sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

SIGA O BLOG DA EDITORA NOVA ANTÍDOTO: PUBLICAÇÕES MARXISTAS A SERVIÇO DA LUTA TEÓRICA, POLÍTICA E IDEOLÓGICA EM DEFESA DA REVOLUÇÃO PROLETÁRIA!


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O termo teórico “alienação”, em um sentido mais geral, corresponde a separação dos indivíduos de si mesmos e dos outros socialmente. Originalmente, era um termo com conotações filosóficas e religiosas, mas o genial Marx, em seus Manuscritos econômico-filosóficos de 1844, o transformou em um conceito “sociológico” científico, considerando que um departamento humano tinha raízes em estruturas sociais que negou à pessoa sua natureza humana essencial que foi feita no trabalho.  Desde que seja uma atividade criativa e realizada em cooperação.  Portanto, o processo de produção é um processo de “objetificação”, através do qual os homens fazem objetos materiais que incorporam a criatividade humana e, no entanto, permanecem como entidades separadas de seus criadores. A alienação ocorre então, quando o homem histórico não é mais reconhecido em seu produto, uma vez objetivado, ele se torna estranho a ele, “não é mais seu” e se opõe a ele como um “poder autônomo".  A objetificação, no entanto, só se torna alienação nas circunstâncias históricas específicas do capitalismo, como uma etapa do desenvolvimento das forças produtivas da humanidade. Nesta sociedade de classes são os capitalistas que se apropriam dos produtos criados por outros, o proletariado. Esta é, em síntese, a origem da alienação.  Pode-se afirmar, nesse ponto, que Marx via a alienação como um estado subjetivo, como uma categoria estrutural que descrevia as disposições sociais e econômicas do capitalismo, e não mais como abstração imaterial de seus colegas hegelianos de “esquerda” idealistas.
MÍDIA “MURDOCHIANA” AFIRMA 
QUE DESEMPREGO DIMINUIU: INFORMALIDADE DO TRABALHO (“BICO SEM CARTEIRA”) BATE RECORDE HISTÓRICO NO BRASIL...


No primeiro ano do governo neofascista de Bolsonaro a informalidade no mundo do trabalho assalariado, a soma dos trabalhadores sem carteira registrada, empregados domésticos sem vínculo trabalhista e o proletariado que trabalha por conta própria atingiu 41,1% da força de trabalho do país, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas. Mas a mídia corporativa (“murdochiana”) estampa cinicamente em suas manchetes que o desemprego diminuiu no Brasil. É o maior contingente de brasileiros no trabalho precário em quatro anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (31/01)pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com 2018, o número de trabalhadores por conta própria subiu para 24,2 milhões, uma expansão de 4,1% (958 mil). O número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado atingiu 11,6 milhões. Uma expansão de 4% em relação a 2018, o mais alto patamar da série histórica iniciada em 2012. Portanto a sórdida comemoração dos estafetas do governo neofascista acerca da queda na taxa média de desocupação, de 12,3% em 2018 para 11,9% em 2019, foi resultado do aumento da informalidade e da precarização a que está submetida a classe trabalhadora. Nesse quadro dramático de milhões de operários brasileiros desempregados, sem direitos trabalhistas algum e com a renda comprimida foram criadas apenas 356 mil vagas com carteira assinada. O quadro econômico de aprofundamento da recessão capitalista favorece o cenário do desemprego, somado ao fato do governo neofascista reduzir drasticamente o investimento público, vetor fundamental em um país imperializado como o nosso. O total de investimentos feito pelas estatais em 2019, de R$ 58,3 bilhões, é o menor resultado registrado em 5 anos e representa uma queda de 31,3% na comparação com o ano anterior, cuja execução foi de R$ 84,8 bilhões. A equipe econômica palaciana, chefiada pelo rentista Paulo Guedes está limitando o investimento público e reduzindo o patrimônio das estatais, com isso ele eleva os ganhos dos acionistas privados e muitos deles estrangeiros como é o caso da Petrobrás. Em resumo: não há recuperação econômica alguma e muito menos redução nos níveis de desemprego, apenas “fogo ilusório” da mídia corporativa festejando a destruição do país pela receita de “ajuste” imposta pelo capital financeiro. É necessário romper a paralisia do movimento operário e popular, organizando uma jornada nacional para unificar as lutas existentes (Casa da Moeda, Petrobras, professores etc..) com o norte apontado na preparação da Greve Geral.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

LEIA A MAIS RECENTE EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 346 JANEIRO/2020! ACOMPANHE OS PRINCIPAIS FATOS DA LUTA DE CLASSES PELA IMPRENSA REVOLUCIONÁRIA!



“PLANO TRUMP” PARA A PALESTINA É UMA PROVOCAÇÃO IMPERIALISTA: EUA E ISRAEL PLANEJAM AMPLIAR OCUPAÇÃO SIONISTA... ORGANIZAR UMA NOVA INTIFADA CONTRA A INVESTIDA DA CASA BRANCA! 


Donald Trump anunciou nesta semana seu novo “Plano de Paz no Oriente Médio”. Ao lado do carniceiro Netanyahu o presidente ianque apresentou a “nova” solução imperialista para a questão “Israel-Palestina”. Sob o surrado rótulo da preservação de “dois estados” o que se viu foi a defesa da ampliação da ocupação sionista. A proposta de “acordo de paz” não passa do incremento da investida israelense sobre os “bantustões” palestinos na medida que vem no bojo da transferência da embaixada norte-americana de Israel de Tel Aviv para Jerusalém e do reconhecimento da ocupação israelense nas Colinas do Golã. A iniciativa de Trump outorga a ocupação sionista o controle total sobre Jerusalém e pretende anexar o vale do Jordão, zona estratégica da Cisjordânia, assim como as colônias disseminadas no território palestino. Tanto é assim que Natanyahu afirmou que Trump “é o primeiro líder a reconhecer nosso território vital.”. Através desse plano, a farsa de um “mini-estado” fantasma nomeado de “Nova Palestina” deve ser estabelecido na Cisjordânia ocupada, aparte dos assentamentos e da Faixa de Gaza. Jerusalém permanecerá nas mãos de Israel e será sua capital, mas, ao mesmo tempo, a parte oriental da cidade será capital do novo “mini-estado” sem autonomia política e poder militar. Entretanto, como Jerusalém permanece nas mãos de Israel, a Palestina ter o Leste como sua capital terá um valor meramente simbólico. Trump está buscando reconhecimento e aprovação da corrupta direção da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de Mahmoud Abbas prometendo um “investimento” de U$ 50 bilhões que abrangem o Egito, Jordânia e o Líbano, bem como Cisjordânia e Gaza. Por fim, Trump anunciou que “Se a Palestina desistir do terrorismo, então ela será reconhecida como Estado”. Além dessa provocação, o presidente ianque ainda disse que o “Acordo do Século” deveria ter como base a compreensão que Irã e o Hezbollah eram ameaças à segurança do Oriente Médio. Fica evidente que com essa proposta, o imperialismo ianque busca impedir que a China e Rússia ganhem influência na região. O plano “Aliança Estratégica do Oriente Médio” pretende unificar os regimes árabes sunitas na região do Golfo que tem o Irã como inimigo. Essa estratégia prevê um tratado árabe-sunita (semelhante a OTAN), com participação do Egito e da Jordânia, juntamente com os demais países da região do Golfo para cercar o Irã e o Hezbollah. Em resumo: O chamado “Plano de Paz no Oriente Médio” ou “Acordo do Século” pode ser considerado um estágio final da política que se iniciou na Declaração de Balfour em 1917, por meio da qual o imperialismo britânico decretou seus objetivos de estabelecer um estado sionista na Palestina, ideia que se concretizou em 1948 e continuou nas ocupações subsequentes a 1967. 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

NÃO HÁ CRISE SANITÁRIA NA CHINA: CORONAVÍRUS É PRODUTO DE MAIS UM PARASITÁRIO ATAQUE ESPECULATIVO DOS RENTISTAS CONTRA O ANTIGO ESTADO OPERÁRIO

O presidente Xi Jinping com o diretor-geral da 
Organização Mundial da Saúde Tedros Adhanom

