado pelas manifestações da direita e preservado pela paralisia imposta ao movimento de massas pelo PT

13 DE DEZEMBRO 1968/2016
Empunhando a bandeira do mercado, a ofensiva do fascismo retorna na história como uma ameaça as nossas conquistas operárias. Não passarão as viúvas da ditadura militar e a “República de Curitiba”!

“SUSTO” DADO A RENAN PELO STF ERA PARA ENGAVETAR O PROJETO DE LEI QUE VISA LIMITAR O ABUSO DE AUTORIDADE
O grande vitorioso do “confronto” chama-se Moro e não um acuado e acovardado presidente do Senado Federal

APÓS O “AVISO” PARA NÃO SE METER NO CAMINHO DE MORO STF MANTÉM RENAN NA PRESIDÊNCIA DO SENADO PARA FINALIZAR AS VOTAÇÕES DO AJUSTE NEOLIBERAL E ENTERRAR A LEI CONTRA O ABUSO DE AUTORIDADE
Caiu a máscara de Jorge Viana e do PT que avalizaram o acordo podre!

STF APÓIA A EXIGÊNCIA DA “DOMINGUEIRA COXINHA” E AFASTA RENAN CALHEIROS DA PRESIDÊNCIA DO SENADO
Não há o mais tímido obstáculo para a Lava Jato seguir sua ofensiva contra as liberdades democráticas

“NEM GRANDE, NEM PEQUENA”
Domingueira da direita atacou os adversários do “justiceiro” moro no parlamento poupando o golpista temer e suas reformas neoliberais

MRT E MAIS ESTÃO ENVERGONHADOS
Seus “ídolos” (PSOL e Luciana) marcharam com o fascismo na domingueira pró-Moro

ENQUANTO O PSOL E SEUS SATÉLITES ADERIRAM TIMIDAMENTE AS MOBILIZAÇÕES DA DIREITA...
PSTU se queixa da falta de unidade com o MBL

“OPÇÃO MORO” AVANÇA O BONAPARTISMO EM MEIO A AGUDA CRISE DO REGIME
Manifestação da direita no dia 04 é o início da campanha presidencial do “justiceiro” da Lava Jato

GLOBO DEMITE “PERCEVEJO”
O capo Temer é o próximo da lista negra dos Marinho

CASO CALERO
Famiglia Marinho inicia “fritura” de Temer, mirando eleição indireta de Moro pelo Congresso em 2017

GOVERNADORES DO PT/PC DO B FAZEM PACTO COM O GOLPISTA TEMER/MEIRELLES EM APOIO AO DRACONIANO AJUSTE NEOLIBERAL
Cai a máscara da Frente Popular em sua demagogia contra a PEC 241/55

LAVA JATO “SACRIFICA” CABRAL LIVRANDO O GOVERNO PEZÃO...
Para aplicar o ajuste contra o funcionalismo e continuar a chacina contra o povo pobre e negro

20 DE NOVEMBRO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Lutar contra o racismo é lutar contra o capitalismo! Proletários de todo mundo, uní-vos! Construir as milícias de autodefesa contra os fascistas!

ATO NA PAULISTA (27/11) E “OCUPA BRASÍLIA” (29/11)
Apesar da disposição de luta das bases contra o golpe, as duas manifestações são distracionistas e buscam saídas para a crise política nos marcos do regime burguês!

BALANÇO DO 25/11
Burocracia sindical (CUT, FS,Conlutas) não mobiliza, impondo o fracasso ao “dia de luta” ocorrido em meio à aguda crise do governo Temer

PSTU ACREDITA NA “PROMESSA” DE QUE A BUROCRACIA ULTRAPELEGA DA FORÇA SINDICAL IRÁ MOBILIZAR CONTRA TEMER NO DIA 25/11
Unidade com Paulinho não serve para o proletariado derrotar a ofensiva neoliberal      

CARTOLAS DA CHAPECOENSE, CBF E CONMEBOL SÃO RESPONSÁVEIS PELA TRAGÉDIA
Fretaram a baixo custo um avião (Jumbolino) sem as menores condições técnicas para transportar a delegação para a Colômbia

FECHAMENTO DE AGÊNCIAS E DEMISSÕES NO BB
Por um encontro nacional de base para preparar a greve nacional bancária contra os ataques do governo golpista de Temer!

HÁ TRÊS ANOS DAS PRIMEIRAS PRISÕES DE DIRIGENTES DO PT SOB AS ORDENS DE JOAQUIM BARBOSA (STF)
Um pequeno balanço da completa farsa da operação “mensalão” mãe da famigerada “lava jato”, em um artigo histórico da lbi publicado em novembro de 2013 quando toda a “esquerda” revisionista vibrava com a “caçada” promovida pela direita judiciária

LEIA A APRESENTAÇÃO DO NOVO LIVRO DA EDITORA PUBLICAÇÕES LBI EM PARCERIA COM A EDITORA NOVA ANTÍDOTO
Operação Lava Jato um movimento do imperialismo para desmoralizar o conjunto do tecido político burguês do país

BLOG DA LBI ULTRAPASSOU A MARCA DE UM MILHÃO DE ACESSOS
Uma “pequena” conquista da corajosa imprensa trotskista e revolucionária no Brasil em um quadro de profunda reação ideológica para deletar o legado leninista nas organizações de esquerda em todo mundo. Vida longa ao blog dos marxistas da LBI!

“CHACINA DA LAPA”
Há 40 anos os carniceiros da ditadura militar assassinaram a fração da direção do PCdoB crítica à política Maoista de colaboração de classes

NOVA OFENSIVA REACIONÁRIA CONTRA O ETA
Hollande e Rajoy prendem militantes bascos. Pela liberdade imediata dos presos políticos do imperialismo europeu!

MORRE O COMANDANTE FIDEL CASTRO
Vida longa a Revolução Cubana! Não a restauração capitalista da ilha! Pela defesa incondicional do estado operário diante da ofensiva imperialista, mantendo viva a luta contra a burocracia stalinista!

“CONVERGÊNCIA CAPITALISTA”
O que existe de comum entre as análises dos professores Valério Arcary (Mais) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) acerca da morte de Fidel Castro?

HÁ EXATOS CINCO ANOS ATRÁS AS TROPAS IMPERIALISTAS IANQUES DESOCUPAVAM FORMALMENTE O IRAQUE
Início da abertura do território para que milícias do Estado Islâmico invadissem uma região estratégica daquele país devastado pela rapinagem e uma severa guerra civil

VITORIOSO ATO POLÍTICO INTERNACIONALISTA EM SÃO PAULO
Fora o imperialismo e os rebeldes “made in CIA” da Síria! LBI convoca frente única para derrotar os terroristas da OTAN, apoiados pela Casa Branca e os revisionistas!

DESCOBRIMOS TARDIAMENTE QUE A DUPLA VALÉRIO E WALDO, CÂNONES DO "MAIS"
Apoiaram o sionismo e o estado de Israel na guerra contra a Síria (Yom Kippur/73) porque Hafez Assad era um "ditador sangrento"...

