sábado, 27 de outubro de 2018

ENQUANTO O PT SABOTA SUA CANDIDATA AO GOVERNO DO RIO GRANDE DO NORTE A ESPERA DO APOIO DE CIRO QUE NÃO VEIO, O PSOL E SEUS GRUPOS INTERNOS ESCANDALOSAMENTE APOIAM PAES (DEM), REMANESCENTE DA QUADRILHA DE CABRAL NO RIO DE JANEIRO


Os lances finais da campanha eleitoral revelam bem o caráter patético e desmoralizante da política de colaboração de classes do PT e do PSOL. O primeiro foi o fato de Ciro Gomes ter desembarcado ontem à noite em Fortaleza depois de passar todo o 2º turno na Europa sem qualquer participação na campanha petista, a não ser o ataque virulento de seu irmão Cid Gomes ao PT em um palco armado pelo próprio governador petista Camilo Santana, um canalhada amplamente divulgada por Bolsonaro no horário eleitoral da TV. O chefe da oligarquia permaneceu em seu mais absoluto “silêncio neutral” acerca das eleições presidenciais deste domingo, nada falou e muito menos gravou um depoimento em vídeo chamando a votar em Haddad, como esperava a direção petista. Tragicômico, horas antes, em viagem a Salvador, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, havia dito que sua candidatura “vai ganhar uns três ou quatro pontos com o apoio do Ciro”, em referência a um vídeo que o candidato do PDT Ciro Gomes, derrotado no primeiro turno da corrida presidencial, poderia gravar declarando apoio ao petista na reta final do segundo turno. O petista ficou a “ver navios”! Em meio a mais essa cretinice dos irmãos Gomes, a política suicida do PT de subordinação às oligarquias faz outra “vítima”. Fátima Bezerra que disputa o segundo turno no Rio Grande do Norte sequer recebeu o apoio de Haddad para não desagradar o PDT nacional. Haddad nem pisou em Natal, apesar de ter visitado todas as capitais no Nordeste neste 2º turno. Fátima concorre com Carlos Eduardo (PDT), que disputa a vaga ao governo estadual com o PT. O “detalhe” é que o pedetista potiguar apoia o neofascista Bolsonaro, assim como todos os candidatos do PDT que disputam o 2º turno. Os fatos comprovam a completa nulidade política de apoiar Haddad em nome de “combater o fascismo”, quando na verdade o próprio PT cede cada vez mais à direita (FHC, Marina), às oligarquias reacionárias e a seu programa de ajuste neoliberal, desmoralizando qualquer resistência popular ao crescimento da ofensiva reacionária em curso. Por sua vez, o PSOL que havia aderido à campanha de Haddad recorrendo ao mote político de “derrotar a extrema-direita”, foi ainda mais a fundo nessa linha de capitulação as candidaturas da burguesia, chegando ao ponto de chamar o voto em Eduardo Paes (DEM) no Rio de Janeiro, um remanescente da mafiosa quadrilha de Cabral tendo como pretexto "combater o fascista Witzel". Ao justificar seu apoio eleitoral a partir dessa fórmula política distracionista e sem conteúdo de classe (democracia versus fascismo), o PSOL tenta legitimar seu apoio ao representante da direita tradicional e repressor dos trabalhadores cariocas quando foi prefeito da capital, em nome de “combater o neofascismo”, negando-se a denunciar os dois algozes burguses neoliberais dos trabalhadores que merecem o justo ódio e repúdio dos oprimidos. Registre-se que o apoio a Eduardo Paes abrange todas as "celebridades" do PSOL carioca (Marcelo Freixo, Tarcísio Motta, Chico Alecar) assim como os grupos internos como a Resistência de Valério Arcary e Tatianny Araújo (ex-NOS), que declarou “Nem nacionalmente, nem no Rio! Oportunismo com a perda e a dor alheia por parte de quem nos odeia e nos quer exterminados, nem pensar! #witzelnão”. Como podemos observar, PT e PSOL não servem como ponto de apoio para a luta dos trabalhadores nestas eleições, apenas estão a serviço de para sabotar a resistência direta dos explorados através da luta direta. Ao afirmarem neste momento que o ponto máximo da luta contra o fascismo é votar Haddad e Paes, estão semeando paralisia e derrota para as massas, desarmando a organização dos oprimidos contra seus inimigos de classe!