O governo chinês atualizou os números da epidemia do novo coronavírus 2019-nCoV, a chamada pneumonia de Wuhan e o número de mortos aumentou para 132, com quase 5,9 mil casos e confirmação de mais 1,4 mil desde o último relatório. São 59 os casos confirmados em outros países. Na última terça-feira (28/01) o presidente Xi Jinping disse ao diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus (que foi a Pequim debater a suposta crise sanitária) que seu país está travando uma grande batalha contra o “demônio” do novo coronavírus. O patógeno 2019-nCoV causa sintomas gripais em pessoas que o contraíram e pode levar à síndrome respiratória grave. A China já ergue em tempo recorde dois hospitais com mais de 2 mil leitos em Wuhan, epicentro do contágio biológico.  Para a OMS, as medidas tomadas pelo governo do Partido Comunista para conter a epidemia vêm sendo “inestimáveis”. A organização colateral da ONU, portanto insuspeita, considerou que ainda é cedo para se falar na decretação de emergência de saúde pública de alcance internacional, como já ocorreu em momentos anteriores com a gripe suína H1N1, zika e ebola. O cientista chinês Zhong Nanshan, descobridor do coronavírus responsável pela epidemia de 2003, disse à agência de notícias Xinhua que a epidemia deve atingir seu pico “em uma semana ou nos próximos dez dias”. Zhong encabeça a equipe de especialistas convocada nacionalmente para conter a epidemia em curso. Além da quarentena em vigor na província de Hubei desde a semana passada que atinge 57 milhões de pessoas ,uma medida considerada até pela OMS como “sem precedentes” e que inclui o fechamento de fábricas e centros comerciais em uma dezena de cidades, o governo determinou o adiamento indefinido no país inteiro da volta às aulas, das creches às universidades, antes prevista para o dia 02 de fevereiro. Até aqui, os casos de contágio do novo coronavírus no exterior são em torno de 1% dos registrados na China, o que revela que o “pânico global” desatado é produto de interesses financeiros do mercado de capitais especulativos, “experiente” em atacar as economias nacionais de países periféricos ou não alinhados diretamente com a Casa Branca. A forte queda nas principais bolsas de valores mundiais e a expressiva alta do Dólar, abalando a “saúde” econômica de países, é a prova inconteste que o coronavírus se configura bem mais como um “parasita” gerado nos “laboratórios” dos rentistas, do que um vírus que ameaça se generalizar sem controle por todas as partes do globo. A crise internacional do coronavírus, não passa na verdade da falência retroviral do capitalismo em putrefação, que precisa recorrer a ameaça da vida de pessoas inocentes para poder realizar seus lucros a qualquer custo...

LEIA TAMBÉM: NOVA PANDEMIA MUNDIAL: O CORONAVÍRUS É O CAPITALISMO EM SUA FASE “RETROVIRAL”

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

A “MÃO MORTA”: ARMA NUCLEAR DA RÚSSIA QUE PODE DESTRUIR OS EUA E MANTÉM TRUMP LONGE DAS “PROVOCAÇÕES” CONTRA PUTIN


O sistema Perimetr, conhecido no Ocidente como "Mão Morta", é um sistema automatizado de controle russo para uma resposta militar contra um golpe nuclear, elaborado ainda na época da União Soviética como último recurso para se defender de um agressor imperialista. O complexo “jogo de xadrez” das relações internacionais construído em 1945, com os acordos de Yakta e Postdam, entrou em colapso completamente, o que transformou a correlação de forças no mundo em uma luta de “cães famintos”. Com o novo sistema internacional, os tratados de desarmamento, que surgiram após os anos sessenta, quando os imperialistas entenderam que não eram capazes de acabar com a URSS pela força, entraram em declínio final.  Hoje o acordo diplomático de desarmamento mundial acabou. O Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermediário desapareceu porque os Estados Unidos não queriam renová-lo. No próximo ano, o Tratado de Redução de Armas Estratégicas desaparecerá pelo mesmo motivo. Porém a posse de um armamento nuclear bem superior ao que tem a mão o poderoso império ianque, mantém o reacionário governo Trump muito cauteloso em “fustigar” o regime autocrático de Putin na Rússia, o que em geral não ocorre com os outros contendores da Casa Branca, como a China por exemplo, alvo permanente das provocações políticas e militares da CIA e do Pentágono. Uma revisão superficial dos termos usados ​​pela mídia imperialista para descrever a queda contrarrevolucionária da URSS mostra sua natureza militar: "derrotamos o comunismo”! Se a Rússia é a consequência lógica dessa "derrota", não faz sentido algum que o monstro imperialista seja tão covarde em enfrentar um “derrotado”.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

ÍNDICES DA INFLAÇÃO OFICIAL SÃO FRAUDADOS PELO GOVERNO NEOFASCISTA: MAIS UMA EXTORSÃO AOS SALÁRIOS E BENEFÍCIOS DO POVO BRASILEIRO


Os preços e serviços disparam em seu valor no mercado, mas segundo os dados oficiais “a inflação está sob controle”, o IPCA fechou o ano de 2019 em 4,31%, uma manipulação fraudulenta para achacar os salários e benefícios previdenciários do povo brasileiro no primeiro ano do governo neofascista de Bolsonaro. Porém, para a esmagadora maioria do povo brasileiro, estes dados falsos estão muito longe de explicar os seguidos aumentos nos alimentos em geral, nos transportes públicos, nos combustíveis (já tem cidades vendendo gasolina a mais de R$ 5,00), nos aluguéis, planos de saúde, remédios, na conta de luz e o impacto no custo de vida nas famílias de milhões de trabalhadores brasileiros. “Inflação sob controle” é o mote da equipe econômica chefiada pelo rentista Paulo Guedes, mas não é o que diz e sente na carne o proletariado que assiste a volta diária das “maquininhas virtuais” de preços nos supermercados e armazéns deste imenso e desigual país. Não foi só o preço da carne que disparou em 2019, os itens da cesta básica que no ano passado consumiam a metade de um salário mínimo subiram mais de 17 capitais neste período. Os números são do próprio Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos): Vitória, +23,64%; Goiânia, +16,94%; Recife, + 15,63%; Natal, +12,41%; Rio de Janeiro, +10,75%; Belo Horizonte, +8,86%; São Paulo, +7,44%. Para os trabalhadores, ou para os 11,2 milhões de desempregados, ou os 38,8 milhões de brasileiros que estão na informalidade os preços estão batendo no teto e não há nada de “natural e nem de controlado” nisso. Os índices oficiais de inflação não refletem a carestia, o encarecimento do custo de vida. Isto porque a inflação manipulada da qual se fala nos corredores dos supermercados ou à mesa do almoço pouco tem a ver com a renda real arrochada e congelada dos trabalhadores, dos aposentados do INSS ou daqueles que estão vivendo simplesmente de “bico”. Os preços dos combustíveis também dispararam no ano passado. A gasolina ficou, em média, 5,85% mais cara nas bombas dos postos depois do primeiro ano do governo neofascista de Bolsonaro. O preço médio do litro subiu de R$ 4,34 no fim de 2018 para R$ 4,55 no final de 2019. O etanol sofreu o maior reajuste dentre os combustíveis, somando 11,51% no ano. O litro do óleo diesel teve aumento de 8,7% no ano, passando de R$ 3,451 em 2018 para R$ 3,751 em 2019. A energia elétrica continua à mercê das bandeiras tarifárias e da boa vontade de “São Pedro”, mas faça chuva ou faça sol o consumidor paga uma das mais caras tarifas do mundo. E o transporte público, com vetor em alta, está em média na casa de R$ 4 reais nas grandes cidades. Enquanto isso, o reajuste no salário mínimo não chegou nem perto do que percentualmente o crescimento dos preços significa. Em vigor a partir de 1º de fevereiro, o novo salário mínimo será de R$ 1.045 (+4,71% sobre o salário de 2019). Parece impossível para uma família sobreviver nessas condições e no governo de Bolsonaro há 54 milhões de pessoas que vivem com menos que isso. Este quadro de degradação social e econômica por que passa o Brasil, massacrando o seu povo mais oprimido pelas classes dominantes, não é propriamente um “fato histórico novo” ocorrido após o golpe institucional que desembocou neste governo neofascista, porém o cenário nacional vem se agravando a cada dia com o prolongamento da recessão econômica por mais de cinco anos consecutivos. A farsa montada pela mídia corporativa, a mesma que critica as “barbaridades” do energúmeno Bolsonaro e que elogia a eficiência neoliberal da equipe econômica de Guedes, deve ser desmascarada pela ação direta da classe operária. Mas para romper a paralisia das lutas e a enganação da burguesia é necessário construir uma nova ferramenta política para a classe trabalhadora.
75 ANOS DA LIBERTAÇÃO PELO EXÉRCITO SOVIÉTICO DOS PRESOS DO CAMPO DE AUSCHWITZ: UM SÍMBOLO DA VITÓRIA DA URSS E DO PROLETARIADO MUNDIAL CONTRA O FASCISMO!