REVISIONISTAS LAMENTAM VITÓRIA CONTRA O IMPERIALISMO
Porque será que os revisionistas do "mais" choram tanto a perda de Alepo pelos terroristas islâmicos do EI armados pela OTAN?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

DESCOBRIMOS TARDIAMENTE QUE A DUPLA VALÉRIO E WALDO, CÂNONES DO "MAIS", APOIARAM O SIONISMO E O ESTADO DE ISRAEL NA GUERRA CONTRA A SÍRIA (YOM KIPPUR/73) PORQUE HAFEZ ASSAD ERA UM "DITADOR SANGRENTO"...


Foi considerada por muitos analistas em geopolítica como a "Quarta guerra Árabe-Israelense", estamos falando obviamente da guerra do Yom Kippur (feriado judaico) que se passou nos primeiros dias de outubro de 1973 e que pela primeira vez na "recente" história do enclave sionista conseguiu inflingir uma espetacular derrota inicial a Israel, gendarme "armado até os dentes" pelo imperialismo ianque. Os regimes árabes na década de 60 e meados dos 70 atravessavam um período marcado pelo "nacionalismo" liderado principalmente pelo presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, falecido no início de 1970. O chamado "Pan-Arabismo" pregava a reunificação dos povos árabes em uma única nação, influenciando a derrubada de vários governos servis ao imperialismo ianque e europeu. Regimes como os do Iraque, Líbia, Jordânia, Síria etc.. passaram a seguir os "ideais" de Nasser e se tornaram alvos diretos da máquina de guerra israelense e do próprio comando maior do Pentágono. Estes governos, caracterizados pelos Marxistas como nacionalistas burgueses, adotavam uma plataforma "terceiro mundista" (termo que se notabilizou no planeta inteiro desde a África até a América), tentando demarcar um suposto campo entre o capitalismo internacional e o socialismo real, representado na época pelo bloco soviético. Entretanto o "sonho" Nasserista de fundar a União das Repúblicas Árabes esbarrava na própria limitação do caráter de classe burguês desta tentativa política, ou seja, a iniciativa estava calçada na exploração e opressão do proletariado e das nacionalidades oprimidas, como a palestina em um caso concreto que permeava toda a região. Também no campo militar os regimes nacionalistas árabes, o que em um sentido mais amplo incluía algumas monarquias, repúblicas e ditaduras, acumulavam derrotas seguidas frente ao gendarme de Israel tanto em função da franca inferioridade bélica como da própria covardia política dos governos burgueses em mobilizar as massas para o combate. Estes fatos trágicos para a luta anti-imperialista ocorreram nos conflitos de 1948, logo após à "instalação" de Israel na região e mais dramaticamente na guerra dos "Seis Dias" em 1967, quando o sionismo impôs aos regimes nacionalistas árabes uma humilhante derrota, "anexando" de uma única tacada os territórios do Sinai, Gaza, Golã e Cisjordaniana tomados a força do Egito, Síria e Jordânia. O chamado "Terceiro Mundo" árabe ainda que sofresse um duro cerco econômico e militar do imperialismo, um aliado visceral de sua sucursal sionista, recusava-se em selar um pacto político mais sólido com a antiga URSS, que todavia era quem fornecia armamento aos governos adversários de Israel diante do bloqueio ordenado pelos EUA. Porém em outubro 1973, após a morte de Nasser, os governos "derrotistas" árabes (alcunha criada por Arafat para ironizar a impotência do nacionalismo burguês em derrotar Israel) resolvem iniciar uma grande operação militar "surpresa" que abriu a oportunidade de vencer pela primeira vez a poderosa máquina de guerra do sionismo. Estamos falando da Guerra do Yom Kippur, liderada por Sadat (sucessor de Nasser) e Hafez (pai de Bashar Assad), quando as tropas sírias atacaram os baluartes dos Montes Golã enquanto as forças do Egito atacavam as posições israelenses em volta do Canal de Suez e da Península do Sinai. As tropas árabes infligiram graves perdas no exército sionista israelense, até então considerado soberbamente como "invencível". A capital da Síria, Damasco foi covardemente bombardeada por caças F-5 em suas zonas civis, causando a morte de milhares de cidadãos não alistados para a guerra, mas a mídia "murdochiana" na época não derramou sequer nem uma "lágrima de crocodilo". A contra ofensiva militar de Israel somente se estabilizou uma semana após o vexame de ter sido humilhada pelos "ditadores" Sadat e Hafez, que contaram com o decisivo apoio da OLP na guerrilha da fronteira da Faixa de Gaza, o comandante Arafat conhecia bem na pele o caráter repressivo dos governos egípcio e sírio, porém sabia que o inimigo maior do povo palestino era representado pelo enclave sionista, uma base estratégica de suporte dos planos da pilhagem imperialista na região. Com o forte apoio logístico da OTAN, Israel conseguiu retomar posições territoriais perdidas na ofensiva militar síria, por sua vez a ONU e a própria URSS correram logo para negociar uma trégua na guerra do Yom Kippur (o cessar fogo foi celebrado em 25 de outubro) temendo que o impacto político da derrota preliminar sionista pudesse "contaminar" a luta mundial de todos os povos oprimidos pelo imperialismo. Passados 43 anos da guerra do Yom Kippur, quando os regimes nacionalistas árabes se passaram para o lado do inimigo imperialista ou foram derrubados pela ação direta da Casa Branca, como recentemente Kadafi na Líbia, a Síria sobreviveu como um limitado entrave militar ao expansionismo sionista, tendo o regime dos aiatolás no Irã como principal aliado na região. A oligarquia atual dos Assad já não tem o arroubo anti-imperialista do falecido Hafez, como desgraçadamente também foi docilmente convertida a heróica OLP dos anos 70, mas nem por isso o sionismo pretendeu conceder-lhe um "indulto", pelo simples fato de não ter se dobrado integralmente como fez a oligarquia dos Hussein na Jordânia. A existência de uma aliança militar entre Síria, Irã e o Hezbolah (Líbano) é algo que não pode ser tolerado por Israel, como ainda não podem atacar o regime dos aiatolás temendo uma represália nuclear, partiram para desmembrar o território sírio com a ajuda de "rebeldes" sunitas e do ISIS. O passo seguinte do governo nazisionista do Likud, caso se confirmasse a queda de Assad seria atacar o Líbano e eliminar as forças do Hezbolah. Neste complexo tabuleiro do xadrez da guerra, os Marxistas Revolucionários não podem se abster ou tampouco engrossar o caldo do imperialismo, que sempre recorre ao apelo da "união sagrada dos democratas de todo o mundo" contra as "tiranias ditatoriais" dos países semicoloniais. O grupo "MAIS" tem se notabilizado na cepa dos Morenistas por tentar demonstrar profundo conhecimento da questão árabe-palestinas nas figuras dos seus dirigentes Valério Arcary e Waldo. A dupla que não é sertaneja vem apoiando decisivamente a ofensiva sionista para derrubar Assad e desmembrar o território sírio, alegando que o regime nacionalista não passa de uma "ditadura sangrenta" e que estaria em curso no país uma "revolução", a mesma conduta replicante que tiveram na Líbia quando estavam no interior da LIT. Com atuais "critérios democráticos" do MAIS utilizados no conflito em curso, os Trotskistas teriam que ter apoiado a queda do "ditador" Hafez Assad quando este foi bombardeado por Golda Meir, então primeira ministra de Israel em 1973, com o aval criminoso do Partido Comunista israelense que adotou na ocasião os mesmos "critérios" esgrimidos hoje pela dupla morenista. É importante registrar que o regime Assad sempre contou com uma forte oposição interna,financiada pela CIA, desde que tomou o poder no ano de 1970 em um golpe de Estado. Agora os cínicos carniceiros imperialistas "choram" por Alepo (reduto das provocações sionistas contra o regime sírio) e acusam Assad de genocídio contra seu povo, sustentando sua demagogia na reacionária oposição dos "rebeldes" e sem escrúpulos no próprio EI que dizem combater (uma aberração derivada Al Qaeda criada por Reagan). Não temos a menor dúvida que o nacionalismo burguês árabe não merece a menor confiança política do proletariado mundial, foram muitas vezes cúmplices do sionismo quando atacaram os palestinos da OLP na Jordânia e no Líbano ou mesmo o regime dos aiatolás posteriormente a sequência da queda do Xá Reza Pahlevi. Porém os Leninistas sobejamente sabem que o pior inimigo dos povos é o imperialismo, em sua trincheira militar não há lugar para genuínos revolucionários. Não podemos "chorar" por Alepo exatamente no momento em que a OTAN, o sionismo e o EI colhem sua pior derrota militar desde que começaram suas provocações contra o regime Assad, Valério e Waldo que se encarreguem de "lamber as feridas" de Netanyahu e Obama.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

