terça-feira, 6 de dezembro de 2016

STF APÓIA A EXIGÊNCIA DA “DOMINGUEIRA COXINHA” E AFASTA RENAN CALHEIROS DA PRESIDÊNCIA DO SENADO PARA QUE NÃO HAJA O MAIS TÍMIDO OBSTÁCULO PARA A LAVA JATO SEGUIR SUA OFENSIVA CONTRA AS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS


Um dia após a “domingueira coxinha” (04.12) que exigia a cabeça de Renan Calheiros, o ministro do STF Marco Aurélio Mello decidiu liminarmente afastá-lo da presidência do Senado. Obviamente não se trata de “mera coincidência” uma decisão relâmpago que diz respeito a um processo de 9 anos atrás. A destituição de Renan pelo STF não se deu porque ele é mais um dos milhares de políticos burgueses que ficaram milionários intermediando negócios com o Estado capitalista, sua "cabeça" foi exigida por ter se enfrentado com o "justiceiro" Moro no projeto de lei que pretende limitar os "abusos de autoridade". A decisão de Mello com toda certeza será apoiada pelo pleno do Supremo, é parte da estratégia do alto comando do Judiciário de impedir qualquer limitação da Operação Lava Jato e da ação do Juiz Sergio Moro. Como Renan estava articulando aprovar tímidas medidas contra o chamado “abuso de autoridades” dos juízes, procuradores e policiais, o STF entrou em cena e "rifou" Renan que agora está totalmente fragilizado e poderá ter no futuro o mesmo destino de Eduardo Cunha. Marco Aurélio aceitou um pedido da Rede de Marina que exigiu a saída de Renan porque ele tinha se tornado réu em uma ação judicial na semana passada, cuja aplicação de seus efeitos de afastamento da linha sucessória presidencial tinha sido suspensa porque o Ministro Dias Tofolli havia pedido vistas. Toda essa movimentação política orquestrada pelo STF em conluio com o comandante da “República de Curitiba” confirma o que a LBI já denunciava: não há nada de progressivo de políticos burgueses (mesmos os mais corruptos como Renan) serem presos, cassados ou afastados pelo Judiciário, porque esta ação representa mais um ato do recrudescimento do regime político que acabará se voltando contra o movimento de massas e seus dirigentes políticos e sindicais. Somente os apoiadores da Lava Jato como o PSOL e o PSTU podem comemorar essa decisão totalmente casuísta e inconstitucional, que imediatamente também foi aplaudida pela direita “verdade amarela”. Como se observa a “unidade” que o PSTU chamou a ser formada com o MBL e o Vem Pra Rua já está se concretizando. Luciana Genro e o PSOL que apoiam a Operação Lava Jato saudaram entusiasticamente o reacionário STF ter levado a diante o “Fora Renan” atendendo a um pedido a Rede, consolidando sua aliança com o partido de Marina que no futuro pode ser a legenda do qual o Juiz Moro poderá se candidatar em 2018. Agitar o “Fora Renan” como fazem os revisionistas e reformistas de plantão (PSOL e PSTU) neste momento é parte de uma operação política de apoio a Lava Jato. É preciso denunciar o parlamento corrupto e o conjunto do regime político burguês em que se assenta a democracia dos ricos, apontando a necessidade de se construir uma alternativa revolucionária, sem nunca abrir espaço para a direita demo-tucana e a reação fascista como em geral faz a mal chamada “oposição de esquerda” que deseja capitalizar eleitoralmente a crise petista. Como Marxistas Revolucionários não realizamos “lobbies” moralizantes sobre o Congresso Nacional, uma instituição do Estado capitalista e muito menos em apoio a elite Judiciária isto em nada contribui para o desenvolvimento da consciência de classe das massas exploradas acerca da necessidade de por abaixo, através da ação direta do proletariado o regime da democracia dos ricos.