UM CHAMADO AO BOICOTE ATIVO FRENTE O CIRCO ELEITORAL FRAUDADO: VOTAR EM UM CANDIDATO NEOLIBERAL "LIGHT" COMO HADDAD É PAVIMENTAR A OFENSIVA NEOFASCISTA EXPONENCIALMENTE. NÃO VAMOS REPETIR O ESTELIONATO POLÍTICO DO GOVERNO DILMA QUE DESMORALIZOU O MOVIMENTO OPERÁRIO POTENCIALIZANDO A EXTREMA DIREITA. NENHUM VOTO EM BOLSONARO, NENHUMA ILUSÃO NO PT!
Chegamos às vésperas do 1º turno
das eleições presidenciais. A disputa se polarizou entre o neofascista
Bolsonaro e o candidato do PT, Haddad. A LBI sabe da imensa pressão que as
organizações políticas revolucionárias vêm sofrendo para dar apoio a Frente Popular
em nome de “derrotar a direita” ou “combater o fascismo”. Essa cantilena é
recorrente toda vez que o PT enfrenta os velhos políticos tradicionais, como
nas eleições de Lula e Dilma, cujo adversário foi o PSDB. Agora o concorrente é
o representante da extrema-direita, ex-capitão do Exército, que expressa o ódio
da classe dominante contra os trabalhadores e o conjunto dos oprimidos. O que
os apoiadores do PT encobrem é que a Frente Popular pavimentou a ascensão da
reação burguesa em nosso país, como aconteceu historicamente na França e
Espanha na década de 30 assim como na Alemanha. A desmoralização da vanguarda,
sua corrupção material e política, a cooptação dos sindicatos e o amortecimento
da luta de classes levaram a involução da consciência de classe dos oprimidos.
Os setores que ascenderam à classe média nas gestões petistas são a base
eleitoral de Bolsonaro, o “empreendedorismo” que Lula tanto estimulou acabou
por gerar um tecido social reacionária que sedimentou a reação e chocou o “ovo
da serpente”. Ao se apoiar nas instituições burguesas corruptas e conservadoras
(Parlamento, FFAA, Judiciário) contra os trabalhadores e suas lutas, apostando
apenas em políticas sociais compensatórias para os setores marginalizados dos
oprimidos, o PT abriu caminho para a realidade atual conservadora. O
“estelionato eleitoral” de 2014, quando Dilma girou em direção a um ajuste
neoliberal ditado pelos rentistas abriu espaço para o crescimento do fascismo.
A desmoralização foi tamanha que o imperialismo e setores da burguesia nativa
impuseram o golpe parlamentar em 2016 e depois prenderam Lula, via a famigerada
Operação Lava Jato, apoiada inicialmente pelo PT e a maioria da esquerda
reformista em nome de fazer um “faxina no Estado”. O discurso de combate a
corrupção patrocinado pelo petismo foi apropriado pela direita, via os
processos do “Mensalão” e a caçada jurídico-policial orquestrada pelo
justiceiro Moro. Chegamos em 2018 com uma eleição completamente fraudada, seja
devido a prisão de Lula, seja pelas manipulações das pesquisas, seja pelo
controle dos grandes grupos da mídia sobre a vontade popular. Os Marxistas
Revolucionários denunciamos que as eleições burguesas são uma fraude completa
que ocorrem apenas para legitimar pela via das urnas os planos de guerra que os
capitalistas desferem contra os explorados. Não nos surpreende que o PT, aliado
de oligarquias reacionárias e golpistas, agora venha usar o surrado discurso de
“derrotar a direita” para cabalar votos para Haddad, um tecnocrata neoliberal
alinhado ao “Deus Mercado” que comprometeu-se publicamente em levar a frente as
reformas neoliberais, sinalizando sempre para o PSDB a formação de um governo
de “unidade nacional”. De nossa parte denunciamos que Haddad e Bolsonaro são
dois lados da mesma moeda, dois homens que almejam servir de gerentes dos
negócios da classe dominante, mesmo que com linhas políticas distintas e
aparentemente contrárias. Não esquecemos que Haddad junto com Alckmin desferiu
brutal repressão aos lutadores nas “Jornadas de Junho” de 2013 em São Paulo,
unido o aparato repressivo (Guarda Municipal e PM) contra a juventude que foi
as ruas. Como Trotsky alertou a Frente Popular é a antesala do fascismo! Nesse
combate nunca nos negamos de chamar a frente única de ação anti-fascista com as
bases do PT e da CUT contra a reação burguesa, mesmo quando suas direções
sabotavam a resistência, foi assim nos atos contra o golpe e a Lava Jato em
2015-2016. A poucos dias, nos somamos as manifestações contra a espiral
fascista no ato do “#elenão” pontuando os limites do movimento, que tinha
apenas um horizonte eleitoral e democrático. Não somos satélites do PT como o
PSOL, o corrupto PCO e suas pulgas políticas lilupitianas, completamente adaptados ao
regime político burguês, via as verbas bilionárias dos fundos do TSE, um dos
pilares da fraude e do golpe. Nesse momento onde o imperialismo e a burguesia
escolhem seus representantes para passar ao 2º turno, usando o voto popular
apenas para legitimar suas marionetes preferenciais, chamamos os trabalhadores
e os oprimidos a boicotarem o circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos.
Não será pela vereda eleitoral que derrotaremos o fascismo e superaremos a
política de colaboração de classes do PT. Nosso caminho é o da resistência com
os métodos de luta da classe operária, forjando uma vanguarda classista e
revolucionária que não tenha ilusões na democracia manipulada das urnas
eletrônicas e das “fakequisas” que manejam a vontade popular. Por isso, em alto
e bom som convocamos ao boicote ativo ao circo eleitoral, para fortalecer o combater
ao fascismo através da luta direta dos trabalhadores e sem capitular a pressão
da política de colaboração de classes da Frente Popular!