“Amigos da Líbia” versão tupiniquim: Dilma bloqueia ativos do governo líbio no Brasil
A pedido da Advocacia-Geral da União recursos do governo líbio no Brasil foram bloqueados pela justiça federal. Desta forma, o governo Dilma, servil ao imperialismo, segue as diretrizes dos abutres imperialistas “Amigos da Líbia” deliberadas na reunião em Paris. Segundo a AGU, o embargo aos ativos do governo Kadaffi e das instituições públicas da Líbia “visa impedir o armamento de forças ligadas ao ditador e para suprimir as fontes financeiras que possam contribuir para o armamento, o desrespeito aos direitos humanos e a utilização da violência contra civis” (O Estado de S.Paulo, 6/9). É a comprovação na prática de que a política externa do governo da frente popular é uma mera sucursal da Casa Branca, apesar da retórica “terceiromundista”.
Depois de anunciar que pretende reconhecer o governo dos facínoras do CNT como “representante legítimo do povo líbio”, a fim de garantir os negócios das empresas brasileiras junto aos rebeldes mercenários da OTAN, Dilma, através da ação da AGU; soma-se ao cerco dos aliados “emergentes” das potências imperialistas que visam estrangular por todos os meios a resistência popular que se nega entregar o país nas mãos dos neocolonialistas. Cinicamente, a frente popular faz essa investida em nome do “combate à ditadura de Kadaffi”, mas não esboça nenhuma reação contra os ataques do enclave de Israel aos palestinos ou ao terrorismo de estado ianque pelo planeta afora.
Por isto, não é de se estranhar que o Palácio do Planalto acabe de anunciar que está disposto a apoiar no Conselho de Segurança da ONU uma resolução mais dura que imponha novos embargos à Síria. A proposta deverá ser apresentada nestes dias pela Grã-Bretanha aos outros 14 membros do Conselho, mas pode ser vetada pela Rússia, um dos cinco membros permanentes do CS. Justamente no sentido de “convencer” Moscou a aceitar a resolução, o servil governo brasileiro está sendo acionado pela Casa Branca para costurar um “texto de consenso” contra o regime da oligarquia Assad.
A posição do chanceler brasileiro, Antonio (nada) Patriota é a de que “passou o tempo de espera por um sinal do governo de Bashar Assad de que a violência será controlada no país e o Conselho precisa tomar uma atitude mais dura”. Pela resolução se bloqueará os bens sírios no exterior, instaura-se um embargo total de armas e munições a Damasco e proíbe-se membros do governo e parentes de Assad de serem recebidos em outros países. Esta aberta agressão à soberania nacional síria é similar à resolução aprovada em fevereiro contra a Líbia. Como se vê, o imperialismo prepara, com o apoio do governo Dilma, o incremento da ofensiva política, diplomática e militar contra a Síria, enquanto acerta com a frente popular os termos da rapina do botim na Líbia!