quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

NOVA PANDEMIA MUNDIAL: O CORONAVÍRUS É O CAPITALISMO EM SUA FASE “RETROVIRAL”


A Organização Mundial de Saúde (OMS) convocou para esta quarta-feira um painel de especialistas em emergências para determinar se um novo vírus que se espraia pela China e causa pneumonia deve ser declarado uma ameaça global, depois que autoridades de saúde chinesas confirmaram que o patógeno é contagioso e a ocorrência de quatro mortes.O surto teve início em Wuhan, capital da província central de Hubei, se estendeu a Pequim e outras cidades e já há suspeita de casos no Japão, Coreia do Sul, Austrália, México,Tailândia e EUA.No Brasil, o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde informa que não há nenhum caso suspeito, mas a pasta diz que enviou comunicado às representações da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) em portos e aeroportos para que viajantes sejam orientados a tomar medidas de precauções em viagens ao exterior e para a "revisão dos principais aeroportos de conexão provenientes da China para identificação e mensuração dos riscos". Segundo a OMS, uma fonte animal parece ser “a principal fonte” do surto e está ocorrendo uma “transmissão limitada” de humanos para humanos. Com mais de 10 milhões de habitantes, Wuhan é a sétima cidade mais populosa da China.Os novos casos trouxeram de volta os registros da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), outro tipo de coronavírus que surgiu na China nos anos de 2002 e 2003, resultando na morte de quase 800 pessoas em uma pandemia global. Especialistas britânicos que estão monitorando a doença afirmam que há sinais para "inquietação", devido a rapidez da propagação mundial. Zhong Nanshan, o cientista chinês responsável pela descoberta em 2003 do SARS e que encabeça a comissão de alto nível da China sobre a nova pneumonia, revelou que o mais novo patógeno é capaz de se espalhar de pessoa para pessoa. “Foi confirmado que duas pessoas na provincial de Guangdong foram infectadas através de transmissão humano-para-humano”. O regime capitalista global também está padecendo de uma “doença econômica crônica e estrutural”, o estancamento de suas forças produtivas, e por isso mesmo a ameaça de uma pandemia internacional já começa a abalar os mercados financeiros. Com as alarmantes notícias sobre o coronavírus, o MSCI Emerging Markets Index registrou a sua maior queda em cinco meses nesta última terça-feira (21/01), com baixa de 1,7%, enquanto as moedas emergentes também registraram baixas, capitaneadas pelo won sul-coreano e pelo peso colombiano. No Brasil, oIbovespa teve queda de 1,54%, a 117.026 pontos,enquanto o dólar superou os R$ 4,20, na maior cotação desde dezembro. O episódio do SARS ocorrido em 2003 está sendo usado como parâmetro para os analistas de mercado e investidores entenderem qual pode ser o impacto do coronavírus na segunda maior economia do mundo, uma vez que abalou os mercados há 17 anos atrás.  As commodities neste momento de “pré pânico” também estão sendo afetadas, ainda que de magnitudes diferentes, os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para março caiu 0,34%, a US$ 58,38 o barril, já o contrato do Brent para o mesmo mês recuou 0,94%, a US$ 64,59 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Obviamente os especuladores e rentistas do cassino de Wall Street querem tirar proveito financeiro do temor que já “contaminou” o mundo, é a fase “retroviral” de um sistema de produção esgotado e que objetivamente põe em risco a sobrevivência de toda a humanidade. A indústria química e farmacêutica, assim como a indústria armamentista do imperialismo ianque, acumulam lucros com morte e não com a vida, são o recurso histórico utilizado pela burguesia para uma fase de redução drástica da taxa de lucro em função da recessão mundial. É necessário para a sobrevivência da humanidade romper com esta lógica suicida do capital, porém a única alternativa possível para evitar a barbárie em todo o mundo, continua sendo a perspectiva estratégica da revolução proletária e o socialismo!