quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

DINO E PCdoB QUEREM ALIANÇA COM FHC: PARA OS REFORMISTAS TUCANOS PRIVATEIROS SERIAM DE “CENTRO-ESQUERDA”...


O governador Flávio Dino e seu partido o PCdoB estão empreendendo uma verdadeira cruzada nacional já com os olhos voltados para as eleições presidenciais de 2022. Se já não fosse um absurdo completo abandonar as ruas na ação concreta de resistência contra a brutal ofensiva neofascista deste governo de extrema direita, os reformistas da Frente Popular ainda pretendem “semear” uma alternativa eleitoral para 2022 tão neoliberal quanto a quadrilha do ministro Paulo Guedes, batizada cinicamente de “aliança de centro-esquerda”. Primeiro o governador do Maranhão tratou de sentar com Luciano Huck, o apresentador global que a famiglia Marinho sonha em emplacar no Palácio do Planalto. Nada de muito surpreendente para Flávio Dino, um dos governadores da Frente Popular que fez questão de aplicar em seu estado a cruel (contra)reforma da Previdência, copiada integralmente do governo Bolsonaro. Porém agora o PCdoB parece ter ido mais a fundo na senda da traição de classe, organizou um encontro entre o ex-presidente da privataria tucana, FHC e o atual governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite também do PSDB. Seria bom registar que Eduardo Leite acaba de reprimir a combativa greve dos servidores públicos gaúchos, fato que para o PCdoB parece não ter a menor importância, afinal as eleições burguesas e não as lutas dos trabalhadores são seu principal foco programático. Para os reformistas FHC e os “tucanos de alta plumagem” se encaixariam perfeitamente na estratégia de ampliar ainda mais a Frente Popular(PT, PSOL, PCdoB e PCO), seria a “consubstanciação” ideal da tal Frente Ampla a ser lançada para as eleições presidenciais de 2022. Segundo os “teóricos” do PCdoB, somente com uma nova composição “neoliberal de oposição”, incluindo a famiglia Marinho, FHC, Ciro Gomes, Marina Silva e quem sabe até o governador Wilson Witzel(PSL)seria possível derrotar a tentativa de reeleição do neofascista Bolsonaro. Os Marxistas Leninistas afirmam exatamente o inverso do absurdo político pregado pelo PCdoB, a farsa da constituição da Frente Ampla será o caminho mais curto para uma profunda derrota da classe operária e seus aliados históricos. Se juntar eleitoralmente com a escória neoliberal tucana que vendeu o país ao imperialismo e continua a reprimir brutalmente os trabalhadores, não pode ter justificativa alguma a não ser a da colaboração de classes com setores reacionários da burguesia nacional. Esta política se levada a frente só trará desmoralização e desmobilização da ação direta do proletariado, em nome de uma “Santa Aliança” que na verdade faz o jogo político do neofascismo. Denunciar estes impostores que falam em nome do “socialismo e da esquerda”, como o PCdoB, é uma das tarefas centrais para iniciar a clarificação programática da vanguarda classista que não se vergou ao reformismo.