quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

APÓS O “AVISO” PARA NÃO SE METER NO CAMINHO DE MORO STF MANTÉM RENAN NA PRESIDÊNCIA DO SENADO PARA FINALIZAR AS VOTAÇÕES DO AJUSTE NEOLIBERAL E ENTERRAR A LEI CONTRA O ABUSO DE AUTORIDADE. CAIU A MÁSCARA DE JORGE VIANA E DO PT QUE AVALIZARAM O ACORDO PODRE QUE GARANTE A APROVAÇÃO DA PEC-55 E DA LDO!


O Plenário do STF deliberou pela permanência da Renan Calheiros na Presidência do Senado por 6 x 3, apenas afastando-o da linha sucessória para assumir a Presidência da República, o que não tem consequência prática alguma. A liminar dada pelo ministro Marco Aurélio foi como um sinal de aviso a Renan, uma espécie de "susto" para que o senador corrupto não se meta mais no caminho do justiceiro Sérgio Moro. O ultimato do STF a Renan também serviu para o desencorajar de seguir em frente com o projeto de lei que pretende limitar timidamente o abuso de autoridade, iniciativa considerada pela ofensiva fascista do judiciário como uma verdadeira afronta a suas pretensões de inviolabilidade de suas ações contra as parcas garantias democráticas asseguradas pela constituição de 88. Com essa decisão Renan vai finalizar as votações do ajuste neoliberal (PEC-55) e da LDO até o término do seu mandato no comando da chamada “Câmara Alta”, tão aguardadas pelo governo Temer e a banca financeira. O PT, através do Senador Jorge Viana, foi parte desse acordo podre pró-Renan já celebrado nos bastidores no dia anterior, tanto que na reunião com Carmem Lúcia que precedeu a decisão do pleno do STF, Viana vergonhosamente se negou a assumir a presidência do Senado e pediu para que Renan fosse mantido no cargo em nome da manutenção do calendário de votações e da estabilidade das “instituições democráticas”. Com a decisão dos ministros do Supremo, falou mais alto os interesses dos rentistas em aprovar seguramente a PEC em 2016, já que Viana vinha sendo pressionado por setores da Frente Popular a adiar a votação para 2017, convocando “audiências públicas” que protelariam o 2º turno da votação marcada para 13 de dezembro. A possibilidade de mobilizações populares mais fortes, incrementadas após o anúncio da covarde Reforma da Previdência, pesou para manter Renan que desde já havia se comprometido com Temer a manter a votação, com quem havia se reunido na noite de ontem no Planalto. Apesar do afastamento de Renan da presidência do Senado ter nos bastidores as mãos do juiz Sérgio Moro, o placar (6x3) demonstra que a urgência do Planalto em aprovar as medidas draconianas diante da fragilidade de Temer pesou mais para a decisão do Supremo parcialmente em favor de Renan, em uma articulação que também contou com o apoio do PSDB, tanto que Aécio Neves fez um pronunciamento em defesa da manutenção da votação da PEC, em clara simpatia a Renan, além de Gilmar Mendes criticar publicamente a liminar concedida por Marco Aurélio Mello. Como alertamos a operação para tirar Renan da Presidência do Senado era claramente inconstitucional, mas Marco Aurélio Mello apoiando-se nas manifestações da “domingueira da direita” e nas exigências de Moro avaliou precipitadamente que poderia afastar sozinho Renan, alvo principal dos protestos da direita em apoio a Lava Jato. Os Marxistas Revolucionários que não defenderam o “Fora Renan” nessas circunstâncias em conluio com a direita denunciam as bases podres e entreguistas do acordo oficializado para manter Renan, que teve o apoio do PT que deseja ver Temer aprovar o grosso do ajuste neoliberal para capitalizar o desgaste do governo golpistas nas urnas. Não devemos depositar nenhuma ilusão nem no Parlamento burguês e muito menos no Judiciário, instituições apodrecidas e corruptas da República Capitalista que agem segundo a conveniência das frações políticas da classe dominante em meio as suas disputas internas, devemos combater pela destruição revolucionaria do Estado capitalista usando os métodos de luta dos trabalhadores para derrotar os ataques em curso e construir uma alternativa própria dos explorados!