MILITARES TURCOS FASCISTAS E FUNDAMENTALISTAS PLANEJARAM ATENTADO CONTRA EMBAIXADOR RUSSO LOGO APÓS A VITÓRIA  ANTI-IMPERIALISTA CONTRA OS "REBELDES DA OTAN" EM ALEPO E ANTES DO "ENCONTRO DE PAZ"


A CIA em colaboração com setores fascistas alijados do exército turco e da polícia após o fracassado Golpe de Estado de julho planejaram o ataque ao embaixador russo Andrei Karlov, assassinado nesta segunda-feira, 19, em Ancara. O objetivo do atentado foi sabotar o encontro programado para hoje (20) em Moscou, sobre a crise síria entre os governos turcos, iraniano e russo. O diplomata estava realizando um discurso durante a abertura de uma exposição chamada “Rússia vista pelos turcos”, patrocinada pela embaixada quando um ex-policial turco, vestido de terno e gravata, entrou na sala como se fosse segurança do Embaixador, atirando fatalmente pelas costas várias vezes, sendo na sequência morto pela polícia turca. O responsável pelo ataque foi membro de uma unidade especial da polícia da Turquia, sendo identificado como Mert Altintas. Segundo a imprensa turca ele foi demitido durante a investigação da tentativa de Golpe de Estado em julho contra Erdogan, orquestrado por altos escalões militares fascistas do país ligados ao fundamentalismo islâmico (uma seita dirigida pelo imã e pregador Fethullah Gülen do Hizmet). O assassino e gritou quando disparava “Allahu Akbar” ("Alá é grande") e “Não esqueçam de Alepo”. Aproximação entre Turquia e Rússia após o golpe de Estado contra Erdogan e a recente vitória do regime burguês nacionalista de Assad em Alepo com a ajuda da Rússia, Irã e do Hezbolah, provocou a ira do imperialismo ianque e europeu (Alemanha e França), que teriam decidido agir através do movimento do clérigo Fethullah Gulen para romper essa aliança e minar as negociações entre os ministros de Defesa e Relações Exteriores de Rússia, Turquia e Irã. O principal assessor de Erdogan, Ilnur Cevik, declarou “Nós vamos ver a conexão entre o encontro de amanhã e esse assassinato. Essa reunião trilateral foi criada discutir as perspectivas de resolver a crise síria. É triste que eles tenham usado um policial afiliado à organização terrorista de Fethullah Gulen para matar o embaixador. Essa organização também esteve por trás da queda do jato russo, que prejudicou nossas relações”. De acordo com Cevik, os EUA já demostraram irritação com o sucesso da cooperação entre Moscou e Ancara na Síria, e estariam dispostos a sabotar as relações russo-turcas em todas as áreas. “Eles (americanos) veem isso como uma grande aliança que irá prejudicar os interesses ocidentais. Os americanos têm destacado recentemente que a cooperação russo-turca na Síria tem marginalizado Washington, e eles vêm criticando sua própria administração”(Sputnik, 19.12). Putin por sua vez alertou que o assassinato do Embaixador russo na Turquia foi uma tentativa de sabotagem das relações entre Moscou e Ancara, bem como contra o processo de normalização na Síria “O crime cometido é, sem dúvida, uma provocação com objetivo de sabotar a normalização das relações russo-turcas. E também do processo de paz na Síria, que está sendo promovido de forma ativa pela Rússia, Turquia e Irã, assim como outros países, interessados na solução do conflito sírio” (Idem) e concluiu “A única resposta possível é o aumento dos esforços no combate contra o terrorismo. Os bandidos sentirão isso na pele” (ibdem). O combativo proletariado turco que soube derrotar a tentativa frustrada de golpe deve agora responder as provocações do imperialismo ianque sem depositar qualquer confiança em um governo corrupto, repressor e reacionário como o de Erdogan, que tem como base exclusiva de apoio seu bando armado sanguinário e as forças da OTAN no país. Ficou nítido que apesar do fracasso do golpe e da desestabilização interna na Turquia, a situação do submisso ditador Erdogan é cada vez mais delicada, seu regime político baseado no terror e repressão tanto aos movimentos sociais quanto as nacionalidades oprimidas parece estar com os dias contados, já que não conta com o apoio integral do imperialismo ianque. Diante dessa realidade complexa é necessário convocar manifestações de rua em apoio à Síria, em defesa da Frente Única com Assad e Putin e contra o imperialismo ianque. Ao mesmo tempo deve-se levantar no campo interno as históricas bandeiras democráticas e nacionais, assim como para exigir o fim imediato do regime de exceção que governa a Turquia, com total independência política diante do odiado Erdogan e dos reacionários fundamentalistas que atual dentro e fora das FFAA turcas, sob a influência direta do Pentágono.

domingo, 18 de dezembro de 2016

VITORIOSO ATO POLÍTICO INTERNACIONALISTA EM SÃO PAULO: FORA O IMPERIALISMO E OS REBELDES “MADE IN CIA” DA SÍRIA! LBI CONVOCA FRENTE ÚNICA PARA DERROTAR OS TERRORISTAS DA OTAN, APOIADOS PELA CASA BRANCA E OS REVISIONISTAS DO TROTSKISMO!