Glórias ao soldado libertador! 
(Pôster soviético de 1945)

As tropas soviéticas entraram em Auschwitz, no sul da Polônia, em 27 de janeiro de 1945, onde mais de 1,1 milhão de pessoas foram exterminadas pelo regime nazista. Apenas por volta de 7 mil prisioneiros tinham sobrevivido em péssimas condições de saúde e psicológicas. Entre eles, muitos comunistas, judeus e cerca de 500 crianças. Os sobreviventes estavam extremamente magros e exaustos. Poucos conseguiam ficar de pé, muitos estavam deitados no chão, apáticos. Eles eram torturados e submetidos a trabalhos forçados até a exaustão. Quem não estava apto a trabalhar, era encaminhado às câmaras de gás Zyklon-B. Apesar dos “historiadores” a soldo do capital buscarem falsificar a história, a derrota do nazismo foi efetivamente uma vitória militar do Exército Vermelho fundado por Trotsky. A campanha militar de Hitler não havia sofrido um só revés até dezembro de 1941, quando fracassou a tentativa de conquistar Moscou. Porém, a batalha decisiva da Segunda Guerra só ocorreu no ano seguinte, na famosa Stalingrado. Em agosto os alemães fizeram a primeira investida contra a cidade com pesados bombardeios. Mas os combates que determinaram a derrota nazista ocorreram a partir de novembro. Em 30 de janeiro de 1943, no décimo aniversário de sua ascensão ao poder, Hitler, fazendo um solene pronunciamento pelo rádio, declarou: “Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se lembrarão que a despeito de tudo, a vitória da Alemanha foi ali decidida”. Três dias depois o marechal Von Paulus assinava a rendição do 6º Exército alemão diante do General Chuikov, comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado. A vitória soviética, como era de se esperar fortaleceu enormemente o stalinismo como principal direção política para o proletariado mundial, reduzindo a influência da IV Internacional a um pequeno círculo de propaganda. A orientação do Kremlin, em nome dos acordos com as potências imperialistas celebrados em Yalta e Potsdam, conduziu a derrota de vários processos revolucionários ocorridos no pós-guerra. Na Itália e na França, os PCs, que haviam alcançado um enorme prestígio na organização da resistência partisans, foram orientados a conformar governos de unidade nacional com os partidos burgueses. Na Grécia, a traição do stalinismo, permitiu a derrota da insurreição operária em Atenas, sufocada pelos pesados bombardeios da aviação britânica. Porém, na Iugoslávia e na China, onde as orientações de Stálin não foram seguidas, a luta de libertação nacional resultou na expropriação da burguesia, independente da presença militar do Exército Vermelho. Apesar das traições stalinistas, a onda revolucionária que se abriu no pós-guerra era uma evidência de que a heroica resistência do Estado operário soviético, ainda que burocratizado, foi um colossal estímulo para a luta de classes do proletariado mundial



domingo, 26 de janeiro de 2020

GREVE GERAL NA FRANÇA: DIREÇÕES SINDICAIS NÃO APONTAM A DERRUBADA DE MACRON E SEM UMA DIREÇÃO REVOLUCIONÁRIA A PARALISAÇÃO VAI SE “ESVAINDO” SETORIALMENTE APESAR DA COMBATIVIDADE DOS TRABALHADORES


Nesta última sexta-feira (24/01), milhares de trabalhadores foram as ruas na França, as linhas de metrô de Paris tiveram grandes atrasos, apesar do serviço ter sido quase normalizado esta semana, depois dos sindicatos optarem por outros formatos de “protestos” contra a “reforma da previdência” lançada pelo neoliberal Macron e seu governo conservador de direita. Ocorreu bloqueio de portos e cortes parciais de eletricidade, já que as cúpulas burocráticas abriram mão da greve geral com paralização total, o tráfego ferroviário foi menos afetado e os trens internacionais funcionaram normalmente. Na empresa pública ferroviária francesa, a Société Nationale des Chemins de fer de France (SNCF) e na Empresa Pública Autônoma dos Transportes Parisienses (RATP), os trabalhadores principalmente os maquinistas e condutores de trem, realizam uma “greve por intermitência”, alternando dias trabalhados, de repouso e de greve, sem poderem ser descontados. 0s 51 dias de grandes mobilizações contra o presidente Emmanuel Macron coincidiram com a apresentação no Conselho de Ministros da sua proposta de reforma da Previdência, a principal bandeira deste governo neoliberal e que faz parte da exigência de “ajuste” dos banqueiros e rentistas da União Europeia para a França. Em uma das mais longas greves de sua história, que já se estende por mais de seis semanas, a paralisação geral nas principais cidades francesas vem perdendo força, apesar da heróica combatividade demonstrada pelo proletariado. Para a próxima quarta-feira (29/01) os principais sindicatos do setor público francês convocaram um novo dia de protestos, a fim de “fazer o governo recuar nas suas sombrias pretensões”, porém sem a definição de um eixo político claro para derrotar Macron e impor um legítimo governo dos trabalhadores no lugar do capacho do capital financeiro. A votação da reforma da Previdência deve ser debatida pelo parlamento somente a partir de 17 de fevereiro, com vistas a ter sua primeira votação em março, o que aponta a necessidade de se manter vivo por uma longa jornada o movimento grevista, mesmo com os acenos de Macron para “suavizar” alguns itens do seu “pacote” neoliberal. O fato é que a burocracia das Centrais Sindicais estão “fracionando” a greve por categorias , retirando seu caráter de ação geral para toda a classe trabalhadora francesa. Sem o norte programático da conquista do poder político, os trabalhadores ficam limitados as reivindicações econômicas, que são importantes, porém não tem a capacidade de galvanizar o combate revolucionário para derrubar o governo burguês. A ausência de um genuíno Partido Revolucionário Comunista, com influência de massas, concede a burocracia reformista um amplo palco para “desfraldar” sua demagogia “sindicalista radical”, mas sem conteúdo algum da luta de classes contra o regime capitalista e o Estado Burguês. Por sua vez, o amplo espectro de correntes da esquerda revisionista existente na França, não faz mais do que “assessorar” politicamente a burocracia sindical, sem indicar a senda da revolução socialista como única alternativa para vitória da classe operária. Os Marxistas Leninistas acompanhando o movimento real das massas e sem nenhum “rompante” esquerdista, pacientemente publicitam para o proletariado francês a necessidade da construção de uma alternativa de poder, gestado a partir das bases do proletariado que não se deixou enganar pelas supostas “vantagens” da democracia burguesa liberal.
1 ANO DA TRAGÉDIA EM BRUMADINHO: LUCRO BILIONÁRIO DA “VALE” MATOU MAIS DE 300 PESSOAS E DESTRUIU O MEIO AMBIENTE... GRANDES EMPRESAS MINERADORAS QUE RAPINAM AS RIQUEZAS NACIONAIS SEGUEM DIZIMANDO O HOMEM E A NATUREZA PORQUE SÃO PROTEGIDAS PELO ESTADO BURGUÊS 


A maior tragédia ambiental do Brasil completou um ano ontem, 25 de janeiro. O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho matou quase 300 pessoas e, até hoje, algumas vítimas ainda estão desaparecidas no meio da lama de rejeitos de minério. Passado um ano, a produção de minério de feGGrro da Vale (VALE3) deste ano deve retornar ao nível recorde alcançado antes do rompimento da barragem em Brumadinho em 2019, que suspendeu operações e levou a acusações criminais. Essa é a mensagem do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em entrevista em Nova Déli. Segundo Albuquerque, em 2020 a Vale vai recuperar a produção atingida antes do desastre e aumentará o volume produzido para o próximo ano, de acordo com o plano de negócios da mineradora. Um ano após o rompimento da barragem de Brumadinho, que deixou 259 mortos e 11 desaparecidos, a Vale conseguiu recuperar a “confiança” dos investidores, mitigou boa parte do impacto financeiro da tragédia e caminha para um 2020 de fortes resultados. A alta dos preços do minério, a demanda aquecida da China e a produção a baixo custo da mineradora ajudam a explicar por que ela conseguiu abrandar rapidamente os efeitos da tragédia gerada pela busca dos lucros capitalistas. A maioria dos analistas do mercado burguês prevê preços mais baixos para o minério de ferro ao longo deste ano, em parte devido à recuperação da capacidade da Vale, aliviando o aperto da oferta que afetou o mercado no ano passado. O rompimento aconteceu na chamada “Mina Feijão”. Os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. As imagens mostraram a região tomada por um mar de lama, apenas pouco mais de três anos após a tragédia ambiental de Mariana. O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho acontece três anos após o desastre de Mariana, a maior tragédia ambiental do Brasil, que aconteceu em novembro de 2015. Na ocasião, a barragem de Fundão, da Samarco (propriedade da Vale e da BHP), se rompeu, matando 19 pessoas e provocou um tsunami de lama que avançou sobre a bacia do rio Doce até chegar ao litoral do Espírito Santo. Não resta dúvida que a responsabilidade pela tragédia humana e ambiental é das grandes empresas mineradoras que rapinam as riquezas do Brasil através da apropriação extensa de territórios e da super-exploração dos trabalhadores. Essa rapina inclui remoções forçadas de famílias e comunidades nativas, poluição das nascentes, dos rios, do ar, poluição sonora, desmatamento, acidentes de trabalho, de trânsito, concentração privada da riqueza e distribuição pública dos impactos. O desastre criminoso de Brumadinho aconteceu dentro de uma sequência de outras tragédias ocorridas em várias regiões do país, ficando impunes as empresas mineradoras que os provocaram. Segundo os dados do DNPM existem mais de 700 barragens de rejeito em Minas Gerais, dentre as quais, 43 em alto risco de rompimento, algumas com potencial maior do que as duas que já se romperam nos últimos 3 anos, agravando ainda mais a crise hídrica na região, prejudicando a vida de milhões de pessoas. A busca do lucro foi o motivo central da tragédia humana e ambiental de Brumadinho e anteriormente de Mariana. 

