A pesquisa Datafolha de hoje foi ainda mais longe na fraude
orquestrada ontem pela Família Marinho e pelo IBOPE. Pelos números Bolsonaro
cresceu ainda mais e Haddad caiu. Ciro e Alkmin foram descartados completamente
de ir ao 2º turno. O Grupo Folha segue desta forma fielmente as novas ordens da classe
dominante. Tanto que hoje, o Ibovespa, principal índice de ações da
bolsa paulista, teve a maior alta diária em quase dois anos, subindo 3,78%, a
81.593 pontos nesta terça-feira, refletindo a pesquisa do IBOPE-GLOBO agora “confirmada”
pela Datafolha. O dólar também fechou em forte queda nesta terça-feira, abaixo
de R$ 4, índices claros de que o “Deus Mercado” assumiu a preferência pública por
Bolsonaro como o “neoliberal mais radical”, descartando Alckmin como o ex “queridinho”
dos rentistas. Como analisamos anteriormente os principais setores da burguesia
nacional e do imperialismo “fecharam questão” em torno do fascista. Essa opção
clara aponta para um governo tutelado diretamente pelas FFAA e a casta
privilegiada do Judiciário, pavimentando um regime de exceção em nosso país. O
PT não reagirá a fraude, na medida que seu papel no circo eleitoral é
justamente legitimar as eleições golpistas, garantindo uma sólida bancada parlamentar
e alguns governos estaduais. Diante da clara manipulação da vontade popular
montada pelos institutos de pesquisas e a Rede Globo, é mais que necessário convocar
o boicote ativo ao circo eleitoral! Participar desse engodo é dar um ar de legitimidade
ao plano de guerra que o capital irá desferir contra os trabalhadores, usando
as eleições como uma cortina de fumaça democrática. Apostar na esquerda domesticada
(PT ou PSOL) para “combater o golpe” é o caminho suicida da derrota, o momento
é fazer uma ampla campanha de denúncia da farsa eleitoral e mais do que isso,
convocar desde já a resistência dos trabalhadores através da luta direta. Os
atuais resultados das pesquisas “fakes” apontam para um 2º turno disputado
entre PT e Bolsonaro, mas onde os rentistas e barões do capital já “bateram o
martelo” em ungir o fascista como seu homem para desatar um ajuste neoliberal
ultra ortodoxo contra os explorados, sem espaço para “pactos sociais” como
pretendia a Frente Popular. Nesse sentido, longe de patrocinar ilusões na
política de colaboração de classes do PT travestida no seu chamado de “derrotar
a direita” é hora de usar o debate em curso para apontar a podridão completa
das estruturas do regime político e reforçar o combate pela Revolução e
Socialismo!