Ocorreu hoje (18.12) em frente o Consulado da Síria em São Paulo, na Av. Paulista, o ato político internacionalista em defesa da vitória em Alepo contra os terroristas armados pela OTAN. Além da militância da LBI e da Frente Brasileira de Solidariedade com a Síria estiveram presentes dezenas de ativistas anti-imperialistas e militantes do PCdoB e da URC que resistiram à provocação organizada pelo PSTU e representantes da Irmandade Muçulmana à serviço do imperialismo. Como Obama e o imperialismo europeu foram derrotados em Alepo, já que os “rebeldes made in CIA” foram expulsos da região pelo exército nacional sírio, esses revisionistas tentaram fazer uma manifestação para derramar suas “lágrimas” pelos terroristas do EI, da Frente Al Nursa e do ELS mortos em combate na Síria, no que foram rechaçados pelos ativistas presentes. A LBI interveio ativamente no ato, com o camarada Roberto Bergoci denunciando a vergonhosa unidade entre os pseudotrotskistas do PSTU, CST e MAIS com a  Casa Branca, Israel e França, que apoiam os “rebeldes” com o objetivo de fazer da Síria uma nova Líbia colonizada. Defendemos a frente única de ação antimperialista para derrotar seus agentes no Oriente Médio, que significa concretamente a unidade em Assad, Putin, o Irã e o Hezbolha para derrotar os terroristas jihadistas como parte do combate político e ideológico para construir uma direção revolucionário na região, que atue em unidade com os palestinos e os povos árabes para derrotar o enclave sionistas, o imperialismo e as petromonarquias aliadas da Casa Branca. Sem dúvida, esse ato se constituiu em uma demostração de força militante no Brasil em oposição classista, combativa e antiimperialista contra a política neocolonialista de Obama, Hollande e o conjunto do carniceiros "democráticos" apoiados pelos revisionistas do trotskismo! Somente nessa senda construiremos um Partido Revolucionário para organizar o levante mundial da classe operária contra o imperialismo e seus representantes!


A atividade que teve início pela manhã, foi marcada pela sua combatividade e solidariedade para com os trabalhadores sírios, que nos últimos meses junto ao Exercito Árabe Sírio, forças militares russas, iranianas e do Hezbollah, estão impondo uma verdadeira derrota histórica aos terroristas mercenários, através principalmente da recuperação da segunda principal cidade do país Alepo. As gangues terroristas do imperialismo, apresentadas pela imprensa empresarial-comercial como “lutadores da liberdade”, mas que são na verdade armados, treinados e financiados pelo capital financeiro, complexo industrial-militar ianque, as sete irmãs do petróleo e etc., desde 2011 assolam o país numa guerra neocolonial por procuração à serviço direto do imperialismo estadunidense, União Européia, o gendarme sionista de Israel, Turquia e petromonarquias do golfo, que estabeleceram uma verdadeira cruzada criminosa com a finalidade de articularem a mudança de regime no país árabe, trocando o governo nacionalista burguês de Bashar al- Assad por um dócil servil aos interesses geoestratégicos do imperialismo e sionismo,que consiste sobretudo ao acesso direto às fontes energéticas do país e controle de toda a rota de transporte do petróleo e gás da região como os dutos e oleodutos, cruzando toda faixa Euroasiatica em direção às principais potências Europeias; além do sentido geoestratégico, de sobretudo cercar a Rússia às suas fronteiras através da expansão da OTAN  e  isolar o Irã, fortalecendo dessa forma o protagonismo das monarquias petrolíferas e do cão de guarda do imperialismo na região que é Israel, aplicando por tabela um golpe de morte à resistência palestina, visto que tal mudança neste tabuleiro político alimentaria ainda mais os sionistas e enfraqueceria o Hezbollah e toda luta anti sionismo. 

sábado, 17 de dezembro de 2016

LBI E FRENTE BRASILEIRA DE SOLIDARIEDADE COM A SÍRIA CONVOCAM ATO POLÍTICO INTERNACIONALISTA EM SÃO PAULO: FORA O IMPERIALISMO E OS REBELDES “MADE IN CIA” DO ORIENTE MÉDIO! NENHUM APOIO A MANIFESTAÇÃO EM DEFESA DOS TERRORISTAS ARMADOS PELA OTAN - AVENIDA PAULISTA 326 - EM FRENTE AO CONSULADO DA SÍRIA, 18/12, DOMINGO, 11HS, PRÓXIMO A ESTAÇÃO BRIGADEIRO

NOVA OFENSIVA REACIONÁRIA CONTRA O ETA: HOLLANDE E RAJOY PRENDEM MILITANTES BASCOS. PELA LIBERDADE IMEDIATA DOS PRESOS POLÍTICOS DO IMPERIALISMO EUROPEU!


Cinco militantes do grupo basco “Pátria Basca e Liberdade” (ETA) foram presos hoje (17/12) em Bayonne em uma operação conjunta da polícia da França e da Guarda Civil espanhola. A ação ocorreu na localidade de Louhossoa, região de Bayonne, sudoeste da França, perto da fronteira com a Espanha. Segundo as forças de segurança junto com os militantes foram encontradas armas, um arsenal que segundo os representantes do ETA seria destruído como parte de um acordo que estava sendo negociado com entidades da sociedade civil. O advogado e ativista Michel Tubiana, ex-presidente da ONG francesa Liga dos Direitos Humanos, afirmou ao jornal “Le Monde” que pretendia estar no local da operação, já que mediava “um processo voluntário de desarmamento do ETA”.  Os presos são Jean-Noël Etcheverry, diretor do grupo ecologista Bizi!, uma organização basca cujo nome significa "Viver", Michel Berhocoirigoin, o ex-presidente da Câmara de Agricultura Alternativa do País Basco, Michel Bergougnan, membro de uma cooperativa vitícola, e a jornalista Béatrice Haran-Molle, dona da casa onde aconteceram as detenções. Várias organizações bascas denunciaram a ação policial como totalmente arbitrária. Em novembro, Mikel Irastorza, o dirigente máximo da organização basca também foi encarcerado na França. Na época foi dito que sua detenção era “um duro golpe nas estruturas do ETA representando a eliminação de sua estrutura de direção, encarregada de dirigir a gestão do arsenal armamentístico e explosivo”. Os governos francês e espanhol em uma cínica nota afirmaram que “até que a entrega definitiva das armas e a dissolução do grupo terrorista ocorra, seguiremos lutando contra o terrorismo”. Lembremos que em 2013 em uma operação ilegal e arbitrária da Polícia Federal em conjunto com órgãos de inteligência da polícia espanhola foi preso no Rio de Janeiro, o professor Gotzon González, acusado de pertencer no passado a uma ala da organização separatista basca. Gotzon já residia no Brasil com família constituída há pelo menos 16 anos, trabalhando como professor e tradutor de espanhol. Como se observa o imperialismo europeu vem perseguindo e prendendo os militantes do ETA mesmo após o movimento basco ter declarado sua entrega gradual de armas. Esta linha reacionária segue analogamente o que está acontecendo na Colômbia com as FARC, quando as organizações guerrilheiras aceitam acordos com os governos burgueses e mesmo assim são dizimadas e seus dirigentes mortos ou presos. Assim, a perseguição a militantes do ETA, qualificados como “terroristas” pela imprensa venal e os governos imperialistas, é a expressão política mais acabada da crise e o consequente recrudescimento do regime sob as hostes do imperialismo europeu. Os governos Hollande e Rajoy recorrem até mesmo a fatos ocorridos há mais de 20 anos para perseguir e incriminar ativistas sociais ou militantes de organizações de esquerda como método de intimidação não só aos remanescentes do ETA, mas a todo movimento das massas exploradas e nacionalidades oprimidas. Frente a este curso reacionário que se abriu no país ibérico e na França de profundos ataques ao proletariado com cortes de benefícios sociais, demissões, perseguição a ativistas é necessário que o ativismo de esquerda, classista e democrático organize atos pela liberdade imediata dos militantes do ETA e de todos os presos políticos do imperialismo europeu!
  