sábado, 25 de janeiro de 2020

33 ANOS DA MORTE DE NAHUEL MORENO:  A TRAJETÓRIA REVISIONISTA DO FUNDADOR DA LIT... SEU LEGADO GEROU UMA CORRENTE QUE VEM SENDO CASTIGADA POR RUPTURAS EM FUNÇÃO DA ABERTA ADAPTAÇÃO AO IMPERIALISMO


Em 25 de janeiro de 1987, há 33 anos atrás, morria em Buenos Aires Hugo Miguel Bressano Capacete, conhecido na esquerda trotskista mundial como Nahuel Moreno. Sua militância política iniciara-se muito cedo em meio à efervescência operária dos anos 40, quando aos 20 anos de idade ajudou a fundar um pequeno núcleo político-sindical denominado Grupo Operário Marxista (GOM). Em quase 50 anos de militância foi o responsável pela fundação de várias organizações revisionistas na Argentina e América Latina, além de exercer influência sobre pequenos agrupamentos em outros países no qual desembocara a sua última “obra” a LIT. Para entendermos um pouco o pensamento de Moreno é necessário aportarmos à crise que se abateu sobre a IV Internacional após a morte de Leon Trotsky, em razão da inexperiência e debilidade da direção política. Ou seja, como Trotsky prognosticara, a Segunda Guerra Mundial provocou um enorme ascenso revolucionário na Europa e em várias regiões do planeta, no entanto os dirigentes da Quarta, Mandel, James Cannon, Joe Hansen, Pierre Frank, Michel Pablo, Lívio Maitán, Pierre Lambert, Gerry Healy e outros, não se colocaram à altura de suas tarefas, uma vez que esta não se tornou uma organização de massas, posto que segundo Moreno vários prognósticos de Trotsky para o período não se confirmaram. Moreno passa em razão deste “fracasso” a elaborar suas próprias explicações para os novos fenômenos surgidos no pós-guerra, as chamadas “atualizações programáticas” do Trotskismo. Estas supostas “atualizações” do Programa de Transição resultaram na síntese do revisionismo Morenista, tendo como ápice desta nova “teoria” a caracterização das chamadas “revoluções democráticas ou políticas”, quase sempre movimentos reacionários, manietados pelo imperialismo, dirigidos contra os Estados operários ou regimes nacionalistas burgueses.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

EM JANEIRO DE 1891 NASCIA ANTONIO GRAMSCI: A TRAJETÓRA DO GENAIL DIRIGENTE COMUNISTA QUE ELABOROU UMA CONTUNDENTE CRÍTICA TEÓRICA A DEFORMAÇÃO DO MARXISMO OPERADA POR STÁLIN


Em 22 Janeiro de 1891 nascia o grande comunista Antonio Gramsci. Em sua homenagem nos Trotskistas ressaltamos que é importante retornar à leitura, que em 1917, o militante sardo, então com vinte e seis anos, fez dos acontecimentos da Rússia, e também ao que dessa interpretação permaneceu em sua bagagem teórico-política mais madura como uma formulação rica em revigorar de forma principista o Marxismo. A revolução Bolchevique liderada por Lenin e Trotsky, constituiu para o jovem sardo, transplantado para Turim, um ponto de virada política, teórica e existencial, a partir do qual iniciou o amadurecimento de seu pensamento e a sua história de comunista. Para compreender como Gramsci se relacionou com a Revolução de Outubro é preciso, portanto, partir do reconhecimento de que Gramsci foi sempre, dos anos turineses às obras do cárcere, não apenas um teórico da revolução, mas um revolucionário em sua plenitude, Isso foi sublinhado pelo histórico dirigente do PCI, Palmiro Togliatti, ao afirmar: “Gramsci foi um teórico da política, mas sobretudo foi um político prático, isto é, um combatente. É preciso buscar na política a unidade da vida de Antonio Gramsci: o ponto de partida e o ponto de chegada”. Militância política como revolução, no caso de Gramsci, política como luta pela transformação socialista do mundo. Inicialmente, na vida do futuro dirigente comunista, política como rebelião ativa do proletariado. Como o próprio Gramsci recordou em uma carta, de 1924, à esposa, isto que o havia conduzido a um estado de rebelião em relação às condições sociais do seu tempo e do seu país teve origem nas dolorosas experiências pessoais, que remontavam aos anos de infância, quando (depois da prisão do pai) a família foi lançada na miséria, obrigando o pequeno Nino, ainda menino, a suspender por algum tempo a escola, ao fim do primário, para trabalhar no cartório de registro de imóveis de Ghilarza. Isto que então o tinha salvado de “tornar-se um trapo engomado”, como ele escrevia. Foi o: “Instinto da rebelião, desde menino era contra os ricos, porque não podia estudar, eu que tinha obtido dez em todas as matérias da escola primária, enquanto iam para a escola os filhos do açougueiro, do farmacêutico, do negociante de tecidos”. Já na Sardenha, porém, Antonio havia começado a ler os livros e revistas daquela cultura de oposição a Giolitti e ao giolittismo, que foi o terreno sobre o qual ele inicialmente se formou política e culturalmente. Em 1911, Gramsci se mudou para Turim, para frequentar a faculdade de Letras e Filosofia, graças a uma bolsa de estudo, suficiente apenas para sua sobrevivência. Em Turim aderiu, já antes da Grande Guerra, ao movimento socialista. Mas o seu marxismo, a sua concepção de mundo, era então muito particular: pela sua formação cultural, o marxismo do jovem Gramsci foi subjetivista, antideterminista, antieconomiscista, influenciado precisamente pelo neoidealismo e pelo bergsonismo mediado por Sorel. Um marxismo original, portanto, também ingênuo em alguma medida, baseado no primado absoluto e idealista da vontade. Não faltavam nestes anos traços importantes de uma visão dialética e antideterminista dos processos revolucionários. No artigo “Socialismo e cultura”, por exemplo, Gramsci apresentava uma definição da cultura como conquista e valorização do próprio eu e, portanto crescimento da subjetividade . Era clara, para ele, a importância nos processos de transformação, e também nas grandes revoluções – da aquisição da consciência, das ideias, dos valores. De fato, escrevia Gramsci:”Toda revolução foi precedida por um intenso e permanente trabalho de crítica, de penetração cultural, de impregnação de ideias. O último exemplo, o mais próximo de nós e por isso menos distinto do nosso, é o da Revolução Francesa. O período cultural que a antecedeu, chamado de Iluminismo, tão difamado pelos críticos superficiais da razão teórica, não foi, de modo algum, ou pelo menos não foi apenas um fenômeno de intelectualismo pedante e árido, similar ao que vemos diante de nossos olhos e que encontra sua maior manifestação nas universidades populares de baixo nível. Foi ele mesmo uma magnífica revolução, mediante a qual, como observa agudamente De Sanctis em sua Storia della letteratura italiana: “Formou-se em toda a Europa uma consciência unitária, uma internacional espiritual burguesa, sensível em todos os seus elementos às dores e às desgraças comuns, e que foi a melhor preparação para a sangrenta revolta que depois teve lugar na França”.
GEORGE SOROS ANUNCIA 1 BILHÃO DE DÓLARES PARA A FINANCIAR “OPOSIÇÕES”: CAPITAL RENTISTA QUER GOVERNOS “DEMOCRÁTICOS” QUE GARANTAM MAIOR ESTABILIDADE AOS SEUS LUCROS DE MERCADO


