DINO E PCdoB QUEREM ALIANÇA COM FHC: PARA OS REFORMISTAS
TUCANOS PRIVATEIROS SERIAM DE “CENTRO-ESQUERDA”...
O governador Flávio Dino e seu partido o PCdoB estão
empreendendo uma verdadeira cruzada nacional já com os olhos voltados para as
eleições presidenciais de 2022. Se já não fosse um absurdo completo abandonar
as ruas na ação concreta de resistência contra a brutal ofensiva neofascista
deste governo de extrema direita, os reformistas da Frente Popular ainda
pretendem “semear” uma alternativa eleitoral para 2022 tão neoliberal quanto a
quadrilha do ministro Paulo Guedes, batizada cinicamente de “aliança de centro-esquerda”.
Primeiro o governador do Maranhão tratou de sentar com Luciano Huck, o
apresentador global que a famiglia Marinho sonha em emplacar no Palácio do
Planalto. Nada de muito surpreendente para Flávio Dino, um dos governadores da
Frente Popular que fez questão de aplicar em seu estado a cruel (contra)reforma
da Previdência, copiada integralmente do governo Bolsonaro. Porém agora o PCdoB
parece ter ido mais a fundo na senda da traição de classe, organizou um
encontro entre o ex-presidente da privataria tucana, FHC e o atual governador
do Rio Grande do Sul Eduardo Leite também do PSDB. Seria bom registar que
Eduardo Leite acaba de reprimir a combativa greve dos servidores públicos
gaúchos, fato que para o PCdoB parece não ter a menor importância, afinal as
eleições burguesas e não as lutas dos trabalhadores são seu principal foco
programático. Para os reformistas FHC e os “tucanos de alta plumagem” se
encaixariam perfeitamente na estratégia de ampliar ainda mais a Frente
Popular(PT, PSOL, PCdoB e PCO), seria a “consubstanciação” ideal da tal Frente
Ampla a ser lançada para as eleições presidenciais de 2022. Segundo os
“teóricos” do PCdoB, somente com uma nova composição “neoliberal de oposição”,
incluindo a famiglia Marinho, FHC, Ciro Gomes, Marina Silva e quem sabe até o
governador Wilson Witzel(PSL)seria possível derrotar a tentativa de reeleição
do neofascista Bolsonaro. Os Marxistas Leninistas afirmam exatamente o inverso
do absurdo político pregado pelo PCdoB, a farsa da constituição da Frente Ampla
será o caminho mais curto para uma profunda derrota da classe operária e seus
aliados históricos. Se juntar eleitoralmente com a escória neoliberal tucana
que vendeu o país ao imperialismo e continua a reprimir brutalmente os
trabalhadores, não pode ter justificativa alguma a não ser a da colaboração de
classes com setores reacionários da burguesia nacional. Esta política se levada
a frente só trará desmoralização e desmobilização da ação direta do
proletariado, em nome de uma “Santa Aliança” que na verdade faz o jogo político
do neofascismo. Denunciar estes impostores que falam em nome do “socialismo e
da esquerda”, como o PCdoB, é uma das tarefas centrais para iniciar a
clarificação programática da vanguarda classista que não se vergou ao
reformismo.