Entoando palavras de ordem contra o terrorismo do
imperialismo ianque, uma verdadeiro “tufão” de milhões de manifestantes,
levantando cartazes com o retrato do general Qassem Suleimani, deu seu adeus
nesta segunda-feira (06/01) ao comandante militar do Irã assassinado
covardemente por ordem do reacionário Trump na semana passada. Carregando
bandeiras iranianas, libanesas e iraquianas, milhões de pessoas tomaram as ruas
da capital iraniana, e outras cidades do país, se comprometendo a honrar a
trajetória do comandante da resistência prosseguindo em seu combate ao
terrorismo dos EUA. Para o novo comandante militar da Força Quds, Esmail Qaani,
não há outra forma de honrar o exemplo e a trajetória do comandante assassinado
senão resistindo à barbárie da agressão. “Seguiremos o caminho do mártir
Suleimani com firmeza e resistência e a única compensação para nós será
expulsar os Estados Unidos da região”. Durante a homenagem, a filha do general
Suleimani, afirmou que o martírio do pai “levará a um despertar no front da
resistência aos Estados Unidos”. “O ataque dos norte-americanos”, assinalou a
filha do general, “levará dias escuros aos Estados Unidos”. Segundo ela, “o
plano maligno do presidente Donald Trump de causar a separação entre o Iraque e
o Irã falhou. Trump, louco, não pense que tudo está terminado com esse martírio
de meu pai”. As homenagens começaram no sábado (04/01) ainda no Iraque, depois
de sair de Bagdá, o corpo passou pelas cidades de Karbala e Najaf, consideradas
sagradas pelos muçulmanos xiitas. A mobilização popular lembrou a movimentação
das massas que se reuniram em 1989 para o funeral do fundador da República
Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, porém os gigantescos atos de hoje
conseguiram superar os funerais de Khomeini, revelando a enorme disposição das
massas persas e árabes em derrotar a ofensiva anunciada pelo presidente Trump
contra os povos do Oriente Médio. Encerrada as homenagens póstumas ao general
Suleimani nesta terça-feira, está colocado a organização de uma vigorosa e
enérgica resposta política e militar aos carniceiros do Pentágono. Como
Marxistas Leninistas não podemos confiar plenamente no regime dos aiatolás, que
apesar de seu caráter nacionalista, e pela sua essência de classe burguesa
sempre está disposto a encontrar um “compromisso” com o imperialismo, fato que
já ocorreu no passado recente do Irã. Entretanto apoiaremos incondicionalmente
qualquer ataque da nação oprimida contra o governo imperialista dos EUA. A
tarefa dos Bolcheviques neste conflito, onde formamos parte de um campo
anti-imperialista, passa por impulsionar a ação independente do proletariado e
transformar a guerra em revolução socialista!