O bilionário rentista norte-americano, George Soros, anunciou nesta quinta-feira (23/01) que investirá cerca US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,2 bilhões) na criação de uma rede acadêmica para lutar contra os "ditadores de agora e em gestação". De acordo com nota publicada no site da fundação de Soros, a “Open Society Foundation”, a finalidade do projeto é conectar instituições de ensino superior e ONG’s pelo mundo, promovendo os “valores da liberdade de expressão e da diversidade de crenças, entre outros”. Obviamente os Marxistas não creem no “filantropismo” e tampouco no “espírito democrático” de rentistas que fizeram fortuna no mercado de capitais apostando na quebra da economia de países periféricos, levando devastação social e ambiental aos povos oprimidos. Particularmente Soros tem bastante interesse na América Latina, região que já lhe rendeu bilhões de dólares por meio de ataques especulativos nas décadas recentes.  Não por coincidência Soros mencionou o Brasil em sua declaração de “combate à ditadores”, o rentista criticou o neofascista Jair Bolsonaro, afirmando “que o brasileiro falhou em prevenir a destruição das florestas tropicais no País e abriu a Amazônia para a criação de gado”. A fundação de Soros vem financiando a reacionária oposição ao governo Maduro, com objetivo de restaurar um regime pró-imperialista na Venezuela, no Brasil tem interesse em grupos que tenham afinidade com o Partido Democrata dos EUA, como o Intercept Brasil comandado pelo jornalista Glenn Greenwald. Para este setor do imperialismo ianque é mais interessante garantir regimes “democráticos” de estabilidade política nas semi-colônias, que garantam o pagamento dos juros dos seus títulos financeiros, do que apostar nos chamados governos do “neoliberalismo selvagem”, com possíveis turbulências sociais e políticas, a exemplo do Chile, Equador, Colômbia etc.. É exatamente essa divisão de “concepções” no seio do imperialismo que permeia a sucessão da Casa Branca, de um lado os “transloucados” trumpistas com sua agressiva política de “terra arrasada” e na outra ponta os Democratas com sua plataforma de “colaboração de classes” para manter a dominação do capitalismo com maquiagem “humanizada”. Os Comunistas Revolucionários não se deixam enganar pela “cantilena piedosa” de Soros e outros rentistas do seu campo, denunciamos vigorosamente organizações de “esquerda” que aceitam receber ajuda material destes “lobos” imperialistas vestidos em “pele democrática”.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

DINO E PCdoB QUEREM ALIANÇA COM FHC: PARA OS REFORMISTAS TUCANOS PRIVATEIROS SERIAM DE “CENTRO-ESQUERDA”...


O governador Flávio Dino e seu partido o PCdoB estão empreendendo uma verdadeira cruzada nacional já com os olhos voltados para as eleições presidenciais de 2022. Se já não fosse um absurdo completo abandonar as ruas na ação concreta de resistência contra a brutal ofensiva neofascista deste governo de extrema direita, os reformistas da Frente Popular ainda pretendem “semear” uma alternativa eleitoral para 2022 tão neoliberal quanto a quadrilha do ministro Paulo Guedes, batizada cinicamente de “aliança de centro-esquerda”. Primeiro o governador do Maranhão tratou de sentar com Luciano Huck, o apresentador global que a famiglia Marinho sonha em emplacar no Palácio do Planalto. Nada de muito surpreendente para Flávio Dino, um dos governadores da Frente Popular que fez questão de aplicar em seu estado a cruel (contra)reforma da Previdência, copiada integralmente do governo Bolsonaro. Porém agora o PCdoB parece ter ido mais a fundo na senda da traição de classe, organizou um encontro entre o ex-presidente da privataria tucana, FHC e o atual governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite também do PSDB. Seria bom registar que Eduardo Leite acaba de reprimir a combativa greve dos servidores públicos gaúchos, fato que para o PCdoB parece não ter a menor importância, afinal as eleições burguesas e não as lutas dos trabalhadores são seu principal foco programático. Para os reformistas FHC e os “tucanos de alta plumagem” se encaixariam perfeitamente na estratégia de ampliar ainda mais a Frente Popular(PT, PSOL, PCdoB e PCO), seria a “consubstanciação” ideal da tal Frente Ampla a ser lançada para as eleições presidenciais de 2022. Segundo os “teóricos” do PCdoB, somente com uma nova composição “neoliberal de oposição”, incluindo a famiglia Marinho, FHC, Ciro Gomes, Marina Silva e quem sabe até o governador Wilson Witzel(PSL)seria possível derrotar a tentativa de reeleição do neofascista Bolsonaro. Os Marxistas Leninistas afirmam exatamente o inverso do absurdo político pregado pelo PCdoB, a farsa da constituição da Frente Ampla será o caminho mais curto para uma profunda derrota da classe operária e seus aliados históricos. Se juntar eleitoralmente com a escória neoliberal tucana que vendeu o país ao imperialismo e continua a reprimir brutalmente os trabalhadores, não pode ter justificativa alguma a não ser a da colaboração de classes com setores reacionários da burguesia nacional. Esta política se levada a frente só trará desmoralização e desmobilização da ação direta do proletariado, em nome de uma “Santa Aliança” que na verdade faz o jogo político do neofascismo. Denunciar estes impostores que falam em nome do “socialismo e da esquerda”, como o PCdoB, é uma das tarefas centrais para iniciar a clarificação programática da vanguarda classista que não se vergou ao reformismo.
CALÚNIAS GROSSEIRAS CONTRA LÊNIN: EXTREMA DIREITA ATACA GLENN E NA SEQUÊNCIA O INTERCEPT ATACA A ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA


O Site “The Intercept Brasil”, coordenado por Glenn Greenwald, lançou um artigo furibundo contra Lênin, a URSS e o legado Bolchevique. Sob o título “Elogiar ditadores é a melhor maneira de a esquerda continuar perdendo” (22.01) os jornalistas Tatiana Dias e Rafael Moro Martins lançam suas grosseiras e caluniosas diabrites antileninistas. Esses senhores reclamaram que uma parte da esquerda “resolveu exaltar Vladímir Lênin nesta semana, em lembrança ao aniversário de 96 anos da morte do comunista, um dos líderes da Revolução Russa de 1917 e o primeiro governante da União Soviética” e vociferam “São provavelmente as mesmas vozes que, coisa de um ano atrás, aplaudiram o apoio do PT à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela – o que, vale lembrar, também alimentou a paranoia anticomunista”. O artigo é um libelo antibolchevique escrito por “penas” de raro conhecimento histórico que sevem a socialdemocracia e ao reformismo, adversários do comunismo defendido pelo Partido Bolchevique de Lênin e Trotsky, acusados pela reação burguesa e os reformistas de serem ditadores sanguinários. Ao patrocinar esse discurso reacionário o “The Intercept Brasil” soma-se a espiral da direita contra a esquerda revolucionária, a mesma extrema-direita neofascista que persegue Glenn Greenwald. Colocar a URSS edificada por Lenin no mesmo patamar de “outros regimes autoritários” como o nazismo de Hitler e o fascismo de Mussolini é uma completa falsificação histórica e política. A Ditadura do Proletariado é um regime político a serviço dos trabalhadores, a classe social que além de ser a maioria da população produz a riqueza enquanto as ditaduras militares e fascistas, assim como a democracia capitalista são regimes sociais que estão a serviço de uma classe parasitária, a burguesia. Feito esses “esclarecimentos” básicos, reafirmamos que defendemos o “The Intercept Brasil” e Glenn Greenwald dos ataques de Bolsonaro, Moro e de ultrarreacionário Dallagnol. Nossas diferenças programáticas com Glenn não impedem da LBI de postar-se na linha de frente em defesa da completa e irrestrita liberdade de expressão e organização para toda a equipe do “Intercept Brasil”. Para os Leninistas da LBI a escalada repressiva desatada pelo regime bonapartista deve ser combatida com vigor pelo conjunto da esquerda e forças políticas que se reivindicam da democracia. Entretanto, nessa trincheira de luta combatemos também duramente a linha política do Intercept e reafirmamos que o Blog da LBI tem profundas diferenças políticas e de classe com o grupo que compõe o site, um veículo da imprensa alternativa, mas que recebe doações de capitalistas norte-americanos. É de conhecimento público que o deputado David Miranda e o jornalista Glenn Greenwald do Intercept são sócios em uma empresa de comunicação (Enzuli Management LLC) que recebe gordas “doações” da norte-americana First Look Media, lançada em 2013 pelo fundador do eBay, Pierre Omidyar, o que revela suas relações “íntimas” com o capital ianque. Alertamos que os ataques grosseiros e caluniosos do Intercept a Lenin e a URSS são parte das teses moribundas da esquerda socialdemocrata, como PSOL e PT, que desejam reformar o capitalismo e não destruí-lo pela ação revolucionária dos trabalhadores. Os próprios diálogos secretos divulgados pelo “Intercept” reafirmam a inutilidade da tese defendida pela Frente Popular de que faz-se necessário moralizar o regime político capitalista, preservando suas instituições republicanas. Ao contrário, como afirmou Lênin, tão atacado pelo Intercept, o Estado burguês não pode ser “democratizado” ou tornar-se “público”, deve ser demolido pela ação violenta e revolucionária da classe operária. A corrupção não é um fenômeno episódico no regime capitalista, faz parte dos seus próprios mecanismos de acumulação privada de mais-valor. Somente a imposição de outra ditadura de classe, desta vez de caráter proletário, será capaz de iniciar a construção de uma nova sociedade e para alcançar esse objetivo estratégico é preciso edificar um partido operário revolucionário como nos ensinou nosso chefe bolchevique, Vladimir Lênin!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

