segunda-feira, 15 de outubro de 2018

"SURTO"  DE RAIVA DE CID GOMES CONTRA O PT REVELA A INUTILIDADE DA FRENTE DEMOCRÁTICA PRÓ HADDAD INTEGRADA DESDE O PSTU, PCB, ATÉ O PSB E PDT 



O esforço para a ampliação máxima da frente democrática para dar apoio a candidatura de Fernando Haddad, revelou na noite desta segunda-feira (15) sua completa inutilidade política. Em um ato público realizado no Ceará convocado pela frente democrática pró-Haddad (PT, PCdoB, PSTU, PSOL, PCB, PSB, PDT), o senador eleito pelo PDT, Cid Gomes, afirmou que o PT "merecia perder a eleição" por ter aparelhado "às repartições públicas", além de chamar os militantes do PT presentes no evento de "babacas". Sob o olhar complacente e servil do próprio governador petista Camilo Santana, Cid Gomes vociferou todo seu ódio de classe contra a esquerda que "docilmente" organizou uma atividade conjunta para ser atacada pela oligarquia burguesa dos Ferreira Gomes. Até as "pedras" sabem que a "família" Gomes está engajada até a medula na campanha de Bolsonaro e Carlos Eduardo ao governo do Rio Grande do Norte, onde haverá segundo turno. O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo além de ser membro do PDT é ligado (financiado) diretamente por Ciro Gomes e atualmente está enfrentando a candidatura da senadora petista Fátima Bezerra. Este não é um caso isolado no Nordeste, o PDT em  todos os estados onde disputa o segundo turno está apoiando o neofascista Jair Bolsonaro. Porém a esquerda reformista, sob o discurso de "votar 13 para derrotar Bolsonaro", vem se integrando a alianças eleitorais com a burguesia, inclusive com setores que trabalham abertamente no sentido do triunfo do candidato fascista, como é o caso dos Ferreira Gomes. Ciro, que chegou a despertar simpatia de alas do PSOL sob a justificativa de estar melhor posicionado para derrotar Bolsonaro, viajou a Europa para não se comprometer, apesar de seu partido o PDT ter declarado "voto crítico" em Haddad. A esquerda reformista com sua plataforma programática de colaboração de classes, somente reforça o avanço da ofensiva fascista e neoliberal sobre as massas, semeando a ilusão de que é possível derrotar a direita na esfera destas eleições completamente fraudadas e manipuladas pelo regime golpista. A equivocada tática de "votar 13", com toda a "carga" que esta posição política carrega (alianças com a burguesia, rebaixamento do programa etc..) desarma a reação direta do proletariado, inoculando nas massas a "tese" de que o regime fascista (ou ditadura militar) será implantada com um resultado eleitoral adverso para o PT e seu fraco candidato "neodesenvolvimentista", que parece estar mais preocupado em conquistar o apoio de FHC e afins do que o da classe operária. Uma vitória eleitoral de Bolsonaro é certo dará um enorme impulso a ofensiva neoliberal contra direitos e conquistas históricas dos trabalhadores e do povo brasileiro, além é claro de incrementar a "onda" reacionária e conservadora contra todas as "minorias" nacionais. Mas a ascensão de um regime fascista ou do tipo militar congênere não é produto de uma eleição presidencial e sim de uma derrota profunda do proletariado na correlação de forças entre as classes sociais, e neste sentido toda a aposta política que semeie a confusão e paralisia de nossa classe favorece a marcha do fascismo rumo a tomada do poder estatal, que repetimos mais uma vez não é simplesmente um ato eleitoral. Hoje concretamente ao "votar 13 para derrotar Bolsonaro nas urnas", a esquerda reformista engrossa o "caldo político" do fascismo, simplesmente porque embota a consciência da classe operária, concedendo uma importante sobrevida política a Frente Popular de colaboração de classes encabeçada pelo PT.