ENQUANTO O PT SABOTA SUA CANDIDATA AO GOVERNO DO RIO GRANDE
DO NORTE A ESPERA DO APOIO DE CIRO QUE NÃO VEIO, O PSOL E SEUS GRUPOS INTERNOS ESCANDALOSAMENTE APOIAM PAES (DEM), REMANESCENTE DA QUADRILHA DE CABRAL NO RIO DE JANEIRO
Os lances finais da campanha eleitoral revelam bem o caráter
patético e desmoralizante da política de colaboração de classes do PT e do PSOL.
O primeiro foi o fato de Ciro Gomes ter desembarcado ontem à noite em Fortaleza
depois de passar todo o 2º turno na Europa sem qualquer participação na
campanha petista, a não ser o ataque virulento de seu irmão Cid Gomes ao PT em
um palco armado pelo próprio governador petista Camilo Santana, um canalhada
amplamente divulgada por Bolsonaro no horário eleitoral da TV. O chefe da
oligarquia permaneceu em seu mais absoluto “silêncio neutral” acerca das
eleições presidenciais deste domingo, nada falou e muito menos gravou um
depoimento em vídeo chamando a votar em Haddad, como esperava a direção petista.
Tragicômico, horas antes, em viagem a Salvador, o candidato do PT à
Presidência, Fernando Haddad, havia dito que sua candidatura “vai ganhar uns
três ou quatro pontos com o apoio do Ciro”, em referência a um vídeo que o
candidato do PDT Ciro Gomes, derrotado no primeiro turno da corrida
presidencial, poderia gravar declarando apoio ao petista na reta final do
segundo turno. O petista ficou a “ver navios”! Em meio a mais essa cretinice
dos irmãos Gomes, a política suicida do PT de subordinação às oligarquias faz
outra “vítima”. Fátima Bezerra que disputa o segundo turno no Rio Grande do Norte
sequer recebeu o apoio de Haddad para não desagradar o PDT nacional. Haddad nem
pisou em Natal, apesar de ter visitado todas as capitais no Nordeste neste 2º
turno. Fátima concorre com Carlos Eduardo (PDT), que disputa a vaga ao governo estadual
com o PT. O “detalhe” é que o pedetista potiguar apoia o neofascista Bolsonaro,
assim como todos os candidatos do PDT que disputam o 2º turno. Os fatos comprovam
a completa nulidade política de apoiar Haddad em nome de “combater o fascismo”,
quando na verdade o próprio PT cede cada vez mais à direita (FHC, Marina), às
oligarquias reacionárias e a seu programa de ajuste neoliberal, desmoralizando
qualquer resistência popular ao crescimento da ofensiva reacionária em curso.
Por sua vez, o PSOL que havia aderido à campanha de Haddad recorrendo ao mote
político de “derrotar a extrema-direita”, foi ainda mais a fundo nessa linha de
capitulação as candidaturas da burguesia, chegando ao ponto de chamar o voto em
Eduardo Paes (DEM) no Rio de Janeiro, um remanescente da mafiosa quadrilha de Cabral tendo como pretexto "combater o fascista Witzel". Ao justificar seu apoio
eleitoral a partir dessa fórmula política distracionista e sem conteúdo de
classe (democracia versus fascismo), o PSOL tenta legitimar seu apoio ao
representante da direita tradicional e repressor dos trabalhadores cariocas
quando foi prefeito da capital, em nome de “combater o neofascismo”, negando-se
a denunciar os dois algozes burguses neoliberais dos trabalhadores que merecem
o justo ódio e repúdio dos oprimidos. Registre-se que o apoio a Eduardo Paes
abrange todas as "celebridades" do PSOL carioca (Marcelo Freixo, Tarcísio Motta,
Chico Alecar) assim como os grupos internos como a Resistência de Valério
Arcary e Tatianny Araújo (ex-NOS), que declarou “Nem nacionalmente, nem no Rio!
Oportunismo com a perda e a dor alheia por parte de quem nos odeia e nos quer
exterminados, nem pensar! #witzelnão”. Como podemos observar, PT e PSOL não
servem como ponto de apoio para a luta dos trabalhadores nestas eleições,
apenas estão a serviço de para sabotar a resistência direta dos explorados
através da luta direta. Ao afirmarem neste momento que o ponto máximo da luta
contra o fascismo é votar Haddad e Paes, estão semeando paralisia e derrota
para as massas, desarmando a organização dos oprimidos contra seus inimigos de
classe!