13 DE DEZEMBRO 1968/2016: EMPUNHANDO A BANDEIRA DO MERCADO,
A OFENSIVA DO FASCISMO RETORNA NA HISTÓRIA COMO UMA AMEAÇA AS NOSSAS CONQUISTAS
OPERÁRIAS. NÃO PASSARÃO AS VIÚVAS DA DITADURA MILITAR E A "REPÚBLICA DE
CURITIBA"!
No fatídico dia 13 de dezembro de 1968 o general assassino
Costa e Silva decretava o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5
eliminava o mínimo das garantias de liberdades democráticas que ainda restavam
desde o trágico desfecho do golpe militar de 1º de abril de 1964, contra um
governo nacionalista burguês. Mais prisões foram realizadas de militantes da
esquerda revolucionária e a tortura foi oficializada nos quartéis e delegacias
políticas (DOPS) do regime em todo o país, com o aval da covarde Corte Suprema.
Porém havia um setor da chamada "oposição moderada" a ditadura que
não foi molestado pelos militares, agrupados na ala liberal do antigo MDB,
figuras como Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro, Tancredo Neves etc...
passeavam tranquilamente pelos gabinetes de Brasília levantando a
"bandeira da conciliação" com os genocidas golpistas. Também o velho
"Partidão" pregava uma convocação tutelada de uma nova constituição com os
golpistas. Passados exatos 48 anos do "golpe dentro do golpe"
(qualquer coincidência com o momento atual não é mera formalidade) algumas
figuras políticas de 68 como FHC, que na época alardeavam a
"moderação" na oposição, enquanto a esquerda revolucionária combatia
em armas a ditadura, hoje vem à tona no cenário nacional do atual golpe
parlamentar convocando uma mobilização nacional pelas "reformas"
exigidas pelos rentistas, exatamente no aniversário do AI-5. Pelo menos tiveram
o mérito histórico de deixarem a "máscara cair" revelando para as
novas gerações que nunca foram opositores de fato ao regime militar. Com o mote
político do "combate à corrupção" e o pretexto técnico das
"falência fiscal ", o bloco golpista conservador (antiga oposição
moderada ao regime militar) se amálgama agora com a direita protofascista nesta
marcha de apoio a ofensiva reacionária da Lava Jato. A tucanalha que arrasou o
país com a "privataria" made in Washington, agora cinicamente fala em
nome da "moral e ética". O PSDB somado ao bloco dos reacionários
ratos que sonham com o retorno do regime das prisões e covardes torturas dos
ativistas da esquerda classista e revolucionária, aspiram pela volta da
ditadura militar servil aos interesses econômicos do imperialismo ianque no
país, agora com a roupagem do fascismo judiciário. Entretanto é preciso que se
afirme com todo vigor, diante da confusão política impulsionada por uma falsa
"esquerda" reformista atrelada ao regime burguês
"democrático", que a cretina manobra da escória parlamentar que
expurgou Dilma do governo central, não significou um "Golpe de
Estado" e tampouco represente o fim do regime democratizante instaurado no
Brasil em 1985 com a ascensão da "Nova República". A ofensiva da
direita demotucana e peemedebista em parceria com a "República de
Curitiba" contra o governo da Frente Popular está inserida no fim do ciclo
histórico do "modelo" petista de gerenciar o Estado Burguês,
lastreado no binômio de mercado: "crédito e consumo". Com a
impossibilidade da permanência do "modelo" de gerenciamento petista,
esgotado pelo agravamento da crise capitalista mundial, surge a necessidade do
"ajuste", ou seja, há que se manter a alta rentabilidade do capital
financeiro as custas das reservas financeiras do próprio Estado Burguês, além
da eliminação das conquistas operárias.Nesta nova etapa do regime capitalista o
governo Temer abandona de vez o chamado "neodesenvolvimentismo", que
marcou as gestões anteriores do PT, e abraça com força o chamado
"neorentismo", gerando uma feroz disputa política no seio das classes
dominantes, como uma guerra de ratos vorazes diante da escassez de seu alimento
predileto: o botim estatal. Está absolutamente cristalino que a operação de
chantagem do golpista Temer , protagonizado pelo bandidos da mídia corporativa
(Fora Temer) não representa uma saída verdadeiramente "democrática "
frente à crise do regime Burguês, ao contrário, abre as "portas do
inferno" para que os neoliberais de "origem" em aliança com as
viúvas furibundas da ditadura militar delirem com uma queda humilhante do
governo da máfia do PMDB. Sempre é bom repetir mais uma vez que a deposta Dilma
esteve a anos luz de ser um governo nacionalista burguês como foi o de Jango
derrubado em 64, foi descartada pela direita não por propor "reformas
democráticas de base", ao contrário comandava um draconiano ajuste
neoliberal ditado pelos rentistas de Wall Street. Convocamos o movimento de
massas a defenestrar a marcha reacionária da direita neste 13 de Dezembro de
2016, com seus próprios métodos de luta, como a preparação da Greve Geral
contra as reformas neoliberais.Em memória de todos os heróis tombados na brava
resistência ao regime militar, neste aniversário sinistro do AI-5 afirmamos em
uníssono: O SOCIALISMO TRIUNFARÁ HISTORICAMENTE SOBRE AS CINZAS DOS FASCISTAS E
NEOLIBERAIS DE TODOS OS MATIZES POLÍTICOS!