Para cobrir o rombo no orçamento federal, em função da perda
na arrecadação provocada pela recessão econômica que o Brasil atravessa, mais
de 1,3 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) não estão conseguindo obter seus benefícios devido a “falhas e
sistema travado do órgão”. Nem mesmo as
novas regras vigentes com a aprovação da (contra)reforma da Previdência estão
sendo “honradas” pelo governo neofascista de Bolsonaro. São 65% dos
requerimentos sem atendimento, deixando as pessoas sem aposentadoria, além de
benefícios como assistência ao idoso, por incapacidade, para deficientes de
baixa-renda, salário-maternidade, auxílio-doença e pensão por morte. Um
verdadeiro caos social instalado no país pelo “default” das contas públicas,
contingenciadas para o pagamento da dívida interna junto aos rentistas
internacionais. Só este mês, o órgão anunciou o fechamento de mais de 500
agências do INSS. O governo neofascista também anunciou, este ano, o fechamento
de 20 unidades regionais do Dataprev, empresa que processa os dados de 35
milhões de aposentados. A esse verdadeiro desmonte do sistema o Ministro Paulo
Guedes chama de “otimização da força de trabalho” e “digitalização do sistema”,
mas o efeito até o momento foi o desamparo de milhões de trabalhadores
brasileiros, que não conseguem solicitar as suas aposentadorias. Os sistemas
sequer foram adaptados às novas regras da (contra)reforma da Previdência
atrasando ainda mais os pedidos de direitos já adquiridos. Em resposta ao caos,
o governo “lambe botas” do imperialismo, através do estafeta secretário de
Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, admitiu nesta sexta-feira(10:02), que
a fila não será zerada antes de julho. A informação foi também anunciada pelo
presidente do INSS, Renato Vieira, que afirmou que a fila não será resolvida em
menos de seis meses. “Esperamos que nos próximos 6 meses a situação esteja
absolutamente regularizada”. Diante desta grave crise do sistema
previdenciário, motivada por fatores econômicos externos ao INSS, como a
recessão e colapso nas contas de governo, é necessário mobilizar o conjunto da
classe trabalhadora (ativos e inativos), para uma grande jornada nacional de
lutas que desemboque na preparação da Greve Geral contra a supressão de direitos
históricos do povo brasileiro. Desgraçadamente as burocracias sindicais, como
CUT, Força Sindical, CTB e CONLUTAS permanecem inertes diante desta imensa
tragédia das camadas mais necessitadas do proletariado, como os acidentados,
doentes e idosos.