sábado, 11 de janeiro de 2020

PARA COBRIR ROMBO NO ORÇAMENTO: GOVERNO NEOFASCISTA DEIXA DE PAGAR APOSENTADORIAS E OUTROS BENEFÍCIOS DO INSS PARA HONRAR DÍVIDA PÚBLICA COM OS RENTISTAS


Para cobrir o rombo no orçamento federal, em função da perda na arrecadação provocada pela recessão econômica que o Brasil atravessa, mais de 1,3 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não estão conseguindo obter seus benefícios devido a “falhas e sistema travado do órgão”.  Nem mesmo as novas regras vigentes com a aprovação da (contra)reforma da Previdência estão sendo “honradas” pelo governo neofascista de Bolsonaro. São 65% dos requerimentos sem atendimento, deixando as pessoas sem aposentadoria, além de benefícios como assistência ao idoso, por incapacidade, para deficientes de baixa-renda, salário-maternidade, auxílio-doença e pensão por morte. Um verdadeiro caos social instalado no país pelo “default” das contas públicas, contingenciadas para o pagamento da dívida interna junto aos rentistas internacionais. Só este mês, o órgão anunciou o fechamento de mais de 500 agências do INSS. O governo neofascista também anunciou, este ano, o fechamento de 20 unidades regionais do Dataprev, empresa que processa os dados de 35 milhões de aposentados. A esse verdadeiro desmonte do sistema o Ministro Paulo Guedes chama de “otimização da força de trabalho” e “digitalização do sistema”, mas o efeito até o momento foi o desamparo de milhões de trabalhadores brasileiros, que não conseguem solicitar as suas aposentadorias. Os sistemas sequer foram adaptados às novas regras da (contra)reforma da Previdência atrasando ainda mais os pedidos de direitos já adquiridos. Em resposta ao caos, o governo “lambe botas” do imperialismo, através do estafeta secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, admitiu nesta sexta-feira(10:02), que a fila não será zerada antes de julho. A informação foi também anunciada pelo presidente do INSS, Renato Vieira, que afirmou que a fila não será resolvida em menos de seis meses. “Esperamos que nos próximos 6 meses a situação esteja absolutamente regularizada”. Diante desta grave crise do sistema previdenciário, motivada por fatores econômicos externos ao INSS, como a recessão e colapso nas contas de governo, é necessário mobilizar o conjunto da classe trabalhadora (ativos e inativos), para uma grande jornada nacional de lutas que desemboque na preparação da Greve Geral contra a supressão de direitos históricos do povo brasileiro. Desgraçadamente as burocracias sindicais, como CUT, Força Sindical, CTB e CONLUTAS permanecem inertes diante desta imensa tragédia das camadas mais necessitadas do proletariado, como os acidentados, doentes e idosos.