22 DE JANEIRO DE 1922 NASCIA LEONEL BRIZOLA: A “PERSONIFICAÇÃO” DO IMPOTENTE NACIONALISMO BURGUÊS NO BRASIL COM TODAS AS SUAS CONTRADIÇÕES DE CLASSE



No dia 22 de Janeiro de 1922 nascia Leonel Brizola. Como Marxistas Revolucionários somos duros críticos da trajetória do legendário Brizola, porta-voz do nacionalismo burguês no Brasil, limitado por seu próprio conteúdo de classe, mas respeitamos a sua combatividade e a denúncia de fazia da submissão do Brasil ao imperialismo e a sua maior representante política no país, as organizações Globo, tão denunciada por ele como uma máfia midiática anti-povo. Lembramos que o histórico fundador do PDT, que inicialmente apoiou o governo de Lula em 2003, havia rompido com o PT em função da opção entreguista e do arco de aliança reacionário montado para dar apoio político a Frente Popular. O velho Brizola pouco antes de morrer em 2004 travava uma dura batalha no interior do PDT para tirar completamente o partido da “base aliada”, apesar dos inúmeros arrivistas sedentos por cargos e verbas estatais do Planalto. Pessoalmente Brizola se preparava para sua candidatura à prefeitura do Rio em 2004, com uma plataforma política de oposição frontal ao governo de Lula, mas a sua vida faltou a este último e decisivo “encontro”, deixando o PDT “órfão” como mais um partido fisiológico e nas mãos de picaretas sem nenhuma história de luta, como Lupi e seus comparsas mafiosos, como Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PDT e representante das reacionárias oligarquias nortestina. O carioca Carlos Lupi foi quem se apropriou do espólio partidário do finado Leonel Brizola, que em função de sua morte súbita não preparou um herdeiro político a sua altura no PDT. Lupi, sem a menor história no trabalhismo e dotado de uma “ideologia” pragmática, vendeu o partido para a primeira oferta do governo da frente popular, com o qual o velho Brizola mantinha uma certa reserva e depois para Ciro Gomes que foi o candidato a presidente pela legenda em 2018.  Neste sentido, o atual PDT de Ciro e Lupi representa uma caricatura grotesca do que foi o velho “Brizolismo”, com toda a sua carga de incoerências e sua própria natureza de classe. O PDT hoje é uma sigla oca ultracorrompida que nada tem a ver com o velho nacionalismo burguês de Brizola e Darcy Ribeiro. Do velho nacionalismo burguês de Jango, Darcy Ribeiro e Brizola parece que não restou muita coisa, apenas um oportunista PDT sem o menor perfil ideológico, povoado por máfias sindicais e oligarquias regionais sem a menor história política, como os irmãos Gomes no Ceará. Brizola, que chegou a presidir a Internacional Socialista, deve estar se remoendo no túmulo ao ver seu velho partido nacionalista burguês ser traficado por Lupi em negociatas com figuras sinistras deste calibre, como Ciro Gomes que chegaram a defender a prisão de Lula, agora mudando de posição em função dos ventos da “opinião pública” que levara a liberdade do dirigente petista. Para os “nacionalistas” do PDT que juram fidelidade ao trabalhismo de Brizola fica a patética tarefa de hoje aceitar passivamente os “companheiros” representantes das reacionárias oligarquias inimigos históricos dos trabalhadores, de qualquer traço de soberania nacional e, obviamente, do Socialismo!
NOVA PANDEMIA MUNDIAL: O CORONAVÍRUS É O CAPITALISMO EM SUA FASE “RETROVIRAL”


A Organização Mundial de Saúde (OMS) convocou para esta quarta-feira um painel de especialistas em emergências para determinar se um novo vírus que se espraia pela China e causa pneumonia deve ser declarado uma ameaça global, depois que autoridades de saúde chinesas confirmaram que o patógeno é contagioso e a ocorrência de quatro mortes.O surto teve início em Wuhan, capital da província central de Hubei, se estendeu a Pequim e outras cidades e já há suspeita de casos no Japão, Coreia do Sul, Austrália, México,Tailândia e EUA.No Brasil, o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde informa que não há nenhum caso suspeito, mas a pasta diz que enviou comunicado às representações da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) em portos e aeroportos para que viajantes sejam orientados a tomar medidas de precauções em viagens ao exterior e para a "revisão dos principais aeroportos de conexão provenientes da China para identificação e mensuração dos riscos". Segundo a OMS, uma fonte animal parece ser “a principal fonte” do surto e está ocorrendo uma “transmissão limitada” de humanos para humanos. Com mais de 10 milhões de habitantes, Wuhan é a sétima cidade mais populosa da China.Os novos casos trouxeram de volta os registros da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), outro tipo de coronavírus que surgiu na China nos anos de 2002 e 2003, resultando na morte de quase 800 pessoas em uma pandemia global. Especialistas britânicos que estão monitorando a doença afirmam que há sinais para "inquietação", devido a rapidez da propagação mundial. Zhong Nanshan, o cientista chinês responsável pela descoberta em 2003 do SARS e que encabeça a comissão de alto nível da China sobre a nova pneumonia, revelou que o mais novo patógeno é capaz de se espalhar de pessoa para pessoa. “Foi confirmado que duas pessoas na provincial de Guangdong foram infectadas através de transmissão humano-para-humano”. O regime capitalista global também está padecendo de uma “doença econômica crônica e estrutural”, o estancamento de suas forças produtivas, e por isso mesmo a ameaça de uma pandemia internacional já começa a abalar os mercados financeiros. Com as alarmantes notícias sobre o coronavírus, o MSCI Emerging Markets Index registrou a sua maior queda em cinco meses nesta última terça-feira (21/01), com baixa de 1,7%, enquanto as moedas emergentes também registraram baixas, capitaneadas pelo won sul-coreano e pelo peso colombiano. No Brasil, oIbovespa teve queda de 1,54%, a 117.026 pontos,enquanto o dólar superou os R$ 4,20, na maior cotação desde dezembro. O episódio do SARS ocorrido em 2003 está sendo usado como parâmetro para os analistas de mercado e investidores entenderem qual pode ser o impacto do coronavírus na segunda maior economia do mundo, uma vez que abalou os mercados há 17 anos atrás.  As commodities neste momento de “pré pânico” também estão sendo afetadas, ainda que de magnitudes diferentes, os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para março caiu 0,34%, a US$ 58,38 o barril, já o contrato do Brent para o mesmo mês recuou 0,94%, a US$ 64,59 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Obviamente os especuladores e rentistas do cassino de Wall Street querem tirar proveito financeiro do temor que já “contaminou” o mundo, é a fase “retroviral” de um sistema de produção esgotado e que objetivamente põe em risco a sobrevivência de toda a humanidade. A indústria química e farmacêutica, assim como a indústria armamentista do imperialismo ianque, acumulam lucros com morte e não com a vida, são o recurso histórico utilizado pela burguesia para uma fase de redução drástica da taxa de lucro em função da recessão mundial. É necessário para a sobrevivência da humanidade romper com esta lógica suicida do capital, porém a única alternativa possível para evitar a barbárie em todo o mundo, continua sendo a perspectiva estratégica da revolução proletária e o socialismo!

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

NOVO ATAQUE A GLENN DO “INTERCEPT BRASIL”: ESQUADRÃO FASCISTA DO MP, DE FATO SOB O COMANDO DO ULTRARREACIONÁRIO DALLAGNOL, QUER INTIMIDAR A MÍDIA ALTERNATIVA


