CONLUTAS APOIA PROGRAMA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DA CUT E DAS CENTRAIS PELEGAS EM NOME DE “DERROTAR BOLSONARO” NAS URNAS: TODA A BUROCRACIA SINDICAL QUE DEFENDE A "REGULAÇÃO DO CAPITAL" UNIDA EM DEFESA DA DEMOCRACIA BURGUESA E DA CANDIDATURA NEOLIBERAL "LIGHT" DE HADDAD!
“Para derrotar Bolsonaro nas urnas e nas ruas, votamos 13”.
Com essa fórmula programática a CSP-Conlutas acaba de subscrever a “nota das
centrais sindicais” em apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT). Trata-se
não “só” do apoio eleitoral ao representante da Frente Popular mas da
elaboração de um programa comum entre a central sindical dirigida
majoritariamente pelo PSTU com a CUT e as demais centrais ultra-pelegas como a
UGT e a NCST. Em nome da “defesa dos direitos dos trabalhadores” a CSP-Conlutas
levanta um programa em defesa da democracia burguesa, como textualmente está
escrito na nota: “Não podemos ficar calados diante do risco que essa
candidatura representa. Por isso, em defesa da autonomia e da democracia, as
Centrais, Sindicatos e milhares de sindicalistas em todo Brasil estão, neste
segundo turno, chamando nossa classe a votar contra Bolsonaro e votar 13”. Em
todo panfleto não há um chamado a ação direta dos trabalhadores e a frente
única de ação para enfrentar a ofensiva reacionária em curso, mas sim de uma frente política que reivindica a regulação do capital. As “ruas” são
apenas um adereço amorfo para melhor justificar o voto em Haddad, que já
anunciou seu compromisso com a aplicação do ajuste neoliberal ditado pelos
rentistas, com o PT se aproximando da centro-direita (PSDB, PDT, PSB) em nome da
formação de um governo burguês de “unidade nacional”. Como afirmamos
anteriormente, quando o PSTU decidiu “votar 13” estava prestando um apoio
político ao PT, agora com a nota assinada pela CSP-Conlutas fica mais que
evidente que os sindicalistas ligados aos partidos foram além: elaboraram um
programa democrático burguês comum com os representantes sindicais da Frente
Popular e das centrais amarelas. Caiu a máscara de que o voto do PSTU não se
tratava de um apoio político, na medida que a CSP-Conlutas agora não só apoia politicamente
o candidato petista como subscreve um programa em defesa da democracia
burguesia, tudo isso em nome de combater um “projeto de ditadura” quando até
ontem tanto a Conlutas como o próprio PSTU negavam a existência de uma ofensiva
fascista no Brasil. Não resta a menor dúvida que a Conlutas agora voltou a
integrar politicamente a base da Frente Popular no Brasil, nos próximos anos em
nome de “combater Bolsonaro” vamos ter de volta as “chapas comuns” do conjunto
da corrompida burocracia sindical lulista que não convoca nenhuma luta concreta
contra a escalada reacionária, optando sempre pela via eleitoral para amortecer
a luta de classes!