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

“CHACINA DA LAPA”: HÁ 40 ANOS OS CARNICEIROS DA DITADURA MILITAR ASSASSINARAM A FRAÇÃO DA DIREÇÃO DO PCDOB CRÍTICA À POLÍTICA MAOISTA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES


Seria uma reunião de grande relevância para os rumos políticos do Comitê Central do PCdoB, no dia 16 de dezembro de 1976, há exatos quarenta anos atrás, mas as conclusões programáticas do encontro clandestino (o mais representativo realizado após o encerramento das atividades da guerrilha do Araguaia) não puderam chegar ao fim devido à brutal ação policial fascista do regime militar contra o que restava no país da direção partido após a derrota sofrida na região norte do Brasil. No centro da pauta do CC estava o debate acerca do balanço político da ação militar guerrilheira do partido, realizada sob orientação ideológica do Partido Comunista Chinês. Não por coincidência a fração stalinista dirigente que defendia o “grande acerto” da tática Maoista encontrava-se “refugiada” justamente em Pequim. A doutrina de Mao Tsé Tung consistia fundamentalmente de forjar a luta armada no campo e a partir deste movimento impulsionar um "bloco de classes" com a burguesia nacional anti-imperialista para a tomada do poder estatal. A ausência na reunião de dirigentes que na época se colocavam mais "fiéis" a linha do PC chinês ameaçava mudar os rumos do partido, estamos falando fundamentalmente de João Amazonas e Renato Rabelo (atual dirigente "cânone" do PCdoB), que juntos se recusavam a fazer qualquer movimento de autocrítica em relação aos desastrosos resultados políticos da guerrilha do Araguaia. Do outro lado geográfico e político estavam Pedro Pomar e Angelo Arroyo, este último comandante e sobrevivente da guerrilha e que vivenciou a morte do dirigente histórico Maurício Grabois no desigual combate militar com as forças da repressão. Pomar já tinha manifestado para a militância partidária que estava em seu entorno suas diferenças de avaliação política com Amazonas, secretário geral de fato do partido, gerando um profundo “mal-estar” no interior da direção stalinista que não tolerava dissidências internas. Pomar teria sido chamado para uma viagem de “advertência” a Albânia, até então alinhada com a China de Mao, não efetivada em função do grave estado de saúde em que se encontrava sua companheira. Como permaneceu no Brasil, Pomar resolveu levar adiante suas posições e dar a batalha de suas ideias no âmbito do CC do partido. Iniciada a histórica reunião do PCdoB no dia 11 de dezembro, na rua Pio XI do bairro da Lapa em São Paulo, terminaria sob o assalto covarde das forças de repressão do regime, levando a morte de Pomar, Arroyo e Drummond, outros cinco dirigentes foram presos e torturados (entre eles Haroldo Lima e Aldo Arantes) e dois não foram presos. Jover Telles e José Novaes saíram da “casa aparelho” em dupla e foram os únicos a escapar do cerco policial. Algum tempo depois a direção do PCdoB imputaria a responsabilidade criminosa do ataque terrorista ao partido na “conta” de Jover Telles denunciado como um “infiltrado” no CC. Segundo esta versão, sustentada por Amazonas, Telles teria sido capturado pelo DOPS dias antes da “Chacina” e negociado sua liberdade em troca da delação do partido. Mas o estranho é que somente em 1983, no sexto congresso do PCdoB, se “oficializaria” a expulsão definitiva do “traidor”, ou seja, quase sete anos após os gravíssimos acontecimentos da Lapa. Seguindo a trilha das “denúncias” de Amazonas contra seus opositores internos nos deparamos com outra acusação, desta vez o alvo seria o líder camponês José Novaes, que ao contrário de Telles e Wladimir Pomar (filho de Pedro e também preso na Lapa), resolveu organizar uma dissidência no seio do PCdoB. Diante das circunstancias criadas (e nunca totalmente esclarecidas) em torno da militância de Telles, este decide abandonar a política, Wladimir toma o rumo da socialdemocracia europeia ingressando "dissolvido" dos ideais comunistas no PT em 1980. Coube a Novaes, principal referência política da dissidência na vanguarda de esquerda, reunir os outros companheiros do PCdoB que estavam em processo de ruptura com o stalisnismo (Ozeas Duarte, Genoino Neto e Jorge Paiva), fundar uma nova organização comunista, que viria a se tornar o PRC em 1984. Mas se não foram os “camaleões” (alcunha pejorativa atribuída por Renato Rabelo aos dissidentes do PCdoB) os delatores do aparelho da Lapa, a quem mais interessaria a morte de Pedro Pomar e Arroyo? Quem teria de fato “vazado” para os genocidas a informação da reunião que poderia ter mudado a linha Maoista do PCdoB? Seria o Telles o delator ou o próprio Amazonas teria "cantado" a reunião do partido para os facínoras do DOPS? No seio dos aparatos burocráticos stalinistas tudo é possível, até tratar como "agentes do imperialismo" gigantes revolucionários como foi Trotsky.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

PORQUE SERÁ QUE OS REVISIONISTAS DO "MAIS" CHORAM TANTO A PERDA DE ALEPO PELOS TERRORISTAS ISLÂMICOS DO EI ARMADOS PELA OTAN?


