Depois dos “rebeldes” na Líbia agora é a vez das “damas” da OTAN entrarem no cenário da agressão a Cuba
A operação política “revolução árabe” comandada pelo aprendiz negro de carniceiro, Obama, está chegando ao seu “happy end” na Líbia. Como a cidade de Sirte decidiu resistir até suas últimas forças a ocupação imperialista, a OTAN diante da impotência dos “rebeldes” resolveu por eliminá-la do mapa, assim como o império romano aniquilou Cartago na mesma região africana há mais de dois mil anos atrás. Dando “posse” ao governo títere do CNT na assembleia geral da ONU, Obama afirmou que os bombardeios da OTAN irão prosseguir até que o último combatente anti-imperialista tombe resistindo ao saque promovido pelos abutres da Casa Branca. A grande “sacada” do Pentágono é que desta vez a ocupação imperialista de uma nação oprimida foi realizada sob o manto de apoiar uma “revolução”, avalizada inclusive pela escória da esquerda revisionista como os pilantroskos da LIT, que não deixaram de receber uma “pontinha” do Departamento de Estado norte americano.
Agora os chacais do decadente império do norte dizem que é chegado o momento de aplicar a mesma tática “revolucionária” em Cuba, para remover uma velha e sanguinária “ditadura estalinista” e já contam com “a cabeceira de ponta” para promover a contra-revolução. Trata-se do movimento denominado “Damas de branco”, uma versão latino-americana dos rebeldes monarquistas da Líbia. Em uma cerimônia solene, a “dissidência” cubana confirmou hoje o seu papel como a ponta de lança de uma invasão imperialista da ilha operária. Porém, o evento para anunciar essa nova “fase” de denúncias e ativismo, inspirada na “Primavera árabe”, na qual participarão as “Damas de Branco”, não foi realizada em Havana: se não no Capitólio, em Washington, sob os auspícios da congressista republicana, Ileana Ros-Lehtinen, uma filhote bastarda do Tea Party. As declarações de Ileana Ros-Lehtinen estão em sintonia com as que Obama deu recentemente acerca da “primavera árabe”, durante um encontro com jornalistas hispânicos, quando o assunto Cuba veio à tona, e também confirma a afirmação feita recentemente na mídia “murdochiana” onde ficou claro que as ações das chamadas “Damas”, apenas pretendem transformar a ilha operária em uma nova Líbia ocupada e saqueada.
O que realmente chama a atenção dos Marxistas revolucionários foi a rapidez do processo de cooptação da chamada esquerda revisionista “moderna” aos planos políticos da ala “democrática” do imperialismo ianque. Salivando um ódio de classe pequeno-burguês pelas “ditaduras” da Líbia, Coréia do Norte, Síria, Irã e Cuba, os “modernosos” da LIT e congêneres passaram velozmente a admirar as democracias dos modelos ocidentais capitalistas como “progressistas” frente aos regimes nacionalistas dos “velhos” caudilhos populistas. Por isso, admitem uma “aliança política pontual” com Obama e Sarkozy em Cuba e na Líbia, enquanto defenestram os “demônios” autoritários como Castro e Kadaffi. Afinal para os senhores da “reforma” que já abandonaram o legado leninista, o imperialismo não é mais o pior inimigo dos povos. O “foco” socialista para os revisionistas de todos os matizes passa a ser a “democracia como valor universal”, portanto a luta revolucionária pela ditadura do proletariado passa a ser uma peça teórica de museu, devendo ser “exorcizada” em conjunto com os regimes que ainda ousam se enfrentar de alguma maneira com o “império civilizatório” da modernidade “democrática”.