sábado, 18 de janeiro de 2020

IMPEACHMENT NA CASA BRANCA: SERÁ QUE TRUMP SERÁ “ATRAMPADO” PELO SENADO IMPERIAL?


Nesta última quinta-feira (16/01) começou o julgamento político do presidente Donald Trump no Senado dos EUA, o chamado processo do impeachment instrumento jurídico criado pelos ianques e que se “popularizou” nas constituições do mundo todo. Após o envio pela Câmara dos Deputados da acusação de abuso de poder e obstrução ao Congresso e depois de quase um mês de protelação, o relógio começou a “correr” para depor o presidente do “monstro” imperialista. A comitiva oficial da Câmara foi recebida pelo líder da maioria, o conservador republicano, senador Mitch McConnell, que declarou que o Senado imperial “está pronto” para receber os deputados designados ‘gerentes’, que atuarão como promotores da acusação. O julgamento será dirigido pelo presidente da Suprema Corte, John Roberts e os 100 senadores se tornam o júri. No último ato na Câmara, controlada pelos democratas, foram eleitos os sete promotores do processo: o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Adam Schiff, que encabeçou a investigação inicial e será o acusador principal; o presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerrold Nadler, cujo painel redigiu os artigos de impeachment; o presidente do Democratic Caucus, Hakeem Jeffries; e os deputados Jason Crow, Sylvia Garcia, Zoe Lofgren e Val Demings. Jamais um presidente norte-americano até hoje foi afastado ao final do processo de impeachment, apesar de Richard Nixon ter renunciado a Casa Branca sob pressão do processo em pleno curso e com uma clara tendência a cassação do seu mandato presidencial.  Para ser afastado, 67 senadores (dois terços) terão de votar contra Trump , o que em um cenário político estático é formalmente improvável com os republicanos tendo controle por 53 a 47, precisaria que 20 senadores republicanos abandonassem o barco “trumpista”. Para se ter um parâmetro comparativo, na Câmara a aprovação do envio das acusações ao Senado foi por 228 a 193, inteiramente por linhas partidárias fidelizadas, todos os deputados republicanos votaram contra e todos os democratas a favor, mais uma independente. Às vésperas da eleição presidencial em novembro próximo, não é difícil prever que  no Senado, a menos que apareça aquela famosa figura do imaginário norte-americano, uma “arma fumegante”, a votação vai ser nos mesmos parâmetros partidários. Com tantos crimes hediondos para indiciar Trump (crianças separadas dos pais, incitação à xenofobia, tratados imprescindíveis rasgados, ocultação de imposto de renda e agora o assassinato do general Suleimani à luz do dia), os democratas acharam por bem investigá-lo por um telefonema ao novo presidente ucraniano em julho, Volodymyr Zelensky, uma verdadeira gentileza para “cumprir tabela”. O início do governo do palhaço reacionário parecia que não sustentaria Trump por muito tempo, porém a agressiva política belicista do imperialismo ianque acabou por unificar as duas alas do grande partido do capital financeiro(Democrata e Republicano), e o processo de impeachment apresentado no final do mandato foi apenas uma mera formalidade da oposição. Por outro lado em sua última grande cartada política na Casa Branca, ou seja o ataque militar ao Irã, foi relativamente bem sucedido em virtude do flagrante recuo do regime dos aiatolás. Por tudo isso podemos prognosticar que o processo do impeachment contra Trump seguirá o curso previsto pelos próprios democratas: não dará em nada!