quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

QUEDA NO AR DO IRÃ DE MAIS UM BOEING: FOI PARA TENTAR SALVAR O TRUSTE NORTE-AMERICANO DA FALÊNCIA QUE BOLSONARO ENTREGOU A EMBRAER AO IMPERIALISMO


A multinacional da construção aérea, Boeing, atravessa sua pior crise em mais de cem anos de existência da companhia. A crise que se instaurou após os dois acidentes com o 737 Max jogou a Boeing em um dos seus piores momentos financeiros. Tanto a governança quanto as finanças acabaram afetadas diretamente. Além disso, a empresa ianque também enfrenta uma série de pedidos de indenização e conflitos administrativos internos. No final de dezembro de 2019, a companhia demitiu o antigo CEO, o “manda chuva” Dennis Muilenburg, por conta da crise de imagem desencadeada pelos inúmeros acidentes ocorridos. A companhia viu seu lucro operacional despencar 97% nos nove primeiros meses de 2019. Os acidentes dos seus jatos em pleno voos não param de acontecer, o mais recente ocorreu na manhã desta quarta-feira (08/01) sobre o território iraniano. Um Boeing 737 da companhia ucraniana “ Ukraine International Airlines” caiu logo após decolar de Teerã em um acidente que foi inicialmente atribuído a uma falha do motor. Esse foi o primeiro acidente fatal da companhia aérea de Kiev, porém a Boeing já acumula quase uma dezena de desastres fatais somente nos últimos anos. "De acordo com as informações preliminares, o avião caiu como resultado de uma falha no motor por razões técnicas.”Neste momento, a versão de um ataque terrorista está descartada", afirmava o texto publicado no site do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia, porém os abutres de Washington em conjunto com a direção da corporação industrial em situação falimentar, começou a especular sobre uma possível “causa política” do trágico acidente. Uma vã tentativa de tirar a total responsabilidade da Boeing, que em função da crise não consegue dar a mínima consultoria técnica em suas aeronaves espalhadas em todo o mundo. Somente um governo da escória fascista, totalmente subserviente a Casa Branca, como o do “capitão” Bolsonaro, poderia se prestar ao papel de socorrer uma transnacional ianque, entregando de bandeja uma indústria nacional de ponta como a Embraer para a Boeing. Se apropriado dos projetos da Embraer, do tipo cargueiro KC-390 ou de jatos médios executivos e aviões comerciais para voos inter-regionais, a Boeing espera escapar da insolvência e sobreviver no disputado mercado internacional da aviação. O Brasil perdeu sua indústria mais avançada tecnologicamente, aceitando como um “Cordeiro manso”, sob a batuta do governo neofascista, o papel econômico imposto pelos EUA de agroexportador de comodities e produtos primários. O resultado prático e mais imediato do desastre econômico gerido por Guedes e Bolsonaro é um imenso rombo na balança comercial do país e a maior “fuga” de dólares da história do Brasil em 2019...