Derrota da ocupação imperialista em Sirte e Bani Walid: sem a ajuda das bombas da OTAN a “revolução na Líbia” não avança um quilômetro sequer!
Há mais de uma semana depois de expirado o ultimato (já prorrogado por duas vezes) dado pelos “rebeldes” para a rendição das forças leais ao regime do coronel Kadaffi, o governo títere do CNT não conseguiu avançar nem um passo sobre os quatro bastiões sob controle do exército nacional líbio. As cidades de Sirte, Bani Walid, Jufra e Sabha repeliram com firmeza as investidas das tropas do CNT, que foram obrigadas a bater em retirada como ratos covardes no deserto, sob a proteção dos caças da OTAN. Em outras localidades como Harawa, a 80 Km de Sirte, os combates seguem quadra a quadra da cidade. Se como diz um velho provérbio chinês, a vitória em uma guerra é determinada pelo estado de ânimo da tropa, ontem (17/09) o dos “rebeldes” não parecia atravessar seu melhor momento. O criminoso cerco imposto a Sirte, pelas tropas da OTAN vem provocando um efeito contrário ao pretendido pelos chacais imperialistas, ou seja, a população vem redobrando sua capacidade de resistência à ocupação, apesar da intensidade dos bombardeios, inclusive em complexos habitacionais como o de Tamin, deixando um rastro assassino de mais de 400 mortos civis.
Apesar do estardalhaço da mídia capitalista mundial, desgraçadamente seguido pela esquerda revisionista, acerca do suposto colapso final do regime nacionalista burguês líbio, a “rendição”do coronel Kadaffi ainda está muito longe de acontecer. A extraordinária capacidade de luta da população e das massas líbias não é obra de nenhum “segredo” militar, sabem muito bem o que está em jogo nesta guerra de rapina, são suas conquistas históricas produto da revolução democrática ocorrida em 1969. O fato do empantanamento militar dos “rebeldes” após a “conquista” de Trípoli, sob os auspícios da OTAN, obrigou o CNT a deslocar o coronel Ahmed Bani para conceder uma coletiva a “inquieta” imprensa internacional onde “explicou” que a tomada de Sirte poderia levar dias ou mesmo semanas... e não horas como pretendiam os periodistas a soldo do grande império. Neste quadro de “incertezas” para os abutres e seus acólitos, o porta-voz da OTAN declarou que prosseguirá com os pesados ataques aéreos, mesmo após as denúncias do brutal massacre de Tamin. Não parece muito estranho ainda desprender tantas “energias” e centenas de mísseis de milhões de dólares contra um “cadáver”, insepulto?
Em pleno mundo “murdochiano” continuam a viver os revisionistas da LIT/PSTU, que nem em “pensamento” admitem o papel cumprido pela OTAN na guerra civil da Líbia. Segundo a LIT, tudo que ocorre no país norte-africano é produto da “legitima revolução” sob a direção dos “rebeldes” contra a “tirania do ditador Kadaffi”. Para estes revisionistas até mesmo os criminosos bombardeios operados pela maior frota aérea imperialista já reunida após a Segunda Guerra Mundial, não passam de uma ficção criada por Chávez e Castro. Não se trata de nenhum exagero de nossa parte, em sua última matéria sobre a Líbia (Reconstruir Libia para los trabajadores y el pueblo), datada de 13/09, a LIT não menciona uma única vez sequer o nome da OTAN em mais de dez parágrafos! Este silêncio cúmplice da LIT diante dos bárbaros ataques da OTAN, com certeza não é fruto da “desinformação ou ingenuidade” da corrente Morenista, como já alertamos anteriormente trata-se de um processo de corrupção ideológica e material frente ao regime da democracia dos ricos, inclusive capitulando a governos imperiais “humanitários” como o de Obama, um dos protagonistas da farsesca “revolução árabe”.