O “Secretário de Cultura” do governo neofascista foi
surpreendido com o anúncio de sua demissão ao cargo, um pouco antes de sua
“cabeça rolar” recebeu um telefonema do próprio Bolsonaro afirmando que
seguiria firme no cargo e que: “comungavam dos mesmos ideais”. Mas se existe
uma característica inerente ao “DNA” político do fascismo é o da sua extrema
covardia. O capitão boçal que ocupa o Planalto não resistiu aos telefonemas
vindos de várias embaixadas europeias, principalmente ao do representante do
governo alemão, dando conta que não aceitariam a permanência do protonazista no
staff oficial do regime brasileiro. Era só um “aviso” do imperialismo europeu
para que os “devaneios” fascistas do governo Bolsonaro não ganhasse proporções
internacionais. Também não faltaram os “recados” da burguesia nacional para que
os estafetas de Bolsonaro controlassem sua língua. O chefe do parlamento,
Rodrigo Maia, ironizando Alvim disse que “teria que ser internado em um
hospício”. Obviamente que todos estes setores da classe dominante se mostraram
escandalizados com o exagero da cena do “secretário”, porém por sua própria
natureza de classe não convocam a esmagar o “ovo da serpente” que ameaça
diretamente a classe operária e seus aliados oprimidos. A demissão de Roberto
Alvim, pelo arrego de Bolsonaro diante dos seus patrões imperialistas, não
reverte de modo algum a ofensiva reacionária em pleno curso no país, o vídeo do
canastrão neonazista teve pelo menos o “mérito” de revelar ao mundo os reais
objetivos do núcleo bolsonarista. Para a esquerda reformista que questionava a
caracterização elaborada pela LBI, de que o governo Bolsonaro possuía uma
natureza política neofascista, deve ficar pelo menos a lição abstraída deste
episódio da luta de classes.