STF APÓIA A EXIGÊNCIA DA “DOMINGUEIRA COXINHA” E AFASTA
RENAN CALHEIROS DA PRESIDÊNCIA DO SENADO PARA QUE NÃO HAJA O MAIS TÍMIDO
OBSTÁCULO PARA A LAVA JATO SEGUIR SUA OFENSIVA CONTRA AS LIBERDADES
DEMOCRÁTICAS
Um dia após a “domingueira coxinha” (04.12) que exigia a
cabeça de Renan Calheiros, o ministro do STF Marco Aurélio Mello decidiu
liminarmente afastá-lo da presidência do Senado. Obviamente não se trata de
“mera coincidência” uma decisão relâmpago que diz respeito a um processo de 9 anos
atrás. A destituição de Renan pelo STF não se deu porque ele é mais um dos
milhares de políticos burgueses que ficaram milionários intermediando negócios
com o Estado capitalista, sua "cabeça" foi exigida por ter se
enfrentado com o "justiceiro" Moro no projeto de lei que pretende
limitar os "abusos de autoridade". A decisão de Mello com toda
certeza será apoiada pelo pleno do Supremo, é parte da estratégia do alto
comando do Judiciário de impedir qualquer limitação da Operação Lava Jato e da ação do Juiz Sergio Moro. Como Renan estava articulando aprovar tímidas medidas
contra o chamado “abuso de autoridades” dos juízes, procuradores e policiais, o
STF entrou em cena e "rifou" Renan que agora está totalmente
fragilizado e poderá ter no futuro o mesmo destino de Eduardo Cunha. Marco Aurélio
aceitou um pedido da Rede de Marina que exigiu a saída de Renan porque ele
tinha se tornado réu em uma ação judicial na semana passada, cuja aplicação de
seus efeitos de afastamento da linha sucessória presidencial tinha sido
suspensa porque o Ministro Dias Tofolli havia pedido vistas. Toda essa movimentação política
orquestrada pelo STF em conluio com o comandante da “República de Curitiba”
confirma o que a LBI já denunciava: não há nada de progressivo de políticos
burgueses (mesmos os mais corruptos como Renan) serem presos, cassados ou
afastados pelo Judiciário, porque esta ação representa mais um ato do
recrudescimento do regime político que acabará se voltando contra o movimento
de massas e seus dirigentes políticos e sindicais. Somente os apoiadores da Lava Jato como o PSOL e o PSTU podem
comemorar essa decisão totalmente casuísta e inconstitucional, que
imediatamente também foi aplaudida pela direita “verdade amarela”. Como se
observa a “unidade” que o PSTU chamou a ser formada com o MBL e o Vem Pra Rua
já está se concretizando. Luciana Genro e o PSOL que apoiam a Operação Lava
Jato saudaram entusiasticamente o reacionário STF ter levado a diante o “Fora
Renan” atendendo a um pedido a Rede, consolidando sua aliança com o partido de
Marina que no futuro pode ser a legenda do qual o Juiz Moro poderá se candidatar
em 2018. Agitar o “Fora Renan” como fazem os revisionistas e reformistas de
plantão (PSOL e PSTU) neste momento é parte de uma operação política de apoio a
Lava Jato. É preciso denunciar o parlamento corrupto e o conjunto do regime
político burguês em que se assenta a democracia dos ricos, apontando a
necessidade de se construir uma alternativa revolucionária, sem nunca abrir
espaço para a direita demo-tucana e a reação fascista como em geral faz a mal
chamada “oposição de esquerda” que deseja capitalizar eleitoralmente a crise
petista. Como Marxistas Revolucionários não realizamos “lobbies” moralizantes
sobre o Congresso Nacional, uma instituição do Estado capitalista e muito menos
em apoio a elite Judiciária isto em nada contribui para o desenvolvimento da
consciência de classe das massas exploradas acerca da necessidade de por
abaixo, através da ação direta do proletariado o regime da democracia dos
ricos.