Muitas "lágrimas humanitárias" em todo mundo tem sido derramadas pela retirada das forças militares dos terroristas islâmicos do EI da cidade de Alepo na Síria. O Exército do regime nacionalista de Al Assad apoiado pelas tropas da Rússia e Irã após cinco anos de uma severa guerra civil, impulsionada pelo imperialismo (OTAN e CIA) que pretendia reproduzir na Síria a mesma situação de "esquartejamento" nacional que provocou na Líbia, conseguiu enfim expulsar os "rebeldes" que também contam com o apoio logístico dos sionistas de Israel. Imediatamente após a sangrenta derrota do EI e seus aliados subalternos, os meios midiáticos do império começaram a desatar uma furiosa campanha internacional condenando as "atrocidades do exército sírio em Alepo", acusando o regime Assad de "crimes de guerra" contra "crianças e a população civil". Até a torre Eiffel foi apagada em homenagem as "vítimas de Alepo", obviamente por ordem do carniceiro Hollande. A Casa Branca habitada pelo "humanitário" Obama está absolutamente inconformada com a "brutalidade das forças de Assad" e promete antes do fim do mandato do "Democrata" efetuar uma resposta militar que permita uma realocação dos "rebeldes" sírios. Na verdade a movimentação geopolítica do imperialismo ianque apostou nestes últimos cinco anos no esgotamento econômica do regime nacionalista burguês de Assad ao invés de uma intervenção direta da OTAN, como defendia a Madame Clinton derrotada nas últimas eleições presidenciais dos EUA. O governo Obama apostou em uma guerra de "baixo impacto" para derrotar Assad, alternando seus parceiros militares na Síria ao longo dos últimos cinco anos. Com o fracasso político e militar dos "rebeldes" mais ligados ao imperialismo europeu (fundamentalmente UK e França), o Pentágono passou a financiar diretamente uma opção mais "agressiva" contra Assad, neste caso em uma aliança velada com o governo sionista, o EI passou a receber as "bênçãos" de Washington. O EI tinha se mostrado um elemento incômodo no Iraque, após ter recebido os "louros" do imperialismo com a devastação na Líbia, porém no complexo tabuleiro de xadrez bélico da região não restava outra alternativa a Obama a não ser credenciar o EI como aliado principal para derrotar Assad. Este arriscado caminho trilhado pela OTAN na região forçou um realinhamento internacional em apoio à Síria, atraindo Putin e o regime dos Aiatolás do Irã a perfilar forças militares com Assad. É sempre bom lembrar que tanto a Rússia como o Irã "lavaram suas mãos" quando a OTAN decidiu derrubar Kadafi, entretanto com a entrada do gendarme de Israel no cenário da guerra civil síria a correlação de forças no Oriente Médio poderia ser abruptamente alterada. O objetivo estratégico do imperialismo na região é livrar-se de tudo aquilo que possa representar minimamente qualquer resquício de nacionalismo árabe e antissionista, por isso atacaram violentamente regimes "amistosos" como Kadafi, Assad e até o Hezbolah que controla parte do território libanês. A "ordem do dia" da OTAN é evitar a todo custo uma guerra atômica com a potência regional do Irã, o que poderia levar a destruição física de Israel, e por esta razão se colocou necessário eliminar adversários e regimes com alguma capacidade militar de estabelecer uma "guerra convencional" contra os interesses do imperialismo no mundo árabe e muçulmano. O plano geral da Casa Branca é deixar o perigoso e nuclear Irã isolado em toda região e obrigar o regime dos Aiatolás a "refletir" muito sobre o "custo total" de uma guerra atômica contra o sionismo. Como Marxistas sabemos muito bem do caráter de classe dos regimes burgueses árabes, conhecemos bem seu limitado papel progressista nos embates com Israel (guerra do Suez,dos "Seis Dias",Yom Kippur etc...), não depositamos simpatia política alguma nas oligarquias nacionalistas que por muitas vezes massacraram o povo palestino e sua organização de luta (OLP) como Hafez Assad ou Hussein da Jordânia. Também como Leninistas somos oposição radical ao regime restauracionista de Moscou, fomos a primeira corrente política no Brasil a denunciar a contrarrevolução na antiga URSS enquanto toda a esquerda revisionista saudava a "chegada da democracia" na pátria dos sovietes. Mas como Trotskistas não poderemos nunca estar ao lado das forças imperialistas em uma situação de guerra aberta, com o objetivo claro de rapinar um país semicolonial. Aplicamos a mesma política adotada por Trotsky e Nahuel Moreno em casos de guerra do Brasil ou Argentina contra nações imperialistas, não olvidemos que estabelecemos corretamente uma frente única de ação com a ditadura sanguinária de Galtieri contra as tropas da pirataria britânica. Não para nossa surpresa os revisionistas do grupo MAIS, seguidores do prof.Valério, resolveram engrossar o "choro" dos bandidos imperialistas pelas vítimas de Alepo. Os cardeais do MAIS acusam Assad de "queimar crianças" e "sufocar o levante popular"...do Estado Islâmico! Os Papagaios revisionistas da mídia "mudochiana" desta vez não poderão comemorar o triunfo do imperialismo, assim como brindaram na na antiga URSS e mais recentemente na Líbia. O governo Assad está muito longe de representar historicamente o proletariado sírio, mas sua derrubada pelas mãos da coalizão sionista não poderia significar um passo progressista para a classe operária árabe e os povos oprimidos em todo o planeta. A "balcanização" (divisão da unidade territorial) dos Estados nacionais árabes corresponde a um objetivo sórdido do Imperialismo para espoliar melhor toda a rica região, a barbárie social vivida hoje pelo Iraque e Líbia não tem nada de "progressiva" se compararmos a situação anterior dos regimes burgueses de Sadam e Kadafi. Desgraçadamente os revisionistas do MAIS desonraram suas origens Trotskistas e até Morenistas quando decidiram velar a derrota do imperialismo na Síria, não temos dúvida alguma que Assad e Galtieri também são assassinos de seu próprio povo, porém pedir ingresso politico na trincheira do Pentágono corresponde a uma traição de classe que envergonha a todos os combatentes anti-imperialistas no mundo todo!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

LEIA A APRESENTAÇÃO DO NOVO LIVRO DA EDITORA PUBLICAÇÕES LBI EM PARCERIA COM A EDITORA NOVA ANTÍDOTO: OPERAÇÃO LAVA JATO UM MOVIMENTO DO IMPERIALISMO PARA DESMORALIZAR O CONJUNTO DO TECIDO POLÍTICO BURGUÊS DO PAÍS


APRESENTAÇÃO 

A LBI foi a primeira organização política a denunciar o caráter reacionário da chamada “Operação Lava Jato” ainda no final de 2014, quando toda a “esquerda” reformista, particularmente o PT e o revisionismo trotskista declaravam que a farsa levada a cabo pelo Juiz “nacional” Sérgio Moro era um “patrimônio do Brasil no combate a corrupção”. Na época a presidente Dilma Rousseff chegou a declarar “Eu acho que as investigações da Lava Jato podem mudar, de fato, o Brasil para sempre. Em que sentido? No sentido de que vai se acabar com a impunidade. Mudará para sempre a relação entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e a empresa privada porque vai acabar com a impunidade. A questão da Petrobras é uma questão simbólica para o Brasil. É a primeira investigação efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos privados e públicos. A primeira. E que vai a fundo” (11.2014). PSTU e PSOL também saudavam os “feitos moralizadores” da “República de Curitiba”, o que escandalosamente fazem até hoje como aborda a mais nova publicação da LBI. Enquanto a cúpula petista, particularmente o staff dilmista, apoiava a operação jurídico-policial engendrada pelo imperialismo ianque para acabar com a Petrobras e as empreiteiras nacionais, nossa corrente política em voz solitária denunciava que o Moro havia sido formado pelo Departamento de Estado ianque e a CIA para inicialmente perseguir o PT e depois desmoralizar o conjunto do tecido político burguês do país para edificar um novo regime político, sendo a ponta de lança de um estado de exceção no Brasil com fortes traços Bonapartistas. Na verdade esse combate político revolucionário esgrimido por nossa pequena corrente trotskista veio desde o julgamento do chamado “Mensalão”, quando o STF sentenciou a prisão dirigentes históricos do PT sob o silêncio cúmplice de Dilma e Lula. Dirceu, Delúbio e Genoino foram acusados de serem os “maiores corruptos do Brasil” quando é sabido que o sistema de “comissões” (propinas como é popularmente conhecido) rege as transações do Estado brasileiro desde o início da República burguesa, sendo o PT o partido que estipulou os menores percentuais nas negociadas com grandes empresas e empreiteiras que estabeleciam contratos com a União. Todos os principais textos elaborados pela direção nacional da LBI do final de 2014 até hoje, além de artigos inéditos, estão coletados no livro “Operação Lava Jato um movimento do imperialismo para desmoralizar o conjunto do tecido político burguês do país”, uma valiosa arma política para vanguarda militante e o ativismo de esquerda analisar a complexa conjuntura brasileira hoje, que caminha a passos largos rumo ao fascismo com a complacência da Frente Popular.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

13 DE DEZEMBRO 1968/2016: EMPUNHANDO A BANDEIRA DO MERCADO, A OFENSIVA DO FASCISMO RETORNA NA HISTÓRIA COMO UMA AMEAÇA AS NOSSAS CONQUISTAS OPERÁRIAS. NÃO PASSARÃO AS VIÚVAS DA DITADURA MILITAR E A "REPÚBLICA DE CURITIBA"!