O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia nesta terça-feira (21/01) contra sete pessoas por suposta invasão de celulares de “autoridades brasileiras”. Um dos denunciados é o jornalista Glenn Greenwald, editor chefe do site “The Intercept Brasil” que vem publicando várias denúncias envolvendo toda a malfadada “República de Curitiba” (juízes e procuradores), através do que ficou conhecida como operação “Vaza Jato”. A completa ilegalidade da ação dos Procuradores Federais é que Greenwald sequer foi investigado nem indiciado pela Polícia Federal, onde pela legislação penal vigente deveria começar qualquer processo desta natureza. Para o esquadrão fascista do MPF, que realmente parece atender o comando do ultrarreacionário Dallagnol, ficou comprovado que Glenn auxiliou o grupo de hackers que acessou o conteúdo das mensangens trocadas por membros da Lava Jato, que feriram a equidistância entre quem julga e quem acusa, pois o ministro Sérgio Moro (ex-justiceiro da Lava Jato) serviu como uma espécie de "assistente de acusação" dos Procuradores. A decisão de processar Glenn partiu de Wellington Oliveira, o mesmo Procurador que pediu à Justiça a “cabeça” do presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, por supostas ofensas ao presidente Bolsonaro. Em uma corajosa nota pública a imprensa Glenn Greenwald apontou os objetivos da “caçada” judicial ao Intercept: “É uma tentativa óbvia de atacar a imprensa livre em retaliação pelas revelações que relatamos sobre o ministro Moro e o governo Bolsonaro. Não seremos intimidados por essas tentativas tirânicas de silenciar jornalistas. Estou trabalhando agora com novos relatórios e continuarei a fazer meu trabalho jornalístico. Muitos brasileiros corajosos sacrificaram sua liberdade e até sua vida pela democracia brasileira, e sinto a obrigação de continuar esse nobre trabalho”. Nós que fazemos o Blog da LBI temos profundas diferenças políticas e de classe com o grupo que compõe o site Intercept, notadamente um organismo da imprensa alternativa, mas que não é segredo algum recebe doações de capitalistas norte-americanos. Porém nossas diferenças programáticas com Glenn não impede o nosso Blog de postar-se na linha de frente em defesa da completa e irrestrita liberdade de expressão e organização para toda a equipe do “Intercept Brasil”. A escalada repressiva desatada pelo regime bonapartista deve ser combatida com vigor pelo conjunto da esquerda e forças políticas que se reivindicam da democracia. Não faremos nenhuma apologia ao “Estado Democrático de Direito”, entretanto a tarefa dos Marxistas Leninistas neste momento de ofensiva neofascista, é lutar pela conquista da liberdade de organização e expressão do chamado “campo democrático”, como nos ensinou o próprio Lenin há exatos 96 anos de sua morte: “Marchar separados e golpear juntos!”.
REALIZADO OBJETIVO FINAL DA LAVA JATO: ABRIR O MERCADO ESTATAL DE COMPRAS E SERVIÇOS (CONSTRUÇÃO CIVIL) PARA AS TRANSNACIONAIS


O ministro da Economia, o rentista Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (21/01) em Davos na Suíça que o Brasil (leia-se governo Bolsonaro) vai anunciar a adesão ao acordo internacional de compras governamentais de forma a permitir um tratamento isonômico aos estrangeiros interessados em participar de licitações e concorrências públicas no país. O Acordo sobre Compras Governamentais (GPA, na sigla em inglês), mantido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), estabelece para os países signatários uma série de compromissos em matéria de acesso aos mercados nacionais de compras públicas. Seus integrantes ficam obrigados a dar isonomia de tratamento entre empresas nacionais e estrangeiras em contratações para a aquisição de bens, serviços e obras. A mídia corporativa, além de comemorar a iniciativa neoliberal do governo fascista em destruir um dos ramos mais competitivos internacionalmente da nossa economia nacional (construção civil), obviamente deu pouquíssimo destaque a este “detalhe” (obras), ou seja a reserva de mercado para as grandes obras públicas (hidrelétricas, rodovias, barragens, hospitais, escolas etc..) será finalmente eliminada e as construtoras estrangeiras poderão atuar no Brasil. Não se trata de escancarar o mercado estatal “apenas” para compras, mas sim para todo tipo de serviços que o governo contratar. Esta operação de desmonte da raquítica economia nacional, anteriormente era impedida de ser realizada por força da legislação vigente no país, porém agora o ministro estafeta dos bancos promete enviar a proposta para a aprovação do Congresso Nacional. Enfim o governo neofascista realiza o real objetivo estratégico da famigerada Lava Jato, levar à falência as poderosas empreiteiras brasileiras, com o surrado bordão do “mar de corrupção”, favorecendo a entrada no país de trustes transnacionais da construção civil. Também a Petrobras será afetada com a nova medida, pois a indústria naval do país que fabricava as gigantescas plataformas de extração de petróleo para a estatal será devorada pelos oligopólios internacionais. Nós da LBI fomos a primeira corrente da esquerda a denunciar este objetivo da gangue mafiosa da “República de Curitiba”, ainda mesmo em 2015(governo Dilma) quando fomos acusados pelo próprio PT e seus apêndices de “adeptos da teoria da conspiração”, agora se desnudou o último véu que encobria a farsa liderada pelo “justiceiro” Sérgio Moro. A jogatina anunciada pelo pilantra Guedes, deve movimentar a “bagatela” de cerca de 07 trilhões de Reais nos próximos anos (100 bilhões em apenas um ano), retirando uma parte considerável das reservas cambiais do país depositadas hoje no FED (Banco Central) dos EUA, imaginem quanto de “comissão” (propina) o clã corrupto dos Bolsonaro irá embolsar dos “gringos” neste verdadeiro crime contra a economia do país. A nova medida legal também permitirá que estados e municípios realizem compras e obras com as empresas imperialistas, será a “festa” para prefeitos e governadores entreguistas inaugurarem suas obras locais “made in USA”... Desgraçadamente diante da envergadura desta nova etapa da ofensiva neoliberal contra o país e seus trabalhadores que serão afetados diretamente pela “internacionalização” das obras e compra de materiais, não há o menor esboço de resistência por parte da Frente Popular (PT, PSOL, PCdoB e PCO) que só querem discutir no momento a escolha de seus candidatos para as eleições de outubro próximo...
HÁ 96 ANOS NOS DEIXAVA VLADIMIR LENIN: NOSSA MELHOR HOMENAGEM AO MAIOR DIRIGENTE COMUNISTA DA HISTÓRIA É MANTER FIRME A LUTA PELA CONSTRUÇÃO DO PARTIDO REVOLUCIONÁRIO BOLCHEVIQUE E INTERNACIONALISTA!


Neste dia 21 de janeiro completam-se 96 anos da morte de nosso grande chefe Bolchevique, Vladimir Lenin, o dirigente marxista que lançou as bases do Partido Revolucionário centralizado como um exército do proletariado para demolir violentamente as instituições do Estado capitalista. Lenin, falecido em 1924, é sobejamente a liderança da esquerda, em toda a história da humanidade, mais odiada (e com toda justiça!) pelas classes dominantes e o imperialismo, justamente por defender a necessidade da construção de uma sólida organização política militarizada e hierarquizada para combater e derrotar a burguesia, seu Estado e os órgãos de repressão, tendo como objetivo a organização da classe operária para tomar o poder o poder político a fim de implantar a Ditadura do Proletariado. Como afirmou Trotsky, discípulo teórico de Lenin, quando soube da morte do grande chefe: "Perdemos Lenin, mas sem o Leninismo não somos absolutamente nada!" Desde a LBI estamos certos dessa lição fundamental e por esta razão 96 anos depois de sua morte afirmamos sem vacilar: O Bolchevismo Vive!!! A defesa do legado político e teórico de nosso chefe revolucionário é parte de nossas comemorações da Revolução de Outubro, a maior vitória do proletariado mundial na história, cuja tomada do poder pela classe operária contou com a direção, dedicação e a estratégia comunista firma de Lenin contra todas as variantes reformistas e mencheviques, um exemplo que nos guia até hoje! Nossa luta cotidiana por manter firme a concepção Leninista de partido, tão atacada pelo revisionismo como "ultrapassada e totalitária", é a prova viva de que esses princípios nos legado por Lênin desde a Rússia de 1917 estão válidos em toda sua plenitude como um modelo a ser seguido pelos revolucionários marxistas que não se adaptaram a democracia burguesa e continuam defendendo a destruição violenta e revolucionária do Estado capitalista para marchar na edificação de um Estado de novo tipo!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA BOLÍVIA APÓS O GOLPE: EVO DEFINE UM NEOLIBERAL COMO CANDIDATO DO MAS EXCLUINDO LÍDER CAMPONÊS QUE PONTEAVA AS PESQUISAS DE INTENÇÃO DE VOTO


