A multinacional da construção aérea, Boeing, atravessa sua
pior crise em mais de cem anos de existência da companhia. A crise que se
instaurou após os dois acidentes com o 737 Max jogou a Boeing em um dos seus
piores momentos financeiros. Tanto a governança quanto as finanças acabaram
afetadas diretamente. Além disso, a empresa ianque também enfrenta uma série de
pedidos de indenização e conflitos administrativos internos. No final de
dezembro de 2019, a companhia demitiu o antigo CEO, o “manda chuva” Dennis
Muilenburg, por conta da crise de imagem desencadeada pelos inúmeros acidentes
ocorridos. A companhia viu seu lucro operacional despencar 97% nos nove
primeiros meses de 2019. Os acidentes dos seus jatos em pleno voos não param de
acontecer, o mais recente ocorreu na manhã desta quarta-feira (08/01) sobre o
território iraniano. Um Boeing 737 da companhia ucraniana “ Ukraine
International Airlines” caiu logo após decolar de Teerã em um acidente que foi
inicialmente atribuído a uma falha do motor. Esse foi o primeiro acidente fatal
da companhia aérea de Kiev, porém a Boeing já acumula quase uma dezena de
desastres fatais somente nos últimos anos. "De acordo com as informações
preliminares, o avião caiu como resultado de uma falha no motor por razões técnicas.”Neste
momento, a versão de um ataque terrorista está descartada", afirmava o
texto publicado no site do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia, porém
os abutres de Washington em conjunto com a direção da corporação industrial em
situação falimentar, começou a especular sobre uma possível “causa política” do
trágico acidente. Uma vã tentativa de tirar a total responsabilidade da Boeing,
que em função da crise não consegue dar a mínima consultoria técnica em suas
aeronaves espalhadas em todo o mundo. Somente um governo da escória fascista,
totalmente subserviente a Casa Branca, como o do “capitão” Bolsonaro, poderia
se prestar ao papel de socorrer uma transnacional ianque, entregando de bandeja
uma indústria nacional de ponta como a Embraer para a Boeing. Se apropriado dos
projetos da Embraer, do tipo cargueiro KC-390 ou de jatos médios executivos e
aviões comerciais para voos inter-regionais, a Boeing espera escapar da
insolvência e sobreviver no disputado mercado internacional da aviação. O
Brasil perdeu sua indústria mais avançada tecnologicamente, aceitando como um
“Cordeiro manso”, sob a batuta do governo neofascista, o papel econômico
imposto pelos EUA de agroexportador de comodities e produtos primários. O
resultado prático e mais imediato do desastre econômico gerido por Guedes e
Bolsonaro é um imenso rombo na balança comercial do país e a maior “fuga” de
dólares da história do Brasil em 2019...