No fatídico dia 13 de dezembro de 1968 o general assassino Costa e Silva decretava o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5 eliminava o mínimo das garantias de liberdades democráticas que ainda restavam desde o trágico desfecho do golpe militar de 1º de abril de 1964, contra um governo nacionalista burguês. Mais prisões foram realizadas de militantes da esquerda revolucionária e a tortura foi oficializada nos quartéis e delegacias políticas (DOPS) do regime em todo o país, com o aval da covarde Corte Suprema. Porém havia um setor da chamada "oposição moderada" a ditadura que não foi molestado pelos militares, agrupados na ala liberal do antigo MDB, figuras como Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro, Tancredo Neves etc... passeavam tranquilamente pelos gabinetes de Brasília levantando a "bandeira da conciliação" com os genocidas golpistas. Também o velho "Partidão" pregava uma  convocação tutelada de uma nova constituição com os golpistas. Passados exatos 48 anos do "golpe dentro do golpe" (qualquer coincidência com o momento atual não é mera formalidade) algumas figuras políticas de 68 como FHC, que na época alardeavam a "moderação" na oposição, enquanto a esquerda revolucionária combatia em armas a ditadura, hoje vem à tona no cenário nacional do atual golpe parlamentar convocando uma mobilização nacional pelas "reformas" exigidas pelos rentistas, exatamente no aniversário do AI-5. Pelo menos tiveram o mérito histórico de deixarem a "máscara cair" revelando para as novas gerações que nunca foram opositores de fato ao regime militar. Com o mote político do "combate à corrupção" e o pretexto técnico das "falência fiscal ", o bloco golpista conservador (antiga oposição moderada ao regime militar) se amálgama agora com a direita protofascista nesta marcha de apoio a ofensiva reacionária da Lava Jato. A tucanalha que arrasou o país com a "privataria" made in Washington, agora cinicamente fala em nome da "moral e ética". O PSDB somado ao bloco dos reacionários ratos que sonham com o retorno do regime das prisões e covardes torturas dos ativistas da esquerda classista e revolucionária, aspiram pela volta da ditadura militar servil aos interesses econômicos do imperialismo ianque no país, agora com a roupagem do fascismo judiciário. Entretanto é preciso que se afirme com todo vigor, diante da confusão política impulsionada por uma falsa "esquerda" reformista atrelada ao regime burguês "democrático", que a cretina manobra da escória parlamentar que expurgou Dilma do governo central, não significou um "Golpe de Estado" e tampouco represente o fim do regime democratizante instaurado no Brasil em 1985 com a ascensão da "Nova República". A ofensiva da direita demotucana e peemedebista em parceria com a "República de Curitiba" contra o governo da Frente Popular está inserida no fim do ciclo histórico do "modelo" petista de gerenciar o Estado Burguês, lastreado no binômio de mercado: "crédito e consumo". Com a impossibilidade da permanência do "modelo" de gerenciamento petista, esgotado pelo agravamento da crise capitalista mundial, surge a necessidade do "ajuste", ou seja, há que se manter a alta rentabilidade do capital financeiro as custas das reservas financeiras do próprio Estado Burguês, além da eliminação das conquistas operárias.Nesta nova etapa do regime capitalista o governo Temer abandona de vez o chamado "neodesenvolvimentismo", que marcou as gestões anteriores do PT, e abraça com força o chamado "neorentismo", gerando uma feroz disputa política no seio das classes dominantes, como uma guerra de ratos vorazes diante da escassez de seu alimento predileto: o botim estatal. Está absolutamente cristalino que a operação de chantagem do golpista Temer , protagonizado pelo bandidos da mídia corporativa (Fora Temer) não representa uma saída verdadeiramente "democrática " frente à crise do regime Burguês, ao contrário, abre as "portas do inferno" para que os neoliberais de "origem" em aliança com as viúvas furibundas da ditadura militar delirem com uma queda humilhante do governo da máfia do PMDB. Sempre é bom repetir mais uma vez que a deposta Dilma esteve a anos luz de ser um governo nacionalista burguês como foi o de Jango derrubado em 64, foi descartada pela direita não por propor "reformas democráticas de base", ao contrário comandava um draconiano ajuste neoliberal ditado pelos rentistas de Wall Street. Convocamos o movimento de massas a defenestrar a marcha reacionária da direita neste 13 de Dezembro de 2016, com seus próprios métodos de luta, como a preparação da Greve Geral contra as reformas neoliberais.Em memória de todos os heróis tombados na brava resistência ao regime militar, neste aniversário sinistro do AI-5 afirmamos em uníssono: O SOCIALISMO TRIUNFARÁ HISTORICAMENTE SOBRE AS CINZAS DOS FASCISTAS E NEOLIBERAIS DE TODOS OS MATIZES POLÍTICOS!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

13/12, VOTAÇÃO DA PEC-55 NO SENADO: MERGULHADO EM GRAVE CRISE, GOVERNO GOLPISTA IRÁ APROVAR O AJUSTE COVARDE DIANTE DA PARALISIA IMPOSTA PELA CUT E O APOIO VELADO DO PT ÀS REFORMAS NEOLIBERAIS