O partido MAS (Movimento Ao Socialismo), do reformista Evo Morales que renunciou à presidência da Bolívia no processo do golpe de Estado ocorrido após as eleições de outubro passado que renovariam seu mandato, definiu neste domingo (19.01) em uma plenária de dirigentes a chapa presidencial para concorrer nas eleições que acontecerão no início de maio deste ano. Encabeçando a chapa do MAS vai para a disputa eleitoral de “cartas marcadas” o economista Luis Arce, ministro de Finanças do governo Morales entre 2006 e 2017 (e que tinha voltado ao cargo em 2019). Seu companheiro na chapa para ocupar a vice-presidência será o diplomata David Choquehuanca, chanceler do governo anterior, no mesmo período. Anteriormente tinha sido anunciado por Evo que a chapa seria formada pelo chanceler David tendo como vice o jovem líder sindical camponês (cocalero) Andrónico Rodríguez, de 30 anos. As pesquisas de opinião de voto, realizadas nas últimas semanas, apontavam que o sindicalista Rodríguez liderava todas as sondagens com mais de 20% dos votos, expressando desta forma o repúdio dos setores mais oprimidos da Bolívia com o governo golpista de Jeanine Añez. Luis Arce foi um dos principais artífices da política econômica neoliberal de “esquerda” que deu a tônica por mais de uma década no governo “masista”. Parte da cúpula do MAS que se encontra na Bolívia ocupando altos cargos públicos e cúmplice política do golpe de Estado, teria vetado o nome de Andrónico para comandar a disputa eleitoral. O atual presidente da Câmara dos Deputados, Sérgio Choque, afirmou que a escolha por Arce “garantirá  o apoio da classe média a uma política macroeconômica de estabilidade”, leia-se seguir o “ajuste” ditado pelos rentistas internacionais. Na mesma linha de pensamento neoliberal, Evo declarou que Andrónico “seria muito inexperiente para o cargo de presidente”, bancando o nome de Arce para acalmar o mercado. Como “prêmio de consolação”, Evo ofereceu ao jovem dirigente dos camponeses de Chapare um posto de senador na lista do MAS. Ainda é cedo para saber se a burocrática exclusão de Andrónico poderá provocar uma cisão no interior do MAS, porém já é nítido o curso direitista e de completa adaptação ao golpe por parte de Evo e Linera. Além de Arce, estão confirmadas as candidaturas do ex-presidente Carlos Mesa (centro neoliberal), o ex-presidente Jorge Quiroga (direita), o líder do movimento cívico de Santa Cruz de la Sierra, Luis Fernando Camacho (extrema direita) e o pastor evangélico Chi Hyun Chung (fascista). O movimento operário da Bolívia não pode esperar nada destas novas eleições que não seja uma fraude e estelionato político para legitimar o golpe e um novo governo neofascista. A tarefa dos Marxistas Leninistas será a de conduzir as massas na perspectiva revolucionária, em sua cotidiana rebelião latente contra o regime entreguista imposto no país pelo imperialismo ianque.

domingo, 19 de janeiro de 2020

PARCERIA ENTRE EDITORA NOVA ANTÍDOTO E LIVRARIA CULTURA: UM ACESSO MAIS AMPLO PARA AS PUBLICAÇÕES DA LBI!


Uma parceria firmada entre a Editora Nova Antídoto e a Livraria Cultura garantirá aos leitores interessados em obras sobre Marxismo e política revolucionária adquirir livros lançados pela LBI. O primeiro trabalho já disponível na Livraria Cultura é o livro “Um breve ensaio da gênese do programa de Marx sobre a economia capitalista” escrito pelo jornalista Candido Alvarez. Em breve outras obras da Editora Antídoto também estarão disponíveis na Livraria Cultura. Leia abaixo o prefácio do livro.


HÁ 200 ANOS NASCIA KARL MARX: UMA VIDA DEDICADA A ELABORAR O PROGRAMA COMUNISTA DO PROLETARIADO MUNDIAL

Karl Marx nasceu no dia 5 de maio de 1818 em Tréveris (na época Reino da Prússia). Foi o segundo de 9 filhos de uma família judaica de classe média. Em 1830, mesmo ano em que eclodiram na Europa diversas revoluções, foi estudar na Liceu Friedrich Wilhelm, mais tarde, ingressou na Universidade de Bonn no curso de Direito, transferindo-se um ano depois para a Universidade de Berlim, tendo como professor e reitor o filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Em Berlim, é preso por “perturbar a ordem com alarido noturno e bebedeira” e indiciado por “porte ilegal de arma”. Dois semestres após sua transferência, Karl Marx começou a perder seu interesse pelo Direito, preferindo as áreas da Filosofia – frequentava poucas aulas, todas na área de Filosofia e História. Ingressou no Clube dos Doutores, uma agremiação de discípulos de Hegel, onde passava dias e noites discutindo. Na mesma época, conheceu Jenny von Westphalen, filha de um barão da Prússia, com quem ficaria noivo em sigilo dos pais, já que nenhuma das duas famílias aprovava a união. Karl Marx conseguiu o título de doutor em Filosofia em 1841, mas foi impedido de seguir carreira acadêmica em consequência do governo reacionário da época; tornou-se então redator-chefe da Gazeta Renana (“Rheinische Zeitung”). Trabalhar na redação do jornal fez com que Karl Marx se colocasse frente a problemas concretos de natureza política e econômica; entretanto, negava fortemente o comunismo. A Gazeta foi fechada após uma série de ataques ao governo prussiano, e Marx se mudou para Paris – logo após se casar com Jenny von Westphalen, no dia 19 de junho de 1843 , editando junto a Arnold Ruge os Anuários Franco-Germânicos. Na cidade, Karl Marx viveu um tempo em uma “comunidade socialista”, a qual rompeu em consequência de vários debates e embates políticos, com os membros da comunidade, conheceu diversos socialistas franceses e a Liga dos Justos (o que mais tarde se tornaria a “Liga dos Comunistas“). No ano seguinte, em 1844, Engels visitou Marx por alguns dias, da amizade que nasceu entre os dois saíram algumas das obras mais importantes de crítica ao sistema capitalista. Durante o tempo em que viveu em Paris, Karl Marx intensificou seus estudos sobre a história da França, o socialismo utópico e economia política, produzindo os “Manuscritos Econômico-Filosóficos“. Segundo Engels, foi nessa época que Marx aderiu aos ideais socialistas.

sábado, 18 de janeiro de 2020

IMPEACHMENT NA CASA BRANCA: SERÁ QUE TRUMP SERÁ “ATRAMPADO” PELO SENADO IMPERIAL?


Nesta última quinta-feira (16/01) começou o julgamento político do presidente Donald Trump no Senado dos EUA, o chamado processo do impeachment instrumento jurídico criado pelos ianques e que se “popularizou” nas constituições do mundo todo. Após o envio pela Câmara dos Deputados da acusação de abuso de poder e obstrução ao Congresso e depois de quase um mês de protelação, o relógio começou a “correr” para depor o presidente do “monstro” imperialista. A comitiva oficial da Câmara foi recebida pelo líder da maioria, o conservador republicano, senador Mitch McConnell, que declarou que o Senado imperial “está pronto” para receber os deputados designados ‘gerentes’, que atuarão como promotores da acusação. O julgamento será dirigido pelo presidente da Suprema Corte, John Roberts e os 100 senadores se tornam o júri. No último ato na Câmara, controlada pelos democratas, foram eleitos os sete promotores do processo: o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Adam Schiff, que encabeçou a investigação inicial e será o acusador principal; o presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerrold Nadler, cujo painel redigiu os artigos de impeachment; o presidente do Democratic Caucus, Hakeem Jeffries; e os deputados Jason Crow, Sylvia Garcia, Zoe Lofgren e Val Demings. Jamais um presidente norte-americano até hoje foi afastado ao final do processo de impeachment, apesar de Richard Nixon ter renunciado a Casa Branca sob pressão do processo em pleno curso e com uma clara tendência a cassação do seu mandato presidencial.  Para ser afastado, 67 senadores (dois terços) terão de votar contra Trump , o que em um cenário político estático é formalmente improvável com os republicanos tendo controle por 53 a 47, precisaria que 20 senadores republicanos abandonassem o barco “trumpista”. Para se ter um parâmetro comparativo, na Câmara a aprovação do envio das acusações ao Senado foi por 228 a 193, inteiramente por linhas partidárias fidelizadas, todos os deputados republicanos votaram contra e todos os democratas a favor, mais uma independente. Às vésperas da eleição presidencial em novembro próximo, não é difícil prever que  no Senado, a menos que apareça aquela famosa figura do imaginário norte-americano, uma “arma fumegante”, a votação vai ser nos mesmos parâmetros partidários. Com tantos crimes hediondos para indiciar Trump (crianças separadas dos pais, incitação à xenofobia, tratados imprescindíveis rasgados, ocultação de imposto de renda e agora o assassinato do general Suleimani à luz do dia), os democratas acharam por bem investigá-lo por um telefonema ao novo presidente ucraniano em julho, Volodymyr Zelensky, uma verdadeira gentileza para “cumprir tabela”. O início do governo do palhaço reacionário parecia que não sustentaria Trump por muito tempo, porém a agressiva política belicista do imperialismo ianque acabou por unificar as duas alas do grande partido do capital financeiro(Democrata e Republicano), e o processo de impeachment apresentado no final do mandato foi apenas uma mera formalidade da oposição. Por outro lado em sua última grande cartada política na Casa Branca, ou seja o ataque militar ao Irã, foi relativamente bem sucedido em virtude do flagrante recuo do regime dos aiatolás. Por tudo isso podemos prognosticar que o processo do impeachment contra Trump seguirá o curso previsto pelos próprios democratas: não dará em nada!