QUE DESEMPREGO DIMINUIU: INFORMALIDADE DO TRABALHO (“BICO SEM CARTEIRA”) BATE RECORDE HISTÓRICO NO BRASIL...
No primeiro ano do governo neofascista de Bolsonaro a
informalidade no mundo do trabalho assalariado, a soma dos trabalhadores sem
carteira registrada, empregados domésticos sem vínculo trabalhista e o
proletariado que trabalha por conta própria atingiu 41,1% da força de trabalho
do país, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas. Mas a mídia
corporativa (“murdochiana”) estampa cinicamente em suas manchetes que o
desemprego diminuiu no Brasil. É o maior contingente de brasileiros no trabalho
precário em quatro anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (31/01)pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com 2018, o número de
trabalhadores por conta própria subiu para 24,2 milhões, uma expansão de 4,1%
(958 mil). O número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado
atingiu 11,6 milhões. Uma expansão de 4% em relação a 2018, o mais alto patamar
da série histórica iniciada em 2012. Portanto a sórdida comemoração dos estafetas
do governo neofascista acerca da queda na taxa média de desocupação, de 12,3%
em 2018 para 11,9% em 2019, foi resultado do aumento da informalidade e da
precarização a que está submetida a classe trabalhadora. Nesse quadro dramático
de milhões de operários brasileiros desempregados, sem direitos trabalhistas
algum e com a renda comprimida foram criadas apenas 356 mil vagas com carteira
assinada. O quadro econômico de aprofundamento da recessão capitalista favorece
o cenário do desemprego, somado ao fato do governo neofascista reduzir
drasticamente o investimento público, vetor fundamental em um país
imperializado como o nosso. O total de investimentos feito pelas estatais em
2019, de R$ 58,3 bilhões, é o menor resultado registrado em 5 anos e representa
uma queda de 31,3% na comparação com o ano anterior, cuja execução foi de R$
84,8 bilhões. A equipe econômica palaciana, chefiada pelo rentista Paulo Guedes
está limitando o investimento público e reduzindo o patrimônio das estatais,
com isso ele eleva os ganhos dos acionistas privados e muitos deles
estrangeiros como é o caso da Petrobrás. Em resumo: não há recuperação
econômica alguma e muito menos redução nos níveis de desemprego, apenas “fogo
ilusório” da mídia corporativa festejando a destruição do país pela receita de
“ajuste” imposta pelo capital financeiro. É necessário romper a paralisia do
movimento operário e popular, organizando uma jornada nacional para unificar as
lutas existentes (Casa da Moeda, Petrobras, professores etc..) com o norte apontado
na preparação da Greve Geral.