Está prevista para terça-feira, 13 de dezembro, a votação em segundo turno da PEC-55 no Senado Federal. Na CCJ da Câmara dos Deputados começa a discussão da famigerda Reforma da Previdência. Em resumo, no “apagar das luzes” de 2016 (antes do recesso parlamentar) e em meio a uma greve crise política agora incrementada com a delação de um executivo da Odebrecht que envolve diretamente Temer e toda a cúpula do PMDB que ocupa o Planalto e a Esplanada dos Ministérios, o golpista vai conseguindo aprovar o grosso do ajuste neoliberal exigido pelos rentistas. Esse “feito” ocorre porque Temer cumpre justamente esse objetivo: aprovar as reformas neoliberais e depois ser substituído por outro governo de transição, no curso da formatação de um novo regime político no país, ponta de lança do Bonapartismo no Brasil. A burguesia já começa a discutir abertamente que vai “substituir” Temer via eleição indireta no Congresso: FHC, Jobim, Moro... mas o certo é que esse caminho apenas pavimenta o cenário para a ascensão de um regime de exceção baseado fundamentalmente na alta cúpula do Poder Judiciário e com o apoio das FFAA e do imperialismo ianque. A retirada de pauta do limitado projeto de “abuso de autoridade” do Senado por Renan Calheiros após a decisão do STF, com a patética reclamação de Roberto Requião, é parte desse acordo burguês reacionário. A condição para que esse “mapa do caminho” seja seguido a risca é a aprovação do ajuste no Congresso entre o final de 2016 e início de 2017, um calendário que conta com o aval do PT. Apesar de seus parlamentares criticarem formalmente as medidas impopulares e votar formalmente contra o pacote de maldades o partido sustenta as instituições burguesas e sua pauta anti-povo, como vimos no caso da tentativa de afastamento de Renan da presidência do Senado. Fica evidente que Temer está sendo preservado pela direita demo-tucana e seus satélites (MBL, Vem Pra Rua) até que conclua as reformas neoliberais exigidas pelo imperialismo e os rentistas, que não toca nos militares nem nos altos cargos do Estado capitalista (Juízes, Promotores). Isso ficou notório nos eixos da “domingueira verde-amarela” que poupou o canalha golpista e concentrou suas críticas em Renan Calheiro, adversário pontual e tímido da Lava Jato devido a sua articulação do projeto de lei de “abuso de autoridade”. No campo da Frente Popular os governadores do PT e PCdoB estão comprometidos com a aprovação da PEC no Senado, marcada para ser votada dia 13 de dezembro. Não se vê organizada nenhuma manifestação de peso contra a votação desta terça-feira. Esse quadro deve-se a desmobilização imposta pela Frente Popular ao conjunto das entidades sindicais, que joga todas suas fichas no desgaste do governo Temer e na ilusória eleição de Lula em 2018 ou caso ocorram eleições antecipadas. Restou aos sindicatos ligados à educação pública (Andes, Sinasef, Fasubra) convocarem um tímido protesto “Manifestações nos estados e em Brasília deve marcar votação em segundo turno da PEC 55” (site Andes) em que se afirma “Foi avaliado em conjunto com o CNG da Fasubra e do Sinasefe, e em contato com outras entidades e movimentos sociais, a inviabilidade, por parte das demais entidades e movimentos, de realizar um novo ato nacional em Brasília, como o protagonizado no dia 29 de novembro, data da votação em primeiro turno da PEC 55 no Senado”. Fica evidente que essa manifestação é completamente aquém das necessidades da luta para barrar a PEC-55 e a famigerada Reforma da Previdência, ataque que até agora não recebeu nenhuma resposta das centrais sindicais. A LBI defende que esse dia 13 seja parte de uma mobilização nacional para forjar uma saída progressista à debacle do governo Temer e a famigerada Operação Lava Jato, sem abrir espaço para a direita e suas manobras “golpistas” parlamentares e mesmo eleitorais, faz-se necessário forjar a luta direta e revolucionária por um Poder Operário e Camponês, para isso devemos construir desde as bases a Greve Geral, com ocupações de fábricas, locais de trabalho, no campo, universidades e escolas. Para marchar nessa sendo é fundamental compreender que a Frente Popular, em particular a CUT e o PT aposta todas suas fichas apenas no terreno eleitoral, pois tem acordo sobre a necessidade do ajuste neoliberal em curso. Por esta razão participaremos dos atos desta terça-feira, 13.12, com nosso próprio eixo político: “Abaixo Temer! Organizar a Greve Geral!”mantendo-se firme na senda da construção de uma alternativa de poder revolucionário, completamente por fora das instituições apodrecidas deste regime da democracia dos ricos.

domingo, 11 de dezembro de 2016

HÁ EXATOS CINCO ANOS ATRÁS AS TROPAS IMPERIALISTAS IANQUES DESOCUPAVAM FORMALMENTE O IRAQUE, DANDO INÍCIO A ABERTURA DO TERRITÓRIO PARA QUE AS MILÍCIAS DO ESTADO ISLÂMICO INVADISSEM UMA REGIÃO ESTRATÉGICA DAQUELE PAÍS DEVASTADO PELA RAPINAGEM E UMA SEVERA GUERRA CIVIL. ABAIXO REPRODUZIMOS UM ARTIGO HISTÓRICO DA LBI, PUBLICADO EM SEU BLOG DE DEZEMBRO DE 2011


IRAQUE: SAEM AS TROPAS REGULARES IANQUES PARA ASSUMIR OS MERCENÁRIOS MAFIOSOS DA “BLACKWATER”(DEZEMBRO 2011)

Após nove anos de ocupação militar sobre o Iraque, Barack Obama “retirou” oficialmente as tropas ianques do território iraquiano, as quais desembarcaram na base do Forte Bliss, no Texas, em 18 de dezembro último. A ocupação trouxe um saldo macabro para a combalida população iraquiana: quase 200 mil civis mortos nesta guerra de rapina colonialista, milhares de mutilados, milhões de refugiados, desemprego em massa; o país está arrasado em sua infraestrutura, a água potável é escassa (poços foram envenenados pela coalizão anglo-americana), o sistema de saneamento básico e eletricidade são precários. Com um rastro de sangue por onde passaram, as tropas anglo-ianques estiveram “atoladas” nas areias do deserto iraquiano durante nove anos, tendo como resultado, no enfrentamento com a heróica resistência iraquiana, a morte de mais de quatro mil soldados americanos e milhares de feridos e um “custo” que supera a casa dos quatro trilhões de dólares para manter a logística de guerra.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

LBI RECEBE O PRESIDENTE GOLPISTA EM FORTALEZA COM UM SONORO: “ABAIXO TEMER”!


Ocorreu na tarde desta sexta-feira, 9.12, um ato político contra o governo Temer em Fortaleza. O golpista que gosta de "passear" nas praças internacionais dos rentistas, veio ao Nordeste pela primeira vez desde que desferiu o golpe palaciano contra Dilma. No Ceará foi recebido pelo governador Camilo Santana na sede do BNB, enquanto o protesto, convocado por organizações de esquerda ocorria na entrada do prédio do banco. A pequena manifestação, claramente boicotada pela CUT e o PT, que além da LBI contou com a presença de representantes do PCdoB, Levante, TPOR, PSOL, Crítica Radical e MAIS. Não é de se estranhar que odiado golpista faça cerimônias fechadas com o PT logo após o anúncio da Reforma da Previdência e as vésperas da aprovação da PEC-55.Em sua intervenção , o porta-voz da LBI, Marco Queiroz, denunciou que a Frente Popular vem sustentando o governo Temer para que ele aprove o ajuste neoliberal no parlamento. Ele fez um chamado à construção da Greve Geral para barrar os ataques em curso e por fim pontuou que é preciso construir uma alternativa própria dos trabalhadores por fora das instituições burguesas e do circo eleitoral da democracia dos ricos! Faz-se necessário combater Temer nas ruas sem depositar nenhuma ilusão no lobby ao Congresso Nacional, nesse sentido o chamado a manifestação nacional do dia 13 de dezembro deve ter como eixo central não a pressão sobre o parlamento corrupto mas a luta direta por derrubar o canalha chefe da máfia do PMDB e suas reformas neoliberais.